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Santa Cecília, Virgem e Mártir, Memória

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Antífona de entrada

A virgem forte, oferta de pureza, oblação de castidade, agora segue o Cordeiro por nós crucificado.

Ou:


Feliz a virgem que, renunciando a si mesma e tomando sua cruz, imitou o Senhor, o esposo das virgens e príncipe dos mártires.
Loquebar de testimoniis tuis in conspectu regum, et non confundebar: et meditabar in mandatis tuis quae dilexi nimis. Ps. Beati immaculati in via: qui ambulant in lege Domini. (Ps. 118, 75. 120 et 1)
Vernáculo:
Sei que os vossos julgamentos são corretos, e com justiça me provastes, ó Senhor! Perante vós sinto tremer a minha carne, porque temo vosso justo julgamento! Sl. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! (Cf. LH: Sl 118, 79. 120)

Coleta

Ó Deus, que nos alegrais cada ano com a comemoração de Santa Cecília, fazei que os testemunhos sobre esta vossa serva, piedosamente transmitidos, sejam para nós exemplos a serem imitados e proclamem as maravilhas de Cristo, vosso Filho, realizadas nos fiéis. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Ap 10, 8-11)


Leitura do Livro do Apocalipse de São João


8Aquela mesma voz do céu, que eu, João, já tinha ouvido, tornou a falar comigo: “Vai. Pega o livrinho aberto da mão do anjo que está de pé sobre o mar e a terra”. 9Eu fui até ao anjo e pedi que me entregasse o livrinho. Ele me falou: “Pega e come. Será amargo no estômago, mas na tua boca, será doce como mel”. 10Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. 11Então ele me disse: “Deves profetizar ainda contra outros povos e nações, línguas e reis”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 118)


℟. Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!


— Seguindo vossa lei me rejubilo muito mais do que em todas as riquezas. ℟.

— Minha alegria é a vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos. ℟.

— A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata. ℟.

— Como é doce ao paladar vossa palavra, muito mais doce do que o mel na minha boca! ℟.

— Vossa palavra é minha herança para sempre, porque ela é que me alegra o coração! ℟.

— Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos. ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem. (Jo 10, 27) ℟.

Evangelho (Lc 19, 45-48)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Afferéntur regi vírgines: próximae eius afferéntur tibi in laetítia et exsultatióne: addicéntur in templum regi Dómino. (Ps. 44, 15. 16)


Vernáculo:
Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real. (Cf. LH: Sl 44, 15. 16)

Sobre as Oferendas

Senhor, os dons que vos apresentamos na celebração de Santa Cecília sejam do vosso agrado, como vos foi precioso o combate do vosso martírio. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O Cordeiro, que está no meio do trono, os conduzirá às fontes da água da vida. (Ap 7, 17)
Confundantur superbi quia iniuste iniquitatem fecerunt in me: ego autem in mandatis tuis exercebor in tuis iustificationibus ut non confundar. (Ps. 118, 78. 80; ℣. Ps. 118, 1. 41. 85. 87. 113. 123. 157. 161. 166. 174)
Vernáculo:
Humilhação para os soberbos que me oprimem! Eu, porém, meditarei vossos preceitos. Meu coração seja perfeito em vossa lei, e não serei, de modo algum, envergonhado! (Cf. LH: Sl 118, 78. 80)

Depois da Comunhão

Ô Deus, que coroastes Santa Cecília entre os santos pela dupla vitória da virgindade e do martírio, concedei-nos, pela força deste sacramento, superar com firmeza todo mal e alcançar a glória celeste. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 22/11/2024


As lágrimas e o chicote de Cristo


De chicote em mãos, Jesus mostra hoje o quanto ama o seu povo, a ponto de castigá-lo com santa indignação e expulsar do Templo os que ali profanavam o culto a Deus.

No Evangelho de hoje, Jesus faz a purificação do Templo expulsando os vendilhões, que lucravam com a religião que Deus tinha instituído no Antigo Testamento.Para entender o gesto de Jesus, seria interessante colocá-lo um pouco em contexto. Se nós olharmos um pouco mais para trás no evangelho de Lucas, veremos Jesus entrar triunfalmente em Jerusalém. Trata-se do domingo de ramos.Mas quando, em entrada triunfal, logo após avistar a cidade como um todo, Jesus chora sobre Jerusalém. Esse detalhe é recordado somente por São Lucas. Vendo a cidade de Jerusalém, chorou sobre ela, dizendo que Jerusalém mata os profetas porque não reconhece quando é visitada.Pois bem, é exatamente o Esposo que vai ao encontro da esposa, o Rei que vai ao encontro do seu povo, o Sacerdote que vai ao encontro do seu Templo, e não é recebido. Aqui nós vemos toda a realidade do drama. Deus, durante séculos, preparou um povo, constituiu sacrifícios, o Templo, o sistema dos holocaustos, revelou por meio de Moisés e dos profetas qual era a sua intenção, e no entanto, o povo ficou de coração endurecido.Ora, diante desse povo de coração endurecido, o coração de Deus chora. O Coração de Jesus é movido pela compaixão. Agora, estas lágrimas que Jesus acaba de derramar sobre a cidade de Jerusalém iluminam o chicote na mão dele ao expulsar os vendilhões do Templo. É a ira de Deus.Quando Deus manifesta sua ira, é realmente algo que para nós é duro, se recebemos o castigo; mas também é algo que não está no projeto originário de Deus. O projeto originário de Deus era que nós fôssemos salvos na santidade, na pureza de Adão e Eva. Fomos nós que rompemos o projeto originário por causa do nosso pecado.Deus mais uma vez tenta dar uma chance e prepara o homem para a vinda de seu Filho. Durante séculos, pedagogicamente, pacientemente, Deus foi preparando o povo, foi preparando a noiva para a vinda do Esposo; mas quando o Noivo vem, a esposa não o reconhece… Jesus reflete o coração de Deus.Sim, Jesus reflete o coração de Deus diante do povo, chorando, derramando lágrimas sobre Jerusalém exatamente porque ama essa cidade.E como última alternativa, como último gesto de amor, Jesus toma na mão o chicote para, com gesto bondoso, acordar os que estão dormindo, sim, tirar do torpor egoísta os corações que estão lá, involucrados em si mesmos, sem querer servir a Deus, antes servindo-se de Deus.Eis a grande dificuldade da cena do Templo: quando nós, ao invés de servirmos a Deus em santidade e em justiça, continuamos nos servindo a nós mesmos, egoístas, fechados e desatentos ao Deus de amor que vem nos visitar.Façamos, então, nosso exame de consciência. Não precisamos que Jesus pegue o chicote para nos ferir se nós, olhando para o Coração dele, percebemos as suas lágrimas.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 22/11/2024

Santa Cecília (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 22 de


Cecília é uma das sete mulheres mártires de quem se faz menção no Cânon romano, e uma das santas mais veneradas durante a Idade Média. Pertence ao seleto grupo das virgens mártires romanas. Contudo, não sabemos nada historicamente comprovado sobre ela, sequer sobre sua existência. Uma Santa Cecília certamente terá existido. Tudo, porém, que se conta desta mártir chegou a nós através da "Paixão de Santa Cecília", que narra o seu martírio. Esta passio, porém, data do fim do século V.

As primeiras notícias sobre Cecília dizem que ela pertencia à nobreza romana, como o atesta o nome dos Cecílios. Ela havia consagrado sua virgindade perpetuamente ao Senhor. Sem seu conhecimento fora prometida em casamento pelos pais a um jovem pagão chamado Valeriano. No mesmo dia das núpcias ela declarou ao noivo ainda pagão que um anjo guardava sua virgindade consagrada. O rapaz quis ver o anjo para crer. Ela lhe prometeu que o mostraria, contanto que ele se fizesse cristão como ela. Um sacerdote o instruiu e o batizou. Depois disso ele viu realmente o anjo protetor ao lado de Cecília. Narra ainda que pouco depois Valeriano com Tibúrcio, seu irmão, foram martirizados por se declararem cristãos. Deve tratar-se de uma história romanceada em favor da virgindade e não de relato histórico. Uns meses mais tarde, Cecília teria sido condenada à morte num quarto de banho superaquecido. Como seu corpo foi encontrado ainda vivo, um golpe de espada teria dado fim àquela existência. O papa Urbano teria mandado recolher seu corpo e depositá-lo nas catacumbas de São Calisto, perto da cripta dos papas. Mais tarde, teria sido transportada para a basílica dedicada a Santa Cecília, construída sobre a antiga casa dos Cecílios. Antes do aparecimento de tal narrativa, não se tem nenhuma notícia do culto litúrgico à virgem mártir Cecília.

Aliás, a partir da basílica dedicada a Santa Cecília, há outras interpretações do surgimento e da existência da santa. Era costume que nobres romanos cristãos ou esposos de matronas cristãs cedessem suas casas para o culto dos cristãos. Assim também o fez um tal Cecílio. Com a liberdade da Igreja, os cristãos de Roma construíram igrejas no lugar das casas que tinham sido "casas da Igreja": casa de Clemente, casa de Pudêncio, casa de Cecílio. Ao mesmo tempo, começou-se a construir igrejas sobre o túmulo dos mártires. Onde não havia lugar de martírio, eram colocadas relíquias de mártires sob o altar. Assim pode ter acontecido com a Casa ou Igreja de Cecílio. Ela se tornou Ecclesia caeciliana e, por que não, "Ecclesia Sanctae Caeciliae". Também nesta interpretação, como no caso de São Cristóvão (o carregador de Cristo), não se perde nada do mistério celebrado. Todo cristão que dá testemunho de Cristo eleva a Deus um canto novo diante do trono e do Cordeiro (cf. Ap 14, 3-4).

Mais tardia é a interpretação de seu papel de inspiradora e patrona da música e do canto sagrado. A passio conta que no dia do seu casamento, ouvindo os sons dos instrumentos musicais, Cecília cantava a Deus em seu coração. Os artistas da Renascença representam Santa Cecília com um instrumento musical nas mãos; e músicos e cantores a celebram como sua protetora. Isto parece basear-se na falsa interpretação de uma frase do seu antigo oficio litúrgico.

Hoje, os textos da Missa de Santa Cecília não fazem mais alusão ao aspecto de Santa Cecília ligada à música e ao canto. A Oração coleta, bastante sóbria e genérica, diz: Ó Deus, sede favorável às nossas súplicas e dignai-vos atender as nossas preces pela intercessão de Santa Cecília. Não considera, pois, qualquer aspecto lendário de sua vida.

Na leitura patrística, comentando o SI 32, Santo Agostinho desenvolve o tema: Cantai a Deus com arte e com júbilo. O responsório traduz em belo louvor a reflexão de Santo Agostinho: Vosso louvor é transbordante de meus lábios, cantam eles vossa glória o dia inteiro. A alegria cantará sobre meus lábios e minha alma libertada exultará. Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo.

Este cântico novo é próprio de todos os mártires e dos cristãos em geral. Que, a exemplo dos mártires, possamos transformar nossa vida num cântico novo ao Esposo e ao Cordeiro.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Cecília, rogai por nós!


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