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Memória Facultativa

Nossa Senhora no Sábado


Antífona de entrada

O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos. (Sl 27, 8-9)

Coleta

Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Gn 18, 1-15)


Leitura do Livro do Gênesis


Naqueles dias, 1o Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. 2Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. 3E disse: “Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. 4Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. 5Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo”. Eles responderam: “Faze como disseste”. 6Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara e lhe disse: “Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os”. 7Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora. 8A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles. Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam. 9E eles lhe perguntaram: “Onde está Sara, tua mulher?” “Está na tenda”, respondeu ele. 10E um deles disse: “Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho”. Ouvindo isto, Sara pôs-se a rir, da entrada da tenda, que estava atrás dele. 11Abraão e Sara já eram velhos, muito avançados em idade, e para ela já havia cessado o período regular das mulheres. 12Por isso, Sara se pôs a rir em seu íntimo, dizendo: “Acabada como estou, terei ainda tal prazer, sendo meu marido já velho?” 13E o Senhor disse a Abraão: “Por que riu Sara, dizendo consigo mesma: ‘Acaso ainda terei um filho, sendo tão velha?’ 14Existe alguma coisa impossível para o Senhor? No ano que vem, voltarei por este tempo, e Sara já terá um filho”. 15Sara protestou, dizendo: “Eu não ri”, pois estava com medo. Mas ele insistiu: “Sim, tu riste”.

Salmo Responsorial (Lc 1, 46ss)


R. O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.


— A minh’alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, R.

— pois, ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! R.

— Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos. R.

— Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre. R.


https://youtu.be/b5G2hiG0008
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. (Mt 8, 17) R.

Evangelho (Mt 8, 5-17)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.

10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.

13Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E naquela mesma hora o empregado ficou curado. 14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam e vós lhes dais no tempo certo o alimento. (Sl 144, 15)

Ou:


Eu sou o Bom Pastor, e dou a vida por minhas ovelhas, diz o Senhor. (Jo 10, 11. 15)

Depois da Comunhão

Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 26/06/2021
Somente os humildes possuem a fé autêntica

“Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado” (Mateus 8,8).

É muito comovente o Evangelho de hoje, porque Jesus voltando para a sua casa - Ele vivia em Cafarnaum, na Galileia - um oficial romano se aproxima d’Ele. Não é um judeu, um religioso; é aquele que está a serviço do império romano.

Esse oficial romano vai com toda a fé do seu coração suplicar... E não é por ele, é pelo seu empregado. “Senhor, o meu empregado está paralisado, está de cama, uma terrível paralisia toma conta dele, ele não pode se movimentar. É por isso que estou pedindo”.

Jesus vendo a fé daquele homem disse: “Eu vou curá-lo, vou levantá-lo”. E aqui cresce no diálogo a humildade desse oficial romano e a sua fé. “Senhor, eu nem sou digno. Eu nem tenho dignidade para tanto”. A dignidade que esse oficial tem é uma dignidade humana.

O oficial tem o poder, o prestígio, ele manda, mas não tem a dignidade da graça. E ele humildemente reconhece isso, ele humildemente reconhece que não é digno, mas ele sabe que basta uma só palavra de Jesus para que o seu empregado ficasse curado.


Existe a fé de acreditar, mas a fé de submeter-se só os humildes que a possuem

Ele poderia usar da sua autoridade para mandar nos seus soldados, mas ele não tem autoridade sobre a alma, sobre a enfermidade, não tem autoridade sobre a vida humana, porque essa autoridade pertence a Deus.

Que beleza, que graça e que humildade! É o que nos falta muitas vezes, porque uma fé só é eficaz se ela for humilde. Existe a fé de acreditar, mas a fé de submeter-se só os humildes que a possuem.

Às vezes, não entendemos porque conquistamos a graça, pois misturamos a nossa fé com a nossa soberba, com o nosso orgulho, com as nossas vantagens, com aquilo que chamamos de prestígios religiosos e humanos, porque nos achamos muito importantes, porque achamos que Deus é nosso servo, que Ele tem que nos servir, que Ele tem que honrar aquilo que Ele prometeu e falou.

Precisamos da humildade de reconhecer que não somos dignos, não somos merecedores nenhum, e queremos invocar nossos méritos, quando estamos revestidos de pecados, hipocrisias, maldades, vivemos julgando os outros.

Enquanto não tirarmos todas as cascas que colocamos sobre nós, enquanto não nos despirmos de todo o orgulho e soberba que paira sobre nós, viveremos uma fé inoperante, é uma fé que acredita, mas não opera graça, porque nós achamos que somos merecedores, mas somos indignos.

E na indignidade de um oficial romano, que não era religioso como tantos religiosos da sua época, é que Jesus vai dizer que nunca encontrou tamanha fé em Israel. Porque a grande fé ou a fé autêntica não é aquela onde usamos a "carapuça religiosa”, mas é a fé humilde, a fé da submissão, a fé que se coloca debaixo da autoridade de Deus.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Sem oração, o Evangelho é um fardo

Passamos boa parte das últimas semanas refletindo sobre alguns textos do Sermão da Montanha, no qual Jesus propõe o ideal da vida cristã. Trata-se de uma boa-nova, desde que entendida corretamente; do contrário, o Sermão da Montanha é uma péssima notícia. Cristo pede, por exemplo, que amemos os inimigos, ou que, se olharmos para uma mulher, não a desejemos em nosso coração, ou que fiquemos felizes por ser pobres, caluniados e perseguidos. Ora, tudo isso é Evangelho se, e somente se, essa palavra não for somente explicativa, mas também eficaz. Mas como ver a eficácia dela? Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 26 de junho, e entenda por que é importante rezar para tornar vida aquilo que se ouve na pregação do Evangelho.




Santo do dia 26/06/2021

 

 


São João e São Paulo (Memória Facultativa)
Local: Roma
Data: 26 de Junho † s. IV


João e Paulo, irmãos, foram eunucos de Constantino. Segundo as Atas, ambos, durante uma guerra, conseguiram converter o general Galicano, sob cujas ordens combatiam.

Depois da vitória, aquele cabo de guerra retirou-se para Óstia, e passou a viver ao lado dum santo homem de grande reputação, chamado Hilário. Sabedor do que sucedera com Galicano, Juliano, o Apóstata ordenou que o general sacrificasse aos deuses. O militar rapidamente, antes que o pilhassem, fugiu, buscando o Egito. Ali, pouco depois, capturado por pagãos, sofreu o martírio, entregando a bela alma ao Criador. Hilário, que se deixara ficar em Óstia, teve a mesma sorte daquele que o procurara e que com ele tão pouco convivera.

Em Roma, João e Paulo determinaram não mais tornar ao palácio. Juliano, irritado, fez com que fossem buscá-los. Tarenciano, o encarregado de aos dois homens arrancar a promessa de que sacrificariam aos deuses, encontrou-os na maior disposição de ânimo, prontos a enfrentar o que quer que seja, menos apostatar. E o imperador, no auge da cólera, mandou que os decapitassem e enterrassem na própria casa em que estavam vivendo, isto porque desejava espalhar a notícia de que os dois haviam sido enviados ao exílio - o que de fato se espalhou pela cidade, imediatamente após o martírio.

Morto Juliano, na campanha contra os persas. dois homens que haviam assistido à morte de João e Paulo revelaram às autoridades, agora sob Joviano e a fé do imperador Constantino, o lugar em que os corpos estavam sepultados.

Diz-se que Tarenciano, convertido, escreveu a história dos dois irmãos, que, antes de morrer, haviam incumbido um sacerdote, Crispo, um clérigo, Crispiano, e uma mulher, Benedita, para que lhes distribuíssem os bens entre a pobreza.
Os críticos não depositam nenhuma confiança na autenticidade desta narrativa que acima bosquejamos, simplesmente porque os fatos contradizem a história, uma vez que o imperador apóstata, sobrinho de Constantino, jamais residiu em Roma e, sob seu governo, não ocorreram perseguições sangrentas no Ocidente. Juliano, que repudiou a fé cristã e procurou restabelecer o paganismo, fê-lo, dizem os historiadores, mais por meios suasórios que pela violência, ele mesmo escrevendo em favor das antigas crenças.

Existe, entre a descrição da Paixão e a basílica dos dois santos mártires, uma certa concordância. A basílica, para o arqueólogo cristão, apresenta difícil e interessante problema. Instalada numa casa particular, elevava-se numa das mais antigas ruas de Roma, na região do monte Célio. As pinturas que a revestem; do século V, lembram Crispo, Crispiano e Benedita - porque representam dois homens e uma mulher sendo vítimas do martírio.

João e Paulo são duas personagens misteriosas? Quem foram eles? Há os que creem na Paixão e há os que supõem que os corpos sejam os do apóstolo São João, ou de São João Batista, e do apóstolo Paulo.

No resumo do martirológio, contudo, lê-se: "Em Roma, no monte Célio, os santos mártires João e Paulo, irmãos: o primeiro era intendente, e o segundo primicério da casa da virgem Constância, filha do imperador Constantino; os dois, ao mesmo tempo, foram decapitados e receberam a palma do martírio, sob Juliano, o Apóstata."

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XI. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.

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