Reconheço, ó meu Deus, que uma vida cheia de negligência, como a que levo, não Vos pode satisfazer; eu mesmo, bem o sei, pela minha tibieza cerro a porta às graças que querereis conceder-me. Senhor, não me abandoneis ainda; continuai a usar de misericórdia comigo, porque quero erguer-me de tão miserável estado; serei dora em diante mais diligente em domar as minhas paixões; seguir as Vossas inspirações e cumprir todos os meus deveres; quero, em suma, fazer no futuro quanto em mim couber para vos comprazer, e nada omitir do que souber que Vos é agradável.

Ó meu Jesus, fostes pródigo de graças comigo, pródigo até dar o Vosso Sangue e vida pela minha salvação, justo não é que eu seja tão avaro Convosco. Digno sois de toda a honra, de todo o amor; mereceis que suportemos com alegria todos os trabalhos, todas as penas, para Vos agradarmos. Mas, divino Redentor meu, conheceis a minha fraqueza; ajudai-me com a Vossa poderosa mão; em Vós é que ponho a minha confiança. Ó Maria, Virgem Imaculada, ajudai-me a vencer-me e tornar-me santo. Amém.

Santo Afonso Maria de Ligório