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Antífona de entrada

Clamei pelo Senhor, e ele me ouviu: salvou-me daqueles que me atacam. Confia ao Senhor os teus cuidados, e ele mesmo te há de sustentar. (Cf. Sl 54, 17-20. 23)
Dum clamárem ad Dóminum, exaudívit vocem meam, ab his qui appropínquant mihi: et humiliávit eos, qui est ante saécula, et manet in aetérnum: iacta cogitátum tuum in Dómino, et ipse te enútriet. Ps. Exáudi Deus oratiónem meam, et ne despéxeris deprecatiónem meam: inténde mihi, et exáudi me. (Ps. 54, 17. 18. 19. 20. 23 et 2)
Vernáculo:
Clamei pelo Senhor, e ele me ouviu; salvou-me daqueles que me atacam. Confia ao Senhor os teus cuidados, e ele mesmo te há de sustentar. (Cf. MR: Sl 54, 17-20. 23) Sl. Ó meu Deus, escutai minha prece, não fujais desta minha oração! (Cf. LH: Sl 54, 2)

Coleta

Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Dt 30, 15-20)


Leitura do Livro do Deuteronômio


Moisés falou ao povo dizendo: 15“Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. 16Se obedeceres aos preceitos do Senhor teu Deus, que eu hoje te ordeno, amando ao Senhor teu Deus, seguindo seus caminhos e guardando seus mandamentos, suas leis e seus decretos, viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra em que vais entrar, para possuí-la. 17Se, porém, o teu coração se desviar e não quiseres escutar, e se, deixando-te levar pelo erro, adorares deuses estranhos e os servires, 18eu vos anuncio hoje que certamente perecereis. Não vivereis muito tempo na terra onde ides entrar, depois de atravessar o Jordão, para ocupá-la.

19Tomo hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós, de que vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes, 20amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele — pois ele é a tua vida e prolonga os teus dias —, a fim de que habites na terra que o Senhor jurou dar a teus pais Abraão, Isaac e Jacó”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 1)


℟. É feliz quem a Deus se confia!


— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar. ℟.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. ℟.

— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte. ℟.


https://youtu.be/7c0ekNDGCZ8
℟. Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
℣. Convertei-vos, nos diz o Senhor, está próximo o Reino de Deus! (Mt 4, 17) ℟.

Evangelho (Lc 9, 22-25)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 22“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.

23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. 25Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Ad te Dómine levávi ánimam meam: Deus meus, in te confído, non erubéscam: neque irrídeant me inimíci mei: étemim univérsi qui te expéctant, non confundéntur. (Ps. 24, 1-3)


Vernáculo:
A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera. (Cf. MR: Sl 24,1-3)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, olhai com bondade as oferendas que colocamos neste altar, para que, alcançando-nos vossa misericórdia, glorifiquem o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Criai em mim um coração puro, meu Deus, renovai em minha vida o espírito de firmeza. (Sl 50, 12)
Qui vult veníre post me, ábneget semetípsum: et tollat crucem suam, et sequátur me. (Mt. 16, 24; ℣. Ps. 25, 1. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 12)
Vernáculo:
Quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me, diz o Senhor. (Cf. MR: Mt 16, 24)

Depois da Comunhão

Ó Deus todo-poderoso, vós nos abençoastes com este alimento celeste. Nós vos pedimos que ele seja sempre para nós fonte de perdão e salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/03/2022
Os sofrimentos à luz da Cruz

Nestes primeiros passos da Quaresma, a Liturgia de hoje nos revela o Mistério Pascal como a razão de ser destes quarenta dias de penitência: "O Filho do Homem", diz Jesus, "deve sofrer muito", pois a cruz, abraçada com amor pelo próprio Deus, é a vocação irrenunciável dos que desejam seguir a Cristo.

Logo no início desta caminhada quaresmal, o Evangelista São Lucas nos relata o primeiro anúncio da Paixão de Nosso Senhor, feito pouco depois da profissão de São Pedro. É curioso notar a proximidade desses dois eventos. A própria estrutura narrativa do Evangelho, a ordem em que os fatos são narrados, a maravilhosa harmonia com que Cristo vai conduzindo a história e fazendo as liberdades humanas concorrerem para a realização de sua missão e a transmissão de sua mensagem — tudo isto já nos desperta para o fato de que é somente à luz da fé, professada hoje por Simão, que podemos compreender o sofrimento de Cristo na cruz.

É pela fé em Jesus, escarnecido e rejeitado pelos que eram seus, que podemos chegar a divisar o sentido profundo que têm os sofrimentos humanos, — tão profundo e, de resto, tão valioso que nem o próprio Deus quis furtar-se de os sentir numa carne em tudo igual à nossa. Não é por acaso, portanto, que à confissão de Pedro suceda o prenuncio das dores por que o Verbo eterno do Pai ainda haveria de passar: "O Filho do Homem deve sofrer muito", diz Jesus, "ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia".


"Deve sofrer". Estas palavras, saídas da própria Palavra de Deus, por si sós nos revelam uma verdade que o mesmo Cristo confirma logo em seguida: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me." Não é a cruz uma opção, uma alternativa entra outras tantas. É a regra. "Se alguém quiser me seguir", diz-nos o Senhor, "saiba que subo a Jerusalém para ser crucificado. Se quereis, pois, ser meus discípulos, se quereis seguir meus passos, façais como Eu: tomai cada a um a sua cruz e ide em direção às dores que trazem alegria, à morte que faz nascer para uma nova vida". Que é, afinal, ser cristão, senão ser outro Cristo? senão viver a mesma vida de Cristo? senão dar os mesmos passos que Cristo? senão abraçar o sofrimento assim como fizera o mesmo Cristo?

Já no início desta Quaresma a Liturgia nos desvenda o mistério pascal que permeia todos estes quarenta dias de penitência. A nossa vida cristã deve ser, sim, uma constante "paixão", um incessante "morrer para si mesmo", um generoso "perder a vida" por causa de Jesus. Que o Senhor nos livre de toda indolência e nos cure daquela péssima tendência a viver um "cristianismo analgésico", em que a dor e o sofrimento não têm lugar. Abracemos, por amor a Cristo, todas as dores, todas as contrariedades que a suave mão de Deus decidir enviar-nos. Pois de nada nos vale fugir das cruzes do mundo, a fim de termos ainda neste desterro uma porca e pobre consolação, e, no fim, perdermos a chance de, configurados ao Cristo que sofre, conquistarmos os prêmios celestes.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Pare de espernear e abrace a cruz (Quinta-feira depois das Cinzas)

O Evangelho desta Quinta-feira depois das Cinzas nos conta uma obviedade que os católicos jamais deveríamos ter esquecido: não há como passar esta vida sem cruz. Sigamos o mundo ou sigamos a Cristo, virá a cruz ao nosso encontro, quer por ato de virtude ou por remédio da necessidade. O que nos cabe escolher é a quem iremos seguir e, portanto, que companhia e destino queremos para a nossa “via crucis”: se o mundo, que dobra o peso da cruz e nos deixa pregados nela completamente sozinhos; se a Cristo, que põe à nossa cruz o seu próprio ombro e nos acompanha até o fim, para que a sua glória também seja nossa.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 3 de março, e acompanhe-nos diariamente em nossas meditações quaresmais.


https://youtu.be/FW6mtjx9lLU

Santo do dia 03/03/2022


São Marino (Memória Facultativa)
Local: Cesareia Palestina, Israel
Data: 03 de Março † c. 260


Eusébio começa a contar a história de são Marino afirmando que a Igreja estava em paz em todos os lugares. Marino era bravo e nobre oficial do exército imperial em Cesareia da Palestina. De fato Galieno, em 260, emanara um edito de tolerância aos cristãos. Porém, nem todos os magistrados condividiam a política da distensão. Por isso houve casos isolados de intolerância, como o do nosso mártir.

Eis a história contada por Eusébio. Aquele cargo era de Marino. Ele fora sido notificado e aguardava a entrega da vara de videira, símbolo do grau de centurião romano. Outros, porém, ambicionavam aquela promoção. Um dos mais obstinados pretendentes se fez presente declarando que Marino, conforme as antigas leis, não podia ter acesso a dignidades romanas, pois era cristão e por isso se recusaria a sacrificar ao imperador.

O juiz, certo Aqueu, irritado com este contratempo perguntou a Marino qual era a sua religião. Ele prontamente respondeu: "Sou cristão". O juiz lhe deu três horas para refletir. Ao sair do tribunal encontrou o bispo Teotecno que conversou com ele e o levou a uma igreja. Aos pés do altar o bispo colocou-o entre uma espada e uma Bíblia e mandou que escolhesse. Não titubeou. Escolheu a Bíblia. O bispo o abençoou e ele saiu todo feliz e pronto ao sacrifício.

Passadas as três horas ele voltou decidido e proclamou a sua fé. Foi imediatamente condenado à pena capital. Sem demora foi executada a sentença. Ao martírio do jovem estava presente o velho senador Astério, para estimulá-lo ao sacrifício. Ele tomou o corpo do mártir e lhe deu uma digna sepultura e estava ciente de que ia se comprometer. Logo após foi a vez dele ser martirizado. Divide-se assim com Marino a honra do martírio.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Marino, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil