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Bem-aventurado Inácio de Azevedo, Presbítero, e Companheiros, Mártires, Memória

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Antífona de entrada

Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Fl 2, 10-11)
In nómine Iesu omne genu flectátur, caeléstium, terréstrium et infernórum: et omnis lingua confiteatur, quia Dominus Iesus Christus in gloria est Dei Patris. Ps. Domine Dominus noster: quam admirabile est nomen tuum in universa terra. (Phil. 2, 10. 11; Ps. 8)
Vernáculo:
Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Cf. MR: Fl 2, 10. 11)

Coleta

Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo e seus companheiros para regarem com seu sangue as primeiras sementes do Evangelho lançadas na Terra de Santa Cruz, concedei-nos, para vossa maior glória, professar constantemente a fé que recebemos de nossos antepassados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Ex 3, 13-20


Leitura do Livro do Êxodo


Naqueles dias, ouvindo a voz do Senhor no meio da sarça, 13Moisés disse a Deus: “Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas, se eles perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’ o que lhes devo responder?”

14Deus disse a Moisés: “Eu sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos filhos de Israel: ‘Eu sou enviou-me a vós’”.

15E Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, enviou-me a vós’. Este é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração. 16Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, apareceu-me, dizendo: Eu vos visitei e vi tudo o que vos sucede no Egito. 17E decidi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos à terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos fereseus, dos heveus e dos jebuseus, a uma terra onde corre leite e mel.

18Eles te escutarão e tu, com os anciãos de Israel, irás ao rei do Egito e lhe direis: ʽO Senhor, o Deus dos hebreus, veio ao nosso encontro. E, agora, temos que ir, a três dias de marcha no deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor nosso Deus’.

19Eu sei, no entanto, que o rei do Egito não vos deixará partir, se não for obrigado por mão forte. 20Por isso, estenderei minha mão e castigarei o Egito com toda a sorte de prodígios que vou realizar no meio deles. Depois disso, o rei do Egito vos deixará partir”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 104(105), 1 e 5. 8-9. 24-25. 26-27 (R. 8a)


℟. O Senhor se lembra sempre da Aliança.


— Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios! ℟.

— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac. ℟.

— Deus deu um grande crescimento a seu povo e o fez mais forte que os próprios opressores. Ele mudou seus corações para odiá-lo, e trataram com má-fé seus servidores. ℟.

— Então mandou Moisés, seu mensageiro, e igualmente Aarão, seu escolhido; por meio deles realizou muitos prodígios e, na terra do Egito, maravilhas. ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11, 28) ℟.

Evangelho — Mt 11, 28-30


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)


Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)

Sobre as Oferendas

Aceitai, ó Deus, as nossas oferendas e fazei que sejamos fortalecidos pelo mesmo sacrifício que sustentou no martírioo Bem-aventurado Inácio de Azevedo e seus companheiros.Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só; mas, se morre, produz muito fruto. (Jo 12, 24)
Posuísti Dómine in cápite eius corónam de lápide pretióso. (Ps. 20, 4; ℣. Ps. 20, 2. 3. 5. 6. 7. 8. 14)
Vernáculo:
Com bênção generosa o preparastes; de ouro puro coroastes sua fronte. (Cf. LH: Sl 20, 4)

Depois da Comunhão

Ó Deus, tendo participado, do mistério pascal à mesa da Eucaristia, fazei-nos fiéis ao vosso serviço, a exemplo dos quarenta mártires que deram a sua vida por vós. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 17/07/2025


É hora de alcançar a Cristo!


“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso”.

Jesus nos convida hoje a vir até Ele, num movimento quase contrário ao do Advento porque, afinal das contas, é Deus quem vem até nós neste tempo de preparação para a vinda de Cristo, razão por que a Igreja, sua Esposa, clama no Espírito Santo: “Vem, Senhor”, Maranatha! E no entanto o Evangelho de hoje diz o contrário: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (v. 28). Sim, existe um duplo movimento espiritual: é Deus quem vem, mas é necessário que nós cooperemos com a graça e, portanto, corramos até Deus. S. Paulo no-lo explica na Epístola aos Filipenses comparando-o com uma corrida. O Apóstolo diz que, assim como ele mesmo foi alcançado por Cristo, como um corredor no estádio, por isso é necessário agora — continua — deixar tudo para trás e lançar-se para frente, a fim de alcançar a Cristo. Nessa imagem do corredor que se lança, S. Paulo emprega o termo grego ἐπέκτασις (cf. Fp 3, 13), que significa um impulso interior, como o do atleta que se joga realmente, num último esforço para conquistar o troféu. Ora, Jesus nos chama hoje a ir até Ele, cansados como estamos da nossa servidão neste mundo, do nosso apego às coisas. É necessário, pois, deixar tudo para trás, os fardos que o próprio pecado impôs sobre nossos ombros. Ficamos procurando a felicidade onde ela, na verdade, não se encontra, e isso nos causa tristeza, decepção, frustração. Mas somos nós mesmos que tecemos a corda em que nos amarramos. Por isso diz Jesus: “Vinde a mim, vinde a mim”, quer dizer, desapegai-vos, jogai-vos, deixai tudo para trás e lançai-vos em direção a Cristo!

Daí que Ele nos convide a tomar outro fardo, não o do apego às coisas materiais, mundanas; mas o da caridade, do amor. Esse é o seu fardo, que é suave; esse é o seu jugo, que é leve. No fundo, trata-se de um “transplante de coração”: precisamos nos livrar do nosso coração, apegado e mesquinho, e tomar para nós o de Cristo. “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (v. 29)! Façamos, então, nesse Advento o propósito espiritual de nos aproximar mais do Coração de Jesus, para ter por Ele mais devoção, mais afeito; para, em cada passagem do Evangelho, investigar, conhecer e saber quem Ele é, como nos ama e quais são seus sentimentos. É mais uma vez S. Paulo, escrevendo aos filipenses, quem nos diz: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus”, Ele que não se apegou ao ser igual a Deus, mas se esvaziou a si mesmo (cf. Fp 2, 5s), humilde, manso e obediente até a morte e morte de Cruz. Corramos para Cristo e, deixando o que está para trás, lancemo-nos a Ele, que de braços abertos nos diz: “Vinde a mim todos vós que estais cansados”. Vamos a Ele, porque ele mesmo veio até nós e já nos alcançou: a graça nos alcançou; agora é a vez de nos lançarmos para alcançar a graça.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 17/07/2025

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires (Memória)
Local: Brasil
Data: 17 de Julho † 1570


Inácio era de Portugal, do Porto. Ali nasceu em 1527, de Dom Emanuel e de Dona Violante, ambos descendentes de ricas e nobres famílias lusitanas.

Depois de cuidadosa educação e duma estada em Coimbra, onde se decidiu pela vida religiosa, entrou na Companhia de Jesus. Era no ano de 1548, e Inácio estava naquela idade dos grandes ideais, dos sonhos, das grandes esperanças dos vinte anos.

Noviço excelente, moço exemplaríssimo, ardoroso no trato das coisas de Deus, tanto que o provincial, Simão Rodrigues, procurou docemente moderar-lhe as austeridades. Nem bem terminara o curso de teologia e já era nomeado reitor do colégio Santo Antônio de Lisboa.

São Francisco de Bórgia, eleito geral em 1565, confiou ao padre Inácio de Azevedo a missão de inspecionar o Brasil.

Doze anos antes, a 13 de junho de 1553, com o Segundo Governador-Geral, Dom Duarte da Costa, que vinha substituir Tomé de Sousa, aportava em Salvador da Bahia, o Padre Luís de Grã, ex-reitor do colégio de Coimbra, que chefiava seis jesuítas. Entre eles, o mais humilde e modesto era José de Anchieta, aquele Anchieta de Iperoig, do Poema à Virgem, que, numa das suas famosas cartas, diria desta terra de Santa Cruz: "Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosques, e não se vê em todo o ano árvore nem erva seca".

José de Anchieta, Nóbrega, Diogo Jácome, Vicente Rodrigues, Brás Lourenço e outros, são nomes que desbravaram terras e almas indígenas, acendendo dentro da Pátria e dos corações o fogo ardente do cristianismo.

Inácio de Azevedo esteve três anos no Brasil. Nossa terra, já evangelizada, com membros da Companhia entre sete tribos do interior, possuía, na costa, escolas e seminários.

No relatório que fez aos superiores, o bem-aventurado pediu reforços. A nova terra era vasta e, pois, aquele punhado de irmãos necessitava de novos colaboradores.

Francisco de Bórgia aconselhou-lhe o recrutamento de religiosos pela Espanha e Portugal. Que reunisse o número que se fizesse necessário e, comandando-o, partisse novamente para as plagas brasileiras.

Depois de cinco meses de preparativos, Inácio de Azevedo, aos 5 de junho de 1570, com trinta e nove companheiros, partia na São Tiago, uma nau mercante, enquanto trinta outros religiosos seguiam num barco de guerra da esquadra comandada por Dom Luís de Vasconcelos, então governador do Brasil.

Oito dias depois, alcançavam a Madeira: Dom Luís decidiu ali permanecer até que ventos mais favoráveis soprassem, mas o capitão da São Tiago preferiu demandar as Canárias.

Falava-se, então, amiúde, dos perigosos, audaciosos corsários que infestavam o Atlântico, franceses. A São Tiago, perto da Grande Canária, antes de seguir para Las Palmas, onde faria escala, ancorou num pequenino porto, e, ali, Inácio foi aconselhado a deixar o barco.

Inspirado por Deus, talvez, o bem-aventurado jesuíta preferiu continuar a bordo. Deixando o pequenino ancoradouro, a nau alcançou o mar alto. Eis senão quando, um corsário francês surgiu ao longe. Comandava-o o huguenote Jacques Souries, que partira de La Rochelle justamente para capturar os jesuítas. E foi a abordagem, seguida de feia luta corpo a corpo.

Dominada a São Tiago pelos calvinistas, Souries concedeu a vida a todos os sobreviventes menos aos religiosos, aos quais degolaram a sangue frio, menos a um, o coadjutor temporal que servia na cozinha, que foi tomado como escravo.

Destarte, pereceram Inácio de Azevedo e trinta e nove companheiros que buscavam o Brasil daqueles primeiros tempos. Com Inácio, receberam a coroa do martírio Aleixo Delgado, Afonso de Baena, Álvaro Mendez, Amaro Vaz, André Gonzales, Antônio Correa, Antônio Fernandes, Antônio Soares, Benedito de Castro, Brás Ribeira, Domingos Fernandes, Manoel Alvarez, Manoel Fernandes, Manoel Pacheco, Manoel Rodrigues, Estêvão Zuraro, Fernando Sanches. Francisco Alvarez, Francisco de Magalhães, Gaspar Alvarez, Gonçalves Henriques, Gregório Scrivano, Tiago de Andrade, Tiago Perez, João Baeza, João Fernandes de Braga, João Fernandes de Lisboa, João de Maiorca, João de São João, João de São Martinho, João de Zafra, Luis Correa, Marcos Caldeira, Nicolau Dinio, Pedro Fontura, Pedro Munhoz ou Nunes, Simão Acosta, Simão Lopes e Francisco Godói, que era parente de Santa Teresa de Ávila.

Com exceção de nove, espanhóis, os demais eram portugueses. Em 1854, Pio IX confirmava-lhes o culto.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XIII. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 11 jul. 2021.

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires, rogai por nós!


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