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21. Terça-feira depois do III domingo da Quaresma Meditações para a Quaresma - Meditações
Cristo, o verdadeiro Redentor
«fostes regatados pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado
e sem contaminação» (1 Pd 1, 19)
Pelo pecado dos nossos primeiros pais, o gênero humano apartou-se de Deus, como explica são Paulo na epístola aos Efésios (cap 2); o homem não se excluiu do poder de Deus, mas da visão da Sua face, a qual são admitidos aos Seus filhos e familiares. Ademais, caíramos sob o poder usurpado do diabo, ao qual, por seu consentimento, o homem se submeteu. O homem entregou-lhe tudo quanto nele era, embora não pudesse dar-se, pois não era mestre de si mesmo e a outro pertencia.
A Paixão de Cristo, portanto, teve dois efeitos:
- Livrou-nos do poder do inimigo, venceu-o com meios contrários aos que utilizara o inimigo na sua vitória sobre o homem: a humildade, a obediência e a austeridade da pena, que se opõe ao deleite do fruto proibido.
- Ademais, satisfazendo pela falta dos homens, ela os uniu a Deus e fez deles filhos e familiares de Deus.
Esta liberação tem, pois, um duplo caráter de redenção. Enquanto nos livrou do poder do diabo, Cristo nos redimiu ao modo de um rei que resgata pelo combate um reino ocupado pelo adversário. Enquanto aplacou a Deus em nosso favor, redimiu-nos como se, satisfazendo rigorosamente por nós, pagasse um preço para que fossemos libertados da pena e do pecado.
Ora, o preço do sangue, não foi oferecido ao diabo, mas a Deus, a fim de satisfazer por nós. E ele nos arrancou do diabo pela vitória de sua Paixão.
Se o diabo nos dominou por uma injusta usurpação, termos caído sob seu poder, após termos sido vencidos por ele, foi justo. Por isso era preciso que fosse ele vencido pelos meios contrários àqueles pelos quais o inimigo nos venceu, pois não venceu pela força, mas nos induzindo fraudulentamente ao pecado.
3 dist. 19 q. 1, a. IV
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
«fostes regatados pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado
e sem contaminação» (1 Pd 1, 19)
Pelo pecado dos nossos primeiros pais, o gênero humano apartou-se de Deus, como explica são Paulo na epístola aos Efésios (cap 2); o homem não se excluiu do poder de Deus, mas da visão da Sua face, a qual são admitidos aos Seus filhos e familiares. Ademais, caíramos sob o poder usurpado do diabo, ao qual, por seu consentimento, o homem se submeteu. O homem entregou-lhe tudo quanto nele era, embora não pudesse dar-se, pois não era mestre de si mesmo e a outro pertencia.
A Paixão de Cristo, portanto, teve dois efeitos:
- Livrou-nos do poder do inimigo, venceu-o com meios contrários aos que utilizara o inimigo na sua vitória sobre o homem: a humildade, a obediência e a austeridade da pena, que se opõe ao deleite do fruto proibido.
- Ademais, satisfazendo pela falta dos homens, ela os uniu a Deus e fez deles filhos e familiares de Deus.
Esta liberação tem, pois, um duplo caráter de redenção. Enquanto nos livrou do poder do diabo, Cristo nos redimiu ao modo de um rei que resgata pelo combate um reino ocupado pelo adversário. Enquanto aplacou a Deus em nosso favor, redimiu-nos como se, satisfazendo rigorosamente por nós, pagasse um preço para que fossemos libertados da pena e do pecado.
Ora, o preço do sangue, não foi oferecido ao diabo, mas a Deus, a fim de satisfazer por nós. E ele nos arrancou do diabo pela vitória de sua Paixão.
Se o diabo nos dominou por uma injusta usurpação, termos caído sob seu poder, após termos sido vencidos por ele, foi justo. Por isso era preciso que fosse ele vencido pelos meios contrários àqueles pelos quais o inimigo nos venceu, pois não venceu pela força, mas nos induzindo fraudulentamente ao pecado.
3 dist. 19 q. 1, a. IV
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)