Nome: São Vilibaldo, Bispo (Memória Facultativa)
Local: Francônia, Alemanha
Data: 07 de Julho † 787

São Vilibaldo era filho de São Ricardo, rei dos saxões ocidentais, festejado na Toscana, e pai dos santos Winibaldo e Valburga. Casado com uma parenta de São Bonifácio, Ricardo foi contemporâneo do rei Ina. Seduzido pelas peregrinações, a morte surpreendeu-o na Itália, em 722, sendo enterrado na igreja de São Fridiano, onde muitos milagres se realizaram.

Aos três anos, Vilibaldo foi vítima de insidiosa enfermidade. Os pais, aflitos, sem saber o que fazer, sentiram-se, de repente, como que trespassados por uma inspiração do céu. Agarraram-no, na mesma hora, e o levaram aos pés de uma cruz, de um cruzeiro muito visitado, numa vasta praça pública, e ali o consagraram a Deus, ao qual suplicaram que lhes curasse o filho desenganado. Se se salvasse, haveria de dedicar-se exclusivamente ao Senhor infinitamente bondoso e poderoso.

Deus atendeu aquele pedido. Curou o pequenino Vilibaldo. E os pais, cumprindo a promessa, levaram o pequeno, quando completou seis anos, para a abadia de Waldheim, colocando-o sob a direção do abade Egbaldo. Ali, o pequeno, virtuoso, dócil e estudioso, sempre recebeu a estima dos monges todos, sem exceção.

São Vilibaldo permaneceu na abadia de Waldheim até que terminou os estudos, depois do que, deixando as amizades todas que fizera, juntou-se ao irmão Winibaldo e ao pai, que iam em peregrinação a Roma.

Na Itália, antes de alcançar Roma, São Ricardo faleceu. E os dois irmãos depois de lhe renderem os últimos deveres, continuaram a rota.

Chegando à Cidade Eterna, ambos, devota e contritamente, tomaram o hábito monástico.

Vilibaldo, com alguns senhores ingleses, com os quais travara conhecimento, seguiu para Jerusalém, e o irmão, que não pudera, não se sabe por que razão, deixar a Itália, permaneceu em Roma.

O nosso Santo passou por Nápoles, pela Calábria, Sicília, Éfeso, Chipre, e, pouco antes de alcançar o ponto final da peregrinação, foi preso pelos sarracenos. Graças, porém, a um fidalgo espanhol, foi logo posto em liberdade, com os demais.

Chegados a Jerusalém, São Vilibaldo e os companheiros visitaram com muita emoção todos os lugares que Nosso Senhor santificara quando homem nesta terra. Por sete anos, viveram na Palestina, depois, empreenderam a viagem de regresso, entrando na Itália por volta do ano de 728, depois de dois anos de estadia em Constantinopla.

Sempre e sempre a pensar na promessa dos bons pais. São Vilibaldo, sem mais retarde, buscou o Monte Cassino, que naquela época era governado pelo abade Petronax.

Inicialmente, sempre a suscitar admiração de toda a comunidade, pelas virtudes, São Vilibaldo foi sacristão. Em seguida, deão, depois porteiro, posto de grande responsabilidade, que São Bento somente costumava dar aos "velhos prudentes".

Em 738, o Porteiro deixou o convento, encarregado que foi de acompanhar a Roma um padre recém chegado da Espanha. Naquela altura, São Bonifácio se encontrava ao lado do papa, então Gregório III, e Vilibaldo muito se alegrou por revê-lo.

Bonifácio, feliz com aquele encontro, suplicou ao Santo Padre a permissão para levar o parente à missão da Germânia. Conseguido o assentimento, Gregório III, que muito se encantara com o Santo, desobrigou-o mesmo de retornar ao Monte Cassino.

Assim, ambos, Bonifácio e Vilibaldo, chegaram à Turíngia. E o grande apóstolo, incontinente, ao parente ordenou padre. Era 22 de julho de 740. Quinze meses mais tarde, em Salzburgo, sagrava-o bispo de Eichstadt.

São Vilibaldo, pouco depois, fundava um mosteiro, ao qual impôs a disciplina do Monte Cassino, mosteiro em que se retirava, de vez em vez, para retemperar-se, aprontando-se para novos trabalhos.

Do seu episcopado, pouco se sabe: assistiu ao Concílio da Germânia em 742; ao de Attignies em 765; em 775, para Eichstadt, transferiu restos do irmão Winibaldo, que, de Roma, ganhara a Alemanha e ali falecera; em 785, conferiu certas possessões ao mosteiro de Fulda; e, em 790, no dia 7 de julho, faleceu.

Sepultado na Catedral, a primeira elevação do santo corpo efetuou-se em 989. Colocaram-no, então, ao lado do altar de São Guido, na mesma cripta.

Três outras elevações tiveram oportunidade: uma em 1056, para o meio da igreja: outra em 1256, para a capela da Santa Virgem; e a terceira, em 1270, ocasião em que lhe transferiram as relíquias para a capela erguida em sua honra e que lhe tomou o nome.

Canonizado em 938 pelo papa Leão VII, São Vilibaldo é o principal padroeiro da diocese de Eichstadt.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XI. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.

São Vilibaldo, rogai por nós!

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