Por este método simples e seguro, se exercitou no conhecimento e no amor de Deus, resolvendo utilizar seus maiores esforços para viver em um contínuo sentimento de sua presença, e, se possível, não esquecer jamais a Deus. Então, depois de encher a sua mente com o sentimento daquele Ser Infinito, ia trabalhar na cozinha (porque ele era o cozinheiro da comunidade). Lá, em primeiro lugar considerava cada uma das coisas que precisava de sua participação, e quando e como devia ser feita a cada coisa, e antes de iniciar sua ação dizia a Deus, com a confiança de um filho a seu Pai: "Oh, meu Deus, porque você está comigo, e porque agora devo, em obediência às suas ordens, aplicar minha mente a essas coisas externas, eu suplico-lhe conceder-me a graça de continuar em sua presença, e encaminhar-me para este fim com a sua ajuda. Aceita todos os meus trabalhos, e possui todos os meus afetos. Enquanto trabalhava continuava sua conversação familiar com seu Criador, implorando sua graça, e oferecendo a Ele todos os seus atos. Quando terminava, examinava a si mesmo para ver como tinha cumprido o seu dever. Se viu que tinha feito bem, dava graças a Deus. Se não tivesse feito bem, Lhe pedia perdão, e sem desanimar-se, de novo colocava a mente em ordem. Então continuava seu exercício da presença de Deus, como se nunca tivesse se afastado Dele. "Desta forma", disse ele, "me levantava depois de minhas faltas, e mediante renovados e frequentes atos de fé e amor, tenho chegado a um estado no qual é difícil não pensar em Deus, o que no princípio era difícil me acostumar com isso. "Porque o Irmão Lourenço tinha encontrado uma vantagem tal em andar na presença de Deus, era natural que a recomendasse a outras pessoas encarecidamente. Porém o que é mais surpreendente, seu exemplo era um incentivo mais forte do que qualquer argumento que poderia ser proposto.