Nome: Santa Teresinha do Menino Jesus (Memória)
Local: Lisieux, França
Data: 01 de Outubro † 1897

Importante tomar em consideração que Santa Teresinha foi religiosa carmelita que viveu muito em pouco tempo. Colocou o amor no centro de sua vida. Morreu com apenas 24 anos de idade a 30 de setembro de 1897.

Maria Francisca Teresa, na vida religiosa carmelitana, Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, chamada também Santa Teresa de Lisieux e, entre nós no Brasil, chamada Santa Teresinha do Menino Jesus ou, simplesmente, Santa Teresinha, nasceu em Alençon, na Normandia, em 1873. Seus pais, Luís Martin e Maria Zélia Guérin, quando jovens, aspiravam, ambos, a se consagrarem a Deus na vida religiosa. Por circunstâncias especiais não foram admitidos. Ao se casarem Zélia pediu a Deus a graça de ter muitos filhos e que se consagrassem a Deus. Do piedoso casal, beatificado por João Paulo II em 2008, nasceram nove filhos. Três faleceram em tenra idade e os demais, todas meninas, tornaram-se religiosas conforme o desejo da mãe.

Teresinha ficou órfã de mãe aos 4 anos. O pai, depois da morte da esposa, mudou-se com a família para Lisieux, onde tinha um cunhado, cuja esposa zelava pela educação das filhas.

Numa audiência com o papa Leão XIII, Teresinha lhe pediu a licença de entrar no Carmelo sem a idade exigida. O Papa naturalmente deixou a questão nas mãos das autoridades competentes. Pouco mais tarde ela recebeu do seu bispo a permissão de entrar no Carmelo de Lisieux.

Viveu no Carmelo não mais de oito anos. Graças à sua autobiografia, a História de uma alma, sabemos que a jovem carmelita não fez nada de extraordinário: apenas cumpriu de modo extraordinário os seus deveres de religiosa carmelita. Teresinha pelo próprio temperamento aspirava a grandes coisas; queria ser santa de verdade. Num momento de entusiasmo, escreve que por amor do Amor desejava ser guerreiro, padre, apóstolo, mártir. Procurava ansiosamente o caminho para tal realização. Vale a pena transcrever o modo como ela encontrou este caminho, o caminho do amor, conforme se pode ler na autobiografia, trecho que constitui a leitura hagiográfica do Ofício das Leituras:

"Meus imensos desejos me eram um autêntico martírio. Fui, então, às cartas de São Paulo a ver se encontrava uma resposta. Meus olhos caíram por acaso nos capítulos doze e treze da Primeira Carta aos Coríntios. No primeiro destes li que todos não podem ser ao mesmo tempo Apóstolos, profetas, doutores, e que a Igreja consta de vários membros; os olhos não podem ser mãos ao mesmo tempo. Resposta clara, sem dúvida, mas não capaz de satisfazer meu desejo e dar-me paz. Perseverei na leitura sem desanimar e encontrei esta frase sublime: Aspirai aos melhores carismas. E vos indico um caminho ainda mais excelente (1Cor 12, 31). O Apóstolo esclarece que os melhores carismas nada são sem a caridade e esta caridade é o caminho mais excelente que leva com segurança a Deus. Achara enfim o repouso. Ao considerar o Corpo místico da Igreja, não me encontrara em nenhum dos membros enumerados por São Paulo, mas, ao contrário, desejava ver-me em todos eles. A caridade deu-me o eixo de minha vocação. Compreendi que a Igreja tem um corpo formado de vários membros e neste corpo não pode faltar o membro necessário e o mais nobre: entendi que a Igreja tem um coração, e este coração está inflamado de amor. Compreendi que os membros da Igreja são impelidos a agir por um único amor, de forma que, extinto este, os Apóstolos não mais anunciariam o Evangelho, os mártires não mais derramariam o sangue. Percebi e reconheci que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno. Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Deus, meu amor, encontrei, afinal, minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará".

Eis o pequeno caminho de Teresinha, o caminho da infância espiritual ou das almas pequeninas, o caminho da confiança e da entrega total, da vivência do ordinário do dia a dia tornado extraordinário pelo amor. O caminho de Santa Teresinha, assim chamado na Oração coleta, é mais uma prática do que um ensino teórico. Consiste na intimidade com Deus, o abandono nas mãos de sua providência, a simplicidade e a transparência como virtudes ordenadoras da vida. Teresinha ofereceu sua imolação interior, sobretudo pela santificação dos missionários, com alguns dos quais manteve edificante correspondência epistolar. Por este seu espírito foi proclamada por Pio XI, em 1927, padroeira dos missionários que se dedicam à conversão dos infiéis, juntamente com São Francisco Xavier. Ela mesma, antes da doença que a levou à morte, estava propensa a responder ao apelo das carmelitas de Hanói, na Indochina, que desejavam tê-la consigo.

Teresinha passou seus últimos anos de vida minada por uma terrível doença, que suportou com heroica paciência; padeceu simultaneamente uma dura provação interior que lhe purificou o espírito. Morreu no dia 30 de setembro de 1897. Teresinha havia prometido que faria descer sobre a terra uma chuva contínua de rosas. Seu culto se espalhou em pouco tempo por todos os recantos da terra. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925. Em 1997, como terceira mulher, foi declarada doutora da Igreja por João Paulo II.

O culto a Santa Teresinha é um dos mais populares no mundo inteiro. No Brasil são inúmeras as capelas, as igrejas paroquiais e mesmo catedrais dedicadas a Santa Teresinha. O seu caminho espiritual da simplicidade, da humildade e do amor vivido no cotidiano da vida é modelar para todos.

Os textos litúrgicos estão perpassados desta espiritualidade da infância espiritual das almas pequeninas. A Oração coleta resume bem esse caminho espiritual: Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

Oração a Santa Teresinha - Súplica

Minha santa Teresinha do Menino Jesus, que prometestes enviar uma chuva de rosas sobre o mundo, peço-vos: realizai em minha vida vossa consoladora promessa. Preciso de uma chuva de graças, que lave minha alma nas águas das bênçãos do Pai. Intercedei por mim, junto ao vosso Bem-amado Jesus. Acompanhai-me com vossas orações, aumentai minha confiança na misericórdia divina. Desejo andar a passos largos no Pequeno Caminho que trilhastes, - caminho todo feito de dependência e entrega aos desígnios amorosos de Deus. Alcançai-me a graça de não duvidar do amor que Jesus tem por mim. Ajudai-me a crer diariamente no amparo de Deus sobre minha vida quando estou aflito(a), quando estou ansioso(a), quando estou enfermo(a), quando me sinto fraco(a) e desencorajado(a) para orar, trabalhar e amar. Concedei-me, da parte de Jesus, o dom da alegria, a capacidade de sorrir e crer, mesmo quando houver escuridão dentro de mim. Fizestes do Amor o objetivo e sentido de vossa breve vida. Enfrentaste com um sorriso todas as provações e nada negaste ao Bom Deus. Que Jesus, vosso amado esposo, Caminho, Verdade e Vida esteja sempre comigo e com as pessoas que amo. Atendei-me nesta graça que com insistência vos peço (pedir a graça).

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.

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