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Antífona de entrada

O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.

Coleta

Ó Deus, que jamais permitis que as potências do mal prevaleçam contra a vossa Igreja, fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos, dai-lhe, pelos méritos do papa São Leão, permanecer firme na verdade e gozar paz para sempre. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Sb 6, 1-11)


Leitura do Livro da Sabedoria


1Escutai, ó reis, e compreendei. Instruí-vos, governadores dos confins da terra! 2Prestai atenção, vós que dominais as multidões e vos orgulhais do número de vossos súditos. 3Pois o poder vos foi dado pelo Senhor e a soberania, pelo Altíssimo.

É ele quem examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções; 4apesar de estardes ao serviço do seu reino, não julgastes com retidão, nem observastes a Lei, nem procedestes conforme a vontade de Deus. 5Por isso, ele cairá de repente sobre vós, de modo terrível, porque um julgamento implacável será feito sobre os poderosos.

6O pequeno pode ser perdoado por misericórdia, mas os poderosos serão examinados com poder. 7O Senhor de todos não recuará diante de ninguém nem se deixará impressionar pela grandeza, porque o pequeno e o grande foi ele quem os fez, e a sua providência é a mesma para com todos; 8mas para os poderosos, o julgamento será severo. 9A vós, pois, governantes, dirigem-se as minhas palavras, para que aprendais a Sabedoria e não venhais a tropeçar. 10Os que observam fielmente as coisas santas serão justificados; e os que as aprenderem vão encontrar sua defesa. 11Portanto, desejai ardentemente minhas palavras, amai-as e sereis instruídos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 81)


℟. Levantai-vos, ó Senhor, julgai a terra!


— Fazei justiça aos indefesos e aos órfãos, ao pobre e ao humilde absolvei! Libertai o oprimido, o infeliz, da mão dos opressores arrancai-os! ℟.

— Eu disse: “Ó juízes, vós sois deuses, sois filhos, todos vós, do Deus Altíssimo! E, contudo, como homens morrereis, caireis como qualquer dos poderosos!” ℟.


https://youtu.be/Nq_8VM6Z0SU
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco, em Cristo, o Senhor. (1Ts 5, 18) ℟.

Evangelho (Lc 17, 11-19)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram a seu encontro. Pararam à distância, 13e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” 14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.

Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.

17Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Pelas oferendas que vos apresentamos, iluminai, ó Deus, a vossa Igreja, para que o vosso rebanho cresça por toda parte e seus pastores sejam de vosso agrado. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. (Cf. Jo 10, 11)

Depois da Comunhão

Ó Deus, governai com amor a vossa Igreja, que alimentastes nesta sagrada ceia, para que, conduzida por vossa mão poderosa, veja crescer a sua liberdade e conserve a integridade da fé. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 10/11/2021
Que nosso coração seja grato a Deus por todas as bênçãos

“Atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano” (Lucas 17,16).

Foram dez os leprosos que se aproximaram de Jesus e clamaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós". Nem vou me alongar sobre a situação dos leprosos na época de Jesus, renegados, deixados de lado, marginalizadas, vistos como impuros por causa da lepra, por causa daquela pele que estava "estragada". O fato é que eles clamavam pela misericórdia, o fato é que eles clamavam para que Jesus tivesse compaixão deles, e Jesus Mestre, bondoso e misericordioso, ordena que eles fossem se apresentar aos sacerdotes ou reconhecer que o que eles pediram Deus estava concedendo a eles. Enquanto eles estavam a caminho, de fato, foi isso que aconteceu, eles ficaram curados.

Eram 10 leprosos, e desses 10, apenas um voltou para agradecer. Ele estava curado e, em alta voz, glorificava, bendizia, louvava, exaltava o nome do Senhor, e depois atirou-se aos pés de Jesus num gesto de profunda gratidão e reconhecimento.

Tudo o que peço, a cada dia, é para ter um coração grato e reconhecido

Jesus parou e olhou: “Não foram dez os curados? Só este samaritano voltou para agradecer?”, agradecer quer dizer reconhecer, e nós, muitas vezes, somos como os nove ingratos: não reconhecemos a ação bondosa e misericordiosa de Deus na nossa vida. Para pedir, somos bons; pedimos, inclusive, parece que passamos a vida inteira pedindo.

Não sei quanto tempo de vida eu tenho, mas queria que o resto dos anos, do tempo de vida que tenho, fosse para agradecer e bendizer a Deus por todas as bondades, por toda a cura, por tudo aquilo que Ele me deu e me dá nessa vida. Tudo o que peço, a cada dia, é para ter um coração grato e reconhecido. Indigno eu sou, leproso eu sou, pecador eu sou, mas Deus é muito bom que só posso louvá-Lo, bendizê-Lo, adorá-Lo e glorificá-Lo!

Quero cada vez passar mais tempo prostrado no chão, levantando minhas mãos para o Céu, suplicando misericórdia pelos meus pecados, mas mais tempo com o coração louvando, agradecendo e bendizendo.

Há aqueles que só lembram de Deus para pedir. Não sei se preciso pedir algo para Deus, a não ser que me dê um coração mais grato, mais reconhecido, mais adorador para louvá-Lo, glorificá-Lo, bendizê-Lo e reconhecer a grandeza d’Ele no meio de nós.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Um Papa que confirmou a fé (Memória de São Leão Magno, Papa e Doutor)

A Igreja celebra hoje a memória de um dos maiores papas da história: São Leão Magno, que governou a barca de Pedro num período de grandes turbulências não só doutrinais, devido à irrupção de muitas heresias, mas ainda temporais, graças ao assédio bárbaro que, em pouco tempo, faria ruir o Império Romano do Ocidente.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 10 de novembro, e peçamos a Deus, que se dignou colocar à frente da Igreja o bem-aventurado Leão Magno, que nos conceda a graça de perseverarmos até o fim na sã doutrina da salvação.


https://youtu.be/fm7eNk5iLjA

Santo do dia 10/11/2021


São Leão Magno (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 10 de Novembro † 461


Pouco se sabe sobre sua vida anterior ao pontificado. Fazia parte do clero da Igreja de Roma, provavelmente como diácono junto ao papa Sisto III, em cujo nome desempenhou várias missões delicadas.

Por ocasião da morte de Sisto III ele ainda se achava na Gália quando recebeu a notícia de que tinha sido eleito para a cátedra de São Pedro. Imediatamente depois de sua ordenação episcopal em 29 de setembro de 440, ele começou a desdobrar suas capacidades excepcionais de pastor e de governante.

Os tempos eram então muito conturbados. O Império Romano ocidental esfacelava-se ante as avalanches de invasores do norte europeu. Também a Igreja vivia agitada por questões internas, sobretudo de cunho doutrinal. Num século sentiu-se sacudida por quatro grandes heresias: o arianismo, o pelagianismo, o nestorianismo e o monofisismo, que deixaram feridas profundas. O nome do papa Leão está intimamente ligado à luta contra o monofisismo, heresia propagada pelo monge Êutiques, que sustentava haver em Cristo não duas naturezas, mas uma só, a divina, que teria absorvido em si a natureza humana. Negava-se assim o caráter plenamente humano de Jesus Cristo. Estando a par destas agitações doutrinárias no Oriente, Leão I dirigiu ao arcebispo de Constantinopla a célebre Carta Dogmática a Flaviano. Depois de muitos impasses nas discussões sobre o assunto, no concílio ecumênico reunido em Calcedônia em 451, os Padres conciliares ouviram a exposição da doutrina católica segundo a Carta Dogmática, exclamando após a leitura: "Pedro falou pela boca de Leão".

Quanto à questão da doutrina católica, o papa Leão interveio em muitos outros casos, junto aos bispos, nas mais diversas regiões, tanto no Ocidente como no Oriente. Leão Magno elevou o papado, fazendo brilhar o primado de Pedro. Sua voz na função de Pedro foi ouvida em toda a Igreja.

Marcante ficou também na história da Itália a atitude de Leão Magno frente aos invasores bárbaros. Ao saber que Átila, chefe dos hunos, invadira o norte da Itália, destruindo tudo a ferro e fogo, em 452, o Papa saiu-lhe corajosamente ao encontro, conseguindo que os invasores não prosseguissem sua marcha até Roma e que voltassem para a Panônia (Hungria). Em 455, outro chefe vândalo, Genserico, à frente dos hunos, depois de devastar o norte da África, desembarcou na Itália e entrou em Roma. Desta vez, o Papa conseguiu apenas que se poupassem as vidas e não se incendiasse a cidade. Nestas emergências, o bispo de Roma praticamente já estava agindo como um senhor territorial, tentando salvar o que restava do antigo Império Romano Ocidental.

Grande foi a atuação do papa Leão como chefe espiritual da cristandade e de sua querida cidade de Roma. Pela oração, pelo exemplo e, sobretudo, por seus sábios escritos, concorreu para consolidar a disciplina eclesiástica, elevar os costumes do povo, conservar a ortodoxia da fé e aperfeiçoar o culto litúrgico, em todo o Ocidente. Célebres ficaram seus sermões ou homilias, proferidos nas solenidades do Ano litúrgico. Destes sermões se conservam 96 autênticos, junto com 143 cartas; são documentos preciosos para a história e o dogma. Seus sermões e suas cartas tiveram grande influência na elaboração dos textos litúrgicos dos diversos tempos e mistérios de Cristo celebrados durante o ano, particularmente sobre as orações e os prefácios dos mistérios da revelação do Verbo de Deus, o ciclo de Natal.

Mestre e mistagogo, centralizou sua missão no mistério de Cristo homem-Deus, professado na doutrina do Verbo encarnado, atualizado nas celebrações litúrgicas e testemunhado na vida: "cumprir nas obras o que é celebrado no sacramento". Naquela época, a função de pregar estava limitada aos bispos, e ele se aplicou a ela sistematicamente, instruindo os fiéis de Roma que ele pretendia transformar em modelo para outras igrejas. Nos seus sermões ou homilias encontramo-lo a enfatizar a prática da esmola e outros aspectos sociais da vida cristã e a expor os ensinamentos da Igreja Católica, especialmente os referentes à Encarnação. A seu nome se liga o fundo eucológico mais antigo do Missal romano. O primeiro Sacramentário da Igreja de Roma (livro do sacerdote presidente) foi, por séculos, atribuído a ele, o Sacramentário Leoniano, hoje, chamado Sacramentário Veronense.

O papa Leão faleceu no ano 461 e a posteridade brindou-o com o título de Magno, pois por muitas razões foi ele o mais insigne Papa anterior à queda do Império Romano Ocidental e o que por mais tempo dirigiu a Igreja Romana até aquele período.

A Oração coleta lembra a função de Leão Magno na defesa da Igreja fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos. Que pelos méritos do papa São Leão ela permaneça firme na verdade e goze paz para sempre. A Oração sobre as oferendas realça a Igreja como o rebanho guiado por seus pastores. Que seus pastores sejam do agrado de Deus. A Oração depois da Comunhão também fala da Igreja de Deus. Que ela, conduzida pela mão poderosa de Deus, veja crescer a sua liberdade e conserve a integridade da fé. Portanto, a São Leão Magno se atribuem sobretudo a integridade da fé, a liberdade diante dos poderosos desta terra e o crescimento do rebanho na caridade.

As Antífonas do Benedictus e do Magnificat realçam a figura e a missão de Pedro, tornadas presentes no papa Leão. Num dos seus sermões natalinos o papa Leão comentava: Nosso Senhor, amados filhos, nasceu hoje como Salvador: alegremo-nos. Não pode haver tristeza quando nasce a vida... O Filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com seu Criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que ele antes vencera. Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade, e, já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Pelo sacramento do Batismo te tornaste templo do Espírito Santo.

O Prefácio III do Natal do Senhor talvez possa resumir bem o que ensinou e viveu o papa Leão: Por ele (Jesus Cristo, Senhor nosso), realiza-se hoje o maravilhoso encontro que nos dá vida nova em plenitude. No momento em que vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade; ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornamos eternos.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Leão Magno, rogai por nós!

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