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Memória Facultativa

Santo Estêvão da Hungria


Antífona de entrada

Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Sl 83, 10-11)
Protéctor noster áspice, Deus, et réspice in fáciem Christi tui: quia mélior est dies una in átriis tuis super míllia. Ps. Quam dilécta tabernácula tua, Dómine, virtútum! concupíscit et déficit ánima mea in átria Dómini. (Ps. 83, 10. 11 et 2. 3)
Vernáculo:
Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Cf. MR: Sl 83, 10-11) Sl. Quão amável, ó Senhor, é vossa casa, quanto a amo, Senhor Deus do universo! Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! (Cf. LH: Sl 83, 2. 3a)

Coleta

Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ez 28, 1-10)


Leitura da Profecia de Ezequiel


1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, dize ao príncipe da cidade de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: Porque o teu coração se tornou orgulhoso, tu disseste: ‘Eu sou um deus e ocupo o trono divino no coração dos mares’. Tu, porém, és um homem e não um deus, mas pensaste ter a mente igual à de um deus.

3Sim, tu és mais sábio do que Daniel! Segredo algum te é obscuro. 4Com talento e habilidade adquiriste uma fortuna, acumulaste ouro e prata em teus tesouros. 5Com grande tino comercial aumentaste tua fortuna, e com ela teu coração se tornou soberbo. 6Por isso, assim diz o Senhor Deus: Por teres igualado tua mente à de um deus, 7vou trazer contra ti os povos mais violentos dos estrangeiros. Eles puxarão suas espadas contra a tua bela sabedoria e profanarão o teu esplendor.

8Eles te farão baixar à cova, e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9Porventura, ousarás dizer: ‘Sou um deus!’ na presença de teus algozes, tu que és um homem e não deus, nas mãos dos que te apunhalam? 10Morrerás da morte dos incircuncisos, pela mão de estrangeiros, pois fui eu que falei — oráculo do Senhor Deus”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Dt 32, 26-36)


℟. Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!


— Pensei: “Vou espalhá-los pela terra, farei cessar sua memória inteiramente”. Mas receava a reação dos inimigos, a má interpretação dos adversários. ℟.

— Eles diriam: Nossa mão prevaleceu, não foi o Senhor Deus que isto fez. Porque meu povo é gente sem juízo, é gente que não tem discernimento. ℟.

— Como pode um homem só perseguir mil, como dois podem fazer fugir dez mil? Não é porque sua Rocha os vendeu, não é porque o Senhor os entregou? ℟.

— Já vem o dia em que serão arruinados e o seu destino se apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e salvará todos aqueles que o servem. ℟.

 


https://youtu.be/8xY0OQEcArU
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza. (2Cor 8, 9) ℟.

Evangelho (Mt 19, 23-30)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”. 27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. O que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Immíttet ángelus Dómini in circúitu timéntium eum, et erípiet eos: gustáte et vidéte, quóniam suávis est Dóminus. (Ps. 33, 8. 9)


Vernáculo:
O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Cf. LH: Sl 33, 8. 9)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, estas nossas oferendas, pelas quais entramos em comunhão convosco, oferecendo-vos o que nos destes, e recebendo-vos em nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. (Sl 129, 7)

Ou:


Eu sou o pão que desci do céu, diz o Senhor; quem comer deste pão, viverá eternamente. (Jo 6, 51-52)
Amen dico vobis: quod vos, qui reliquístis ómnia, et secúti estis me, céntuplum accipiétis, et vitam aetérnam possidébitis. (Mt. 19, 28. 29; ℣. Ps. 20, 2. 3. 4. 5. 6. 7. 14)
Vernáculo:
Em verdade vos digo: vós, que deixastes tudo e me seguistes, recebereis cem vezes mais e tereis como herança a vida eterna. (Cf. MR: Mt. 19, 28. 29)

Depois da Comunhão

Unidos a Cristo por este sacramento, nós vos imploramos, ó Deus, que, assemelhando-nos a ele aqui na terra, participemos no céu da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 16/08/2022
Ai de vós, apegados às riquezas!

“Dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”.

O perigo das riquezas (cf. Mt 19, 23-26; Mc 10, 23-27; Lc 18, 24-27). — V. 23-24. Do exemplo do adolescente aproveitou-se o Senhor como ocasião para dar aos discípulos gravíssimas advertências sobre o perigo das riquezas: “Dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus”, isto é, não só não está apto para a perfeição evangélica, senão que, além disso, não alcançará a salvação eterna sem muita dificuldade e luta. Quão grande seja realmente essa dificuldade, ilustra-o com um exemplo ou, antes, com certa hipérbole: “É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. Semelhantes expressões eram de uso corrente nas escolas rabínicas (cf. Berach. f. 55b: “[…] um elefante a entrar pelo buraco de uma agulha”; cf. Baba Mezia, f. 38b etc.).

Os discípulos sabiam perfeitamente que muitos homens eram reféns da cupidez; por isso, assombrados com a doutrina de Cristo, “diziam a si próprios” (cf. Mc 10, 26), isto é, perguntavam-se entre si em voz baixa: “Então, quem pode ser salvo?” Talvez o sussurrassem, não os Apóstolos, mas alguns dos que seguiam a Cristo, aos quais pareceria muito árduo renunciar às riquezas. Jesus então “olhou para eles e disse: Para os homens isso é impossível”, quer dizer, só pelas forças da natureza humana; “mas para Deus”,ou seja, com a ajuda da graça divina, “tudo é possível”.

A recompensa da pobreza evangélica (cf. Mt 19, 27-30; Mc 10, 28-31; Lc 18, 28-30). — V. 27-28. Pedro, falando em nome dos Apóstolos, interroga o Mestre confiantemente: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?”, ou seja, “fizemos o que mandaste; que nos darás, pois, em retribuição?” (S. Jerônimo). — Cristo promete aos discípulos uma grandíssima recompensa: “Quando o mundo for renovado” (lt. in regeneratione; gr. ἐν τῇ παλιγγενεσίᾳ), isto é, no Juízo final, quando todas as coisas serão renovadas e como que regeneradas (cf. Rm 8, 17ss; 2Pd 3, 13; Ap 21, 1.5), “e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória”, isto é, quando vier sobre as nuvens do céu (cf. Mt 24, 30; 26, 64; Ap 1, 7) para julgar a vivos e mortos, “havereis de sentar-vos em doze tronos”, ocupando cada um a sua sede, “para julgar” (conforme alguns, pelo exemplo de vida; para outros, como ministros e pregoeiros da sentença ou, antes, como testemunhas ou acusadores; para outros, enfim, como juízes assessores) “as doze tribos de Israel”, isto é, todos os povos do mundo, figurados pelas doze tribos.

“E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos […] por causa do meu nome”, isto é, por amor a mim e à perfeição evangélica, “receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna”. O sentido dessa passagem se deduz facilmente à luz do texto de Marcos e Lucas: “Ninguém há que tenha deixado casa […] que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições”, isto é, apesar de sofrer tribulações e perseguições, “e no século vindouro a vida eterna” (Mc 10, 29-30). Promete-se, portanto, uma dupla compensação dos bens que por Cristo houvermos perdido, seja por renúncia voluntária, seja por violência externa: a) no tempo presente, “o cêntuplo”, isto é, muito mais e melhor do que tivermos renunciado ou perdido, pois a caridade, de certo modo, faz tudo comum entre os cristãos, b) “e no século futuro a vida eterna”.

“Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros”. Cristo parece ter acrescentado esse reparo, a fim de que os Apóstolos não se enchessem de excessiva confiança pelo fato de terem sido os primeiros chamados ao Reino. É possível, com efeito, que Pedro tenha dito: “Vê! Nós deixamos tudo” etc. com certa jactância; assim, para que não se orgulhem da graça recebida, Cristo os adverte de que muitos que precedem a outros pela vocação não os precederão no prêmio [1]. Alguns autores, contudo, pensam que essas palavras de Jesus se referem à presente condição dos homens, de forma que o sentido seria: muitos que agora são mais poderosos e podem mais do que outros, no fim estarão entre os últimos, e vice-versa. No entanto, a parábola dos operários, logo a seguir (cf. Mt 20, 1-16), sugere mais a primeira interpretação, por se tratar de uma autêntica explicação deste versículo.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Uma santa “ganância” (Terça-feira da 20.ª Semana do Tempo Comum)

Os pobres de espírito, a quem pertence o reino dos céus, devem ser, em relação aos bens espirituais, como os ricos deste mundo: sempre insatisfeitos com o que têm, nunca achando suficiente o pouco que ainda ofereceram a Deus. Para as almas que o amam, na verdade, nada basta. Por isso se lançam com determinada determinação em direção à meta, dispostas a responder com tudo o que têm e são àquele que tudo lhes entregou.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 16 de agosto, e decida-se você também tomar de assalto a sua vida espiritual!


https://youtu.be/jV2tzG0l09g

Santo do dia 16/08/2022


Santo Estêvão da Hungria (Memória Facultativa)
Local: Alba Régia, Hungria
Data: 16 de Agosto † 1038


Estêvão, de nome Wayk, aparece nos inícios da formação do povo magiar ou húngaro procedente da Ásia. Estas tribos estabeleceram-se em fins do século IX junto ao rio Danúbio. Por suas expedições predatórias ameaçavam o centro da Europa. Constituíam o terror dos povos vizinhos, sendo detidas pelos reis da Alemanha e da França.

No fim do século X, o duque Geisa recebeu o batismo, seguido por muitos nobres, como era comum naqueles tempos da Idade Média. Também foi batizado seu filho Wayk, ainda jovem, nascido entre 970 e 975, que tomou o nome de Estêvão.

Chamado "rei apostólico da Hungria", Estêvão recebeu a coroa do papa Silvestre II no ano 1000 e exerceu o cargo de rei com grande sabedoria e empenho em bem de seu povo. Pode-se dizer que, por seu valor de homem guerreiro e político, Estêvão foi o verdadeiro criador da unidade da nação húngara, formada de tribos diversas.

Estêvão empenhou-se com todas as forças por consolidar o cristianismo na Hungria, fundando dioceses, construindo igrejas, promovendo a vida monástica, zelando pela fé cristã e pela pureza dos costumes, combatendo rigidamente os restos do paganismo do povo. Encontrou precioso auxílio sobretudo nos monges beneditinos cluniacenses, que estavam em grande florescimento e expansão naquela época. Procurou manter estreita união da Igreja húngara com a de Roma, mostrando-se sempre filho leal do Papa.

A esta atividade política e missionária aliava grande piedade e impressionante caridade para com os pobres. Faleceu em Szekesfehérvar, a 15 de agosto de 1038. Logo depois de seu falecimento, o povo começou a venerar no seu primeiro monarca o grande guerreiro e político, piedoso e caritativo, o ideal de um rei cristão. Juntamente com seu filho Emerico, morto em 1031, recebeu o culto de santo. Seu sepulcro se tornou meta de grandes peregrinações vindas da Hungria e de outras nações vizinhas.

O rei Santo Estêvão da Hungria deve ser compreendido no seu tempo. Igreja e Estado formavam um só ideal. A Oração coleta pede a Deus a proteção de Santo Estêvão, rei da Hungria para a Igreja. Faz tal pedido porque este santo como rei soube propagar o Evangelho.

Na comemoração de santos reis, a Igreja mostra que o ideal de vida cristã é para todos. Ela quer indicar que se pode chegar ao ideal de perfeição cristã também através da ação política, exercendo o poder, visando sempre o bem do povo.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil