Espiritualidade
Jesus Cristo é a única solução para a sociedade doente
por Thiago Zanetti em 22/01/2025 • Você e mais 1124 pessoas leram este artigo Comentar

Tempo de leitura: 8 minutos
A sociedade está doente. Ela deveria ser o celeiro do amor, mas não está sendo. Por isso, entristece-se, padece física, psíquica e, principalmente, espiritualmente.
Imobilidade, inércia, comodismo e desânimo estão acabando com o homem, enfraquecendo-o. Quando alguém diz: “Não vejo sentido na vida”, “Está tudo perdido”, é ou não é sinal de desfalecimento? Sim.
Uma séria questão que causa espanto é a sociedade estar em vias de desfalecimento, descaracterização e desumanização. Desânimo, comodismo e falatório misturado a fofoca são algumas das causas, entre outras, desse estado de inércia na sociedade.
O falatório de alguém – falar a torto e a direito – é sintoma de que essa pessoa está inerte e aceita essa condição. Quem “fala pelos cotovelos”, como se diz na linguagem popular, demonstra que está concordando em ficar imóvel diante das coisas boas da vida.
Devemos dizer “não” àqueles que se aproximarem de nós a fim de nos contar fofocas ou falar a torto e a direito dos outros. Não aceite ficar parado.
O relativismo moral, a desagregação do núcleo familiar, com o conceito epidêmico moderno de que as mulheres podem criar os filhos sem o pai, e a união de casais sem casamento, por exemplo, estão descaracterizando o homem, deixando-o perplexo. Tudo isso está sendo considerado por nossa sociedade doente como um caminho alternativo: “Deixem-me escolher o que eu quero”, dizem.
Esse modo de viver está no bojo da nossa sociedade e, por consequência, está mutilando o homem. Tudo está acontecendo ao mesmo tempo e, com isso, o homem deixa de ser homem e torna-se um arquétipo, um pseudo-homem.
Outro fator é que, por detrás do aparente sucesso e riqueza materiais das pessoas, está um medo crucial da perda, da derrota. O medo, o pavor de perder o status social, de perder bens materiais, atinge o homem a todo momento. Então, uma pergunta: uma sociedade apavorada com o amanhã, apavorada com suas finanças, poderia contribuir de maneira eficaz e sadia para a vida dos outros que vivem na mesma teia social? Definitivamente, não.
Uma sociedade amedrontada não tem a capacidade de reerguer alguém que esteja caído. Aquele que está caído não pode levantar quem está caído. Só quem está de pé e firme no Senhor pode levantar o irmão que está caído. E qual o remédio para todo esse medo? É não colocarmos confiança apenas nos atos humanos, mas nos deixarmos conduzir pela transcendência, por Deus.
Se Deus me guia, eu não preciso temer, chorar ou me amedrontar. Os problemas virão, sem dúvida, mas teremos capacidade de enfrentá-los.
Somente Deus pode dar respostas corretas para a sociedade. Como um cego pode guiar outro cego? Só Jesus possui a visão. Somente Jesus pode guiar as nossas vidas e os rumos da sociedade. Mas, por ser difícil chegar até Jesus – difícil porque não querem se abrir a Ele, e não querem doar as suas vidas e tudo o que possuem a Ele –, os homens procuram, por si mesmos, dar sentido e “solução” aos seus problemas.
Fora de Jesus, nada tem sentido. O sentido da sua vida se dá em Jesus.
Nosso Senhor Jesus é a Vida, é a Verdade.
Jesus está acima de toda realidade
A Palavra de Deus nos ensina que sobre Jesus recai todo o domínio das ações, tanto espirituais quanto carnais. Toda ação está subjugada e submetida a Jesus.
Jesus está “acima de todo principado, potestade, fortaleza e senhorio ou qualquer outro título que se possa nomear, não está só neste mundo, mas também no mundo que há de vir” (Ef 1,21), pois o Pai “pôs tudo debaixo de seus pés e o constituiu acima de tudo” (Ef 1,22). Cristo é o Senhor do cosmo e da história. Nele, a história do homem, como também toda a criação, encontram sua recapitulação, sua consumação transcendente.
O Pai consagrou o Filho como Senhor de todas as coisas, de todas as ações:
“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe” (Jo 1,1-3).
Deus consagrou a Jesus toda a realidade física e espiritual:
“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois é nele que foram criadas todas as coisas, no céu e na terra, os seres visíveis e os invisíveis, tronos, dominações, principados, potestades; tudo foi criado através dele e para ele” (Cl 1,15-17).
Reiteremos: “[…] através dele e para ele” (Cl 1,16). Céu, terra e infernos estão sujeitos à voz de Jesus.
Os infernos se dobram e se rendem ao senhorio de Jesus. A natureza canta louvores a Jesus.
A nossa realidade pequena, falha e marcada pelo pecado só se torna realidade num encontro com a verdadeira Realidade, que é Jesus.
Negar um irmão necessitado, um pobre, é negar a Cristo, que se faz pobre, sofredor, pequeno com os pequenos e esquecidos.
Celebrar a vida é celebrar a vida de cada ser humano. É celebrar o amor de Nossa Senhora, Mãe de Deus, por cada um de nós.
Celebrar o amor entre os homens é celebrar a vitória de Jesus na cruz.
Portanto, neste mundo onde vemos tantos celebrarem a morte, onde vemos a descaracterização do verdadeiro sentido da vida, celebremos a nossa vida, que somente se faz vida em Jesus Cristo!
Se vivemos numa descaracterização e desumanização do homem em todos os níveis – corporal, espiritual e psíquico –, Jesus, o Verbo, pode nos remodelar, nos requalificar e dar sentido à nossa existência como filhos amados de Deus.
Como o Católico Pode Encontrar Jesus?
1 – Santa Missa, de preferência diária: É na Eucaristia que encontramos a presença viva de Cristo. Ele se entrega a nós em corpo e sangue, oferecendo força e renovação para enfrentarmos os desafios da vida;
2 – Confissão: O sacramento da reconciliação nos liberta do peso do pecado, restaura nossa alma e nos reaproxima de Deus. A confissão frequente é um poderoso remédio contra a paralisia espiritual;
3 – Sacramentos em geral: Batismo, Crisma, Matrimônio… Todos são instrumentos pelos quais Cristo age diretamente em nossa vida, concedendo-nos graça para cada etapa da jornada;
4 – Contemplação do Santo Terço: A oração do Rosário nos conduz ao coração de Maria, que nos leva a Cristo. A meditação dos mistérios da vida de Jesus fortalece nossa fé e confiança;
5 – Leitura Orante da Palavra de Deus (Lectio Divina): A Sagrada Escritura é a voz viva de Deus falando diretamente ao nosso coração. Meditar na Palavra com um coração aberto é permitir que o próprio Cristo nos guie;
6 – Retiros espirituais: Momentos de recolhimento e silêncio são essenciais para ouvir a voz de Deus e redescobrir nossa identidade como filhos amados do Pai;
7 – A oração diária: Através do diálogo constante com Deus, fortalecemos nossa relação com Ele e permitimos que Sua graça nos sustente. Reservar um tempo diário para a oração pessoal, com louvor, ação de graças e súplica, é essencial para manter o coração em sintonia com o Senhor;
8 – A caridade e o serviço ao próximo: Cristo está presente no irmão necessitado. Servir com amor é um caminho seguro para encontrá-Lo e experimentar Sua presença transformadora.

Por Thiago Zanetti
Jornalista, copywriter e escritor católico. Graduado em Jornalismo e Mestre em História Social das Relações Políticas, ambos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É autor dos livros Deus é a resposta de nossas vidas (Palavra & Prece, 2012) e O Sagrado: prosas e versos (Flor & Cultura, 2012).
Acesse o Blog: www.thiagozanetti.com.br
Siga-o no Instagram: @thiagoz.escritor
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