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Antífona de entrada

Simeão disse a Maria: Teu filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição e teu coração será transpassado como por uma espada. (Lc 2, 34-35)
Stabant iuxta crucem Iesu mater eius, et soror matris eius María Cléophae, et Salóme, et María Magdaléne. Ps. Misérere mei, Deus, quóniam conculcávit me homo, tota die impúgnans oppréssit me. (Io. 19, 25; Ps. 55)
Vernáculo:
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. (Cf. Bíblia CNBB: Jo 19, 25) Sl. Tende pena e compaixão de mim, ó Deus, pois há tantos que me calcam sob os pés, e agressores me oprimem todo dia! (Cf. LH: Sl 55, 2)

Coleta

Ó Deus, quando o vosso Filho foi exaltado, quisestes que sua mãe estivesse de pé, junto à cruz, sofrendo com ele. Dai à vossa Igreja, unida a Maria na paixão de Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Hb 5, 7-9)


Leitura da Carta aos Hebreus


7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se a causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 30)


℟. Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!


— Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente. Porque sois justo, defendei-me e libertai-me; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! ℟.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me! ℟.

— Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! ℟.

— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! ℟.

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. ℟.


https://youtu.be/xjmdrMBWuHE

Sequência (facultativa)

(Forma longa. A forma abreviada está indicada a partir dos colchetes)


De pé a Mãe dolorosa,

junto da cruz, lacrimosa,

via Jesus que pendia.


No coração transpassado

sentia o gládio enterrado

de uma cruel profecia.


Mãe entre todas bendita,

do Filho único aflita,

a imensa dor assistia.


E, suspirando, chorava,

e da cruz não se afastava,

ao ver que o Filho morria.


Pobre mãe tão desolada,

ao vê-la assim transpassada,

quem de dor não choraria?


Quem na terra há que resista,

se a mãe assim se contrista

ante uma tal agonia?


Para salvar sua gente,

eis que seu Filho inocente

suor e sangue vertia.


Na cruz por seu Pai chamando,

vai a cabeça inclinando,

enquanto escurece o dia.


Faze, ó Mãe, fonte de amor,

que eu sinta em mim tua dor,

para contigo chorar.


Faze arder meu coração,

partilhar tua paixão

e teu Jesus consolar.


[Ó Santa Mãe, por favor,

faze que as chagas do amor

em mim se venham gravar.


O que Jesus padeceu

venha a sofrer também eu,

causa de tanto penar.


Ó dá-me, enquanto viver,

com Jesus Cristo sofrer,

contigo sempre chorar!


Quero ficar junto à cruz,

velar contigo a Jesus,

e o teu pranto enxugar.


Virgem Mãe tão Santa e pura,

vendo eu a tua amargura,

possa contigo chorar.


Que do Cristo eu traga a morte,

sua paixão me conforte,

sua cruz possa abraçar!


Em sangue as chagas me lavem

e no meu peito se gravem,

para não mais se apagar.


No julgamento consegue

que às chamas não seja entregue

quem soube em ti se abrigar.


Que a Santa cruz me proteja,

que eu vença a dura peleja,

possa do mal triunfar!


Vindo, ó Jesus, minha hora,

por essas dores de agora,

no céu mereça um lugar.]


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! ℟.

Evangelho (Jo 19, 25-27)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Ou:


Evangelho (Lc 2, 33-35)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 33o pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Recordáre, Virgo Mater, in conspéctu Dei, ut loquáris pro nobis bona, et ut avértat indignatiónem suam a nobis. (Ier. 18, 20)


Vernáculo:
Lembra-te de que me apresentava de ti para falar bem em favor deles e afastar deles o teu furor. (Cf. Bíblia CNBB: Jr 18, 20)

Sobre as Oferendas

Acolhei, Deus de misericórdia, estas preces e oferendas em vosso louvor, na festa da Virgem Maria, que nos destes por mãe compassiva, quando estava de pé junto à cruz. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós, que participais dos sofrimentos de Cristo, alegrai-vos, para que, ao manifestar-se a sua glória, vossa alegria não tenha limites. (1Pd 4, 13)
Redime me, Deus Israel, ex ómnibus angústiis meis. (Ps. 24, 22; ℣. Ps. 24, 1-2a. 4. 5. 8. 9. 10. 17. 20. 21)
Vernáculo:
Libertai, ó Senhor Deus, a Israel de toda sua angústia e aflição! (Cf. LH: Sl 24, 22)

Depois da Comunhão

Ó Deus, tendo recebido o sacramento da eterna redenção, nós vos pedimos humildemente que, recordando as dores de Nossa Senhora, completemos em nós, para o bem da Igreja, o que falta à paixão do Cristo. Que vive e reina para sempre.

Homilia do dia 15/09/2022
Estava a Mãe dolorosa, junto à cruz, lacrimosa!

Estais dolorosa e cheia de lágrimas, ó Virgem Maria, ao pé da cruz do Senhor Jesus, vosso Filho e Redentor!

Um dos maiores dons que recebemos da exaltação da cruz de Cristo, cuja memória litúrgica celebramos ontem, foi a Virgem SS., a quem comemoramos hoje sob o título de Nossa Senhora das Dores. O evangelista S. João, o discípulo amado que nos deixou por escrito tudo o que seus olhos viram e suas mãos apalparam acerca do Filho de Deus encarnado, nos retrata hoje a Virgem Maria aos pés da cruz. O seu Coração Imaculado, ao ver padecer o próprio Filho, saturado de opróbrios, não poderia senão compadecer-se e encher-se de dor e amargura, não apenas por contemplar o crime que, de um ponto de vista humano e meramente jurídico, é o Calvário, mas também por amar mais do que todos Aquele a quem tantos desprezam, Aquele a quem nada desagrada mais do que o pecado, a indiferença e a ingratidão dos homens. Maria SS. ama Jesus — como a seu Filho biológico e, sobretudo, a seu Deus e Senhor —, e por isso sofre com Ele, vendo-O ridicularizado e escarnecido por aqueles que Ele mesmo veio salvar. Na hora suprema, Jesus quis deixar-nos como Mãe esta mesma Virgem dolorosíssima, para que aprendamos dela a amar um pouco como ela ama; aos pés da cruz, foi-nos dado o Coração de Maria, para que possamos associar-nos aos seus compadecimentos, nós, que somos tão insensíveis à Paixão de Cristo, tão acostumados ao pecado — causa de sua Morte —, tão ingratos e rudes a ponto de renovarmos dia após dia os motivos que O levaram a entregar-se à pior das torturas, alquebrado sob o peso de nossas culpas (cf. Is 53, 3), com o fim de nos salvar por suas chagas gloriosas. — Que a Virgem bendita, que, sem morrer, mereceu por suas angústias corredentoras a palma do martírio ao pé da Cruz, interceda por nós do seu trono celeste e nos alcance, por seus méritos e rogos maternos, a graça de nos unirmos às dores que traspassaram outrora sua alma sem mancha, a fim de amarmos mais e mais Aquele que só ela sabe amar como convém.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Sim, ela é Corredentora! (Memória de Nossa Senhora das Dores)

Celebramos hoje a memória de Nossa Senhora das Dores. Recordando-nos o quão unida Maria está ao sacrifício de seu Filho, a celebração de hoje é uma boa oportunidade para meditarmos num dos títulos com que costumamos honrar nossa bem-aventurada Mãe: o de corredentora. Afinal de contas, se o sacrifício de Cristo é perfeito e suficiente, então por que nós, católicos, dizemos que Maria é corredentora?Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 15 de setembro, e descubra a resposta!


https://youtu.be/CNuKKIUBNO4

Santo do dia 15/09/2022


Nossa Senhora das Dores (Memória)
Data: 15 de Setembro


A sensibilidade de piedosa compaixão do povo cristão está eloquentemente expressa no quadro da Pietá. Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas tirado da cruz. É o momento que se reveste da incomensurável dor uma paixão humana e espiritual única: a conclusão do sacrifício de Cristo, cuja morte na cruz é o ponto culminante da Redenção. Mas como a morte de Cristo está já implícita, como em embrião, desde os primeiros momentos de sua existência de homem, também a compaixão está implícita no inicial: "Faça-se em mim segundo a tua palavra". Como mãe, Maria assume implicitamente os sofrimentos de Cristo, em cada momento de sua vida. Eis porque a imagem da Pietá típica da arte gótica e do Renascimento (a mais conhecida é a escultura de Michelangelo) exprime só um momento desta dor da Virgem Mãe.

A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura. Mas como o objeto do martírio de Maria é o martírio do Redentor, desde o século XV encontramos as primeiras celebrações litúrgicas acerca da compaixão de Maria aos pés da cruz, colocada no tempo da Paixão ou logo após as festividades pascais. Em 1667 a Ordem dos Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII instituíram a "Companhia de Maria Dolorosa") obteve a aprovação da celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, que durante o pontificado de Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro.

Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil