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Antífona de entrada

A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; para os salvos, como nós, ela é poder de Deus. (Gl 6, 14a; 1Cor 1, 18)

Coleta

Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso Filho até a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Dn 5, 1-6. 13-14. 16-17. 23-28)


Leitura da Profecia de Daniel


Naqueles dias, 1o rei Baltasar ofereceu um grande banquete aos mil dignitários de sua corte, tomando vinho em companhia deles. 2Já embriagado, Baltasar mandou trazer os vasos de ouro e prata, que seu pai Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém, para beberem deles o rei e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas.

3Foram, pois, trazidos os vasos de ouro e prata, retirados do templo de Jerusalém, e deles se serviram o rei e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas; 4bebiam vinho e engrandeciam seus deuses de ouro e prata, de bronze e ferro, de madeira e pedra. 5Naquele mesmo instante, apareceram dedos de mão humana que iam escrevendo, diante do candelabro, sobre a superfície da parede do palácio, e o rei via os dedos da mão que escrevia. 6Alterou-se o semblante do rei, confundiram-se suas ideias e ele sentiu vacilarem os ossos dos quadris e tremerem os joelhos.

13Então Daniel foi introduzido à presença do rei, e este lhe disse: “És tu Daniel, um dos cativos de Judá, trazidos de Judá pelo rei, meu pai? 14Ouvi dizer que possuis o espírito dos deuses, e que em ti se acham ciência, entendimento e sabedoria em grau superior. 16Ora, ouvi dizer também que sabes decifrar coisas obscuras e deslindar assuntos complicados; se, portanto, conseguires ler o escrito e dar-me sua interpretação, tu te vestirás de púrpura, e levarás ao pescoço um colar de ouro, e serás o terceiro homem do reino”. 17Em resposta, disse Daniel perante o rei: “Fiquem contigo teus presentes e presenteia um outro com tuas honrarias; contudo, vou ler, ó rei, o escrito e fazer-te a interpretação. 23Tu te levantaste contra o Senhor do céu; os vasos de sua casa foram trazidos à tua presença e deles bebestes vinho, tu e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas; ao mesmo tempo, celebravas os deuses de prata e ouro, de bronze e ferro, de madeira e pedra, deuses que não veem nem ouvem, e nada entendem — e ao Deus, que tem em suas mãos tua vida e teu destino, não soubeste glorificar. 24Por isso, foram mandados por ele os dedos da mão, que fez este escrito. 25Assim se lê o escrito que foi traçado: mâne, técel, pársin. 26E esta é a explicação das palavras: mâne: Deus contou os dias de teu reinado e deu-o por concluído; 27técel: foste pesado na balança, e achado com menos peso; 28pársin: teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Dn 3, 62s)


℟. Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!


— Lua e sol, bendizei o Senhor! Astros e estrelas, bendizei o Senhor! ℟.

— Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor! Brisas e ventos, bendizei o Senhor! ℟.

— Fogo e calor, bendizei o Senhor! Frio e ardor, bendizei o Senhor! ℟.


https://youtu.be/UzQWnmLDG5I
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Permanece fiel até a morte e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2, 10c) ℟.

Evangelho (Lc 21, 12-19)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Recebei, Pai santo, as oferendas que vos apresentamos, venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, para que, entre as dificuldades desta vida, possamos ser achados sempre fiéis a vós e apresentados como hóstia agradável. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5, 10)

Depois da Comunhão

Na comemoração dos vossos santos mártires, vós nos alimentastes, ó Pai, com o mesmo pão; dai-nos permanecer unidos no vosso amor e receber o prêmio eterno da nossa paciência. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 24/11/2021
É necessário fortalecermos a nossa fé em Jesus

“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” (Lucas 21,19).

Aqui, é necessário, mais do que nunca, a firmeza da fé, permanecer firme na fé. Somos fracos, somos cercados de fragilidades, e é por causa disso que temos que nos fortalecer na fé. O Evangelho que nós ouvimos hoje nos apresenta temeridades, perseguições e complicações na vida dos seguidores de Jesus.

Se hoje achamos a nossa vida difícil, é porque não conhecemos o que passaram os apóstolos, é porque não adentramos nos primeiros séculos da vida cristã, onde praticamente todos os seguidores de Jesus derramaram seu sangue por amor a Ele, não se acovardaram, não se intimidaram, mas quem tinha paixão pelo Evangelho deu a sua vida por Ele.


Anime-se quem estiver desanimado; olhos fixos em Jesus, autor e consumador da nossa fé

Somos uma geração fraca, somos uma geração muito frágil, porque, por qualquer coisa, nos fragilizamos; por qualquer coisa, fazemo-nos de coitados; por qualquer coisa, desanimamos; e por qualquer situação criamos confusão, e assim criamos uma religião de fracassados e desanimados, de pessoas que não são capazes de enfrentar as coisas mínimas.

A pessoa fica chateada com o padre porque ele não fez o que ela queria; ficam chateadas com o líder da igreja ou com aquela outra pessoa. São desculpas tão ridículas! E não se sinta ofendido com isso, porque, com a grandeza da fé, com a grandeza que significa o seguimento de Jesus, se nos intimidarmos, se chorarmos ou nos fizermos de coitados por qualquer coisa, é sinal de que não entendemos o que é seguir Jesus.

Os acontecimentos retratados no Evangelho hoje: perseguição, prisão; muitos foram levados à morte, muitos foram chicoteados, maltratados… Deixamos de seguir Jesus porque alguém “fechou” a cara para nós; deixamos de ir à igreja porque ficamos contrariados com isso ou com aquilo; deixamos de seguir Jesus porque o irmão é desse ou daquele jeito... Tudo isso demonstra o tamanho da nossa maturidade.

O Reino dos Céus não é para os imaturos; e se somos imaturos, é hora de amadurecermos, é hora de tomarmos a couraça da fé.

É desse jeito que nos perdemos na vida e perdemos a vida eterna, porque não temos firmeza na fé. Então, que a afirmação de Jesus – “É permanecendo firmes que iremos ganhar a vida” – coloque firmeza nos seus passos, coloque firmeza nos seus propósitos. Não seja aquela pessoa fraca, não seja aquela pessoa que qualquer vento derruba, porque as tempestades são muitas, os ventos vêm de todos os lados, as enchentes vêm por baixo para nos derrubar, para nos levar, mas é quem está edificado na rocha que é Jesus permanece em pé. Por isso, levante-se quem estiver prostrado, anime-se quem estiver desanimado; olhos fixos em Jesus, autor e consumador da nossa fé.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia | O preço da vida é a perseverança (Memória de Santo André Dung-Lac e Companheiros Mártires)

No sermão escatológico, Jesus não se limita a prever as catástrofes vindouras, mas revela também o motivo por que Deus as permite: “Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé”. E o que significa testemunhá-la? A resposta no-la dá um dos salmos: “Vosso amor vale mais do que a vida”, pois, como adverte Cristo em outro lugar, não devemos temer “os que matam o corpo, e não podem matar a alma”, privando-a do dom natural da imortalidade e da vida sobrenatural da graça. Temamos, portanto, “aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo” (Mt 10, 28), pois o que os homens podem infligir são males temporais e passageiros, enquanto os castigos de Deus são eternos e gravíssimos. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, 24 de novembro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho.


https://youtu.be/yisCu379Yw4

Santo do dia 24/11/2021


Santos André Dung-Lac, João Teófanes Venard e companheiros (Memória)
Local: Hanói, Vietnã
Data: 24 de Novembro † 1625-1886


No extremo oriente da Ásia, nas terras do Tonquim, do Aname e da Cochinchina, regiões que hoje formam o Vietnã, o Evangelho já vinha sendo anunciado desde o século XVI. Entre os evangelizadores são contados os Frades da Ordem de São Domingos, naturais da Espanha e membros da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, que obtiveram abundantes frutos.

Contudo, nos séculos XVII, XVIII e XIX, mais precisamente desde 1625 a 1886, excetuados breves períodos de paz, os governantes dessas regiões tudo fizeram para despertar o ódio contra a religião cristã e os discípulos de Cristo. Quanto mais perseguidos, maior o fervor cristão, tendo como resultado um elevadíssimo número de mártires. São 117 mártires, chamados mártires vietnamitas, canonizados por João Paulo II, em 19 de junho de 1988, na praça de São Pedro em Roma. Todos tinham sido beatificados anteriormente em quatro ocasiões diferentes.

Além do número de mártires, são significativas suas qualificações: 8 bispos, 50 sacerdotes e 59 leigos; a nacionalidade: 96 vietnamitas, 11 espanhóis e 10 franceses; estado religioso: 11 dominicanos, 10 da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, outros do clero local e um seminarista; e o estado leigo: muitos pais de família, uma mãe, 16 catequistas, 6 militares, 4 médicos, um alfaiate, camponeses, pescadores e chefes de Comunidades cristãs. Seis deles foram martirizados no século XVIII; os outros, entre 1835 e 1862. Grande parte deles foi decapitada; os outros foram estrangulados, queimados vivos, esquartejados, morreram na prisão, em consequência das torturas, porque se recusaram a pisar na cruz de Cristo e a admitir que sua fé fosse falsa.

A comemoração dos mártires vietnamitas foi introduzida como memória obrigatória no Calendário Romano Universal após a sua canonização em 1988. A memória obrigatória quer expressar a universalidade da Igreja de Cristo. Os mártires vietnamitas são um testemunho eloquente desta universalidade tanto em âmbito de regiões do mundo como de representantes de diversas partes do mundo e ainda na variedade de suas qualificações: bispos, sacerdotes, religiosos leigos das mais diversas profissões. O testemunho da fé é vocação de todos os seres humanos.

A Antífona da entrada e a Oração coleta mostram como estes mártires, de condição tão diferente, foram fiéis à cruz de Cristo e suportaram sofrimentos inenarráveis, suportados por amor de Deus, fonte e origem de toda paternidade. Pede-se, por sua intercessão, que "propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos". A Oração sobre as oferendas pede que, venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, Deus nos conceda que, entre as dificuldades desta vida, possamos ser achados sempre fiéis a vós e apresentados como hóstia agradável.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santos André Dung-Lac, João Teófanes Venard e companheiros, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil