Amadíssimo Jesus meu, meu Salvador e Juiz, quando vierdes a me julgar, ah! Por piedade não me condeneis ao inferno. Nessa negra prisão, não Vos poderia amar, mas odiar-Vos sempre; como, porém, odiar-Vos, se sois tão amá­vel e tanto me haveis amado? Se quereis condenar-me ao inferno, concedei-me ao menos a graça de Vos amar de todo o meu coração. Não mereço esta graça, por causa dos meus pecados; mas se a não mereço, para mim a merecestes, pelo Sangue que derramastes com tanta dor na cruz. Numa palavra, ó meu divino Juiz, infligi-me todas as penas que quiserdes, mas não me priveis da faculdade de Vos amar. Mãe de meu Deus, vede o perigo que corro de ser condenado a não poder mais amar o vosso adorável Filho, que merece um amor infinito: ah! Vinde em meu socorro, tende compaixão de mim.