09 Dom
Nov
10 Seg
Nov
11 Ter
Nov
12 Qua
Nov
13 Qui
Nov
14 Sex
Nov
15 Sáb
Nov
16 Dom
Nov
17 Seg
Nov
18 Ter
Nov
19 Qua
Nov
20 Qui
Nov
21 Sex
Nov
22 Sáb
Nov
23 Dom
Nov

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Solenidade

Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Gloriosos com imagens

Antífona de entrada

O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor, a ele glória e poder, pelos séculos dos séculos. (Ap 5, 12; 1, 6)
Dignus est Agnus, qui occísus est, accípere virtútem, et divinitátem, et sapiéntiam, et fortitúdinem, et honórem. Ipsi glória et impérium in saécula saeculórum. Ps. Deus, iudícium tuum regi da: et iustítiam tuam Fílio Regis. (Apoc. 5, 12 et 1, 6; Ps. 71)
Vernáculo:
O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor, a ele glória e poder, pelos séculos dos séculos. (Cf. MR: Ap 5, 12; 1, 6) Sl. Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! (Cf. LH: Sl 71, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, que quisestes restaurar todas as coisas em vosso amado Filho, Rei do universo, concedei benigno que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam à vossa majestade e vos glorifiquem sem cessar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — 2Sm 5, 1-3


Leitura do Segundo Livro de Samuel


Naqueles dias, 1todas as tribos de Israel vieram encontrar-se com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne. 2Tempo atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel. E o Senhor te disse: ‘Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o seu chefe’”.

3Vieram, pois, todos os anciãos de Israel até ao rei em Hebron. O rei Davi fez com eles uma aliança em Hebron, na presença do Senhor, e eles o ungiram rei de Israel.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 121(122), 1-2. 4-5 (R. cf. 1)


℟. Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!


— Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. ℟.

— Para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi. ℟.

Segunda Leitura — Cl 1, 12-20


Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses


Irmãos: 12Com alegria dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de participar da luz, que é a herança dos santos. 13Ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado, 14por quem temos a redenção, o perdão dos pecados. 15Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele.

17Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência. 18Ele é a Cabeça do Corpo, isto é, da Igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, 19porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude 20e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor; e o Reino que vem seja bendito; ao que vem e a seu Reino, o louvor! (Mc 11, 9. 10)℟.

Evangelho — Lc 23, 35-43


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 35os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”

36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”

38Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”.

39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”

40Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. 42E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. 43Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Postula a me, et dabo tibi Gentes hereditátem tuam, et possessiónem tuam términos terrae. (Ps. 2, 8)


Vernáculo:
Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio. (Cf. LH: Sl 2, 8)

Sobre as Oferendas

Oferecendo-vos, Senhor, o sacrifício que reconcilia a humanidade convosco, pedimos humildemente que vosso Filho conceda a todos os povos os dons da unidade e da paz. Ele, que vive e reina pelos séculos dos séculos.



Antífona da Comunhão

O Senhor em seu trono reinará para sempre; o Senhor abençoará o seu povo na paz. (Cf. SI 28, 10-11)
Sedébit Dóminus Rex in aetérnum: Dóminus benedícet pópulo suo in pace. (Ps. 28, 10b. 11b; ℣. Ps. 28, 1. 2. 3. 4. 5. 7. 8a-9c. 10a-11a)
Vernáculo:
Senhor em seu trono reinará para sempre; o Senhor abençoará o seu povo na paz. (Cf. MR: Sl 28, 10-11)

Depois da Comunhão

Saciados com o alimento da imortalidade, nós vos pedimos, Senhor, que, gloriando-nos de obedecer aos mandamentos de Cristo, Rei do universo, possamos viver com ele eternamente no reino dos céus. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 23/11/2025


Até quando deixaremos Satanás reinar no lugar de Cristo?


Celebrar a Cristo Rei é recordar o fato de que, em qualquer nação do mundo, existe um poder espiritual que está acima do Estado. Se não permitirmos que esse poder seja exercido por Cristo, inevitavelmente o será pelo Maligno.

Neste domingo, celebramos Cristo, Rei do Universo, solenidade bastante recente, instituída pelo Papa Pio XI em 1927. Qual era a finalidade do Papa ao introduzir essa solenidade no calendário litúrgico? Era o fato de que, durante o século XX, vários regimes e governos se ergueram como potências anticristãs. É da época de Pio XI, por exemplo, a Revolução Mexicana, um governo liberal, maçônico e anti-católico que começou a matar milhares de sacerdotes e leigos fiéis, dando origem a inúmeros mártires. É da época de Pio XI a Revolução Comunista na Espanha, que fez também milhares de mártires. É da época de Pio XI a Revolução Comunista na Rússia, que fez literalmente milhões de mártires.

O Papa Pio XI estabeleceu esta festa para que nós católicos celebrássemos o reinado de Cristo em reparação a todas as sandices de homens que querem tomar o lugar de Cristo, mas também para que pudéssemos refletir sobre uma verdade: o fato de que não haverá paz, Estado justo, nem ordem no mundo civil e político, enquanto Cristo não reinar nos corações, especialmente daqueles que governam.

A Igreja é, sempre foi e sempre será contra o Estado laicista. Saiamos da teoria e olhemos para a vida. Não faz falta abrir o Catecismo ou a Bíblia para ver quais são as consequências do esquecimento do reinado de Cristo. Diga-se a uma pessoa comum, do próprio convívio, amigo, familiar ou colega: “Fulano, olhe, hoje haverá confissão lá na igreja. Faz tanto tempo que você não se confessa. Não quer ir comigo lá hoje?” A resposta costuma ser: “Eu não! Eu não tenho pecado. Nunca roubei, nunca matei ninguém. Para que vou me confessar?” Certamente, muitos já ouviram um dia uma resposta dessas.

O que isso quer dizer? “Eu não tenho pecado porque nunca matei ninguém”. O que é matar? Um crime reconhecido pelo Código Penal Brasileiro: quem mata vai para a cadeia; logo, por apressada sinonímia, é pecado o que é crime, e o que não é crime tampouco é pecado. Quem diz o que é pecado ou não é Código Penal, isto é, o governo. Mas se o povo só reconhece ser pecado o que o Estado penaliza como crime, é porque se submeteu a uma autoridade espiritual que lhe diz o que é bom ou mau. E essa autoridade, pasmem, é a do Estado! O que por si só é uma loucura!

Ora, nas mãos de quem está o nosso Estado? Nas de governantes com todo um currículo de falta de espiritualidade (para não dizer, às vezes, de depravação; corrupção…). São homens de “índole ilibada” que nos governam, que fazem leis, que alteram o Código Penal, que interpretam as leis, que dizem o que é o certo e o que é o errado… Isso é dramático. Estamos assistindo à longa marcha da vaca para o brejo.

Pergunta: Adultério é crime segundo o Código Penal Brasileiro? O marido que trai a esposa pode ir para a cadeia?

Resposta: Não. Mas lenta e gradualmente — às vezes nem tão lenta e gradualmente assim — se começa a pensar que tampouco é pecado porque, se o que o Estado reconhece como crime é pecado, então não há mal em fazer o que ele não reconhece como crime.

E hoje, para agravar a situação, dá no mesmo fazer leis e interpretar leis. Para o brasileiro médio, o que é o certo e o que é o errado, o que é moral e o que é imoral? É o que diz a lei promulgada pelo Estado ou interpretada por seus órgãos (ainda que não tenham competência para isso).

Por exemplo, a Constituição Brasileira diz com todas as letras que a família é constituída da união de um homem com uma mulher, e no entanto o Supremo Tribunal Federal resolveu interpretar “casamento” como resultado de qualquer agremiação que se queira constituir de forma estável. Isso basta para ser “família”. Eis a tragédia de trocar o poder espiritual de Cristo pelo do Estado, é uma tragédia de proporções inestimáveis, uma aberração tão grande, que faltam palavras para descrevê-la.

Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus feito homem, diz: “Quem olhar para outra mulher desejando-a no seu coração, já cometeu adultério com ela. Se um homem deixa a mulher e se une a outra, comete adultério. O que Deus uniu o homem não separe”. Jesus ensinou que adultério e dvórcio são pecados. Mas no Brasil, durante o governo militar, na década de 1970, o divórcio foi aprovado, e desde então a autoridade reconhecida ao Estado — poder espiritual sumo e maravilhoso, transcendente, nas mãos de gente de profunda espiritualidade e santidade de vida… — tem levado os brasileiros a pensar que não há mal algum em se divorciar.

Uma lei passada na década de 1970 virou do avesso a mentalidade do povo. O divórcio tornou-se a coisa mais óbvia do mundo, ainda quando a Sagrada Escritura diga claramente: “Quem se separa da sua mulher comete um pecado”. Prefere-se hoje a lei dos homens, à de Deus! Prefere-se a lei que sai de corações humanos corrompidos à que sai do Coração amoroso de Cristo. Eis o gênero de ofensas a Cristo Rei cometidas não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Suponhamos que o Legislativo promulgue uma lei descriminalizando o aborto. Não há dúvida: o povo brasileiro irá se curvar a essa autoridade chamada Estado, que tomou o lugar de Deus. O povo brasileiro passará a tratar o aborto como coisa normal — que Deus nos livre disso! Precisamos impedir que isso aconteça.

O normal é que exista um poder espiritual acima do Estado, mas que não seja o do próprio Estado e, sim, o de Nosso Senhor Jesus Cristo. Se não for o de Cristo, será forçosamente o poder espiritual substituto do Anticristo.

“Mas, padre, como fica o Estado laico?” Não existe Estado sem que exista, acima dele, um poder espiritual. Isso não existe em lugar nenhum do mundo. Dizer que Estado é uma coisa e religião outra é não só errado como impossível. É impossível uma Constituição sem um poder espiritual acima do Estado por ela constituído. O governante que não se submete ao reinado de Cristo pode até julgar-se neutro e imparcial: “Eu governo para todos”, mas sua atitude não é neutra nem imparcial, é anticristã e irreligiosa. Isso, na prática, se traduz em leis avessas a Deus e úteis a Satanás. Há sempre um poder espiritual a que se está servindo.

Todo legislador, com efeito, assim como todo juiz e todo membro do Executivo, está obedecendo a um poder espiritual real e concreto; ou está servindo a Nosso Senhor Jesus Cristo ou está servindo a Satanás, Não há alternativa, non datur tertium quid, pois não há um “poder neutro” a que servir. Ou dou ouvidos às leis e aos valores cristãos que estão na base da nossa civilização, ou dou ouvidos a leis atéias, indiferentistas e anti-cristãs.

Imagine-se uma família que se proclame laica. Os pais não irão falar de valores religiosos aos filhos, para que, quando forem maiores, decidam eles mesmos no que vão acreditar. Certo dia, os pais surpreendem na prateleira do filho o Manifesto Comunista, de Karl Marx, ou livros de Judith Butler, ideóloga de gênero, ou obras a favor de um capitalismo selvagem sem limites morais, apologias ao sexo depravado etc. A família proclamou-se laica, privando assim os filhos de bons valores; mas esse vácuo foi preenchido, como não poderia deixar de ser, por outros valores. Quem não educa os próprios filhos não tem por que se preocupar; alguém os “educará” em seu lugar.

Não há neutralidade. Poder espiritual é poder educador. Mas quem educará o nosso país? Ateus? Relativistas? Materialistas anticristãos? Ou nós, cristãos? Essa é a pergunta. Sendo impossível dar um policial a cada família, a única forma de manter a ordem pública é por um sistema espiritual de valores, de leis, de mandamentos, de certo e errado. E quem tem transmitido tal sistema aos corações e às consciências é o Estado.

Não, o Estado não é laico; é laicista. Noutras palavras, a Igreja não pode educar. Hoje, a Igreja é tratada como um menor de idade, sem direito a dizer o que pensa: “O divórcio é mau, pois o matrimônio é indissolúvel. A anticoncepção é má, pois gerar filhos é o objetivo do ato sexual. Os pais devem estar presentes em casa para educar os filhos. As crianças não devem ser terceirizadas nem para a escola, nem para a creche, nem para o vizinho”. Foi para isso que Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu a Igreja, porque, antes de serem feitas leis, deve existir um poder educacional.

“Poder educacional”, aqui, equivale no fundo a um poder espiritual, poder de determinar o que é o certo e o que é o errado; numa palavra, poder de estabelecer um sistema moral. Ora, quem está ensinando aos nossos filhos que droga não é problema? Alguém com poder espiritual sobre eles. O professor não veste batina, mas tem poder espiritual sobre os alunos. Afirma-se que Estado é laico, por isso a escola não pode ensinar o cristianismo, e no entanto há anticristãos em sala de aula ensinando aos jovens todo tipo de imoralidade!

Não há uma terceira via. Ou Cristo reina em nosso país, ou então reinará Belzebu. Na verdade, Belzebu já está reinando, sobretudo nas escolas. O poder espiritual a que os nossos filhos dão ouvidos é cada vez mais anticristão, quando não explicitamente satânico. Não, não existe “neutralidade”; não há educação em sentido próprio sem influência espiritual alguma.

Não existe nem existirá jamais uma “escola neutra”, farsa para calar a boca aos cristãos e privar-nos de qualquer poder educacional. O mundo tem um projeto educacional, satânico e anticristão, para o qual deve triunfar a destruição da família natural como Deus a criou; a destruição dos valores cristãos; a destruição, enfim, de toda uma civilização.

Até quando iremos deixar Belial reinar no lugar de Cristo? Celebrar Cristo Rei é celebrar o fato de que, em qualquer nação do mundo, há um poder espiritual que está acima do Estado; mas se alguém o nega, podemos ter certeza: está ali um representante, consciente ou não, do poder espiritual do mal. Por quê? Porque se trata de um disfarce para encobrir outro poder espiritual, também este acima do Estado — o poder anticristão.

Que o Cristo, Nosso Senhor, Rei do Universo, reine também em nosso país. Para isso, Ele precisa reinar primeiro em nossos corações e em nossas famílias. Não tenhamos medo de educar os filhos, de exercer sobre eles poder espiritual, de construir escolas em que possamos ensinar-lhes os valores do Evangelho, e não seguir as orientações de um governo que, disfarçado de “laico”, é na verdade anti-cristão.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 23/11/2025

São Clemente I (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 23 de Novembro † s. I


Numa lista dos primeiros bispos de Roma, do século II, podemos ler: "Depois que os santos Apóstolos Pedro e Paulo fundaram e constituíram a Igreja, passaram a Lino o ofício do episcopado. Este é aquele Lino mencionado por Paulo em sua epístola a Timóteo. Sucedeu-o Anacleto, e depois deste recebeu o ofício episcopal, em terceiro lugar depois dos Apóstolos, Clemente, que havia conhecido pessoalmente os Apóstolos. A este Clemente seguiu Evaristo..."

De Lino e Anacleto se conhecem apenas os nomes. Conhecemos, porém, bem mais de Clemente que governou a Igreja de Roma no último decênio do século I. Possuímos dele uma longa carta enviada à comunidade cristã de Corinto. A carta revela a existência da nítida e forte consciência do direito que a Igreja de Roma possuía, já desde então, de intervir nas questões internas de uma outra Comunidade, a fim de recompor autoritativamente a ruptura ali produzida por causa da destituição de alguns presbíteros feita por um grupo de jovens rebeldes, sem maiores indicações. O bispo, também ele expulso, teria apelado para o Bispo de Roma. Todo o documento pretende, portanto, chamar a Comunidade de Corinto de volta aos valores cristãos da paz e da unidade, e a induzir à penitência e ao arrependimento os imprudentes, que se revoltaram sem motivo contra a legítima autoridade dos presbíteros, fundada na tradição dos Apóstolos.

Clemente, conhecido também como Clemente Romano, enviou a Corinto dois presbíteros romanos com a dita carta e com a missão de pacificar a conturbada Comunidade. Nela Clemente dá informações sobre a recente perseguição ocorrida em Roma, na qual foram mortos Pedro e Paulo. Em toda a sua exposição mostra-se grande conhecedor do culto judaico. Notável nesta intervenção do bispo de Roma é o fato de que, já no fim do primeiro século cristão, o sucessor de Pedro era olhado como centro da unidade cristã.

A carta é um modelo de carta pastoral, uma verdadeira homilia sobre a vida cristã. Durante certo tempo, a carta de Clemente gozava de tal prestígio que era lida na assembleia litúrgica, ao lado de textos bíblicos. Sabemos que a intervenção do papa Clemente teve pleno êxito. Constituiu-se assim este escrito no primeiro documento papal.

A Oração coleta, depois de celebrar Deus, admirável nos seus santos, pede para que, com alegria, a Igreja possa celebrar a festa do papa São Clemente, visto como sacerdote e mártir do Filho de Deus, pois ele testemunhou com o seu sangue o mistério que celebrava e confirmou suas palavras com o exemplo de sua vida.

Belíssima a leitura do Ofício das Leituras, tirada da carta do papa São Clemente I, em que ele mostra que os dons de Deus são admiráveis.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Clemente I, rogai por nós!



São Columbano (Memória Facultativa)
Local: Bóbbio, Itália
Data: 23 de Novembro † 615


A Irlanda foi chamada a pátria dos missionários. Catequizada por São Patrício no início do século V, teve sempre uma forte tradição monástica que forneceu numerosos evangelizadores à Europa após a degradação do Império Romano.

Entre estes, emerge Columba, o Jovem, mais conhecido como Columbano. A data do seu nascimento é muito incerta, pois é estimada de 525 a 543. No fim do século VI, com mais doze monges, partiu do seu mosteiro irlandês de Bangor, perto de Belfast, em demanda do continente europeu. Começa sua peregrinação por amor a Deus, com finalidade evangelizadora. Andou pela França toda, onde fundou vários mosteiros, centros propulsores de vida missionária.

Entre 590 e 610 trabalhou na Borgonha, onde fundou o célebre mosteiro de Luxeuil que se tornaria centro de irradiação missionária. Tendo entrado em conflito com a despótica rainha da França por ter verberado certos abusos da corte real, Columbano deixou aquele país e rumou para a Suíça, iniciando a evangelização na região do lago de Constança. Como também tivesse entrado em choque com os poderosos, aí deixou o seu discípulo São Galo, que ligou seu nome ao célebre mosteiro de Sankt Gallen, ainda hoje centro de espiritualidade. Com cerca de 70 anos, Columbano atravessou os Alpes e no norte da Itália deixou outra fundação importante, o mosteiro de Bobbio, onde morrerá no ano de 615.

Seu retrato moral foi descrito assim: "Columbano foi um irlandês autêntico, de temperamento impetuoso e terno ao mesmo tempo, audaz e independente; era ferrenho defensor das tradições monásticas celtas, em adesão cordial à Sé de Pedro. Asceta rígido, amante da contemplação solitária, mas também homem de ação vigorosa, pai afetuoso, caridoso para com os pobres, apareceu na Europa como profeta enviado por Deus para reconduzir a sociedade à vida cristã por meio da abnegação e penitência".

A influência de São Columbano e de seus monges devia ser de imensa transcendência para a espiritualidade cristã do Ocidente. Foram eles que, conforme prática introduzida entre os monges na Irlanda, difundiram, pela primeira vez, o espírito penitencial e a prática da confissão individual auricular, que haveria de propagar-se cada vez mais durante a Idade Média até tornar-se norma obrigatória para toda a Igreja.

Columbano deixou vários escritos importantes para a vida monástica do seu tempo. Nos mosteiros que ele fundou na França, Suíça e Itália, vigorava uma Regra extremamente rigorosa. Do século IX em diante, os monges de São Columbano adotarão a Regra de São Bento, bem mais comedida que a do rígido monge irlandês.

A Oração coleta realça a solicitude de São Columbano pela pregação do Evangelho e o zelo pela vida monástica. Pede, então, que, por sua intercessão e exemplo, procuremos a Deus acima de tudo e nos empenhemos no crescimento do povo de Deus.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Columbano, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil