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Memória Facultativa

São Patrício, bispo


Antífona de entrada

Provai-me, ó Deus, e conhecei meus pensamentos: vede se ando pela vereda do mal e conduzi-me no caminho da eternidade. (Sl 138, 23-24)
Deus in adiutórium meum inténde: Dómine ad adiuvándum me festína: confundántur et revereántur inimíci mei, qui quaerunt ánimam meam. Ps. Avertántur retrórsum et erubéscant, qui volunt mihi mala. (Ps. 69, 2. 3. 4)
Vernáculo:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio, sem demora, apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! Que sejam confundidos e humilhados os que procuram acabar com minha vida! Sl. Que voltem para trás envergonhados os que se alegram com os males que eu padeço! (Cf. LH: Sl 69, 2. 3a. 3b)

Coleta

Ó Deus, que amais e restaurais a inocência, orientai para vós os corações dos vossos filhos e filhas, para que, renovados, pelo vosso Espírito, sejamos firmes na fé e eficientes nas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jr 17, 5-10)

 

Leitura do Livro do Profeta Jeremias


5Isto diz o Senhor: “Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; 6como os cardos no deserto, ele não vê chegar a floração, prefere vegetar na secura do ermo, em região salobra e desabitada.

7Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor; 8é como a árvore plantada junto às águas, que estende as raízes em busca de umidade, por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos.

9Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável; quem poderá conhecê-lo? 10Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder e conforme o fruto de suas obras”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 1)

 

℟. É feliz quem a Deus se confia!


— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar. ℟.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. ℟.

— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte. ℟.


https://youtu.be/fwYSbLMetOU
℟. Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
℣. Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração; e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Cf. Lc 8, 15) ℟.

Evangelho (Lc 16, 19-31)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 19“Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias.

20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.

22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.

25Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.

27O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. 29Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!’

30O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. 31Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”’.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Domine, ad adiuvándum me festína: confundántur omnes advérsum me, qui cógitant servis tuis mala. (Cf. Ps. 39, 14. 15)


Vernáculo:
Dignai-vos, Senhor, libertar-me, vinde logo, Senhor, socorrer-me! De vergonha e vexame enrubesçam, os que buscam roubar a minha vida. Humilhados recuem e voltem, os que sentem prazer em meus males. (Cf. Sal.: Sl 39, 14. 15)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, por este sacrifício santificai nossa Quaresma, de modo que sua observância externa possa frutificar em nossos corações. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Felizes aqueles cuja vida é pura, os que andam na lei do Senhor! (Sl 118, 1)
Qui mandúcat carnem meam, et bibit sánguinem meum, in me manet, et ego in eo, dicit Dóminus. (Io. 6, 57; ℣. Ps. 118, 1. 2. 11. 49. 50. 72. 103. 105. 162)
Vernáculo:
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor. (Cf. MR: Jo 6, 56)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que esta Eucaristia continue a agir em nós e prolongue seus efeitos em nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 17/03/2022
Aonde pode levar a incredulidade?

Ao lermos a parábola do pobre Lázaro e do rico epulão, tendemos a pensar que Jesus está criticando a posse de riquezas e a má distribuição de bens; porém, se somos fiéis ao espírito e à letra do Evangelho, vemos que o problema não é nem a riqueza do epulão nem a pobreza de Lázaro, mas, sim, a incredulidade do primeiro.


No Evangelho de hoje, conta-nos Jesus a parábola do pobre Lázaro e do rico epulão, dois extremos em vida que tiveram fins extremos na morte: o primeiro, pobre e coberto de feridas, teve a dita de entrar pela mão dos anjos no Reino celeste, enquanto o segundo, rico e trajado de luxo, teve de compensar as farturas desta existência com a perdição na outra. No entanto, entenderíamos mal essa história se quiséssemos ver em dois destinos tão opostos doutrinas sobre política ou injustiças de classe. Não está Nosso Senhor a dizer que os ricos, por serem ricos, necessariamente se condenam, por serem necessariamente maus, nem que os pobres, pelo fato de o serem, irão sem falta para o céu, para lá gozarem do que aqui careceram. O Evangelho não é cartilha de partido e, apesar de conter muitos e valiosos critérios para organizar a vida em sociedade, não se ordena primariamente a esta vida na terra, mas à outra no céu. Ora, se não é a condição social nem a posse de riquezas o que tem em mira Nosso Senhor ao contar essa parábola, por que é que se condena o rico e se salva o pobre? Ouçamos o que responde Abraão à prece do rico: “Se” os de tua casa “não escutam a Moisés nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”, e por isso é quase certo que, se assim permanecerem, virão fazer-te companhia no lugar de tormentos. Pois não foi tanto a riqueza quanto a incredulidade o que condenou o rico, e se o Evangelho nos diz linhas antes: “Lembra-te de que recebeste teus bens durante”, não é para condenar as riquezas, mas para lembrar que elas se usam mal e conduzem para o inferno quando não se tem verdadeira fé, ou seja, quando se põe o coração nos bens que passam e se esquece dos que não hão-de passar. O problema, portanto, não é ter posses; o problema é ter o coração tão pobre e tão duro que nem a vista dum morto ressuscitado o faça crer em Deus. Eis a advertência que o Evangelho de hoje faz pesar sobre as nossas consciências. Não deixemos que o amor às riquezas terrenas sufoque nossa esperança das celestes, nem que a nossa pouca fé se extinga a ponto de só crermos no que satisfaz à carne. E se Cristo nos quis pobres de bens, que nos faça ricos de coração e virtude; mas, se lhe aprouve cumular-nos de riquezas da terra, que nos dê também a graça de aspirarmos sobretudo às celestes.


Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Esta vida é a nossa única chance! (Quinta-feira da 2.ª Semana da Quaresma)

Entre as muitas verdades que propõe Cristo na parábola do rico epulão, há duas tão óbvias e tremendas que só os ventos de má doutrina, que hoje sopram de todos os lados, podem tê-las calado em tantos púlpitos e apagado da consciência de tantos cristãos. A primeira é que existe o inferno, onde estão os demônios e para onde vão muitos homens: “Morreu o rico e foi enterrado na região dos mortos, no meio dos tormentos”. A segunda é que, depois da morte, não há segunda chance: “Há grande abismo entre nós: os daqui não poderiam passar para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós”. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 17 de março, e entenda por que Cristo, Sabedoria encarnada, tanto insistiu nesta doutrina aparentemente contrária à bondade e misericórdia divinas.


https://youtu.be/H_YeTgfqQ6A

Santo do dia 17/03/2022


São Patrício (Memória Facultativa)
Local: Down, Irlanda
Data: 17 de Março † 461


Os dados cronológicos do apóstolo da Irlanda são incertos. Talvez tenha nascido na Bretanha Maior, em Bannhaven Taberniae, em 385 e morreu em 461, perto de Down, no Ulster. A data de 17 de março para a festa é muito antiga. Certamente nasceu na atual Inglaterra e foi providencialmente levado à Irlanda, habitada pelos celtas e escoceses, ainda pagãos. Caiu prisioneiro dos piratas, aos 16 anos, e foi levado aos mercados irlandeses para ser vendido como escravo. O encontro com a futura pátria foi um tanto desagradável. Tentou fugir duas vezes. Depois de seis anos conseguiu. Mas depois voltaria como arauto do Evangelho. Em Auxerre se preparou para a futura missão com profundos estudos teológicos sob a direção de são Germano. Cumpriu longa viagem através da Itália, visitando as ilhas do Tirreno onde havia mosteiros em plena vitalidade. Segundo uma tradição foi o papa que o convidou para voltar à Irlanda, em 432, como sucessor do bispo Paládio. O êxito de são Patrício na ilha deve-se atribuir à inteligente organização que soube criar. Para começar ele soube adaptar-se às condições sociais do lugar, formando um clero local e pequenas comunidades cristãs, adaptando-se aos clãs, sem rejeitar os costumes tradicionais. Procurou antes de tudo a conversão dos chefes, sabendo que o exemplo desses seria eficaz na conquista dos súditos. Erigiu várias abadias que depois se tornaram famosas em torno das quais criaram-se as cidades. Patrício teve muitas dificuldades com os hereges pelagianos, que para comprometê-lo recorreram até a calúnia. Para justificar-se, Patrício escreveu uma Confissão, na qual explica que seu trabalho missionário era um simples pôr em prática uma ordem divina e que sua aversão aos pelagianos nascia do valor teológico absoluto que atribuía à graça. Sua obra deu excelentes frutos. Produziu grande número de santos.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil