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15º Domingo do Tempo Comum

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Antífona de entrada

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória. (Sl 16, 15)
Dum clamárem ad Dóminum, exaudívit vocem meam, ab his qui appropínquant mihi: et humiliávit eos, qui est ante saécula, et manet in aetérnum: iacta cogitátum tuum in Dómino, et ipse te enútriet. Ps. Exáudi Deus oratiónem meam, et ne despéxeris deprecatiónem meam: inténde mihi, et exáudi me. (Ps. 54, 17. 18. 19. 20. 23 et 2)

Vel:


Ego autem cum iustítia apparébo in conspéctu tuo: satiábor, dum manifestábitur glória tua. Ps. Exáudi Dómine iustítiam meam: inténde deprecatiónem meam. (Ps. 16, 15 et 1)
Vernáculo:
Eu, porém, clamo a Deus em meu pranto, e o Senhor me haverá de salvar! Deus me ouve e haverá de humilhá-los, porque é Rei e Senhor desde sempre. Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento. Sl. Ó meu Deus, escutai minha prece, não fujais desta minha oração! (Cf. LH: Sl 54, 17. 20ab. 23ab e 2)

Ou:


Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória. (Cf. MR: Sl 16, 15) Sl. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! (Cf. LH: Sl 16, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 55, 10-11)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


Isto diz o Senhor: 10“Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 64)


℟. A semente caiu em terra boa e deu fruto.


— Visitais a nossa terra com as chuvas, e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo. ℟.

— É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras. ℟.

— O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; transborda a fartura onde passais, brotam pastos no deserto. ℟.

— As colinas se enfeitam de alegria, e os campos, de rebanhos; nossos vales se revestem de trigais: tudo canta de alegria! ℟.


https://youtu.be/L5rWbYWqBTg

Segunda Leitura (Rm 8, 18-23)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos: 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus.

22Com efeito, sabemos que toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou! (cf. Lc 8, 11) ℟.

Evangelho (Mt 13, 1-23)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. 3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. 4Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. 5Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.

7Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas.

8Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9Quem tem ouvidos, ouça!”

10Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábolas?” 11Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. 12Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem. 13É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam nem, compreendem. 14Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. 15Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’.

16Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram.

18Ouvi, portanto, a parábola do semeador: 19Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.

20A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; 21mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. 22A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto.

23A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Ad te Dómine levávi ánimam meam: Deus meus, in te confído, non erubéscam: neque irrídeant me inimíci mei: étemim univérsi qui te exspéctant, non confundéntur. (Ps. 24, 1-3)


Vernáculo:
A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera. (Cf. MR: Sl 24, 1-3)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em oração, e fazei crescer em santidade os fiéis que participam deste sacrifício. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! (Sl 83, 4-5)

Ou:


Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor. (Jo 6, 57)
Passer invénit sibi domum, et turtur nidum, ubi repónat pullos suos: altária tua Dómine virtútum, Rex meus, et Deus meus: beáti qui hábitant in domo tua, in saéculum saéculi laudábunt te. (Ps. 83, 4. 5; ℣. Ps. 83, 2-3a. 3b. 9. 10. 11. 12. 13)

Vel:


Qui mandúcat carnem meam, et bibit sánguinem meum, in me manet, et ego in eo, dicit Dóminus. (Io. 6, 57; ℣. Ps. 118, 1. 2. 11. 49. 50. 72. 103. 105. 162 vel Ps. 22, 1-2a. 2b-3a. 3b. 4ab. 4cd. 5ab. 5cd. 6ab)
Vernáculo:
Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar:vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! (Cf. MR: Sl 83, 4-5)

Ou:


Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor. (Cf. MR: Jo 6, 57)

Depois da Comunhão

Alimentados pela vossa Eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa salvação cada vez que celebramos este mistério. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 16/07/2023


Os cuidados necessários com a semeadura de Deus


Como um semeador muito pródigo, Deus lança para toda a humanidade suas sementes de filiação divina. Mas, para que de fato germinem, cresçam e produzam frutos, precisamos cooperar com a graça e tomar alguns cuidados no cultivo da semeadura de Deus.

Meditação. — Jesus, no Evangelho deste 15.º Domingo do Tempo Comum, às margens do mar da Galileia, conta à multidão a parábola do semeador. Como esta narrativa nos é bastante conhecida, somos tentados a presumir que já a compreendemos; mas, sendo a Palavra de Deus viva e eficaz, precisamos meditá-la constantemente, com humildade e sabedoria, para penetrar sempre mais fundo o seu significado.

No Comentário ao Evangelho de São Mateus, Santo Tomás de Aquino nota, já nas palavras iniciais da parábola (Exiit qui seminat seminare), aquilo que a fé católica sempre ensinou: o “saiu” (exiit) do semeador indica que a iniciativa de Deus precede qualquer esforço humano. É Deus quem dá o primeiro passo de semear a sua Palavra, e o faz lançando a semente de forma generosa sobre toda a humanidade, isto é, nos mais diversos terrenos: não apenas na terra fértil, mas também pela estrada, entre as pedras e no meio dos espinhos.

Deus, em sua infinita bondade, “quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 4). Por isso, não poupa esforços nem “sementes”, mas chama com insistência todos os homens a fazer parte de sua felicidade eterna.

Quanto ao objeto da semeadura (semen suum), Santo Tomás escreve que Deus quer semear em nós a filiação divina, pela infusão da graça santificante. Em outras palavras, o Filho único e natural de Deus se fez carne, a fim de que também nós os tornássemos filhos de Deus por adoção. Ao semear sua Palavra à humanidade, Deus está nos dando a esplendorosa oportunidade de participarmos da sua natureza divina.

Essa perspectiva sobrenatural e divina é fundamental para compreender a parábola do semeador, principalmente nos tempos atuais, em que somos tentados a pensar que tudo depende do nosso esforço, de nossas ações pastorais etc.

Dando seguimento à parábola, Nosso Senhor apresenta as dificuldades que a semente encontra para germinar, crescer e frutificar nos diferentes tipos de terreno. Quanto às sementes que caíram pelo caminho, o Evangelho de São Mateus narra apenas que elas foram devoradas pelos pássaros. Já São Lucas, como observa Santo Tomás, acrescenta que essa sementes, antes de servirem de pasto às aves do céu, foram calcadas pelos homens (cf. Lc 8, 5). O fato de terem sido pisadas pelos homens remete ao desprezo voluntário e pecaminoso de alguns homens pela graça de Deus; e o serem levadas pelos pássaros refere-se ao consequente esquecimento em que cai a semente divina. Esse desperdício da graça divina ocorre por falta de fé profunda e de memória: esquecemo-nos dos benefícios de Deus, do cuidado que devemos ter com seus dons e, cedendo mais e mais às nossas misérias e pecados, acabamos matando antes de lançar raízes a semente de uma potencial conversão.

Uma segunda dificuldade na semeadura de Deus refere-se às sementes que caem nas pedras. Santo Tomás, recordando o livro de Jó — “Firme como a pedra é o seu coração” (41, 15) —, afirma que as pedras representam os duros de coração (cordis duritia) que, tendo uma fé incipiente, não progridem no amor. Essas sementes lançadas entre as pedras até chegam a germinar e crescer, assim como a fé consegue brotar num coração endurecido. No entanto, por falta de raiz, acabam secando, como uma fé que definha, por não estar enraizada no amor a Cristo. Um coração endurecido, ainda que tenha superado os pecados e tenha fé, não se deixa mover pela caridade e, consequentemente, não se dispõe a retribuir o amor de Deus. Por isso, precisamos cada vez mais amar a Cristo e nos entregar a Ele, que por nós se ofereceu em sacrifício.

Como terceira dificuldade, o Evangelho apresenta as sementes sufocadas pelos espinhos. Aqui, nota o Doutor Angélico que os espinhos simbolizam as preocupações da vida (sollicitudines), os acessos de ira (irae), as brigas (rixae) e tantas outras situações que nos deixam sem paciência e desordenadamente irritados. Esse viver entre “espinhos” é bem perceptível nestes tempos de quarentena, em que muitas pessoas portam-se como “galinhas de granja”, trancafiadas em gaiolas e submetidas a um grande nível de estresse, e assim terminam bicando-se umas às outras, mesmo que nenhuma delas seja responsável pela situação. Para que a semente lançada por Deus não seja sufocada, é necessário renunciar a si mesmo e, com paciência, abraçar as cruzes cotidianas, pois é através delas que a nossa vontade se mortifica e o nosso coração se configura cada vez mais ao do Servo sofredor.

Que as sementes de vida eterna lançadas por Deus sejam acolhidas por nós com fé profunda, a fim de que, nEle crendo, recordemos o amor com que Ele nos amou e possamos retribuir-Lhe os seus dons oferecendo nossas vidas em constante sacrifício de amor.

Oração. — Senhor, Vós que prodigamente lançastes vossas sementes para toda a humanidade, fazei que, correspondendo à vossa graça, tomemos os cuidados necessários com a vossa semeadura, para que possamos colher frutos de de vida eterna. Amém.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | Não desperdicemos as sementes lançadas por Deus (15.º Domingo do Tempo Comum)

Embora muitos pensem que serão salvos pelos próprios esforços, Jesus nos mostra, na parábola do semeador, que é de Deus a iniciativa de lançar à humanidade as sementes da filiação divina. No entanto, cabe a nós cultivar a semeadura divina para que as sementes da Palavra de Deus germinem, cresçam e produzam frutos.Para que elas não sejam pisadas por nossos pecados e caiam no esquecimento, precisamos alimentar a virtude da fé; para que não sequem por falta de raiz, devemos arraigar nossa fé no amor a Cristo; e para que não sejam sufocadas pelos espinhos da irritabilidade, precisamos renunciar a nós mesmos e abraçar pacientemente as cruzes cotidianas.


https://youtu.be/T7mFFBCEB_w

Santo do dia 16/07/2023

Nossa Senhora do Carmo (Festa)
Data: 16 de Julho


A comemoração de Nossa Senhora do Monte Carmelo, ou Nossa Senhora do Carmo, foi instituída pelos carmelos entre 1376 e 1386, para celebrar a aprovação da regra daqueles religiosos pelo papa Honório III.

O dia 16 de julho evoca, segundo a tradição dos carmelos, uma aparição de Nossa Senhora a São Simão Stock, na época superior geral da ordem, homem de fé e grande devoto da Virgem Santa. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, na Inglaterra, São Simão pediu a Nossa Senhora um sinal de sua proteção que fosse visível também para os seus adversários. Teve então a visão em que Nossa Senhora lhe entrega o escapulário, com a promessa:

“Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.

O escapulário era o avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa. Estabeleceu-se também o escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos, após a visão de São Simão Stock. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas: entre outras, o privilégio sabatino.

Em sua bula chamada “Sabatina”, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir à sua morte. Esta graça ficou conhecida como “privilégio sabatino”. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.

No princípio do século XVII, o dia 16 tornou-se como a festa do Escapulário, que o papa Bento XIII estendeu por toda a Igreja do universo.

O intróito utiliza o de Santa Ágata e poderia ser de origem grega. "Rejubilemo-nos no Senhor, celebrando a festa em honra da bem-aventurada Virgem Maria", porque Ela é a "causa da nossa alegria", pois foi quem nos deu Jesus Cristo, nosso Salvador.

A coleta recorda que a ordem do Carmelo recebeu o título de Maria. A Epístola é tirada do Eclesiástico, e diz:

"Como a vide lancei flores de um agradável cheiro:
e as minhas flores dão frutos de glória e de riqueza.
Eu sou a mãe do amor formoso,
do temor, da ciência e da santa esperança.
Em mim há toda a graça do caminho e da verdade,
em mim toda a esperança da vida e da virtude.
Vinde a mim todos os que desejais,
e enchei-vos dos meus frutos,
porque o meu espírito é mais doce do que o mel,
e possuir-me é mais agradável que o favo de mel.
A minha memória durará por toda a série dos séculos.
Os que me comem terão ainda fome,
e os que me bebem terão ainda sede.
Aquele que me ouve não será confundido,
e os que agem por mim não pecarão.
Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna (Eclo 24, 23-31).

O responso-gradual é o da Visitação. O versículo do aleluia canta a Mãe de Deus que restitui aos homens a vida perdida. O Evangelho é um fragmento do Evangelho do terceiro domingo da Quaresma, e o versículo do ofertório adaptado de Jeremias (18, 20): suplicar à Virgem para que seja nossa advogada. A secreta pede para que nossas ofertas sejam salutares, graças à Mãe de Deus. A antífona da comunhão implora a intercessão da Rainha do mundo, e a pós-comunhão deseja ajuda, proteção e concórdia. graças à Mãe de Deus.

O escapulário carmelo, para José Falcone, carmelita falecido em 1591, tinha a virtude de uma proteção quase mágica. E em Portugal e na Espanha assim o tinham em conta.

A palavra latina “scàpula” significa ombro. O objeto de devoção acabou ficando popularmente conhecido como “escapulário” porque é colocado sobre os ombros. O escapulário também é conhecido como “bentinho do Carmo”.

Para os religiosos carmelitas, é símbolo de consagração religiosa na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Para os fiéis leigos, para o povo, é símbolo de devoção e afeto para com a mesma Senhora do Carmo. O escapulário é, em suma, um sinal externo de devoção mariana e de consagração pessoal à Santíssima Virgem Maria. É um sacramental, ou seja, um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por meio do qual se simbolizam efeitos espirituais obtidos pela intercessão da Igreja (cf. SC 60). O escapulário deve ser abençoado e colocado no fiel por um sacerdote, conforme o rito da imposição do escapulário.

Muitas pessoas usam o escapulário como um “amuleto”, algo “mágico” que “dá sorte”, que livra de “mau olhado” ou coisa semelhante. Ou simplesmente por modismo. Esses mesmos desvios acontecem com o uso de cruzes, medalhas, terços… O verdadeiro sentido de se usarem objetos de devoção deve brotar da consciência e do coração daquele que os usa, conhecendo o seu verdadeiro significado e escolhendo livremente sinalizar algo que existe em seu íntimo, em sua fé, em seus propósitos e em sua conversão.

Referências:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XIII. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 11 jul. 2021.

O ESCAPULÁRIO: o que é, como surgiu e como nos ajuda para a salvação eterna. 2020. Disponível em: https://pt.aleteia.org/2020/07/29/o-escapulario-o-que-e-como-surgiu-e-como-nos-ajuda-para-a-salvacao-eterna/. Acesso em: 16 jul. 2021.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil