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2ª feira da 13ª Semana do Tempo Comum

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Memória Facultativa

São Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja

Antífona de entrada

Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria. (Sl 46, 2)
Omnes gentes pláudite mánibus: iubiláte Deo in voce exsultatiónis. Ps. Quóniam Dóminus excélsus, terríbilis: Rex magnus super omnem terram. (Ps. 46, 2. 3)
Vernáculo:
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria. (Cf. MR: Sl 46, 2) Sl. Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo, o soberano que domina toda a terra. (Cf. LH: Sl 46, 3)

Coleta

Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Am 2, 6-10. 13-16)


Leitura da Profecia de Amós


6Isto diz o Senhor: “Pelos três crimes de Israel, pelos seus quatro crimes, não retirarei a palavra: porque eles vendem o justo por dinheiro e o indigente pelo preço de um par de chinelos; 7pisam, na poeira do chão, a cabeça dos pobres, e impedem o progresso dos humildes; filho e pai vão à mesma mulher, profanando meu santo nome; 8deitando-se junto a qualquer altar, usando roupas que foram entregues em penhor, bebem vinho à custa de pessoas multadas, na casa de Deus. 9Entretanto, eu tinha aniquilado, diante deles, os amorreus, homens espadaúdos como cedros e robustos como carvalhos, destruindo-lhes os frutos na ramada e arrancando-lhes as raízes. 10Fui eu que vos fiz sair da terra do Egito e vos guiei pelo deserto, durante quarenta anos, para ocupardes a terra dos amorreus.

13Pois bem, eu vos calcarei aos pés, como calca o chão a carroça carregada de feixes; 14o mais ágil não conseguirá fugir, o mais forte não achará força, o valente não salvará a vida; 15o arqueiro não resistirá de pé, o corredor veloz não terá pernas para escapar, nem se salvará o cavaleiro; 16o mais corajoso dentre os corajosos fugirá nu, naquele dia”, diz o Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 49)


℟. Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!


— “Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios! ℟.

— Quando vias um ladrão, tu o seguias e te juntavas ao convívio dos adúlteros. Tua boca se abriu para a maldade e tua língua maquinava a falsidade. ℟.

— Assentado, difamavas teu irmão, e ao filho de tua mãe injuriavas. Diante disso que fizeste, eu calarei? Acaso pensas que eu sou igual a ti? É disso que te acuso e repreendo e manifesto essas coisas aos teus olhos. ℟.

— Entendei isto, todos vós que esqueceis Deus, para que eu não arrebate a vossa vida, sem que haja mais ninguém para salvar-vos! Quem me oferece um sacrifício de louvor, este sim é que me honra de verdade. A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus”. ℟.

 


https://youtu.be/HL-M9_qO5XE
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Cf. Sl 94, 8ab) ℟.

Evangelho (Mt 8, 18-22)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Sicut in holocáusto aríetum et taurórum, et sicut in míllibus agnórum pínguium: sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie, ut pláceat tibi: quia non est confúsio confidéntibus in te Dómine. (Dan. 3, 40)


Vernáculo:
Como em holocaustos de carneiros e de touros, como milhares de gordos cordeiros. Seja este o sacrifício na tua presença, hoje, pois para os que confiam em ti não há desilusão. (Cf. Bíblia CNBB: Dn 3, 39. 40)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos vossos sacramentos, concedei que o povo reunido para vos servir corresponda à santidade dos vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bendize, ó minha alma, ao Senhor e todo meu ser, seu santo nome! (Sl 102, 1)

Ou:


Pai, eu vos rogo por eles, para que sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que me enviastes, diz o Senhor. (Jo 17, 20-21)
Inclína aurem tuam, accélera, ut éruas nos. (Ps. 30, 3ab; ℣. Ps. 30, 2. 3cd. 6. 7. 8ab. 8c-9. 20ab. 20cd. 21ab. 21cd. 24. 25)
Vernáculo:
Inclinai o vosso ouvido para mim; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! (Cf. LH. 30, 3ab)

Depois da Comunhão

Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma vida nova, para que, unidos a vós pela caridade que não passa, possamos produzir frutos que permaneçam. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 27/06/2022


Não existe cristão burguês!


“Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

Condições do discipulado. — Antes de enviar os discípulos em missão, deixa-lhes Cristo três avisos por ocasião de três pedidos. — a) A um escriba desejoso de juntar-se aos discípulos responde o Mestre: “As raposas têm suas tocas” etc. A resposta insinua que este escriba viera a Jesus, não para assumir melhor estado, entregando-se à vida de perfeição, mas por ambição de glória ou lucro. — b) Outro, chamado pelo Senhor, pede tempo para ir primeiro dar sepultura ao pai, isto é, para estar junto do pai prestes a morrer ou, talvez, para ajustar as últimas pendências do funeral do pai recém falecido. Não é necessário, embora muitos leiam assim, interpretar ao pé da letra as palavras do discípulo e supor que o pai deveria permanecer insepulto. Jesus, pelo contrário, a fim de mostrar que ao pregador do Evangelho nada deve ser caro, nada mais estimável do que a pregação do Reino de Deus, responde com severidade: “Deixa que os mortos sepultem os seus mortos”, isto é, deixa estes negócios da carne e do sangue aos que são alheios ao Reino de Deus e só pensam no que importa à carne e ao sangue; “tu, porém”, chamado a coisas mais altas, “vai e anuncia o Reino de Deus” (Lc 9, 60). — c) Um terceiro, mencionado apenas por S. Lucas, pede tempo para despedir-se dos que estão em casa. Mas Jesus, recorrendo a uma imagem tomada da agricultura, responde: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é” um bom lavrador ou, em sentido espiritual, “apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 62), imagem claríssima a um habitante da Palestina, onde o lavrador deve manter os olhos fixos no sulco, para não meter o arado nos pedregulhos de que costumam estar cheios os campos arenosos daquela terra. — Em resumo, o discípulo de Cristo não deve ter o coração nem ambicioso nem apegado a nada deste mundo, por mais caro que seja à natureza humana, como os pais e familiares; mas deve desprender-se a tal ponto, que tudo entregue às mãos de Deus, que, longe de deixar a perder o que lhe confiarmos, o conservará muito melhor do que nós, recompensando-nos já nesta vida com mais do que poderíamos imaginar: “Ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições — e no século vindouro a vida eterna” (Mc 10, 29-30).

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Homilia | E quando o pastor se torna lobo? (Memória de São Cirilo de Alexandria, Bispo e Doutor)

No dia em que a Igreja celebra a memória quinze vezes secular de São Cirilo de Alexandria, corajoso defensor da divina maternidade de Maria, vale a pena relembrar, pelo relato de Dom Prosper Guéranger, como a história da controvérsia nestoriana pode inspirar os leigos de hoje a assumirem as obrigações do seu Batismo e, sem receios mundanos, defenderem com caridade a fé recebida dos Apóstolos, vivida pelos santos e defendida pelos Doutores.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 27 de junho, e meditemos sobre a vida deste grande Doutor da Igreja!


https://youtu.be/erOsw9_UpmY

Santo do dia 27/06/2022


São Cirilo de Alexandria, Bispo e Doutor da Igreja (Memória Facultativa)
Local: Alexandria, Egito
Data: 27 de Junho † 444


Ligado à controvérsia cristológica que levou ao Concílio de Éfeso em 431, e último representante de relevo da tradição alexandrina, no Oriente grego, Cirilo foi mais tarde definido "guardião da exatidão" que se deve entender como guardião da verdadeira fé e mesmo "selo dos Padres". Estas antigas expressões manifestam oportunamente um dado de fato que é característico de Cirilo, ou seja, a referência constante do Bispo de Alexandria aos autores eclesiásticos precedentes (entre eles, sobretudo Atanálio), com a finalidade de mostrar a continuidade da própria teologia com a tradição. Ele insere-se intencional e explicitamente na tradição da Igreja, em que reconhece a garantia da continuidade com os Apóstolos e com o próprio Cristo. Venerado como Santo quer no Oriente quer no Ocidente, em 1882 São Cirilo foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII, que atribuiu contemporaneamente o mesmo título também a outro importante representante da patrística grega, São Cirilo de Jerusalém. Revelam-se assim a atenção e o amor pelas tradições cristãs orientais daquele Papa, que em seguida desejou proclamar Doutor da Igreja também São João Damasceno, mostrando deste modo que tanto a tradição oriental como a ocidental exprimem a doutrina da única Igreja de Cristo.

As notícias sobre a vida de Cirilo antes da sua eleição para a importante sede de Alexandria são muito escassas. Sobrinho de Teófilo, que desde 385 como Bispo administrou com mão firme e com prestígio a diocese alexandrina, Cirilo nasceu provavelmente na mesma metrópole egípcia entre 370 e 380, foi depressa iniciado na vida eclesiástica e recebeu uma boa educação, tanto cultural como teológica. Em 403 estava em Constantinopla, no séquito do poderoso tio, e ali participou no Sínodo chamado do Carvalho, que depôs o Bispo da cidade, João (mais tarde chamado Crisóstomo), assinalando assim o triunfo da sede alexandrina sobre a tradicionalmente rival de Constantinopla, onde residia o imperador. Quando o tio Teófilo faleceu, em 412 o jovem Cirilo foi eleito Bispo da influente Igreja de Alexandria, que governou com grande energia durante trinta e dois anos, visando sempre afirmar o seu primado em todo o Oriente, fortalecido inclusive pelos tradicionais vínculos com Roma.

Dois ou três anos depois, em 417 ou em 418, o Bispo de Alexandria demonstrou-se realista ao recompor a ruptura da comunhão com Constantinopla, que já estava em ato desde 406, como consequência da deposição de João Crisóstomo. Mas o antigo contraste com a sede constantinopolitana voltou a inflamar-se cerca de dez anos mais tarde, quando em 428 foi eleito Nestório, um autorizado e severo monge de formação antioquena. Com efeito, o novo Bispo de Constantinopla depressa suscitou oposições porque na sua pregação preferia para Maria o título de "Mãe de Cristo" (Christotókos), no lugar daquele já muito querido à devoção popular de "Mãe de Deus" (Theotókos). Motivo desta escolha do Bispo Nestório era a sua adesão à cristologia de tipo antioqueno que, para salvaguardar a importância da humanidade de Cristo, terminava por afirmar a sua divisão da divindade. E assim já não era verdadeira a união entre Deus e o homem em Cristo e, naturalmente, já não se podia falar de "Mãe de Deus".

A reação de Cirilo então máximo representante da cristologia alexandrina, que aliás tencionava sublinhar fortemente a unidade da pessoa de Cristo foi quase imediata, e desenfreou-se com todos os meios já a partir de 429, dirigindo-se também com algumas cartas ao próprio Nestório. Na segunda missiva (PG 77, 44-49), que Cirilo lhe enviou em Fevereiro de 430, lemos uma clara afirmação do dever dos Pastores de preservar a fé do Povo de Deus. Este era o seu critério, de resto válido também hoje: a fé do Povo de Deus é expressão da tradição, é garantia da sã doutrina. Assim ele escreve a Nestório: "É preciso expor ao povo o ensinamento e a interpretação da fé do modo mais irrepreensível, recordando que quem escandaliza um só dos pequeninos que crêem em Cristo há-de padecer um castigo intolerável".

Na mesma carta a Nestório, carta que mais tarde, em 451, fora aprovada pelo Concílio de Calcedônia, o IV ecumênico, Cirilo descreve com clareza a sua fé cristológica: "Afirmamos, assim, que são diferentes as naturezas que se reuniram numa verdadeira unidade, mas de ambas derivou um único Cristo e Filho, não por ter sido eliminada por causa da unidade a diferença das naturezas, mas sobretudo porque a divindade e a humanidade, reunidas em união indizível e inenarrável produziram para nós o único Senhor, Cristo e Filho". E isto é importante: realmente a verdadeira humanidade e a autêntica divindade unem-se numa única Pessoa, nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, continua o Bispo de Alexandria, "professaremos um só Cristo e Senhor, não no sentido que adoramos o homem juntamente com o Logos, para não insinuar a ideia da separação, ao dizer "juntamente", mas no sentido que adoramos um só e o mesmo, porque não é estranho ao Logos o seu corpo, com o qual está também sentado ao lado do seu Pai, não como se sentassem ao seu lado dois filhos, mas um só, único à própria carne".

E depressa o Bispo de Alexandria, graças a alianças prudentes, obteve que Nestório fosse reiteradamente condenado: por parte da sé romana, e depois com uma série de doze anatematismos por ele mesmo compostos e, enfim, pelo Concílio realizado em Éfeso no ano 431, o III ecumênico. A assembleia, reunida com vicissitudes alternadas e tumultuosas, concluiu-se com o triunfo da devoção a Maria com o exílio do Bispo constantinopolitano, que não queria reconhecer à Virgem o título de "Mãe de Deus" por causa de uma cristologia errônea, que trazia divisão ao próprio Cristo. Assim, depois de ter prevalecido sobre o rival e sobre a sua doutrina, Cirilo soube porém alcançar, já em 433, uma fórmula teológica de compromisso e de reconciliação com os antioquenos. E também isto é significativo: por um lado, há a clareza da doutrina de fé, mas por outro também a busca intensa da unidade e da reconciliação. Nos anos seguintes, dedicou-se de todos os modos à defesa e ao esclarecimento da sua posição teológica até à sua morte, ocorrida no dia 27 de Junho de 444.

Referência:
PAPA Bento XVI, Audiência Geral, 23 out 2007. www.vatican.va. Acesso em 25 jun 2021. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Cirilo de Alexandria, rogai por nós!

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