Espiritualidade
Aceite Jesus como seu único Senhor e Salvador
por Thiago Zanetti em 07/03/2025 • Você e mais 296 pessoas leram este artigo Comentar

Tempo de leitura: 5 minutos
Jesus é real para você? Se sim, o quanto Ele é está preente na sua vida?
Se cremos que Jesus é real e está no céu junto do Pai, então por que temos uma incrível dificuldade de viver nossas vidas conscientes de que Jesus está conosco, vive conosco e não nos deixa sós? E, além de tudo isso, por meio d’Ele podemos rogar a Deus para que atenda às nossas necessidades?
Veja o que Jesus nos diz: “A vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste” (Jo 17,2). “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20). “Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto vós pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda” (Jo 15,16b). Ainda acha pouco?
Absolutamente nada é pouco vindo de Jesus! Mesmo sendo capazes de perceber, sentir e entender – pois a Palavra de Deus nos diz isso a toda hora – que Jesus está e age em nosso meio, ainda não conseguimos aplicar essa grande verdade em nossas vidas.
A incoerência do nosso comportamento diante de Jesus
Realmente, o nosso comportamento diante de Jesus é um “fenômeno”: preguiça, tibieza, apego ao dinheiro, relaxamento espiritual, falta de compromisso com o Senhor, negação do Senhor, “Maria vai com as outras” (as pessoas fazem o que a maioria faz), dar ouvidos demais ao que os outros falam, dar ouvidos ao diabo, insegurança em tomar uma decisão para Jesus…
Devido ao pecado original, possuímos uma desestruturação da alma que não nos deixa projetarmo-nos em Jesus, lançarmo-nos n’Ele, apegarmo-nos, agarrarmo-nos a Ele. Desestruturação da alma? Veja: nossa alma entrou, desde o pecado original, em processo de desestruturação. Nossa alma ficou pobre e raquítica.
Sabemos que essa história tem início no Éden, quando o homem disse “não” a Deus para se tornar senhor de si mesmo. O homem disse a Deus: “Não precisamos mais de Ti para continuarmos a viver nossas vidas, e não necessitamos que Tu nos digas o que devemos fazer.”
E assim foi feito. A partir daí, a desgraça e a ruína entraram na terra e na vida da humanidade.
Daí para frente, o homem entrou num processo de declínio de sua própria existência, declínio esse causado pelo próprio homem.
A solução de Deus para restaurar nossa vida
Para que fôssemos reconstituídos, Deus enviou seu Filho Jesus à terra, a fim de nos devolver a vida, a constituição de nós mesmos e a constituição da nossa semelhança com Deus (cf. Gn 1,26), que foram perdidas e dilaceradas pelo pecado original.
E o que aconteceu com toda a humanidade? O Filho do Homem, Jesus Cristo, com toda a autoridade que Lhe foi dada por Deus, lavou os nossos pecados e nos atraiu para Si: “E quando eu for elevado da terra, atrairei todos os homens a mim” (Jo 12,32).
Mas a fragilização da nossa alma, sozinha, não explica a nossa retração em relação a Jesus. A fragilização da alma e a sua fragmentação dificultam-nos, tornam-se obstáculos que nos atrapalham a aderirmos a Cristo em espírito e em verdade, mas não são a causa da nossa não adesão a Ele. A razão mais premente da nossa discordância em relação a Jesus e ao Seu projeto de vida é o simples fato de não O querermos.
Podemos trazer inúmeros motivos: as dificuldades da vida, as dores, os sofrimentos, as decepções, os traumas, o apego ao dinheiro, o orgulho, a autossuficiência, a tentação do inimigo, além dos motivos apontados anteriormente. Tudo isso nos atrapalha, mas somos capazes de querer, desejar e amar o Filho de Deus. No entanto, estamos dormindo, adiando, não querendo.
Não conseguimos agir e viver como se Jesus estivesse no meio de nós – e Ele está! –, pois não estamos aceitando o senhorio de Jesus em nossas vidas.
Aceite Jesus como seu único Senhor!

Por Thiago Zanetti
Jornalista, copywriter e escritor católico. Graduado em Jornalismo e Mestre em História Social das Relações Políticas, ambos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É autor dos livros Deus é a resposta de nossas vidas (Palavra & Prece, 2012) e O Sagrado: prosas e versos (Flor & Cultura, 2012).
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