Sacramentais
ENQUANTO OBJETO DE PIEDADE, VOCÊ CONHECE QUANTOS FORMATOS DE TERÇO?
por Marcos A. Fiorito • Você e mais 71 pessoas leram este artigo Comentar
Não há a menor dúvida que o formato de Terço que foi incentivado, propagado e popularizado desde São Domingos de Gusmão seja o ideal, já que facilita em muito na contagem dos mistérios e das orações. Há quem use, inclusive, o Rosário, ou seja, não só as 5 dezenas, mas o conjunto todo.
Muitos religiosos, como os redentoristas, ornaram seus hábitos com o Rosário na cintura, símbolo do amor e apego à Santíssima Virgem e do testemunho de o quanto a reza do Rosário traz benefícios especialíssimos ao fiel e a toda Igreja.
O material pode variar, sendo madeira, pedra simples, sementes, saboneteira, pedra semipreciosa ou de algum outro artigo menos nobre. Há formatos bem diferentes, como de anel, preferido por alguns para se rezar durante uma viagem, de forma mais discreta. E há o miniterço em forma de corrente com apenas 10 contas para as Ave-Marias e uma outra destacada perto do crucifixo, para a recitação do Credo, Pai-nosso e mistérios.
No entanto, não é no formato do terço que se dá a maior diferença. A maior diferença se dá no modo de rezá-lo, já que é preciso devoção, piedade, amor, compenetração e a devida meditação dos mistérios. Tanto é assim que, em situação de perseguição, muitos cristãos rezaram apenas contando as orações com a ajuda dos dedos das mãos.
O Manual das Indulgências, 3ª Edição, 1986, parágrafo 18, estabelece que:
“O fiel cristão que usa objetos de piedade (crucifixo ou cruz, rosário, escapulário, medalha) devidamente abençoados por qualquer sacerdote ou diácono, ganha indulgência parcial. Se os mesmos objetos forem bentos pelo Sumo Pontífice ou por qualquer Bispo, o fiel ao usá-los com piedade pode alcançar até a indulgência plenária na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, se acrescentar alguma fórmula legítima de profissão de fé.”
O mesmo manual, no parágrafo 23, explica quais as condições para se receber uma indulgência plenária:
“§ 1. Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado até venial, requerem-se a execução da obra […] e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice.
- 2. Com uma só confissão podem ganhar-se várias indulgências, mas com uma só comunhão e uma só oração alcança-se uma só indulgência plenária.
- 3. As 3 condições podem cumprir-se em vários dias, antes ou depois da execução da obra prescrita; convém, contudo, que tal comunhão e oração se pratiquem no mesmo dia da obra prescrita.
- 4. Se faltar a devida disposição ou se a obra prescrita e as três condições não se cumprem, a indulgência será só parcial […].
- 5. A condição de rezar nas intenções do Sumo Pontífice se cumpre ao se recitar […] um Pai-nosso e uma Ave-Maria […].”
Que tal parar tudo para rezar um Terço agora e atrair bênçãos para o seu dia?
Marcos A. Fiorito
Teólogo e historiador
(Autoriza-se reprodução do artigo com citação da fonte e autor.)
Está acompanhando os nossos artigos? Escreva-nos e sugira algum tema católico de seu interesse. Deixe o seu comentário logo abaixo!