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Antífona de entrada

Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto. (Fl 4, 4 .5)
Gaudéte in Dómino semper: íterum dico, gaudéte: modéstia vestra nota sit ómnibus homínibus: Dóminus prope est. Nihil sollíciti sitis: sed in omni oratióne petitiónes vestrae innotéscant apud Deum. Ps. Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem Iacob. (Phil. 4, 4. 5; Ps. 84)
Vernáculo:
Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! (Cf. MR: Fl 4, 4) Seja a vossa amabilidade conhecida de todos! O Senhor está próximo. (Cf. Bíblia CNBB: Fl 4, 5) Sl. Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. (Cf. LH: Sl 84)

Coleta

Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Sf 3, 14-18a)


Leitura da Profecia de Sofonias


Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém!

15O Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o rei de Israel é o Senhor, ele está no meio de ti, nunca mais temerás o mal.

16Naquele dia, se dirá a Jerusalém: “Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo! 17O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; ele exultará de alegria por ti, movido por amor; exultará por ti, entre louvores, 18acomo nos dias de festa”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Is 12, 2-6)


℟. Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!


— Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis no manancial da salvação, e direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor. ℟.

— Invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime. ℟.

— Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!” ℟.


https://youtu.be/phU0keybayY

Segunda Leitura (Fl 4, 4-7)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses


Irmãos: 4Alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos. 5Que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens! O Senhor está próximo!

6Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. 7E a paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará os vossos corações e pensamento em Cristo Jesus.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. O Espírito do Senhor sobre mim fez a sua unção; enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz proclamação! (Is 61,1) ℟.

Evangelho (Lc 3, 10-18)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 10as multidões perguntavam a João: “Que devemos fazer?” 11João respondia: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!” 12Foram também para o batismo cobradores de impostos, e perguntaram a João: “Mestre, que devemos fazer?” 13João respondeu: “Não cobreis mais do que foi estabelecido”. 14Havia também soldados que perguntavam: “E nós, que devemos fazer?” João respondia: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!”

15O povo estava na expectativa e todos se perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. 16Por isso, João declarou a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. 17Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga”.

18E ainda de muitos outros modos, João anunciava ao povo a Boa-Nova.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem Iacob: remisísti iniquitátem plebis tuae. (Ps. 84, 2)


Vernáculo:
Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, *libertastes os cativos de Jacó. Perdoastes o pecado ao vosso povo. (Cf. LH: Sl 84, 2-3a)

Sobre as Oferendas

Possamos, ó Pai, oferecer-vos sem cessar estes dons da nossa devoção, para que, ao celebrarmos o sacramento que nos destes, se realizem em nós as maravilhas da salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Dizei aos tímidos: coragem, não temais; eis que chega o nosso Deus, ele mesmo vai salvar-nos. (Cf. Is 35, 4)
Dicite: Pusillánimes confortámini, et nolíte timére: ecce Deus noster véniet, et salvábit nos. (Cf. Is. 35, 4; ℣. Cant. Isaiae 35, 1. 2cd. 2ef. 3. 5. 6ab. 6cd. 7ab)
Vernáculo:
Dizei aos medrosos: “Sede fortes, não temais! Aí está o vosso Deus, é a vingança que chega, a retribuição de Deus: ele vem para vos salvar!” (Cf. Bíblia CNBB: Is 35, 4)

Depois da Comunhão

Imploramos, ó Pai, vossa clemência para que estes sacramentos nos purifiquem dos pecados e nos preparem para as festas que se aproximam. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 12/12/2021
A alegria do Céu está dentro de nós

“Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga” (Lc 3, 17).

A Igreja celebra hoje o 3.º Domingo do Advento, chamado também Domingo Gaudete devido à versão latina da antífona de entrada com que tem início a celebração: Gaudete in Domino semper, “Alegrai-vos incessantemente no Senhor” (Fl 4, 4). A liturgia de hoje, rompendo com a tonalidade roxa e reservada do Advento, está toda marcada por tons alegres e jubilosos, despertados em nós pela perspectiva cada vez mais próxima do nascimento do Salvador: a) na primeira leitura, o profeta Sofonias diz: “Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel!” (Sf 3, 14); b) também o hino de Isaías, que faz hoje as vezes do Salmo, canta na mesma nota: “Exultai cantando alegres, habitantes de Sião!” (Is 12, 2); c) a segunda leitura, enfim, retoma a antífona de entrada, ecoando a gozosa esperança de que o Redentor finalmente virá ao mundo: “Alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos” (Fl 4, 4).

O Evangelho, no entanto, parece destoar dessa modulação festiva em que a Liturgia da Palavra tanto insistiu até agora. Depois de pregar às multidões, João Batista aproveita o ensejo para esclarecer aos que o ouviam que o Messias não era ele, mas outro, que viria “com a pá na mão” para “limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha Ele a queimará no fogo que não se apaga” (v. 17), isto é, no Juízo final, quando os maus serão precipitados no inferno. Poderíamos ser tentados a ver entre o tom “ameaçador” do Evangelho, por um lado, e o otimismo das demais leituras, por outro, certa incongruência: enquanto estas salientam a alegria de saber que o Senhor, cumprimento das promessas, virá trazer a salvação ao mundo, o Batista afirma que muitos se fecharão a esse dom de misericórdia e, por suas más ações, serão condenados pelo Juiz, quais palhas lançadas ao fogo.

Mesmo aqui, apesar do panorama de iniquidades e pecados em que nos encontramos, deve ser grande a alegria dos nossos corações. E isso por três motivos. a) Primeiro, porque a maldade é sempre “parasitária” do bem, como uma sombra, que só pode existir por contraste com a luz. Com efeito, por mais sombrios que sejam os dias de um cristão, em sua vida quer interior, quer exterior, há sempre um sol que brilha por cima das nuvens espessas da injustiça, do egoísmo e da maldade: Deus, que permanece sempre o mesmo e cuja luz não conhece ocaso. — b) Segundo, porque temos a garantia de que, após as amarguras e dificuldades desta vida, está à nossa espera um Céu de vitória e glória eternas, onde nos serão enxugadas todas as lágrimas e gozaremos a companhia da corte celeste, dos Anjos e santos, da B. Virgem Maria e seu esposo S. José, bem como de todos os astros luminosos de santidade por quem tivemos devoção na terra. — c) Terceiro, porque a fé nos revela o mistério consolador da inabitação trinitária, pela qual as três Pessoas da SS. Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, vêm habitar nas almas em graça, trazendo-lhes assim o Céu inteiro, com todas as suas delícias e consolações, como atesta a experiência de inumeráveis místicos da Igreja, como S. Catarina de Sena, S. Teresa d’Ávila, S. João da Cruz e S. Isabel da Trindade.

Oração. — Ó Deus, que tendes o vosso trono acima dos querubins e cuja luz em nada diminui pela escuridão dos nossos pecados, infundi em nossos corações aquela alegria que o mundo é incapaz de dar e fazei-nos perseverar, constantes, em toda angústia e tribulação, para que, confortados pela vossa graça, saibamos aspirar ao prêmio eterno. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Propósito. — Meditar sobre a alegria do Céu e buscar fomentar ao longo da semana a devoção às três Pessoas divinas, que habitam dentro de nós, especialmente após a Comunhão.

Deus abençoe você!

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Homilia | “Nada é pesado quando se ama” (3.º Domingo do Advento)

A Santa Madre Igreja quer aquecer hoje o coração de todos os seus filhos com aquela alegria que o mundo, encerrado nas trevas do pecado, é incapaz de dar: a alegria de saber que está próximo o nascimento do Salvador, de quem receberemos não só o perdão dos pecados, mas ainda os dom inefável da santa Eucaristia, que nos dá forças para suportar, por amor, todas as provações da vida presente com os olhos postos na eternidade.Assista à meditação do Padre Paulo Ricardo para este domingo “Gaudete” e meditemos juntos sobre a palavra que a Igreja nos dirige hoje!


https://youtu.be/H91rwb7W_IY

Santo do dia 12/12/2021


Nossa Senhora de Guadalupe (Festa)
Data: 12 de Dezembro


Estamos diante de uma comemoração da Mãe de Deus, a Virgem Maria, originária de aparição que levou à construção do grande santuário de Nossa Senhora de Guadalupe perto da cidade do México.

Os primeiros missionários chegados à América Latina, provenientes de terras de eminente tradição mariana, junto com os rudimentos da fé cristã, foram ensinando o amor a Maria, Mãe de Cristo. De sua parte, Nossa Senhora dispensou especial carinho de proteção à nova evangelização, da qual o primeiro sinal foi a aparição em Guadalupe.

Segundo antiga tradição, a 9 de dezembro de 1531, a Virgem Mãe de Deus apareceu ao recém-batizado Juan Diego ou João Diogo, um piedoso indígena na colina de Tepeyac, perto da capital do México. Com muita afabilidade o exorta a ir ter com o bispo e dizer-lhe que nesse lugar erigissem um santuário em sua honra.

O bispo da diocese, o franciscano Frei João Zumárraga, retardou a resposta a fim de averiguar cuidadosamente o ocorrido. Quando Juan Diego, movido por uma segunda aparição e nova insistência da Virgem, renovou suas súplicas entre lágrimas, ordenou-lhe o bispo que pedisse um sinal comprovante de que a ordem vinha realmente da grande Mãe de Deus.

Vindo o indígena, alguns dias depois, de lugar mais distante, por um caminho que não passa pela colina de Tepeyac e dirigindo-se à capital à procura de um sacerdote que administrasse os sacramentos ao tio moribundo João Bernardino, a belíssima Virgem veio-lhe ao encontro pela terceira vez, e o consolou com a notícia do perfeito restabelecimento do tio. Colocou-lhe no manto estendido belíssimas flores recém-desabrochadas, apesar da esterilidade do terreno e do intenso frio do inverno. Ordenou-lhe, então, que as levasse ao bispo.

Diego obedeceu a essa ordem e, ao depor as flores perante o bispo, apareceu no manto rude uma linda pintura de Nossa Senhora, tal como ela se mostrara na colina perto da cidade. O manto de Juan Diego com a imagem impressa permaneceu alguns dias na capela episcopal e depois na Sé. Em 26 de dezembro do mesmo ano foi solenemente levada para uma ermida aos pés do cerro de Tepeyac.

Seu culto propagou-se rapidamente e muito contribuiu para a difusão da fé entre os indígenas. Após a construção sucessiva de três templos ao pé do mesmo cerro, edificou-se o santuário, concluído em 1709 e elevado à categoria de basílica por São Pio X em 1904. Bento XIV confirmou o patrocínio da Virgem de Guadalupe sobre toda a Nova Espanha e concedeu a primeira Missa e Ofício próprios. A 12 de outubro de 1895 houve a coroação pontifícia da imagem, concedida por Leão XIII. Em 1910 Pio X proclamou-a Padroeira da América Latina e, em 1945, Pio XII deu-lhe o título de "Imperatriz da América". Em 1974 coloca-se a primeira pedra da atual basílica de Guadalupe. Em dezembro de 1976 temos a dedicação da nova basílica. Dia 22 de janeiro de 1999 o papa João Paulo II escreve no documento sinodal Igreja na América: "Neste sentido, acolho fervorosamente a proposta dos Padres sinodais de que no dia 12 de dezembro se celebre em todo o continente a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe e Evangelizadora da América".

Muito se tem discutido sobre o significado da palavra "Guadalupe", palavra árabe que tem as consoantes g e d, que não existem na língua mexicana. Juan Bernardino, tio de Juan Diego, quando curado, também teria visto a Virgem. Ele teria falado de Santa Maria de Tequatlasopeuh, que se pronuncia Tequatlasupe, que traduzido ficaria: "Vencedora do demônio", ou "A que afugenta aos que nos comem", "A que esmaga a serpente de pedra".

A Oração coleta traduz bem a mensagem de Nossa Senhora de Guadalupe.

Os povos latino-americanos se alegram com a proteção solícita da Santa Virgem Maria e agradecem sua contínua proteção. Pede-se que os povos possam crescer constantemente na fé e alcançar o desejado progresso no caminho da justiça e da paz. O povo da América está nos braços da Virgem Mãe. Ela acolhe a todos, mas de modo especial ao mais pobre, ao mais simples, ao mais disponível ao projeto de Deus. Tepeyac é o lugar do encontro do índio com a fé cristã. A Virgem de Guadalupe e Juan Diego formam o quadro evocativo de uma fé inculturada. A maternidade de Maria não conhece limites de raças, de tempo ou de lugar. A Virgem de Guadalupe valoriza o índio sem tirá-lo de suas qualidades e funções sociais, impulsiona-o à colaboração.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

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