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19º Domingo do Tempo Comum

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Antífona de entrada

Lembrai-vos, Senhor, da vossa aliança, e nunca esqueçais a vida dos vossos pobres. Levantai-vos Senhor, e julgai vossa causa, e não fecheis o ouvido ao clamor dos que vos procuram. (Cf. Sl 73, 20. 19. 22. 23)
Respice, Dómine, in testaméntum tuum, et ánimas páuperum tuórum né derelínquas in finem: exsúrge Dómine, et iúdica causam tuam: et ne obliviscáris voces quaeréntium te. Ps. Ut quid Deus repulísti in finem: irátus est furor tuus super oves páscuae tuae? (Ps. 73, 20. 19. 22. 23 et 1)
Vernáculo:
Lembrai-vos, Senhor, da vossa aliança, e nunca esqueçais a vida dos vossos pobres. Levantai-vos Senhor, e julgai vossa causa, e não fecheis o ouvido ao clamor dos que vos procuram. (Cf. MR: Sl 73, 20. 19. 22. 23) Sl. Ó Senhor, por que razão nos rejeitastes para sempre e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais? (Cf. LH: Sl 73, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, a quem, inspirados pelo Espírito Santo, ousamos chamar de Pai, fazei crescer em nossos corações o espírito de adoção filial, para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Sb 18, 6-9


Leitura do Livro da Sabedoria


A noite da libertação fora predita a nossos pais, para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem intrépidos. 7Ela foi esperada por teu povo, como salvação para os justos e como perdição para os inimigos.

8Com efeito, aquilo com que puniste nossos adversários, serviu também para glorificar-nos, chamando-nos a ti.

9Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios secretamente e, de comum acordo, fizeram este pacto divino: que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. Isso, enquanto entoavam antecipadamente os cânticos de seus pais.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 32(33), 1. 12. 18-19. 20. 22 (R. 12b)


℟. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!


— Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor e a nação que escolheu por sua herança! ℟.

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. ℟.

— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! ℟.


https://youtu.be/t3L5L7ByEPg

Segunda Leitura — Hb 11, 1-2. 8-19; forma breve: 11, 1-2. 8-12


Leitura da Carta aos Hebreus


Irmãos: 1A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem. 2Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. [8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia.

9Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os coerdeiros da mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor. 11Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa. 12É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”.]

13Todos estes morreram na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. 14Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, 15e se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá. 16Mas agora, eles desejam uma pátria melhor,
 isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. 17Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, 18do qual havia sido dito: “É em Isaac que uma descendência levará o teu nome”. 19Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho - o que é também um símbolo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Mt 24, 42a. 44) ℟.

Evangelho — Lc 12, 32-48; forma breve: Lc 12, 35-40


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 32“Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. 33Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. 34Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

[35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater.

37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!

39Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.]

41Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?”

42E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. 48Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

In te sperávi, Dómine: dixi: tu es Deus meus, in mánibus tuis témpora mea. (Ps. 30, 15. 16)


Vernáculo:
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! (Cf. LH: Sl 30, 15. 16)
Sugestão de melodia 

Sobre as Oferendas

Senhor, acolhei com misericórdia os dons que concedestes à vossa Igreja e ela agora vos apresenta. Transformai-os por vosso poder em sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Glorifica o Senhor, Jerusalém, ele te dá como alimento a flor do trigo. (Cf. SI 147, 12. 14)

Ou:


O pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo, diz o Senhor. (Jo 6, 51)
Beátus servus, quem, cum vénerit Dóminus, invénerit vigilántem: amen dico vobis, super ómnia bona sua constítuet eum. (Mt. 24, 46. 47; ℣. Ps. 33)
Vernáculo:
Feliz o servo que o Senhor, ao chegar, encontrar acordado; em verdade vos digo: Ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. (Cf. MR: Cf. Mt 24, 46-47)

Depois da Comunhão

Ó Senhor, a comunhão do vosso sacramento, que acabamos de receber, nos salve e nos confirme na luz da vossa verdade. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 10/08/2025


O Administrador fiel e a fé


“A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” (Lc 12, 48b)

Queridos irmãos e irmãs, a liturgia da Igreja celebra o 19º Domingo do Tempo Comum. Hoje, segundo domingo de agosto de 2025, portanto, Dia dos Pais, a quem dedicamos de modo especial as nossas orações e intenções, por terem sido colaboradores com Deus na transmissão da vida. A todos os pais, um santo e feliz dia.


Neste 19º Domingo do Tempo Comum, gostaria de simplesmente reproduzir uma homilia do nosso conhecido e de saudosa memória Dom Henrique Soares da Costa, que fez uma belíssima pregação anos atrás sobre as leituras de hoje.


Quando o Evangelho não nos é exigente? Quando a Palavra de Deus não nos questiona? A Escritura diz que “a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do qualquer espada de dois gumes; penetra até dividir alma e espírito, junturas e medulas. Ele julga as disposições e intenções do coração” (Hb 4,12). A cada Domingo, fazemos experiência dessa exigência viva e eficaz da Palavra do Senhor em nossa vida. É o caso também deste hoje.


Comecemos com a advertência consoladora e carinhosa do Senhor Jesus: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino”. Tão atual e necessária esta palavra! A fé cristã e a Igreja são tão combatidas atualmente, tão incompreendidas! Cada vez mais nossa sociedade se paganiza, cada vez mais rejeita o cristianismo, cada vez mais fortemente apostata da fé na qual foi plasmada e cada vez menos compreende o Evangelho e suas exigências. Com quanta força se contesta a moral cristã; com quanta ênfase se ressalta e propaga a fraqueza desse ou daquele membro da Igreja, sobretudo do clero… O interesse é um só: desmoralizar a Igreja como porta-voz do Evangelho. Desmoraliza-se a Igreja para calar-se e desmoralizar-se a moral cristã e suas exigências. Olhem o Crucificado, pensem nas suas exigências e recordem o que o mundo pensa e diz: “Não queremos que ele reine sobre nós!” Pois a nós, pequeno rebanho – rebanho cada vez menor -, o Senhor exorta: “Não tenhais medo, pequenino rebanho!” Não temais o mundo pagão, não temais os escândalos, não temais vossas próprias infidelidades e fraquezas, não temais os sábios da sabedoria deste mundo, que não podem compreender as coisas de Deus (cf. 1Cor 1,21) e crucificaram e crucificam ainda o Senhor da Glória (cf. 1Cor 2,8). Não temais ante as dificuldades da vida!


Mas, como é possível resistir? É tão grande o combate; é tão dramática a batalha! As leituras da Missa de hoje dão-nos uma resposta emocionante. O Livro da Sabedoria nos recorda a noite da saída do Egito. Israel era um povinho, um bando de escravos, menos que nada, menos que ninguém… Como suportou o sofrimento? Como se conservou fiel a Deus? Como resistiu? Como não se dispersou? Resistiu porque colocou somente em Deus sua esperança: “A noite da libertação fora predita a nossos pais, para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem intrépidos”. O povo de Deus, escravo no Egito, não duvidou da promessa que Deus fizera a Abraão; o povo esperou contra toda esperança e esperou no julgamento de Deus: “Os piedosos filhos dos bons fizeram este pacto divino: que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos”. Um povo unido pela esperança e pela fé na Palavra de Deus.


A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, também nos responde: “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se vêem”. Na fé, já possuímos; na fé, já tocamos com as mãos aquilo que o Senhor nos prometeu e nos preparou. Foi pela fé que nossos antepassados partiram, deixaram tudo; pela fé tiveram a coragem de viver errantes, morando em tendas, daqui para ali… Pela fé, viveram como estrangeiros nesse mundo, colocando toda esperança em Deus, que nos prepara uma Pátria melhor no céu; pela fé, Abraão, nosso pai, foi capaz de sacrificar seu filho único… Pela fé deles “Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus”.


Vejam, irmãos: o caminho que o Senhor nos propõe nunca foi fácil… Somente aqueles que tiveram a coragem de se deixar, de se abandonar, de se entregar, perseveraram até o fim. É o que o Senhor nosso, Jesus Cristo, nos propõe hoje: “Vendei vossos bens e dai esmola… Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu… Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas, como homens esperando seu senhor voltar. Ficai preparados”. Todas essas palavras nos convidam ao desapego, à vigilância, à atitude de disponibilidade, de entrega e esperança diante de Deus. E como tudo isso é difícil, num mundo que propõe como ideal de vida o conforto, a fartura de bens, o individualismo, a confiança somente no que se vê, a dispersão interior e exterior! Digam: como as crianças podem ter amor a Deus passando horas e horas diante dos filmes e desenhos animados pagãos? Como os adultos podem prender o coração às coisas de Deus, empanturrando-se de dispersão, de novelas e de futilidades mundanas? Como rezar bem se nos apegamos ao conforto desmesurado? Como manteremos nosso fervor dispersos em mil bobagens? Como seremos realmente fortes na fé sem combater nossos vícios? Como estaremos prontos para levar cruz na doença, nas dificuldades da vida conjugal, no desafio da educação dos filhos, na luta do combate aos vícios, na busca sincera de sermos retos, decentes e honestos por amor de Cristo? Como viver tudo isso sem a vigilância? Como permanecer firmes na fé católica sem a oração e a procura das coisas de Deus? O Senhor virá na noite desse mundo: “E caso chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão” se nos encontrar vigilantes! Vigiemos, portanto!


Caríssimos, esta advertência é para todos, e de modo especial, para nós, pastores do rebanho, a quem o Senhor constituiu “administrador fiel e prudente”. Que não caiamos na ilusão de pensar: “Meu patrão está demorando” e nos entreguemos à infidelidade! Não temamos; vigiemos, sejamos fiéis até o fim! Não reneguemos o Evangelho! – Eis o apelo do Senhor hoje!


Esta palavra vale também para os pais, servos que o Senhor colocou à frente de sua família. Que sejam conscientes da missão que receberam e transmitam aos seus filhos o testemunho de uma fé robusta e dos verdadeiros valores humanos e cristãos. E possam receber a recompensa dos servos bons e fiéis, aqui e por toda a eternidade. Asim seja, amém.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | Cinco conselhos práticos para viver a vigilância

No Evangelho deste 19º Domingo, Nosso Senhor conta três parábolas sobre a vigilância, que é uma atitude indispensável para progredir na vida espiritual. Por isso, com base nos ensinamentos dos Santos Padres e dos grandes diretores espirituais, Padre Paulo Ricardo apresenta cinco conselhos práticos para viver a vigilância, além de enfatizar a necessidade da oração, sem a qual o esforço de vigiar torna-se vão.Ouça a homilia dominical do Padre Paulo Ricardo e descubra a importância da vigilância para o crescimento na vida espiritual.


https://youtu.be/L-caLCwWYSU

Santo do dia 10/08/2025

São Lourenço, Diácono e Mártir (Festa)
Local: Roma, Itália
Data: 10 de Agosto † 258


Lourenço foi um dos diáconos da Igreja Romana, martirizado provavelmente na perseguição do imperador Valeriano (258), que com seus editos mandou fechar e confiscar todos os lugares de culto e cemitérios cristãos e punir com o exílio ou morte os dirigentes das comunidades. A esta função se ajuntou a guarda dos bens da Igreja e a distribuição de suas esmolas entre os pobres. Em 257, o imperador publicou seus editos contra os cristãos e o papa São Sisto II, no ano seguinte, foi preso e executado. Quatro dias depois, o fiel Lourenço o acompanhou no martírio. Isso é tudo quanto se sabe ao certo da vida e da morte de São Lourenço. Infelizmente se deve admitir que foram aduzidas boas razões para se duvidar da confiabilidade, sob o ponto de vista histórico, a respeito dos episódios comoventes sobre a apresentação dos bens da Igreja feita por São Lourenço e sobre a forma como ele morreu.

Desde o século IV, sua figura é pintada com cores vivas, fruto mais da oratória e da poesia que da história. É conhecido sobretudo o episódio relativo aos tesouros da Igreja. Já que o perseguidor ambicionava os pretensos tesouros da Igreja, dos quais Lourenço era administrador, este pediu tempo para mostrá-los. Reuniu os pobres, as virgens consagradas, as viúvas aos quais a comunidade dava assistência material e os mostrou ao prefeito da cidade. Os artistas encarregaram-se mais tarde de figurar o corajoso diácono sendo assado numa grelha.

Lourenço fazia parte do grupo dos sete diáconos da Igreja de Roma no tempo do papa Sisto II. Foi o mártir romano mais celebrado depois dos Apóstolos Pedro e Paulo. Seu nome consta no Cânon romano da Missa. Foi enaltecido por poetas como Prudêncio e Dante na Divina comédia. Foi enaltecido por poetas e pregadores da antiguidade cristã, como São Máximo, Santo Ambrósio e Santo Agostinho.

A Liturgia não menciona diretamente a história da grelha como instrumento do martírio. Realça, porém, dois aspectos de grande significação evangélica: o diácono e o mártir vitorioso. O mártir vem fortemente ligado ao símbolo do fogo, como oferta da vida, como vítima oferecida em holocausto. Faz lembrar os três jovens na fornalha ardente. Talvez Lourenço realmente tenha morrido na fogueira, a exemplo de São Policarpo de Esmirna.

Outro elemento realçado é a vitória na luta. Uma luta que se travou na prática da caridade, função própria do diácono desde os tempos dos Atos dos Apóstolos. Administrar os bens a serviço dos pobres e necessitados constitui um verdadeiro testemunho de Cristo. Também nisso consiste o martírio, muito bem realçado por Santo Agostinho na homilia da festa de São Lourenço. Curioso que muitos mártires da Igreja dos primeiros séculos têm nomes que simbolizam a vitória, ou a recompensa pela luta vitoriosa do martírio. Basta lembrar Estêvão, que significa coroa. Lourenço, e temos a coroa de louros; Vicente, o mártir, é aquele que vence. Temos ainda Vitor, Vitório e até Martinho, o pequeno mártir, porque foi mártir do amor, sem derramar o sangue.

Penso que o tema das brasas e do fogo na festa de São Lourenço diácono e mártir deve ser tomado como linguagem simbólica do amor, do serviço da caridade ou da diaconia, do martírio como oferta da vida a Deus. Todos os textos falam de São Lourenço diácono e mártir.

A Oração coleta resume bem a mensagem evangélica do Santo: Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Foi o que ele ensinou pelo exemplo na vida e na morte.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Lourenço, rogai por nós!


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