FAMÍLIA E A PEDAGOGIA DO AMOR
Para nós, cristãos, vivemos tempos sombrios e caóticos. Embora haja muito progresso tecnológico, isso não significa que estejamos evoluindo do ponto de vista espiritual. Pelo contrário, a decadência vai mar alto, atingindo os costumes de cheio. O cardeal Joseph Ratzinger, às vésperas de ser eleito Papa, afirmou que vivemos hoje a “ditadura do relativismo”. Entre os problemas mais sérios que atacam hoje a moral cristã, temos a defesa de costumes contrários à moral católica envolvendo a família, razão pela qual convém relembrar o que diz o magistério da igreja a respeito, lembrando que o amor verdadeiro nesta vida é reflexo do amor que o próprio Deus tem por seus filhos.
Os pais têm o dever de educar os seus filhos a fim de que recebam uma educação cristã sólida e inspiradora. Essa é a melhor forma de protegê-los contra as insídias do inimigo e, também, contra as falácias do mundo, desse mundo relativista em que vivemos. Abaixo transcrevemos um trecho do artigo de Francisco Fábio Nunes sobre a pedagogia do amor.
É no seio da família que tanto os cônjuges quanto os filhos aprendem sobre o amor, aprendem a verdadeiramente amar e respeitar uns aos outros. A esse respeito, sobre o dever dos pais, o Catecismo nos instrui assim: “A fecundidade do amor conjugal não se reduz só a procriação dos filhos, mas deve se estender à sua educação moral e à formação espiritual. ‘O papel dos pais na educação é tão importante que é quase impossível substituí-los’. O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis para os pais” (CIC § 2221). Os pais cometem falta quando deixam de educar os filhos e delegam a outros para essa missão.
A pedagogia que Deus espera dos pais em relação aos filhos deve acontecer primeiramente no lar, no seio da família, regido por amor, doação e atenção. Vejamos o que a Igreja nos ensina sobre isso na voz do Papa Paulo VI: “É assim dever dos pais criar um ambiente tal de família, animado pelo amor, pela dedicação a Deus e aos homens, que favoreça a completa educação pessoal e social dos filhos. A família é, pois, a primeira escola de virtudes sociais de que precisam todas as sociedades. […] os filhos já na primeira idade devem ser ensinados segundo a fé recebida no batismo a conhecer e venerar a Deus e a amar o próximo. Aí é que fazem a primeira experiência tanto de uma sociedade humana sadia quanto na Igreja. Pela família afinal são eles gradualmente introduzidos no consórcio civil dos homens e no povo de Deus” (Gravissimum Educationis, 1506).
Fonte: Extrato do artigo: Família: lugar da pedagogia do amor | Por Francisco Fábio Nunes.
Marcos A. Fiorito
Teólogo e historiador
(Autoriza-se reprodução do artigo com citação da fonte e autor.)
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