Nome: Santo Antônio Maria Claret (Memória Facultativa)
Local: Fontfroide, França
Data: 24 de Outubro † 1870

Antônio Maria nasceu em Sallent, perto de Barcelona, na Espanha, em 1807. Certamente um dos santos mais marcantes como apóstolo do Evangelho do século XIX, século em que se celebrou o Concílio Vaticano I. Na pia batismal recebeu o nome de Antônio, ao qual acrescentou mais tarde o de Maria, considerando Nossa Senhora sua mãe, sua madrinha, sua mestra, seu tudo, depois de Cristo. Antônio Maria teve na vida uma atividade multiforme. Pode ser considerado modelo completo de santidade, como operário, sacerdote, missionário, pastor, bispo, diretor de almas, fundador de famílias religiosas, confessor, conselheiro e escritor fecundíssimo.

Depois de ajudar o pai numa fábrica de tecidos, com 22 anos de idade, entrou no seminário de Barcelona para ser padre e padre missionário. Ordenado sacerdote, trabalhou como vigário cooperador em pequena paróquia e, depois de poucos anos, como pároco em sua aldeia natal. Desejou, porém, ser engajado como missionário. Assim, a partir de 1843, dedicou-se às missões populares através da Catalunha e depois nas ilhas Canárias. Em 1848 lançou os fundamentos da Congregação dos Missionários Filhos do Coração de Maria, que popularmente são conhecidos como claretianos.

Mal havia acabado de fundar a sua Congregação e realizar a providencial obra da imprensa e livrarias religiosas, o padre Antônio Maria foi nomeado Arcebispo de Santiago de Cuba. Esperava-o a difícil tarefa de defender os oprimidos da Ilha contra a exploração estrangeira, o que lhe ocasionou muitas perseguições e mesmo atentados contra sua vida. Ao chegar às terras cubanas, foi logo visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora do Cobre, padroeira da Ilha. Suas visitas pastorais eram verdadeiras missões que operavam a renovação espiritual das cidades e aldeias visitadas. Durante estas visitas ele pregava, catequizava, confessava, convocava encontros com o clero e as religiosas, visitava os doentes e interessava-se pela situação dos negros e escravos, no intuito de eliminar as discriminações raciais e favorecer a justiça e a igualdade para todos.

Em Cuba restaurou o antigo seminário, fundou escolas populares e, para dar perenidade à sua obra educativa, fundou uma Congregação religiosa dedicada ao magistério sob o título de Religiosas de Maria Imaculada. Os numerosos escritos populares de divulgação da doutrina cristã e defesa da ortodoxia constituem outra expressão do seu fecundo apostolado.

Exonerado do arcebispado de Cuba, talvez pressionado pelas perseguições e frequentes atentados, ele volta para a Espanha. Foi chamado pela corte para ser confessor da rainha que, por sinal, não primava muito pelo espírito religioso. Tal cargo foi-lhe uma cruz. Teve que enfrentar então as mais vis calúnias, movidas pelos adversários políticos da coroa espanhola, que o tachavam de monarquista, oposto aos ventos das ideias liberais que sopravam na Europa toda. Pôde cuidar também da sua Congregação religiosa. Com a deposição da rainha Isabel II, em 1860, Antônio Maria retirou-se para a França e daí para Roma, onde participaria do Concílio Vaticano I, como um dos mais fervorosos defensores da infalibilidade papal. Mesmo assim, continuou suas atividades pastorais e de escritor até ao fim de sua existência terrena que se deu no dia 24 de outubro de 1870 na abadia cisterciense de Fontfroide, na França. Por ocasião de sua beatificação, o papa Pio XI disse: "Antônio Maria Claret é uma figura verdadeiramente grande, como apóstolo infatigável, organizador moderno e precursor da Ação Católica, principalmente por meio da imprensa, na qual não foi superado talvez por ninguém". Foi canonizado em 1950.

No Brasil podemos constatar uma bela presença dos padres claretianos. Especial destaque merece a Editora Ave Maria, com a publicação da Bíblia e a conhecida revista Ave Maria.

A Oração coleta realça a propagação do Evangelho entre os povos com sua caridade e paciência admirável. Ela pede a Deus por sua intercessão que nos apliquemos com todo empenho em conquistar nossos irmãos para o Cristo. Quão importante para a Igreja hoje o testemunho de Santo Antônio Maria Claret, nestes tempos em que a Igreja é novamente convocada para a nova evangelização.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!

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