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Memória Facultativa

São Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja ou Santa Hildegarda de Bingen, virgem e doutora da Igreja ou Santa Maria no Sábado


Antífona de entrada

Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros. (Cf. Eclo 36, 18)
Da pacem, Dómine, sustinéntibus te, ut prophétae tui fidéles inveniántur: exáudi preces servi tui, et plebis tuae Israel. Ps. Laetátus sum in his quae dicta sunt mihi: in domum Dómini íbimus. (Sir. 36, 18; Ps. 121)
Vernáculo:
Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros. (Cf. MR: Eclo 36, 18) Sl. Que alegria, quando ouvi que me disseram: "Vamos à casa do Senhor!" (Cf. LH: Sl 121, 1)

Coleta

Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Cor 15, 35-37. 42-49)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos, 35alguém perguntará? Como ressuscitam os mortos? 36Insensato! O que semeias não nasce sem antes morrer. 37E, quando semeias, não semeias o corpo da planta, que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou de alguma outra planta.

42Pois assim será também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção e ressuscita-se em incorrupção. 43Semeia-se em ignomínia, e ressuscita-se em glória. Semeia-se em fraqueza, e ressuscita-se em vigor. 44Semeia-se um corpo animal, e ressuscita-se um corpo espiritual. Se há um corpo animal, há também um espiritual.

45Por isso está escrito: o primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante. 46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual. 47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu. 48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes. 49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 55)


℟. Na presença do Senhor, andarei na luz da vida.


— Meus inimigos haverão de recuar em qualquer dia em que eu vos invocar; tenho certeza: o Senhor está comigo. ℟.

— Confio em Deus e louvarei sua promessa; é no Senhor que eu confio e nada temo: que poderia contra mim um ser mortal? ℟.

— Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, e vos oferto um sacrifício de louvor, porque da morte arrancastes minha vida e não deixastes os meus pés escorregarem, para que eu ande na presença do Senhor, na presença do Senhor na luz da vida. ℟.


https://youtu.be/Tk7r7dFeohE
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Cf. Lc 8, 15) ℟.

Evangelho (Lc 8, 4-15)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 4reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola:

5“O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. 7Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a sufocaram. 8Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.

9Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. 10Jesus respondeu: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. 11A parábola quer dizer o seguinte: A semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. 13Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. 14Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo, são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. 15E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Sanctificávit Móyses altáre Dómino, ófferens super illud holocáusta, et ímmolans víctimas: fecit sacrifícium vespertínum in odórem suavitátis Dómino Deo, in conspéctu filiórum Israel. (Cf. Ex. 24, 4. 5)


Vernáculo:
Moisés edificou ao pé da montanha um altar, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios de paz para o Senhor. (Cf. Bíblia CNBB: Ex 24, 4. 5)

Sobre as Oferendas

Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas, e acolhei com bondade as oferendas dos vossos servos e servas, para que aproveite à salvação de todos o que cada um trouxe em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Quão preciosa é, Senhor, vossa graça! Eis que os filhos dos homens se abrigam sob a sombra das asas de Deus. (Sl 35, 18)

Ou:


O cálice de bênção pelo qual damos graças é a comunhão no Sangue de Cristo; e o pão que partimos é a comunhão no Corpo do Senhor (Cf. 1Cor 10, 16)
Tollite hóstias, et introíte in átria eius: adoráte Dóminum in aula sancta eius. (Ps. 95, 8. 9; ℣. Ps. 95, 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7-8a. 11-12a. 12b-13ab. 13cd)
Vernáculo:
Oferecei um sacrifício nos seus átrios, adorai-o no esplendor da santidade. (Cf. LH: Sl 95, 8b. 9a)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que a ação da vossa Eucaristia penetre todo o nosso ser para que não sejamos movidos por nossos impulsos, mas pela graça do vosso sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 17/09/2022
Uma semente, três terrenos

“Ouvi a parábola do semeador: Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração”.

Interrogado pelos discípulos, expõe-lhes Cristo em privado o sentido da parábola do semeador; em S. Marcos, repreende-lhes antes a falta de inteligência: “Não entendeis essa parábola? Como entendereis então todas as outras?” (Mc 4, 13), isto é, se não compreendeis esta parábola, tão fácil de entender, como haveis de perceber o sentido das mais difíceis? Alguns autores, contudo, não veem aqui uma repreensão, mas uma única (e não dupla) interrogação: “Não entendeis esta parábola. Como então haveis de interpretar as outras?”

A semente é a Palavra de Deus (Lc 8, 11), ou a palavra do Reino, isto é, sobre o Reino (em Mateus), ou simplesmente a palavra, ὁ λόγος (em S. Marcos), o que quer dizer: a pregação evangélica (a doutrina nela contida; a graça por ela infundida; a sociedade espiritual, ou seja, a Igreja por ela formada etc.). — O que semeia é Deus, Cristo, o ministro do Evangelho.

1.º óbice: negligência e preguiça espiritual. — O que foi semeado à beira do caminho (ou seja, o que recebe a semente, pois a locução “ser semeado” diz-se propriamente da semente e do campo) é aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, isto é, não a guarda profundamente no coração, não a medita, cobrindo-a, por assim dizer, com a terra do coração; e vem o Maligno (ὁ πονηρὸς: Satanás, em S. Marcos; diabo, em S. Lucas) e rouba o que foi semeado em seu coração, isto é, a memória da doutrina recebida, os afetos piedosos, as inspirações da graça. Este impedimento é atribuído a Satanás, não porque ele não cause os outros dois, mas porque deles é autor mediato, enquanto é ele quem, neste caso, muitas vezes perturba imediata e pessoalmente, com distrações e ilusões, a imaginação dos que ouvem a palavra. — É o primeiro inimigo do homem: o diabo, com suas armadilhas espirituais.

2.º óbice: inconstância. — O que caiu em terreno pedregoso (ou seja, o que recebe a semente, como antes) é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria, isto é, lhe admira a beleza, promete pô-la em prática; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento (em S. Lucas: creem até certo tempo), isto é, sem empenho, sem meditação, mas por um impulso súbito de ânimo abraça a doutrina ou acolhe a inspiração da graça; por isso, larga mão da obra começada: “Não costuma haver, de fato, ouvintes mais inconstantes do que os que, no início, parecem ser os mais fervorosos” (Maldonado); quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, escandaliza-se e desiste logo, abandonando o caminho que vinha seguindo. — É o segundo inimigo do homem: a carne, com suas delicadezas e debilidades.

Note-se com que propriedade as tribulações são comparadas à ação do sol, que aquece e faz crescer a semente lançada em terra boa, mas resseca e queima a lançada em terra má; a tribulação, com efeito, consolida e fortalece a alma bem disposta, mas enfraquece e muitas vezes espedaça a débil e de pouca fé.

3.º óbice: a concupiscência. — O que caiu (ou seja, o que recebe a semente, como antes) no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo (μέριμνα: os cuidados, as solicitações etc.), isto é, tudo aquilo de que se ocupa o homem à margem da salvação e da virtude; a ilusão da riqueza, isto é, as riquezas falazes, que assim se chamam porque facilmente seduzem o homem, fazendo-o desviar-se do bom caminho, ou também por serem instáveis como a própria fortuna; as múltiplas cobiças (em S. Marcos) e prazeres da vida (em S. Lucas), isto é, o desejo desordenado das outras coisas, a ambição, a soberba, os atrativos da carne etc., todas essas coisas sufocam a palavra, “porque com suas importunas cogitações nos estrangulam o coração” (S. Gregório, Hom. 15, 3). — É o terceiro inimigo do mundo: o mundo, com suas solicitações e vaidades.

A espinhos são adequadamente comparados estes maus desejos, porque pungem como espinhos (isto é, perturbam e angustiam o coração com anseios quase intermináveis, e muitas vezes o cruciam com o remorso de faltas passadas), e ferirem: com quantos pecados não atormentam a alma, coberta de chagas!

O que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende, guarda-a profundamente no coração e a medita; esse produz fruto, isto é, a põe em prática. Chama-se boa não só a terra que, por natureza, é boa, mas a que é bem cultivada, arada, purgada; a natureza e a vontade humanas, com efeito, são boas por si mesmas, mas alguns, por falta de cuidado, a tornam semelhante a uma estrada batida; ou, por falta de arado, a um terreno pedregoso; ou ainda, por falta de enxada, a um campo abrolhado. — De acordo com S. Lucas, na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela paciência, isto é, pela constância e perseverança.

E deu fruto, cem por um etc. Daí se vê que nem todos recebem, neste mundo, a mesma cópia de graças nem, no futuro, o mesmo grau de glória, pois uma é a claridade do sol, outra a claridade da lua e outra a claridade das estrelas […], assim também é a ressurreição dos mortos (1Cor 15, 41s). De resto, não se deve concluir do fato de apenas ¼ das sementes ter caído em terra boa que apenas uma quarta parte dos homens (isto é, uma ínfima minoria) há de ser salva, quando, em verdade, parece dever-se concluir justamente o contrário: com efeito, quem ousaria crer que um semeador sábio como Deus lançaria adrede a maior parte de suas graças entre os espinhos, sobre as pedras e ao longo do caminho?

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Diária | Um santo “ecológico”? (Sábado da 24.ª Semana do Tempo Comum)

A família franciscana celebra hoje a impressão das chagas de Cristo em São Francisco de Assis. Levando em seu corpo os estigmas de nossa Redenção, o poverello de Assis deu ao mundo um testemunho a que o homem, sobretudo nestes tempos, prefere não dar ouvidos: é por meio da dor e do sofrimento que nós, associando-nos à Paixão salvífica de Jesus, poderemos um dia participar da alegria pascal de sua Ressurreição.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 17 de setembro, e entenda por que é impossível ser cristão sem ter uma cruz às costas.


https://youtu.be/F91N6V_Nh3g

Santo do dia 17/09/2022


São Roberto Belarmino (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 17 de Setembro † 1621


Roberto Francisco Rômulo Belarmino, nascido em Montepulciano, na Toscana, centro da Itália, em 1542, pertence à segunda geração dos santos da Companhia de Jesus. Portanto, deve ser considerado também como religioso.

Foi aluno de um colégio jesuíta e, aos dezoito anos de idade, ele mesmo fez-se jesuíta. Terceiro entre doze filhos, foi muito querido pelos pais, que notavam nele excelentes qualidades de inteligência e de coração. Sua mãe, uma santa mulher, irmã do papa Marcelo II, valorizava muito a vida religiosa, tanto que cinco de seus filhos abraçaram esta vida.

O contato com os padres jesuítas fez que Belarmino mudasse sua primeira ideia de ser médico para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuítica. Para isso encontrou total apoio da mãe, mas resistência por parte do pai, que finalmente aprovou a resolução do filho.

Iniciou sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, primeiro em Roma, depois em Florença e acabou se formando na Universidade de Pádua. O êxito dos estudos foi brilhante, de tal modo que, antes de ser ordenado sacerdote, foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica. Depois de dez anos na Bélgica, Belarmino foi chamado a Roma para fundar uma cátedra de apologética no Colégio Romano.

Como jesuíta trabalhou sobretudo no magistério, na direção dos jovens religiosos da Ordem e na pregação. Mas o que iria dar grande notoriedade a ele foi sua atividade teológica a serviço das doutrinas do Concílio de Trento e da refutação das doutrinas dos luteranos e calvinistas. Foi durante os anos de seu magistério em Roma que Belarmino escreveu sua monumental obra, com o nome de Controvérsias, exposição serena, profunda e exaustiva sobre a doutrina da fé, em resposta às negações e distorções das doutrinas heréticas. Escreveu também um Catecismo mais fácil e popular da mesma doutrina. O amor à Igreja e à verdade, que ressalta nestas obras, foi a paixão da vida de São Roberto Belarmino.

Em 1599, Roberto Belarmino foi nomeado cardeal, sendo então o mais eminente teólogo das Congregações romanas. No curto período de 1602 a 1605, dirigiu o arcebispado de Cápua, onde atuou como pastor modelar. Com a morte de Clemente VIII, que parece tê-lo isolado em Cápua, voltou às suas atividades em Roma. Além de assessor teológico do novo papa Paulo V, exerceu intensa atividade de escritor, de diplomata e de político. Era admirado por todos por sua grande simplicidade de vida.

Ao aproximar-se dos 80 anos de idade em 1621, retirou-se para a casa do noviciado de Santo André no Quirinal. La expirou, depois de ter recitado o Credo no dia dos Estigmas de São Francisco, cuja memória ele conseguiu que fosse celebrada em toda a Igreja. Foi canonizado em 1930 e, pelos seus preciosos escritos de teologia e tratados de espiritualidade, o papa Pio XI lhe conferiu o título de Doutor da Igreja.

Roberto Belarmino se santificou como religioso, educador, teólogo, professor, pregador e pastor de almas como presbítero e bispo. Foi testemunha de Cristo e procurou em todas essas formas de vida e atividade a santidade, mostrando que há muitos caminhos na busca da perfeição da caridade.

Através de São Roberto Belarmino a Oração coleta coloca toda a Igreja em contato com a fé católica da Igreja a ser conservada sempre integralmente: Ó Deus, que, para sustentar a fé católica da vossa Igreja, destes ao bispo São Roberto Belarmino ciência e força admiráveis, concedei, por sua intercessão, que o vosso povo se alegre de conservá-la sempre integralmente.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Roberto Belarmino, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil