Deus
FATO COMOVENTE DE UM CONDENADO À MORTE QUE RECEBEU A ABSOLVIÇÃO SACRAMENTAL
por Marcos A. Fiorito • Você e mais 37 pessoas leram este artigo Comentar
“Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” (Jo 20, 23). Com essas palavras, Cristo concedia aos Apóstolos e aos seus sucessores o dom inefável de perdoar os pecados. Há quem diga que um pecador não tem autoridade para perdoar outros pecadores, porém o sacerdote, ministro de Nosso Senhor, não perdoa em seu nome e por mérito próprio, apenas empresta a voz a Cristo, que é quem verdadeiramente absolve o penitente. Então, quando o padre diz “Eu te absolvo”, não é ele, sacerdote, quem absolve, mas é “Eu Cristo te absolvo”.
Muitos têm a graça de receber a absolvição sacramental na Confissão, entretanto nem todos conhecem a fundo o seu significado. Em seu livro “Confessai-vos bem”, o Pe. Luiz Chiavarino explica com propriedade o seu significado. Abaixo, confira a história de um condenado à morte que foi alvo do perdão divino.
“Padre, diga-me ainda: o que é a absolvição?
R: A absolvição é a sentença pela qual o sacerdote, em nome de Jesus, remete os pecados. É o ponto culminante do Sacramento, a panaceia infalível, o remédio divino que penetra nas almas, cicatrizando-lhes as feridas, curando-lhes desde a raiz as mais graves enfermidades; ressuscita-as, quando mortas pela culpa; dá-lhes força e vigor para que possam viver bem e lhes abre as portas do Paraíso.
Ao recebermos a santa absolvição, façamos de conta que estamos abraçados aos pés de Jesus e que Ele nos lava com o seu sangue.
Oh, quantos prodígios operou e opera continuamente essa fórmula sagrada que Jesus, pela boca do sacerdote, pronuncia sobre nós! De quantas manchas já limpou as almas. Quantas, já envelhecidas no vício, foram por fim restabelecidas e salvas. É, pois, com a confiança ilimitada, que a devemos receber, como um remédio inteligente de efeito infalível; e choremos de consolação todas as vezes que a recebemos.
Um condenado à morte tinha tido a boa sorte de ter sido preparado para o passo terrível por um sacerdote zeloso e cheio de caridade. Quando subiu ao patíbulo, pouco antes que o laço fatal o enforcasse, o Confessor que o assistia renovou a absolvição de todas as culpas, e ele desatou em copioso pranto. Perguntaram-lhe a razão: “Eu não choro, disse, pela sorte que me toca, nunca chorei na minha vida; nem quando a justiça me alcançou, nem quando leram a minha sentença de morte: se agora choro, é pensando que Deus me perdoou!” A comoção foi geral: grande parte dos milhares de espectadores enxugaram as lágrimas.
Nós também deveríamos chorar assim, depois de cada absolvição, ao pensarmos que Deus nos perdoou.”
Fonte: Confessai-vos bem – diálogos fatos e exemplos | Pe. Luiz Chiavarino.
Marcos A. Fiorito
Teólogo e historiador
(Autoriza-se reprodução do artigo com citação da fonte e autor.)
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