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Santo Irineu, Bispo e Mártir, Memória

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Antífona de entrada

A lei da verdade estava em sua boca, e maldade não se achava em seus lábios. Na paz e na justiça caminhou comigo, e a muitos ele afastou da iniquidade. (Cf. Ml 2, 6)
Loquétur Dóminus pacem in plebem suam: et super sanctos suos, et in eos qui convertúntur ad ipsum. Ps. Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem Iacob. (Ps. 84, 9 et 2)
Vernáculo:
Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. Sl. Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. (Cf. LH: Sl 84, 9 e 2)

Coleta

Ó Deus, concedestes ao bispo Santo Irineu firmar de modo feliz a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; concedei, por sua intercessão, que, renovados pela fé e pela caridade,nos apliquemos sempre em promover a unidade e a concórdia.Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (2Rs 25, 1-12)


Leitura do Segundo Livro dos Reis


1No nono ano do reinado de Sedecias, no dia dez do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio atacar Jerusalém com todo o seu exército. Puseram-lhe um cerco e construíram torres de assalto ao seu redor. 2A cidade ficou sitiada e rodeada de valas até ao décimo primeiro ano do reinado de Sedecias. 3No dia nove do quarto mês, quando a fome se agravava na cidade e a população não tinha mais o que comer, 4abriram uma brecha na muralha da cidade. Então o rei fugiu de noite, com todos os guerreiros, pela porta entre os dois muros, perto do jardim real, se bem que os caldeus cercavam a cidade, e seguiram pela estrada que conduz à Araba.

5Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei e alcançou-o na planície de Jericó, enquanto todo o seu exército se dispersou e o abandonou. 6Os caldeus prenderam o rei e levaram-no a Rebla, à presença do rei da Babilônia, que pronunciou sentença contra ele. 7Matou os filhos de Sedecias, na sua presença, vazou-lhe os olhos e, preso com uma corrente de bronze, levou-o para a Babilônia. 8No dia sete do quinto mês, data que corresponde ao ano dezenove do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nabuzardã, comandante da guarda e oficial do rei da Babilônia, fez a sua entrada em Jerusalém.

9Ele incendiou o templo do Senhor e o palácio do rei e entregou às chamas todas as casas e os edifícios de Jerusalém. 10Todo o exército dos caldeus, que acompanhava o comandante da guarda, destruiu as muralhas que rodeavam Jerusalém. 11Nabuzardã, comandante da guarda, exilou o resto da população que tinha ficado na cidade, os desertores que se tinham passado ao rei da Babilônia e o resto do povo. 12E, dos pobres do país, o comandante da guarda deixou uma parte, como vinhateiros e agricultores.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 136)


℟. Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!


— Junto aos rios da Babilônia nos sentávamos chorando, com saudades de Sião. Nos salgueiros por ali penduramos nossas harpas. ℟.

— Pois foi lá que os opressores nos pediram nossos cânticos; nossos guardas exigiam alegria na tristeza: “Cantai hoje para nós algum canto de Sião!” ℟.

— Como havemos de cantar os cantares do Senhor numa terra estrangeira? Se de ti, Jerusalém, algum dia eu me esquecer, que resseque a minha mão! ℟.

— Que se cole a minha língua e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar! Se não for Jerusalém minha grande alegria! ℟.


https://youtu.be/ylXl6qEZ8pM
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. (Mt 8, 17) ℟.

Evangelho (Mt 8, 1-4)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


1Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 3Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Benedícam Dóminum, qui mihi tríbuit intelléctum: providébam Deum in conspéctu meo semper: quóniam a dextris est mihi, ne commóvear. (Ps. 15, 7. 8)


Vernáculo:
Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo. (Cf. LH: Sl 15, 7. 8)

Sobre as Oferendas

Senhor, este sacrifício que vos oferecemos com alegria, na comemoração do martírio de Santo Irineu, vos glorifique e nos leve a amar a verdade para guardarmos íntegra a fé da Igreja e inabalável a sua unidade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Permanecei em mim e eu permanecerei em vós, diz o Senhor. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto. (Cf. Jo 15, 4-5)
Quod dico vobis in ténebris, dícite in lúmine, dicit Dóminus: et quod in aure audítis, praedicáte super tecta. (Mt. 10, 27; ℣. Ps. 125, 1. 2ab. 2cd. 3. 4. 5. 6ab. 6cd)
Vernáculo:
O que vos digo no escuro, dizei-o à luz do dia; o que vos é sussurrado ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados, diz o Senhor. (Cf. MR: Mt 10, 27)

Depois da Comunhão

Senhor misericordioso, por estes santos mistérios, aumentai em nós aquela fé que, mantida até à morte, coroou de glória o bispo Santo Irineu; e concedei-nos também que sejamos justificados, vivendo fielmente a mesma fé. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 28/06/2024


Que os inimigos conheçam a verdade


“Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.

1. Circunstâncias. — a) De tempo. Mateus narra este milagre logo após o Sermão da Montanha: “Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. Eis que um leproso se aproximou” etc. No entanto, três razões tornam improvável que o milagre tenha ocorrido a esta altura: α) por um lado, o próprio evangelista S. Mateus, como sabemos, ordena o seu relato segundo a disposição lógica, e não cronológica, dos fatos; β) por outro lado, se o episódio tivesse ocorrido logo após o Sermão da Montanha, Jesus teria realizado o milagre diante da turba que o seguia: “Numerosas multidões o seguiam”, o que é negado expressamente no v. 4: “Olha, não digas nada a ninguém”; γ) por último, os evangelistas Marcos e Lucas, mais fiéis à ordem cronológica dos fatos, narram o acontecido logo no início da pregação pública, e o próprio S. Marcos o situa entre as primeiras curas e exorcismos de Cristo (cf. Mc 1, passim). — b) De lugar. Lemos em S. Lucas: “Estando Ele numa cidade” (Lc 5, 12). Não sabemos com certeza de que cidade se trata; é certo, não obstante, que de Mc 2, 1 não se pode inferir que seja Cafarnaum, pois Marcos mesmo o nega (cf. 1, 45) ao dizer que, realizado o milagre, o Senhor já não podia mais “entrar publicamente em uma cidade” (εἰς πόλιν): se, com efeito, se tratasse de Cafarnaum, o evangelista teria escrito “na cidade” (εἰς τὴν πόλιν), isto é, onde Ele habitava.2. Exposição. — V. 2. “Eis que um leproso se aproximou” de Jesus “e se ajoelhou diante dele” (em Marcos, “suplicando-lhe de joelhos”; em Lucas, “lançou-se com o rosto por terra e lhe suplicou”), dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. O leproso, evidentemente, tinha Jesus em alta conta e lhe atribuía, com fé, algum poder divino para curar qualquer doença; é incerto, contudo, se cria nele como Messias e Filho de Deus. — V. 3. Jesus compadeceu-se dele (cf. Mc 1, 41), pois é provável que o homem, cheio de lepra (cf. Lc 5, 12), fosse de aspecto deplorável, e, estendendo a mão, “tocou nele”, a fim de mostrar que estava acima da Lei e manifestar a virtude de sua natureza humana, que, ao invés de contaminar-se com o contato de um contagiado, podia com o seu próprio toque purificar-nos de qualquer contágio, “e disse: ‘Eu quero, fica limpo’”. Nos milagres, como nos sacramentos, a um sinal externo associa Cristo sua própria palavra, para que da união de ambos se produza o efeito desejado: “Accedit verbum ad elementum, et fit sacramentum”.V. 4. “Então Jesus lhe disse: ‘Olha, não digas nada a ninguém’”, para evitar uma excessiva comoção do povo, alvoroçado com estes sinais, ou para que os sacerdotes não o caluniassem, dizendo que não fora realmente curado aquele cuja saúde eles mesmos, por prescrição da Lei, não tivessem comprovado antes. Segundo Marcos, Jesus, com severa admoestação (ἐμβριμησάμενος), “o despediu em seguida” (Mc 1, 43), não por temer algum perigo de contágio, mas para cumprir o quanto antes o prescrito pela Lei: “Vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou” (cf. Lv 14) “para servir de testemunho para eles”, isto é, para que tenham certeza do milagre e, caso persistam na incredulidade, para que o testemunho deste sinal se volte contra eles. O leproso, porém, não demorou a propagar por todos os cantos o acontecido, “de modo que Jesus não podia entrar publicamente em uma cidade”, devido às multidões que Ele, embalde, quisera evitar, pois “de toda parte vinham ter com Ele” (Mc 1, 45).3. Para meditar. — 1) Lepra, figura do pecado: “Pelas afecções corpóreas indica a Lei as doenças da alma, e pelos males que se sofrem sem culpa repreende os que se padecem com ela. Se, com efeito, até as misérias naturais parecem impuras, muito mais o serão as voluntárias” (Teófanes, In Lev., 15: PG 80, 319). “Por um único leproso coberto de chagas é simbolizado o conjunto dos fiéis cobertos de pecados; por isso, que ninguém se glorie dos próprios méritos, pois todos éramos filhos da ira […]; se não descesse Ele pela Encarnação, assemelhando-se aos homens, não subiriam como homens os leprosos, outrora expulsos das alegrias do paraíso” (S. Pascásio, In Mat. 8, 2: PL 120, 339). — 2) Os efeitos das duas lepras: a) como a física corrompe o corpo, a espiritual destrói a alma; b) o pecado torna o homem imundo e o exclui da sociedade dos justos, como a lepra excluía da sociedade civil; c) entrega o pecador a uma morte infeliz, solitária e cheia de dores. — 3) Para curar a lepra espiritual: a) estimulemos o desejo, cada vez mais ardente, da nossa salvação; b) recorramos com frequência e confiança a Nosso Senhor Jesus Cristo, repetindo a humilde oração do leproso: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”; c) e apresentemos a Deus a oferta da nossa satisfação e emenda, como prescreve a Lei da justiça e do amor.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Não se deixe levar pelos gnósticos de hoje (Memória de Santo Irineu de Lião)

Como nos tempos de Santo Irineu, cuja memória celebramos hoje, também na época em que vivemos pululam muitos erros que, sob a aparência de “erudição” e “ciência”, têm a pretensão de desqualificar o ensinamento constante da Igreja e a função do Magistério eclesiástico de estabelecer, de modo claro, definitivo e infalível, qual é a verdadeira fé católica. Contra a tentação das falsas doutrinas, o fiel só tem um caminho: tapar os ouvidos às tolices dos presunçosos e seguir o caminho seguro da Tradição de dois mil anos da santa Igreja.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para essa sexta-feira, 28 de junho, e recorra à intercessão do grande Santo Irineu contra as insídias dos gnósticos dos tempos modernos.


https://youtu.be/ZkFe2jhmb9U

Santo do dia 28/06/2024

Santo Irineu, Bispo, Mártir e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Lyon, França
Data: 28 de Junho† c. 202


Santo Irineu era discípulo de São Policarpo, bispo de Esmirna, e quase contemporâneo dos apóstolos. Era sacerdote de Lion, quando o santo bispo Potino ali foi martirizado pela metade do segundo século, com um grande número de fiéis.

Esses mártires, consultados pelos cristãos da Ásia Menor, se haviam cabalmente pronunciado contra a heresia dos montanistas. Mas como não ignorassem que todas as Igrejas do mundo estão obrigadas a concordar com a Igreja Romana, escreveram ao Papa Eleutério que ocupava, então, o lugar de príncipe dos Apóstolos. Escolheram para levar as cartas a Roma o mais ilustre personagem do clero de Lion e Viena, Santo Irineu, que recomendaram vivamente ao Papa, louvando seu zelo pela lei de Jesus Cristo.

Muito se admira quando se pensa que em tempo tão calamitoso, no mais aceso da perseguição, estando já morto o bispo Potino, e, por conseguinte, viúva esta igreja, e quando os principais vultos do clero, presos e encerrados em horríveis calabouços, esperavam de uma hora para outra serem degolados ou atirados às feras, tivessem querido privar esta cristandade desolada de pessoa tão necessária, o que nos leva a crer que esta legação tinha ainda por objetivo o interesse de sua igreja. Após a morte de Potino, a principal solicitude dos santos confessores e de todo o clero foi dar a este rebanho atribulado um novo pastor que pudesse preservá-los de completa destruição, e terminada a tempestade, levar ao redil as ovelhas dispersas, e reparar as perdas com novas conquistas. Ninguém mais adequado do que Irineu.

Foi, pois, escolhido, de comum acordo, pelos mártires e pelo clero para suceder a Potino. Devendo, pois, ir a Roma para receber a ordenação do santo Papa Eleutério, encarregaram-no das cartas concernentes aos assuntos da religião e prestando, segundo os requisitos das regras da Igreja, um testemunho autêntico de sua fé, piedade e mérito.

Santo Irineu compôs contra as principais heresias do tempo uma refutação completa em cinco livros. Eis o conteúdo e modo de exposição: a unidade de Deus, criador do céu e da terra, é proclamada por todos os séculos e todos os homens. A Igreja católica é a fiel depositária dessa tradição universal. A santidade é inseparável dessa Igreja. A Igreja é universal. É apostólica. Para confundir todos os hereges, basta a tradição da Igreja romana. (...)

Santo Irineu, após haver defendido a fé contra os hereges da época, após havê-la propagado nas Gálias pelos homens apostólicos que enviou de um lado a outro, como por exemplo os Santos Ferreol e Ferrúcio a Besançon, os Santos Félix, Fortunato e a Aquileu, a Valência, selou, por fim, com o seu sangue durante a perseguição de Severo. O que torna sua glória ainda mais resplandecente é que quase todo o povo morreu mártir com ele. Uma antiga inscrição, que se vê em Lion, na entrada de sua igreja, traz o nome de dezenove mil homens, sem contar as mulheres e os filhos. Seu sangue corria em rios nas praças públicas.

"Que a doutrina de tão grande Mestre possa encorajar cada vez mais o caminho de todos os discípulos do Senhor rumo à plena comunhão". Estes são os votos com os quais o Papa Francisco assina o Decreto com a data de 21 de janeiro de 2022, que declara Santo Irineu de Lyon Doutor da Igreja, com o título de Doctor unitatis.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XI. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.

Santo Irineu, rogai por nós!

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