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Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco, presb. e comps., mártires, Memória

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Antífona de entrada

Pelo amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso sua recompensa é eterna.
Iusti epuléntur et exsúltent in conspéctu Dei: delecténtur in laetítia. Ps. Exsúrgat Deus, et dissipéntur inimíci eius: et fúgiant, qui odérunt eum, a fácie eius. (Ps. 67, 4 et 2)
Vernáculo:
Mas os justos se alegram na presença do Senhor rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Sl. Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! (Cf. LH: Sl 67, 4 e 2)

Coleta

Deus de misericórdia, aumentai em nós a fé que, conservada à custa do próprio sangue, glorificou vossos mártires santos André, Ambrósio e companheiros. Dai-nos também ser santificados pela vivência da mesma fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Gl 1, 6-12)


Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas


Irmãos, 6admiro-me de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e de terdes passado para um outro evangelho. 7Não que haja outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e querendo mudar o evangelho de Cristo. 8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado. 9Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado. 10Será que eu estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo. 11Irmãos, asseguro-vos que o evangelho pregado por mim não é conforme a critérios humanos. 12Com efeito, não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 110)


℟. O Senhor se lembra sempre da Aliança.


— Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração! ℟.

— Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão. ℟.

— Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor. ℟.


https://youtu.be/Psa-aRP1VEg
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado. (Jo 13, 34) ℟.

Evangelho (Lc 10, 25-37)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” 28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu:

“Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”.

E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Anima nostra, sicut passer, erépta est de láqueo venántium: láqueus contrítus est, et nos liberáti sumus. (Ps. 123, 7)


Vernáculo:
Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. (Cf. LH: Sl 123, 7)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, aceitai com bondade estas oferendas e concedei-nos imitar os santos André, Ambrósio e companheiros, participando com amor do mistério da paixão do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.



Antífona da Comunhão

Nem a morte, nem a vida, nem criatura alguma nos poderá separar do amor de Cristo. (Cf. Rm 8, 3-39)
Dico autem vobis amícis meis: ne terreámini ab his, qui vos persequúntur. (Lc. 12, 4; ℣. Ps. 33, 2. 6. 16. 18. 19. 20. 21. 23)
Vernáculo:
A vós, porém, meus amigos, eu digo: não tenhais medo dos que matam o corpo. (Cf. Bíblia CNBB: Lc 12, 4a)

Depois da Comunhão

Na festa dos vossos santos mártires André, Ambrósio e companheiros, fomos alimentados, ó Pai, com o Corpo e Sangue do vosso Filho. Fazei que, perseverando na caridade, encontremos em vós o sustento da nossa vida, a razão da nossa existência e o destino da nossa caminhada. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/10/2022


Antes de amarmos, Deus nos amou


O amor é uma iniciativa divina; a nós cabe apenas responder, porque fomos amados quando éramos inimigos de Deus e agraciados com a capacidade de amar Àquele que nunca nos abandonou.


Ao contar-nos hoje a parábola do bom samaritano, Jesus quer nos ensinar fundamentalmente quem é o nosso próximo. Iluminados, porém, pelo Espírito da Verdade, os Santos Padres conseguiram enxergar neste ensinamento do Senhor um significado ainda mais profundo, em plena sintonia com o sentido literal do texto. Interpretada em chave espiritual e alegórica, a parábola nos mostra que o bom samaritano não é senão o próprio Cristo, que desce dos céus — figurados pela cidade santa de Jerusalém — e vem a este mundo — simbolizado por Jericó —, a fim de curar espiritualmente o homem, espoliado e abandonado à beira do caminho por diversos malfeitores. Disto se depreende, em primeiro lugar, que foi Deus quem nos amou por primeiro; foi dele a iniciativa de estar em contato conosco e fazer-nos participantes dos seus bens. O nosso amor, consequentemente, não é mais do que simples resposta, resposta que, contudo, só pode ser dada se Deus mesmo nos der forças para tanto.

E foi precisamente esta a verdade que se perdeu em meio ao complicadíssimo sistema de preceitos e tradições elaborado pouco a pouco pelos judeus e vigiado pela autoridade legalista dos mestres da Lei. Orgulhosos de sua estrita fidelidade a rituais e normas, estes achavam que era a sua justiça, a sua obediência, o seu “bom comportamento” o que os tornaria gratos a Deus e dignos, portanto, de receber “em paga” o amor e beneplácito divinos. Trata-se de uma evidente perversão, de uma inversão diabólica da realidade, pois antes mesmo de recebermos por graça a capacidade de amar, Deus já nos amava; quando ainda éramos inimigos seus, incapazes do menor ato de caridade, Ele nos abraçava com sua benevolência e tinha bem presente o magnífico plano da nossa salvação, pela qual seríamos finalmente reconciliados consigo e capacitados, pelo vinho e os unguentos com que Cristo curou nossas feridas, para amá-lo de volta. É só assim, conscientes de que somos nós aquele homem quase morto que jaz à beira do caminho, que poderemos fazer as vezes de bom samaritano: o nosso amor é sempre dom e resposta, resposta Àquele que nos amou desde sempre e, por amor a Ele, ao nosso próximo, presença visível e concreta do Cristo que tanto nos quer.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | O escândalo da Eucaristia (Memória dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu)

Celebramos hoje os primeiros mártires do Brasil: os santos André de Soveral, Ambrósio Ferro e seus 30 companheiros, terrivelmente massacrados no século XVII nas mãos de calvinistas holandeses, por se recusarem a abjurar da fé católica na Santíssima Eucaristia e renegar a única Igreja em que se preservam, incorruptos, a sucessão apostólica e os sacramentos que o Filho de Deus instituiu para a nossa santificação.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 3 de outubro, e peçamos a estes santos mártires que, por sua intercessão, nos deem a graça de sermos católicos firmes e convictos, dispostos a dar a própria vida em testemunho da verdade da Santa Igreja Romana.


https://youtu.be/b-fafIJN_o0

Santo do dia 03/10/2022

Santo André de Soveral, Ambrósio Ferro e companheiros (Memória)
Local: Rio Grande do Norte, Brasil
Data: 03 de Outubro† 1645


São 28 os companheiros mártires leigos, homens, mulheres e crianças. Eles são conhecidos também como os Mártires do Rio Grande do Norte ou os protomártires do Brasil.

Estamos no Brasil, Colônia de Portugal do século XVII. Também a capitania do Rio Grande, atual Estado do Rio Grande do Norte, foi invadida pelos holandeses, atraídos pela produção canavieira.

No dia 16 de julho de 1645, os holandeses, que ocupavam o Nordeste do Brasil, chegaram a Cunhaú, no Rio Grande do Norte, onde residiam vários colonos ao redor do engenho, ocupados no plantio da cana-de-açúcar. Era domingo e a comunidade estava reunida para a missa na capela da casa-grande, dedicada a Nossa Senhora das Candeias. A capela foi cercada e invadida por soldados e índios que trucidaram os que aí estavam. Os membros da Comunidade não opuseram resistência aos agressores e entregaram piedosamente suas almas ao Criador. Dentre os martirizados, ficaram na história o padre André de Soveral e o leigo Domingos de Carvalho.

Aterrorizados com o acontecimento de Cunhaú, o padre Ambrósio Francisco Ferro e outros moradores da capitania solicitaram abrigo no Forte dos Reis Magos. Outras pessoas, não podendo asilar-se no forte, providenciaram a construção de abrigos improvisados na localidade denominada Potengi, distante 25km da Fortaleza dos Reis Magos. Os flamengos deixaram Cunhaú e atingiram Potengi e, após porem cerco à resistência dos moradores refugiados, conseguiram rendê-los e conduzi-los à fortaleza dos Reis Magos. Chegou ao forte ordem do Alto e Secreto Conselho do Recife, órgão de domínio do Brasil holandês, para executar imediatamente os rebeldes.

O primeiro grupo executado foi aquele do qual participava o padre Ambrósio junto com outras pessoas de destaque na cidade. Era o dia 3 de outubro de 1645, quando o grupo composto de doze pessoas foi conduzido ao porto de Uruaçu, a 18km da Fortaleza dos Reis Magos. No porto, tudo já estava preparado para a execução, comandada pelo chefe potiguar Antônio Paraopaba, o qual, embora indígena, fora educado na Holanda e se convertera à Igreja reformada.

Quando os condenados chegaram, receberam ordens para se despirem e se ajoelharem. Os holandeses, de religião calvinista, trouxeram um pastor protestante para demovê-los de sua fé católica. Todos resistiram a esta tentativa e foram barbaramente mortos. Entre eles estava Mateus Moreira que, ao lhe ser arrancado o coração pelas costas, morreu exclamando: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento". O segundo grupo foi executado no mesmo local, com a mesma crueldade e violência. Entre os mortos encontravam-se algumas mulheres e crianças.

Forte é a relação dos mártires com a Eucaristia. Uns foram mortos durante a Missa, Mateus Moreira morreu louvando o Santíssimo Sacramento. Vida eucarística e martírio têm em comum o testemunho do Senhor Jesus.

O caso dos mártires de Cunhaú e de Uruaçu leva a vários questionamentos. Entre eles, a tolerância religiosa. A religião que leva a atentar contra a vida não pode ser verdadeira religião. Note-se também que por trás dos atos dos cristãos reformados que assassinaram os mártires de Cunhaú e Uruaçu havia fortes interesses econômicos. A religião, quando se torna serva de grupos econômicos, deixa de servir a Deus.

A mensagem que esses mártires legaram é que vale a pena dar a vida por causa do Evangelho. Por outro lado, leva-nos a notar que a religião de Jesus não é a da dominação, da morte, da exploração, mas da vida e do amor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo André de Soveral, Ambrósio Ferro e companheiros, rogai por nós!

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