Nome: Todos os Fiéis Defuntos (Solenidade)
Data: 02 de Novembro

Até quando o Senhor Jesus virá em sua glória e, destruída a morte, lhe forem submetidas todas as coisas, alguns de seus discípulos são peregrinos na terra; outros, que passaram desta vida, estão se purificando; outros, enfim, gozam da glória, contemplando a Deus. Todos, porém, comungamos na mesma caridade de Deus. Portanto, a união daqueles que estão a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe, antes se vê fortalecida pela comunhão dos bens espirituais (cf. LG 49).

A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles seus sufrágios (cf. LG 50). Nos ritos fúnebres a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na certeza de que todos que se tornaram pelo batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam com ele à vida sem fim (cf. Rito das Exéquias, 1).

Se a festa de Todos os Santos celebra os que foram glorificados e participam da glória no Cristo ressuscitado, sejam eles canonizados como santos ou não, a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos coloca a Igreja em comunhão com os que nos precederam na fé, em relação aos quais está viva a memória da Comunidade.

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos traz à memória da Comunidade cristã vários mistérios: o mistério da morte, a comunhão solidária com os que nos precederam na fé, a lembrança dos que caminharam conosco na peregrinação terrena, seja na Comunidade familiar, seja na Comunidade eclesial. E não podem ser esquecidos todos os justos salvos mesmo sem terem conhecido a Jesus Cristo.

Dia de Finados leva as pessoas às suas raízes familiares, simbolizadas pelo cemitério. Dia de Finados é o dia da saudade e o dia da esperança. Levar flores aos túmulos dos parentes parece uma obrigação de gratidão e de reconhecimento. No fundo, está-se realizando um rito muito significativo. As flores simbolizam o jardim, o paraíso, a felicidade, que todos desejam aos seus entes queridos.

Depois que uma pedra foi removida do túmulo, o cemitério pode ser chamado de Campo santo, Campo da paz, Jardim da esperança. Já não é mais o lugar fatídico do fim sem sentido, mas o lugar da esperança da vida em Cristo Jesus.

Este encontro com as raízes da vida, com os antepassados, desperta a perspectiva do futuro. É a esperança. Esperança da vida, esperança da ressurreição, esperança da glória em Cristo Jesus.

Daí podemos recolher três elementos fundamentais na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

Temos, primeiramente, a ação de graças pelo que Deus realizou, por sua graça, nos que nos precederam na fé. Comemoramos as maravilhas que Deus neles operou. Não apenas nos santos canonizados, mas nos santos que conviveram conosco, seja na família, seja na Comunidade eclesial. Damos graças a Deus pelo que ele realizou em nossos antepassados, em nossos avós, nossos pais, irmãos, parentes e amigos, que já passaram deste mundo para o Pai.

Depois, olhamos para eles como testemunhas da fé cristã. Eles nos precederam na fé. Aparecem como luzes a indicar o caminho para Deus, como exemplos de fé, de amor e de fidelidade. Brota, então, o desejo de imitá-los, de segui-los no mesmo caminho.

Finalmente, a Comunidade eclesial intercede; pede a Deus que manifeste sua bondade e misericórdia para com os que já terminaram o seu peregrinar nesta terra. A Igreja vive, então, a realidade do Corpo místico de Cristo, manifestado na Igreja peregrinante, na Igreja padecente e na Igreja triunfante. A Igreja reza pelos falecidos, pedindo que Deus lhes conceda o repouso eterno, a participação do convívio eterno com ele.

Os textos, inclusive, os prefácios à escolha, lançam a comunidade celebrante no mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor Jesus. A Igreja celebra o mistério da sepultura do Senhor na certeza da ressurreição. Talvez a Antífona da entrada do primeiro formulário das Missas possa resumir o mistério celebrado: Como Jesus morreu e ressuscitou, Deus ressuscitará os que nele morreram. E, como todos morrem em Adão, todos em Cristo terão a vida.

E a Antífona da Comunhão reza: Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Aquele que crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Oração de Santa Gertrudes pelas almas do Purgatório

Eterno Pai, Ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos.
Amém.

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