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Antífona de entrada

Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.
Nos autem gloriári opórtet, in cruce Dómini nostri Iesu Christi: in quo est salus, vita, et resurréctio nostra: per quem salváti, et liberáti sumus. Ps. Voce mea ad Dóminum clamo, voce mea ad Dóminum déprecor. (Cf. Gal. 6, 14; Ps. 141)
Vernáculo:
A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou. (Cf. MR: Gl 6, 14) Sl. Em voz alta ao Senhor eu imploro, em voz alta suplico ao Senhor! (Cf. LH: Sl 141, 2)

Coleta

Ó Deus, que fizestes são Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Gl 1, 13-24)


Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas


Irmãos, 13certamente ouvistes falar como foi outrora a minha conduta no judaísmo, com que excessos perseguia e devastava a Igreja de Deus 14e como progredia no judaísmo mais do que muitos judeus de minha idade, mostrando-me extremamente zeloso das tradições paternas. 15Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça 16se dignou revelar-me o seu Filho, para que eu o pregasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue 17nem subi, logo, a Jerusalém para estar com os que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, parti para a Arábia e, depois, voltei ainda a Damasco. 18Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze dias. 19E não estive com nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor. 20Escrevendo estas coisas, afirmo diante de Deus que não estou mentindo. 21Depois, fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 22Ainda não era pessoalmente conhecido das Igrejas da Judeia que estão em Cristo. 23Apenas tinham ouvido dizer que “aquele que, antes, nos perseguia, está agora pregando a fé que, antes, procurava destruir”. 24E glorificavam a Deus por minha causa.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo responsorial (Sl 138)


℟. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!


— Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. ℟.

— Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! Que prodígio e maravilha as vossas obras! ℟.

— Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis; quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas. ℟.


https://youtu.be/3ciG5wJA12A
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11, 28) ℟.

Evangelho (Lc 10, 38-42)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)


Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)

Sobre as Oferendas

Ao apresentarmos, ó Deus, as nossas oferendas, preparai-nos para celebrar o mistério da cruz, que São Francisco abraçou com tanto amor. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino do céu. (Mt 5, 3)
Fidélis servus et prudens, quem constítuit Dóminus super famíliam suam: ut det illis in témpore trítici mensúram. (Lc. 12, 42; ℣. Ps. 141, 2. 3. 4. 6. 7ab. 7cd. 8ab. 8cd)
Vernáculo:
Quem é o administrador fiel e prudente, que o senhor encarregará dos servos da casa para lhes dar a alimentação na hora certa? (Cf. Bíblia CNBB: Lc 12, 42)

Depois da Comunhão

Ó Deus, pela comunhão na vossa Eucaristia, dai-nos imitar o amor de São Francisco e seu zelo apostólico, para que, impregnados da vossa caridade, nos empenhemos na salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 04/10/2022
“Agora é o tempo da misericórdia”

“Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.


Ao nos desapegarmos das riquezas deste mundo por amor a Deus, passamos a sentir-nos como os pobres de espírito que efetivamente somos. Pois é quando descobrimos que Cristo é e sempre será o nosso único necessário que começamos a querer estar com Ele, a ter sede e fome de sua companhia e de seus dons espirituais. De Martas agitadas, metidas entre panelas e preocupações, transformamo-nos em Marias, que se comprazem em, sem dizer palavra, estar aos pés do Senhor. Foi o que sucedeu, de forma bastante concreta e expressiva, com São Francisco de Assis, cuja memória temos hoje a alegria de celebrar. Jovem ambicioso e mundano, Francisco deu-se conta de que todos os bens que este desterro lhe poderia proporcionar, longe de serem fonte de consolação, eram antes motivos de agitação, de preocupação desnecessária. Decidido pois a viver o Evangelho em sua pureza — sine glossa —, Francisco deixou tudo para entregar-se inteiramente a Cristo; abandonou, assim, o "amor" das criaturas para corresponder ao amor dAquele amado tão ingratamente desprezado e esquecido pelo coração dos homens. Invoquemos hoje a intercessão do santo poverello de Assis e peçamos-lhe que nos alcance do Senhor a graça de, pondo de lado as vaidades do mundo, termos o coração e a vontade repousados nEle, o único necessário de nossas almas sedentas de amor e verdade.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | O Amor não é amado! (Memória de São Francisco de Assis)

Celebramos hoje a memória de São Francisco de Assis. Para comemorar este grande santo, a Igreja proclama o Evangelho de Marta, agitada entre suas panelas e preocupações, e Maria, serena e contemplativa aos pés do Senhor. Mas de que maneira estas duas irmãs de Betânia podem ilustrar a vida do “poverello” de Assis, que viveu em circunstâncias tão diferentes?Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 4 de outubro, e descubra a resposta.


https://youtu.be/2soR9jJvzrQ
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Santo do dia 04/10/2022

Ouça no Youtube

São Francisco de Assis (Memória)
Local: Assis, Itália
Data: 04 de Outubro† 1226


São Francisco nasceu em Assis, cidade medieval da Úmbria, no centro da Itália, em 1182. O pai, notável comerciante, ambicionava que seu filho continuasse na mesma carreira, mas Francisco não possuía o perfil de comerciante. De gênio alegre e folgazão, sentia em si um forte pendor para os prazeres do mundo.

Quando jovem, sonhou com as glórias militares. Participou de uma guerra entre a cidade de Assis e a vizinha cidade de Perugia, mas não foi feliz. Acabou sendo preso e colocado em dura prisão, onde ficou sofrendo por um ano. Quando dava início a outra aventura militar, sentiu repentina crise de consciência que lhe questionava a validade das ações militares. Voltou logo para sua cidade natal e, aos poucos, foi amadurecendo nele uma radical conversão: Deus o chamava, não às vaidades do mundo, não à glória militar, nem à ambição do comércio, mas à imitação radical do Cristo pobre e crucificado. Depois de usar de misericórdia para com os leprosos (Testamento), converteu-se ao Evangelho e viveu-o com extrema coerência, em pobreza e grande alegria, seguindo o Cristo humilde, pobre e casto, conforme as bem-aventuranças.

A partir de 1208 começou a ser imitado por alguns seguidores e, quando no ano seguinte Inocêncio III aprovava oralmente seu novo estilo de vida cristã, nascia a Ordem dos Frades Menores. A Regra ou Forma de Vida que ele deixou era simples: Vida de oração e contemplação, pobreza, como imitação do Cristo pobre e humilde, no mistério da Encarnação, da Cruz e da Eucaristia, a fraternidade universal, a vida de penitência ou de conversão evangélica permanente e a pregação do Evangelho, tendo como centro o Amor a Deus e ao próximo.

Com a jovem conterrânea Clara, que quis seguir seu ideal, lançou os fundamentos da Ordem II, a das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221 nascia também, à sua sombra, o movimento de leigos denominado Ordem Terceira, hoje, Ordem Franciscana Secular. Dois anos antes da morte selou, por assim dizer, sua ânsia de semelhança com Jesus Cristo através dos estigmas. Seus últimos anos de vida foram atormentados por várias doenças que culminaram na cegueira quase total. Faleceu na tarde do dia 3 de outubro de 1226 com 44 anos de idade.

São Francisco é, sem dúvida, uma das mais atraentes personalidades da história, um patrimônio de toda a humanidade, homem sem fronteiras que tem atraído a simpatia de todos indistintamente. Já os contemporâneos se impressionaram profundamente com ele. Nos primeiros decênios depois de sua morte os escritores se empenharam em descrever o mistério de sua vida tão rica. Hoje ainda ele continua a entusiasmar os estudiosos. É difícil dizer o que mais fascina em São Francisco. Foi, sem dúvida, o homem apaixonado pelo Deus-Amor, a quem quis corresponder com uma resposta de Amor. É visto como Evangelho vivo. Multidões o contemplam como o "Pobrezinho", o irmão universal. O historiador alemão Joseph Lortz deu-lhe o título de "Santo Incomparável".

É significativo que o santo não é caracterizado, não é colocado em nenhum grupo de santos. Não é apresentado como religioso nem como diácono. Talvez, qualquer caracterização reduzisse a grandeza deste santo universal, "o homem de Deus".

Como é que o apresenta a Liturgia? Homem de Deus, pobre e desvalido (Antífona da Entrada). Homem semelhante a Cristo por uma vida de humildade e pobreza, seguidor de Jesus Cristo na perfeita alegria (Oração coleta). A Oração sobre as oferendas lança Francisco no mistério da Cruz, abraçado com intenso amor. A Antífona da Comunhão volta à bem-aventurança da pobreza vivida por Francisco. A Oração depois da Comunhão volta a realçar o grande amor de São Francisco, chamado na Ordem o Serafim de Assis, e o seu zelo apostólico no empenho pela salvação de todos.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

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