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5º Dia na Oitava do Natal

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Memória Facultativa

São Tomás Becket, Bispo e Mártir

Antífona de entrada

Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. (Cf. Jo 3, 16)
Gradual Romano:
Lux fulgébit hódie super nos: quia natus est nobis Dóminus: et vocábitur Admirábilis, Deus, Princeps pacis, Pater futúri saéculi: cuius regni non erit finis. Ps. Dóminus regnávit, decórem indútus est: indútus est Dóminus fortitúdinem, et praecínxit se. (Cf. Is. 9, 2. 6; Lc. 1, 33; Ps. 92)

Vel:


Puer natus est nobis, et fílius datus est nobis: cuius impérium super húmerum eius: et vocábitur nomen eius, magni consílii Angelus. Ps. Cantáte Dómino cánticum novum: quia mirabília fecit. (Is. 9, 6; Ps. 97)

Vernáculo:
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz. Pois nasceu para nós um pequenino, um filho nos foi dado. O principado está sobre seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz. (Cf. Bíblia CNBB: Is 9, 2. 6; Lc 1, 33) Sl. Deus é Rei e se vestiu de majestade, revestiu-se de poder e de esplendor! (Cf. LH: Sl 92, 1)

Ou:


Nasceu para nós um menino, foi nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável. (Cf. MR: Is 9, 5) Sl. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! (Cf. LH: Sl 97)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar sereno, a fim de que proclamemos dignamente a maravilha do nascimento do vosso Filho Unigênito. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — 1Jo 2, 3-11


Leitura da Primeira Carta de São João


Caríssimos, 3para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. O critério para saber se estamos com Jesus é este: 6quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu.

7Caríssimos, não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. 8No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo – que é verdadeiro nele e em vós – pois que as trevas passam e já brilha a luz verdadeira. 9Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. 10O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. 11Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas, caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus olhos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 95(96), 1-2a. 2b-3. 5b-6 (R. 11a)


℟. O céu se rejubile e exulte a terra!


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! ℟.

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! ℟.

— Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor! ℟.


https://youtu.be/lh0M8oxQAFU
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Sois a Luz que brilhará para os gentios, e para a glória de Israel, o vosso povo. (Lc 2, 32) ℟.

Evangelho — Lc 2, 22-35


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.

27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Gradual Romano:
Deus enim firmávit orbem terrae, qui non commovébitur: paráta sedes tua, Deus, ex tunc, a saéculo tues. (Ps. 92, 1c. 2)

Vel:


Tui sunt caeli, et tua est terra: orbem terrárum, et plenitúdinem eius tu fundásti: iustítia et iudícium praeparátio sedis tuae. (Sl. 88, 12 et 15a)

Vernáculo:
Vós firmastes o universo inabalável, vós firmastes vosso trono desde a origem, desde sempre, ó Senhor, vós existis! (Cf. LH: Sl 92, 1c. 2)

Ou:


É a vós que os céus pertencem, e a terra é também vossa! Vós fundastes o universo e tudo aquilo que contém. Vosso trono se baseia na justiça e no direito. (Cf. LH: Sl 88, 12 e 15a)

Sobre as Oferendas

Aceitai, Senhor, as nossas oferendas nesta admirável troca de dons, para que, oferecendo-vos o que nos destes, mereçamos acolher-vos em nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Pela bondade e compaixão de nosso Deus, que sobre nós fará brilhar o Sol nascente. (Cf. Lc 1, 78)
Gradual Romano:
Respónsum accépit Símeon a Spíritu Sancto, non visúrum se mortem, nisi vidéret Christum Dómini. (Lc. 2, 26; ℣. Cant. Lc 2, 29. 30-31. 32, et Ps. 47, 2. 3ab. 3cd. 4. 9. 10. 11. 12. 15)

Vernáculo:
Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. (Cf. Bíblia CNBB: Lc 2, 26)

Depois da Comunhão

Nós vos pedimos, ó Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja sempre sustentada pela força dos vossos santos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 29/12/2025


“Meus olhos viram a tua salvação”


Não deixemos passar o tempo de Natal sem mudarmos de vida e encontrarmos em Jesus aquele que esperávamos, luz para iluminar as nações e glória de Israel!

Argumento. — No oitavo dia após o nascimento, o Menino Jesus, conforme o prescrito pela Lei, foi circuncidado (v. 21); no quadragésimo dia depois do parto, a Virgem Maria foi ao Templo em obediência ao preceito de pureza legal (v. 22ss) e para apresentar o Menino ao Senhor.Nesta ocasião, Jesus é reconhecido como Salvador por Simeão (vv. 25-35) e como Redentor pela profetisa Ana (v. 36ss).

A circuncisão de Cristo (cf. Lc 2,21). — Uma vez que Cristo, como nosso Redentor e Mestre, quis em tudo assemelhar-se a seus irmãos (cf. Hb 2,17), exceto no pecado, convinha que se submetesse também ao rito da circuncisão.

NB —a) Considerava-se que o menino, ao tornar-se membro do povo de Deus (cf. Gn 17,11), professava solenemente na circuncisão estar sujeito à Lei (cf. Gl 4,3). A circuncisão externa do corpo era símbolo da mortificação interna da concupiscência e sacramento da antiga Lei, pelo qual, em virtude da fé no Messias futuro, os membros do povo eleito eram purificados da culpa original.b) Neste mistério, Jesus Cristo apresentou-se publicamente aos homens como pecador necessitado de purificação e mortificação da carne, dando exemplo extraordinário de humildade; mas, diante de Deus, apresentou-se como Redentor, obrigando-se ao cumprimento da Lei e derramando as primícias de seu sangue como penhor da redenção.

Como o hagiógrafo não diz onde nem como foi circuncidado o Menino, nada se pode saber com certeza. O ritual habitual consistia na circuncisão no oitavo dia após o nascimento, na casa paterna ou na sinagoga, com a presença de testemunhas. Preparavam-se dois assentos, um para o padrinho e outro simbolicamente reservado ao profeta Elias (cf. 1Rs 19,10). O ministro realizava o rito com lâmina de pedra (cf. Ex 4,25; Jos 6,2), acompanhado de bênçãos, e a cerimônia era concluída com um banquete. Nesse mesmo dia, dava-se o nome ao menino.

Razões da circuncisão de Cristo (cf. STh III, 37, 1c). — O Angélico enumera sete: 1) manifestar a verdade de sua carne humana; 2) aprovar a circuncisão; 3) mostrar-se descendente de Abraão; 4) não dar motivo de escândalo aos judeus; 5) dar exemplo de obediência; 6) assumir o remédio da carne passível; 7) libertar os outros do jugo da Lei (cf. Gl 4,4s).

A apresentação de Cristo (ὑπαπαντή) (cf. Lc 2,22ss). — Passados os dias da purificação deles (αὐτῶν), José e Maria levaram Jesus ao Templo para cumprir os preceitos da Lei.

Segundo a Lei de Moisés (cf. Ex 13,2.12.15), todo primogênito devia ser consagrado ao Senhor. Posteriormente, os primogênitos passaram a ser resgatados por cinco siclos (cf. Nm 18,15s).

Outro preceito (cf. Lv 12,1ss) considerava impura por quarenta dias a mulher que desse à luz um menino. Passado esse período, devia oferecer um cordeiro e uma ave; os pobres, duas aves. A Sagrada Família ofereceu um par de rolas, sinal de sua pobreza.

No quadragésimo dia após o nascimento, Maria foi recebida no Templo, purificada ritualmente, e os pais apresentaram o Menino. Nem Jesus nem Maria estavam obrigados a esses preceitos, mas quiseram cumpri-los por humildade e obediência.

Jesus é reconhecido como o Messias (vv. 25-38). — Simeão era justo e timorato (εὐλαβής), esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava sobre ele (ἐπ’ αὐτόν). Fora-lhe revelado (κεχρηματισμένον) que não morreria antes de ver o Messias.

Movido pelo Espírito (ἐν τῷ πνεύματι), Simeão tomou o Menino nos braços (εἰς τὰς ἀγκάλας), sinal de grande amor e de cumprimento da promessa.

Nunc dimittis (vv. 29-32). — Agora deixas ir o teu servo em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, preparada diante de todos os povos: luz para as nações (εἰς ἀποκάλυψιν) e glória de Israel.

Profecia de Simeão (v. 33ss). — Este Menino foi posto para ruína (πτῶσιν) e ressurreição de muitos e como sinal de contradição (ἀντιλεγόμενον). Uma espada transpassará a alma de Maria, figura da espada da compaixão, para que se revelem os pensamentos de muitos corações.

Testemunho de Ana, a Profetisa (v. 36ss). — Profetisa (cf. 1Cor 14,3), viúva de idade avançada, louvava o Senhor (ἀνθωμολογεῖτο) e falava do Menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.

Nota espiritual. — No quadragésimo dia após o nascimento de Cristo, Maria subiu ao Templo para cumprir dois mandamentos da Lei (cf. Ex 13; Lv 12), aos quais não estava obrigada. Fê-lo para submeter-se à lei comum e brilhar como perfeito exemplo de humildade.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 29/12/2025

São Tomás Becket (Memória Facultativa)
Local: Cantuária, Inglaterra
Data: 29 de Dezembro † 1170


Tomás nasceu em Londres, em 1118. Captando as boas graças do arcebispo de Cantuária, pôs-se a seu serviço, sendo nomeado arcediago da mesma catedral. Por recomendação do arcebispo, o rei Henrique II o nomeou seu lorde chanceler.

Nesse tempo, Tomás vestia-se principescamente, acompanhava o soberano mais ou menos em tudo, gostava como ele das animadas caçadas, mesmo sem levar uma vida leviana.

Ao morrer o bispo de Cantuária, o rei indicou Tomás para sucedê-lo, certamente contando ter nele um alto eclesiástico dócil e subserviente. As responsabilidades do cargo de arcebispo, porém, transformaram toda a vida de Tomás. Vive pobremente, embora pratique largamente a caridade para com os pobres. Nos primeiros tempos do seu ministério Tomás mostrou-se um tanto fraco ao aprovar com outros bispos vários decretos de Henrique II ofensivos aos direitos da liberdade eclesiástica. A velha questão da investidura dos príncipes ainda estava viva. O Papa rechaçou com veemência as pretensões do monarca, o que fez com que Tomás chorasse amargamente sua fraqueza e se penitenciasse a ponto de deixar de celebrar a santa Missa.

O Papa escreveu-lhe animando-o e mandando que não deixasse suas celebrações litúrgicas. Daí por diante as coisas mudaram e ele tornou-se defensor intrépido, às vezes, até intransigente demais dos direitos da Igreja, frente ao soberano.

A tal ponto chegou o conflito entre o rei e seu antigo amigo e chanceler, que o monarca chegou a chamar Tomás de perjuro e traidor. Tomás teve que fugir para a França, passando a viver entre os monges cistercienses de Pontigny. Perseguido também ali por agentes do monarca, que ameaçou tirar vingança dos cistercienses da Inglaterra, Tomás foi para Sens. Seis anos de desterro, confisco de seus bens, perseguição de seus parentes e amigos. Henrique II, orgulhoso e violento, não tolerava oposições; procurava isolar o arcebispo, manejando os lordes e bispos contra ele.

Feitas as pazes com Henrique II, Tomás voltou à sua Igreja em 1170. A paz foi aparente. O ambiente carregou-se mais e mais de prenúncios trágicos. Numa reunião com seu conselho, o rei exclama: "Covardes! Esse homem que eu cumulei de honras se levanta contra mim e ninguém dentre os meus é capaz de vingar minha honra e livrar-me deste bispo insolente?" Alguns meses depois de sua volta, cavaleiros aduladores do rei invadiram a catedral e assassinaram o arcebispo que estava para rezar o Oficio divino com os cônegos.

O arcebispo Tomás Becket foi assassinado em sua catedral de Cantuária, na Inglaterra, a 29 de dezembro de 1170. Foi uma das vítimas insignes das lamentáveis contendas entre Igreja e Estado, que tanto mal causou sobretudo à Igreja. Povo e monges começaram de imediato a venerá-lo como mártir da liberdade da Igreja e do papado. Três anos depois da morte, foi elevado às honras dos altares.

A Oração coleta enaltece a coragem do arcebispo de Cantuária na defesa da justiça, exemplo de quem perde a vida pelo Cristo neste mundo a fim de encontrá-la no céu.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Tomás Becket, rogai por nós!


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