Catecismo

Por que o sexo antes do casamento é pecado?

por Thiago Zanetti • Você e mais 299 pessoas leram este artigo Comentar

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Tempo de leitura: 8 minutos

A relação sexual antes do casamento é uma prática que bloqueia a verdadeira felicidade que o homem e a mulher podem alcançar nessa interação íntima e sagrada. Em outras palavras, a relação sexual antes da consumação do matrimônio gera uma menor alegria para o casal. Não que, antes, homem e mulher não consigam atingir um estado de prazer ou trocar afetividades, mas o casal não casado não experimentará a verdadeira alegria que só é sentida por aqueles que a vivenciam no tempo certo: no matrimônio.

A alegria da relação sexual após o matrimônio é infinitamente maior do que a mediana alegria sentida por aqueles que preferiram não cumprir os mandamentos de Deus.

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Não me restrinjo somente ao campo da alegria, mas o ato sexual fora do matrimônio é um pecado grave e moralmente condenado pela Igreja Católica.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC), no parágrafo 2353, ensina que:

“A fornicação é uma união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e educação dos filhos”.

O documento Familiaris Consortio, de São João Paulo II, reforça que a dignidade do corpo humano exige que o ato sexual seja vivenciado de maneira plena e responsável, em um compromisso sacramental:

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“a sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Esta realiza-se de maneira verdadeiramente humana, somente se é parte integral do amor com o qual homem e mulher (…)” (n. 11).

Deus nos diz: “Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gn 2,24). Como nos mostra essa passagem de Gênesis, homem e mulher só estarão unidos de fato quando declararem isso para sempre, e isso só ocorre no matrimônio. Ali se dá a promessa definitiva. Ali, o casal, olhando um nos olhos do outro, fala publicamente, e o mais importante, o fala para Deus, que viverá junto até que a morte os separe.

Por que sexo antes do casamento é pecado?

Porque contaria o querer de Deus, fere o sexto mandamento. Em Êxodo se lê isto: “Não cometerás adultério” (Ex 20,14), que está relacionado ao pecado contra a castidade.

Em Gálatas está escrito:

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“Ora, as obras da carne são manifestas: fornicação, impureza, libertinagem… orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos previno, como já os preveni: os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5,19-21).

A passagem de Gálatas “não herdarão o Reino de Deus” (5,21) é forte. Perder o Reino de Deus é muito sério. O que seria de mim e de você? Isso que Paulo nos diz é um grande aviso para nós. Posto que o mundo tenha suas propagandas enganosas, esse escrito de Paulo é a propaganda salvadora de Deus.

Quando pecamos contra a castidade, é como se o Espírito Santo fosse destruído dentro de nós. O Espírito Santo vai sendo paulatinamente abafado. O Espírito Santo clamará por saúde, clamará por um estado de santidade; essa voz mansa e suave nos avisa sempre que não fizemos algo agradável a Deus.

Diz a S. Paulo: “A carne tem aspirações contrárias ao espírito e o espírito contrárias à carne” (Gl 5,17).

Em 1 Coríntios 6,19, se lê esta advertência: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes de Deus? … e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos?” (1 Cor 6,19).

Temos os exemplos dos santos e santas da Igreja. Eles preferiam a morte ao pecado; a tortura ao pecado; a prisão ao pecado. Em muito, os santos nos ensinaram a combater todo tipo de pecado: por meio do jejum, das penitências, da adoração, da oração, do Santo Terço etc.

A santidade é o nosso fim

A minha e a sua meta são a santidade. Vivemos, comemos, vestimos, amamos, tudo em busca de uma vida reta condizente com o Evangelho. A santidade não se refere apenas à sexualidade, mas é um modo de viver que integra toda a existência humana. O falar, o andar e o se comportar também estão integrados à santidade. E o que significa ser santo? Significa estar conformado a Deus. Nossa vocação é a santidade, portanto, somos convidados a santificar o nosso próximo, santificando com atos, palavras, gestos e ações concretas ao esposo(a), ao namorado(a), ao noivo(a), pais, irmãos etc.

A vida é bonita. Existe tanta coisa boa para se fazer com a pessoa que amamos: como assistir a um bom filme, ir à praia, passear, conversar, praticar esportes, fazer leituras, viajar, jantar, abraçar, sorrir, dar um beijo, enfim. E tudo vivido de forma santa, casta e pura.

Uma brilhante consideração do Catecismo da Igreja Católica sobre a sexualidade diz: “O prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união” (CIC, §2351). A Igreja, de forma brilhante, diz sobre a sexualidade: “A sexualidade está ordenada para o amor conjugal entre homem e mulher. No casamento, a intimidade corporal dos esposos se torna um sinal e um penhor de comunhão espiritual” (CIC, §2360).

A importância da formação moral

Uma formação sólida, embasada nos ensinamentos bíblicos e nos princípios morais da Igreja Católica, capacitará o jovem a enfrentar as tentações desse mundo. É de uma sólida formação moral católica que nossas crianças, adolescentes e jovens precisam.

Muitos carregam consigo a ideia de que a sexualidade pode ser vivida “livremente”, desde que seja com a pessoa que se “ama”. Não é verdade! Como centro da nossa condição humana, a relação sexual deve ser vivida na ocasião certa.

Veja o que diz a Igreja:

“A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, em sua unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar, e de uma maneira mais geral, à aptidão a criar vínculos de comunhão com os outros” (CIC, §2332).

Experimente a vida, seja feliz com a pessoa que está ao seu lado, o namorado, o noivo. A felicidade de ambos não depende de vocês “irem para a cama”. Quem diz o contrário é o mundo.

É preciso que tenhamos a verdadeira consciência de que somente Deus, pois Ele nos criou, conhece profundamente como nós devemos funcionar. Somente Deus, pois Ele é nosso Pai, sabe nos dizer o que nos faz felizes e quais são as coisas que nos deixam infelizes. A sexualidade vivida fora do matrimônio é uma das coisas que Deus nos apontou como uma prática que vai nos deixar infelizes, pois é contra o Espírito Santo que habita em nós.

O peso da prática sexual antes do matrimônio

A prática sexual antes do matrimônio tem o triste poder de nos deixar acabrunhados, e um dos significados dessa palavra é oprimido. Após nos “deliciarmos” perigosamente no sexo, um com o outro, a consequência disso, depois, é nos sentirmos oprimidos, com este sentimento: “Puxa, o que foi que fiz?”.

Quando pecamos, devemos pedir perdão a Deus, procurar um sacerdote, confessar-se e procurar não mais pecar.

Você pode amar verdadeiramente sua namorada, seu namorado, mas, ao “fazer amor” com ele(a), você fará algo desagradável aos olhos de Deus.

Demonstre seu amor para o(a) namorado(a), o(a) noivo(a), ofertando essa relação a Deus. Essa é a verdadeira prova de amor. O que está colocado pelo mundo é uma das piores mentiras. Você não vai ser feliz “agradando” o(a) namorado(a) com sexo, mas será feliz quando passar a cumprir o que Deus, por meio de São Paulo, nos pede: “É bom ao homem não tocar em mulher. Todavia, para evitar a fornicação, tenha cada homem sua mulher e cada mulher o seu marido” (1 Cor 7,1-2).

A sexualidade é coisa séria. Você já viu quantos milhões de pessoas existem na Terra? Atualmente, está em torno de 8 bilhões de seres humanos. E o que faz com que isso aconteça é o ato sexual. Que coisa poderosa e fantástica. Existe vida humana no mundo porque os homens se multiplicam, reproduzindo-se. Esse exemplo é para termos uma dimensão da grandeza que é o ato sexual. Ele é o catalisador da vida. O ato sexual é algo natural, e essa natureza precisa ser respeitada.

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Thiago Zanetti

Por Thiago Zanetti
Jornalista, copywriter e escritor católico. Graduado em Jornalismo e Mestre em História Social das Relações Políticas, ambos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É autor dos livros Deus é a resposta de nossas vidas (Palavra & Prece, 2012) e O Sagrado: prosas e versos (Flor & Cultura, 2012).
Acesse o Blog: www.thiagozanetti.com.br
Siga-o no Instagram: @thiagozanetti11

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