Santíssima Trindade, Solenidade
Antífona de entrada
Vernáculo:
O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo seu Espírito que habita em nós, aleluia. (Cf. MR: Rm 5, 5; cf. 8, 11) Sl. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! (Cf. LH: Sl 102, 1)
Glória
Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.
Coleta
Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso admirável mistério. Concedei-nos, na profissão da verdadeira fé, reconhecer a glória da Trindade e adorar a Unidade na sua onipotência. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — Pr 8, 22-31
Leitura do Livro dos Provérbios
Assim fala a Sabedoria de Deus: 22“O Senhor me possuiu como primícia de seus caminhos, antes de suas obras mais antigas; 23desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes das origens da terra. 24Fui gerada quando não existiam os abismos, quando não havia os mananciais das águas, 25antes que fossem estabelecidas as montanhas, antes das colinas fui gerada.
26Ele ainda não havia feito as terras e os campos, nem os primeiros vestígios de terra do mundo.
27Quando preparava os céus, ali estava eu, quando traçava a abóbada sobre o abismo, 28quando firmava as nuvens lá no alto e reprimia as fontes do abismo, 29quando fixava ao mar os seus limites — de modo que as águas não ultrapassassem suas bordas — e lançava os fundamentos da terra, 30eu estava ao seu lado como mestre-de-obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo, em sua presença, 31brincando na superfície da terra, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 8, 4-5. 6-7. 8-9 (R. 2a)
℟. Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
— Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?” ℟.
— Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes: ℟.
— as ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas. ℟.
Segunda Leitura — Rm 5, 1-5
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos: 1Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 2Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus.
3E não só isso, pois nos gloriamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, 4a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; 5e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
℣. Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Divino, ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém. (Cf. Ap 1, 8) ℟.
Evangelho — Jo 16, 12-15
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo João
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora.
13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.
14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Creio
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.
Antífona do Ofertório
Benedíctus sit Deus Pater, unigenitúsque Dei Fílius, Sanctus quoque Spíritus: quia fecit nobíscum misericórdiam suam. (Cf. Tob. 12, 6)
Vernáculo:
Bendito seja Deus Pai e seu Filho Unigênito, com o Espírito Santo, porque mostrou-nos a sua misericórdia. (Cf. MR)
Sobre as Oferendas
Senhor nosso Deus, nós vos pedimos, santificai, pela invocação do vosso nome, esta nossa humilde oferenda, e por meio dela, tornai-nos uma dádiva perene para vós. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Vernáculo:
Bendizei a Deus e celebrai-o diante de todos os viventes, por todos os benefícios que ele vos fez. (Cf. Bíblia CNBB: Tb 12, 6)
Depois da Comunhão
Senhor nosso Deus, proclamando nossa fé na Trindade eterna e santa e na sua indivisível Unidade, nós vos pedimos que a comunhão neste sacramento nos sirva para a salvação do corpo e da alma. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 15/06/2025
Intercambio de Amor
Quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará para a verdade toda e vos fará lembrar de tudo o que eu vos disse. João 16,12-15
União trinitária
Irmãos e irmãs, no domingo de hoje, celebramos a solenidade da Santíssima Trindade. Sempre que falamos da Santíssima Trindade, nós falamos da relação mútua de unidade e comunhão entre as pessoas da Santíssima Trindade.
O pai ama e é amado pelo filho, o filho ama e é amado pelo Pai, e este intercâmbio de amor com que o Pai ama o Filho, com que o Filho ama o Pai e é amado pelo Pai, é o Espírito Santo.
Então, a trindade é comunhão.
Neste domingo, também nós somos convidados à experiência da comunhão, primeiramente com Deus, mas deve ser refletida, nos nossos relacionamentos cotidianos, nas nossas relações fraternas, então a unidade e comunhão da trindade deve permanecer em nossa família, não sei se a sua família, se em algum momento você já viveu situações em que era necessário, ali vida de comunhão, vida de reconciliação…
Peçamos que a trindade, seja referencia para nós todas as celebrações da igreja, nós começamos invocando a Santíssima Trindade. Então, nós começamos em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Então, que seja parte constante da nossa vida. Somos habitados pela Santíssima Trindade.
Somos templo, morada, onde Deus habita, Pai, Filho e Espírito Santo.
Então, que a nossa vida seja transformada, neste dia a partir dessa celebração que é um mistério. É o mistério da Santíssima Trindade.
Refletimos, nesta solenidade sobre o mistério de Deus que é amor em sua essência.
A trindade é a fonte de toda comunhão e também de unidade. A relação do amor, a reciprocidade, e a comunhão na Trindade é parâmetro para as nossas relações humanas.
A Santíssima Trindade é o mistério central da nossa fé, onde vemos a perfeição da comunhão entre as três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo.
A Trindade é um mistério.
A Trindade é uma dinâmica de amor, que deve se refletir na vida da Igreja e na vida de cada um de nós.
Celebrar a Trindade Santa, a Trindade Divina, é celebrar um convite a vivermos em comunidade, onde o amor deve ser o princípio de tudo.
Então, é um mistério, mas é um mistério de profundidade, é um mistério de reciprocidade, é um mistério que gera relação, relação viva e relação que transforma. Que a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo permaneça na nossa vida, permaneça nos nossos ambientes, permaneça na sua casa e aí você seja totalmente, abençoado, conduzido por essa presença que gera comunhão, que gera presença, que gera transformação em nossa vida.
Sobre você desça e permaneça a bênção do Deus Todo-Poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Edison Oliveira
“Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda”. Esse é um dos poucos versículos do Evangelho que costuma ser citado pelos que não creem em Cristo. Mas, afinal, será mesmo que estamos “condenados” a fechar os olhos e esperar que o mundo nos estapeie as duas bochechas? Qual é o sentido deste ensinamento evangélico, tão difícil de viver e tão mal interpretado pelos que não querem aceitá-lo?Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 16 de junho, e entenda verdadeiramente o que esta frase tão enigmática quer nos dizer.
Santo do dia 15/06/2025
São Vito, Mártir (Memória Facultativa)
Local: Lucânia, Itália
Data: 15 de Junho † data inc.
Vito foi um dos santos mais populares da Idade Média. Testemunho disso é a sua inserção no limitado grupo dos Santos Auxiliadores (os catorze ou quinze, conforme os lugares), cuja intercessão era considerada particularmente eficaz, por ocasiões de doenças ou necessidades características. Como é talvez conhecido, os catorze Santos Auxiliadores estavam dispostos em ordem alfabética: Acácio, Bárbara, Brás, Catarina de Alexandria, Ciríaco, Cristovão, Dionísio, Egídio, Erasmo, Eustáquio, Jorge, Margarida, Pantaleão e Vito. São Vito era invocado sobretudo para esconjurar a coreia, ou dança de são Vito, a letargia, a mordida de animais venenosos e a hidrofobia.
A figura de são Vito foi envolvida pela lenda, que se caracterizou na fantasiosa Paixão redigida no século VII, e agora torna-se impossível distinguir o que é verdadeiro e o que é lendário, embora seja possível precaver-se das grosseiras invenções. É com este espírito que os especialistas que redigiram o Calendário reformado formularam a respeito de 15 de junho a seguinte nota: “A memória de são Vito, mártir de Lucânia, embora antiga, fica reservada a calendários particulares. Modesto e Crescência porém, ao que parece, são pessoas fictícias, cujos nomes foram inscritos no Calendário romano no século XI’’.
A lenda é muito conhecida: Vito, siciliano de nascimento, com apenas sete anos já é cristão convicto e começa a operar vários prodígios. O presidente Valeriano ordena sua prisão e tenta com adulações e com ameaças fazê-lo apostatar. Mas de nada valem também os desesperados apelos de seu próprio pai, pagão obstinado. O pequeno Vito tem ao seu lado o exemplo de coragem e fidelidade, o pedagogo Modesto e a nutriz Crescência. Os três foram milagrosamente libertados por um anjo e puderam se retirar para Lucânia, onde continuaram a dar testemunho da sua fé com palavras e prodígios. A fama de são Vito chegou até aos ouvidos de Diocleciano, cujo filho (fantasia da Paixão) estava doente epilético, doença então impressionante.
São Vito foi levado a Roma, curou o moço e por recompensa foi torturado e jogado novamente no cárcere. Mas o anjo liberta-o e finalmente, voltando a Lucânia, Vito pôde dar juntamente com Modesto e Crescência o supremo testemunho do martírio. Não obstante o verniz lendário, São Vito, talvez não tanto como menino nem como taumaturgo, continua estimulando a vivência cristã de tantos que leram seu nome.
Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.
São Vito, rogai por nós!

Beata Albertina Berkenbrock, Virgem e Mártir (Memória Facultativa)
Local: Santa Catarina, Brasil
Data: 15 de Junho † 1931
Albertina Berkenbrock nasceu em 11 de abril de 1919 em São Luís, Imaruí, Santa Catarina, Brasil. Foi batizada em 25 de maio de 1919 e confirmada em 9 de março de 1925. Fez a Primeira Comunhão em 16 de agosto de 1928.
Albertina cresceu em uma família devota. Ela voluntariamente ajudou seus pais em casa e na terra.
Desde cedo aprendeu a rezar com profunda devoção e era forte na prática da sua fé católica. Ela falou do dia da Primeira Comunhão como o dia mais lindo de sua vida e teve especial devoção a Nossa Senhora e a São Luís Gonzaga, modelo de pureza e padroeiro de São Luís.
Na escola Albertina era modelo para os colegas e motivo de admiração dos adultos. Seus professores elogiaram especialmente sua espiritualidade e moral, superiores às crianças de sua idade. Ela era uma estudante diligente que conhecia o seu Catecismo e guardava os Mandamentos de Deus.
Em casa, quando seus irmãos a provocavam e insultavam, como fazem os irmãos, ela não retaliava. Com sua educação cristã, até mesmo as brincadeiras infantis que ela praticava refletiam seu profundo senso religioso. Ela brincava alegremente com as crianças mais pobres e repartia com elas o pão.
Em casa, ela era especialmente amorosa com os filhos de um funcionário de seu pai; embora desconhecido para ela, aquele homem se tornaria seu futuro assassino.
Chamava-se Maneco Palhoça mas também era conhecido como Indalício Cipriano Martins ou como Manuel Martins da Silva. Albertina muitas vezes dava comida não só aos filhos, mas também a ele. Como Maneco era africano e o racismo ainda era uma grave doença social, a bondade da jovem era especialmente notável.
Um dia, quando Albertina procurava um boi fugitivo, encontrou Maneco carregando feijão em sua carroça. Quando ela lhe perguntou se ele tinha visto o boi, ele apontou na direção errada para atraí-la para um lugar onde pudesse satisfazer sua luxúria sem atrair atenção.
Inocentemente, Albertina seguiu as indicações de Maneco e chegou a um bosque. Ao ouvir o estalar de gravetos, ela se virou, pensando que fosse o boi, e se viu cara a cara com Maneco. Ela estava petrificada.
Ele a informou de suas intenções, mas ela o recusou firmemente. Albertina lutou muito por sua virtude. Mesmo quando ele a jogou no chão, ela fez o possível para se cobrir. Furioso por ter sido derrotado moralmente pela jovem, Maneco agarrou-a pelos cabelos e cortou-lhe a garganta com uma faca.
Maneco tentou encobrir seu crime. Ele disse ter descoberto o corpo dela e acusou um homem chamado João Candinho de matá-la, que protestou em vão sua inocência. Mas as pessoas ficaram desconfiadas porque, quando Maneco passava pela sala onde estava o corpo de Albertina, testemunhas disseram que toda vez que ele se aproximava do corpo dela, o sangue escorria do corte em seu pescoço.
Dois dias depois, o prefeito de Imaruí mandou chamar João Candinho. O oficial pegou um crucifixo e junto com Candinho e outros, foi até a casa de Albertina. Colocou o crucifixo no peito dela, mandou João Candinho colocar as mãos no crucifixo e jurar que era inocente. Diz-se que naquele mesmo instante a ferida no pescoço parou de sangrar.
Maneco tentou fugir, mas foi preso. Ele confessou seu crime, bem como dois outros assassinatos. Ele foi julgado, condenado e condenado à prisão perpétua. Na prisão, ele admitiu aos seus companheiros de prisão que assassinou Albertina porque ela resistiu às suas tentativas de estupro.
Este testemunho dos seus próprios lábios é fundamental para determinar este como um verdadeiro martírio. A reação de Albertina é inequívoca, pois preferiu morrer a submeter-se.
No mesmo dia da morte de Albertina, a jovem foi popularmente proclamada mártir porque todos os que a conheciam podiam testemunhar a sua educação cristã, o seu bom comportamento, a piedade e a caridade.
A sua reputação de mártir foi confirmada quando a parteira local que examinou o seu corpo afirmou que a tentativa de violação não foi um sucesso.
Pouco depois, começaram a falar das graças recebidas por intercessão de Albertina.
Foi sepultada no cemitério de São Luís, mas devido à fama do seu martírio e aos favores obtidos por sua intercessão, seu corpo foi posteriormente colocado na Igreja de São Luís.
Fonte: vatican.va
Beata Albertina Berkenbrock, rogai por nós!