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Antífona de entrada

Ressuscitei, e sempre estou contigo, aleluia; pousaste tua mão sobre mim, aleluia; admirável é tua sabedoria, aleluia, aleluia. (Cf. Sl 138, 18.5-6)

Ou:


Realmente, o Senhor ressuscitou, aleluia. A ele a glória e o poder, pelos séculos dos séculos, aleluia, aleluia. (Lc 24, 34; cf. Ap 1, 6)
Resurrexi, et adhuc tecum sum, allelúia: posuísti super me manum tuam, allelúia: mirábilis facta est sciéntia tua, allelúia, allelúia. Ps. Dómine probásti me, et cognovísti me: tu cognovísti sessiónem meam, et resurrectiónem meam. (Ps. 138, 18. 5. 6 et 1-2)
Vernáculo:
Ressuscitei, e sempre estou contigo, aleluia; pousaste tua mão sobre mim, aleluia; admirável é tua sabedoria, aleluia, aleluia! (Cf. MR: Sl 138, 18. 5-6) Sl. Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos. (Cf. LH: Sl 138, 1-2)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, no dia de hoje, por vosso Filho, vencedor da morte, nos abristes as portas da vida eterna. Concedei que, celebrando a solenidade da sua ressurreição, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (At 10, 34a. 37-43)


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, 34aPedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele.

39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz.

40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos.

42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. 43Todos os profetas dão testemunho dele: ‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 117)


℟. Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!


— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” ℟.

— A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! ℟.

— A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! ℟.


https://youtu.be/_z64zAic0HY

Segunda Leitura (Cl 3, 1-4)


Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses


Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.



Ou:


Segunda Leitura (1Cor 5, 6b-8)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos: 6bAcaso ignorais que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7Lançai fora o fermento velho, para que sejais uma massa nova, já que deveis ser sem fermento. Pois o nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. 8Assim, celebremos a festa, não com fermento velho, nem com fermento de maldade ou de perversidade, mas com os pães ázimos de pureza e de verdade.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.




Sequência de Páscoa


1. Cantai, cristãos, afinal: / “Salve, ó vítima pascal!”

Cordeiro inocente, o Cristo / abriu-nos do Pai o aprisco.

2. Por toda ovelha imolado, / do mundo lava o pecado.

Duelam forte e mais forte: / é a vida que enfrenta a morte.

3. O rei da vida, cativo, / é morto, mas reina vivo!

Responde, pois, ó Maria: / no teu caminho o que havia?

4. ”Vi Cristo ressuscitado, / o túmulo abandonado.

Os anjos da cor do sol, / dobrado ao chão o lençol...

5. O Cristo, que leva aos céus, / caminha à frente dos seus!”

Ressuscitou de verdade. / Ó Rei, ó Cristo, piedade!


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa, na sinceridade e verdade. (1Cor 5, 7b-8a) ℟.

Evangelho (Jo 20, 1-9)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.

3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.  6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.

8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.



Ou:


Evangelho (Lc 24, 13-35)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.

15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?

19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.

25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.

28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.

31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Terra trémuit, et quiévit, dum resúrgeret in iudício Deus, allelúia. (Ps. 75, 9. 10)


Vernáculo:
Aterra apavorou-se e emudeceu, quando Deus se levantou para julgar. (Cf. LH: Sl 75, 9b. 10a)

Sobre as Oferendas

Exultando de alegria pascal, nós vos oferecemos, Senhor, o sacrifício pelo qual a vossa Igreja de modo maravilhoso renasce e se alimenta. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. Celebremos a festa, não com velho fermento, mas com pães ázimos de pureza e de verdade, aleluia. (1Cor 5, 7-8)
Pascha nostrum immolátus est Christus, allelúia: ítaque epulémur in ázymis sinceritátis et veritátis, allelúia, allelúia, allelúia. (1Cor. 5, 7. 8)
Vernáculo:
Nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. Celebremos a festa, não com velho fermento, mas com pães ázimos de pureza e de verdade, aleluia. (Cf. MR: 1Cor 5, 7-8)

Depois da Comunhão

Deus de bondade, que renovastes vossa Igreja pelos mistérios pascais, concedei-nos vossa constante proteção e conduzi-nos à glória da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 31/03/2024
A Ressurreição, mistério de liberdade

“Se ressuscitastes com Cristo ‒ e nós ressuscitamos no Batismo ‒, buscai as coisas do alto, onde Cristo reina ao lado de Deus. Pensai as coisas do alto e não nas coisas deste mundo” (Cl 3,1)

Nosso estado anterior à Ressurreição de Cristo

Do momento em que o homem se afastou de Deus, converteu-se em um ser oprimido e subjugado. Caído de Deus, se torna caído de si mesmo. Dito de outro modo, o homem sem Deus é um miserável escravo. Escravo de quem ou do que? Escravo do pecado, do demônio e da morte.

“Quem comete pecado é escravo do pecado”, diz Nosso Senhor (Jo 8,34). “Fostes servos do pecado”, diz São Paulo (Rm 6,17); e também: “pusestes vossos membros ao serviço da impureza... quando eras escravos do pecado” (Rm 6,19-20). Qualquer gênero de escravidão tem como característica essencial a perda do senhorio, do domínio sobre si, a renúncia à capacidade de decidir sobre seus próprios atos, e a de agir e realizar ações não mais em proveito próprio, mas em proveito daquele que se constitui seu “senhor”.

A escravidão que o pecado impõe sobre o pecador vencido, é uma escravidão verdadeira, não aparente, não metafórica nem retórica. Quando Jesus fala daqueles que se fazem “escravos do pecado” não usa uma metáfora para dar força a suas palavras, mas está dizendo uma grande verdade. Uma verdade que nós nem sempre colocamos diante de nossos olhos. Todo pecado inclui uma claudicação, uma derrota, uma rendição, um fracasso. Por isso, todo pecado requer um vencedor, um triunfador, um novo senhor e um novo amo. Seja quando o pecado triunfa através das paixões que agitam turbulentamente nosso coração; seja quando se faz como segunda natureza em nossa vontade pelos vícios largamente consentidos.

O pecado se faz senhor porque impõe seus critérios, seu modo de pensar, seu modo de julgar; porque tem a última palavra em nossas decisões; porque nos faz abúlicos (sem vontade, sem gosto) diante do bem, diante da verdade, diante da beleza espiritual. Porque nos deixa sempre a meio caminho, derrotados e cansados, ainda antes de ter começado a via da santidade.

O pecado é tirano porque sua presença nos degrada. Pode-se dizer, sem mentir nem exagerar, que o homem que peca é menos homem, que a mulher que peca é menos mulher. O pecado envelhece e decompõe a pessoa. Porque não há pecado que não vá contra a razão, contra a verdade, contra o bem do homem. Não há pecado no qual não estejamos servindo a interesses que não são os nossos.

A Ressurreição, mistério de liberdade

As mulheres ao chegar ao sepulcro, não encontraram a Cristo, mas somente uns anjos que lhes disseram: “Não está aqui, ressuscitou conforme havia dito” (Mt 28,6). A Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é a vitória esmagadora, deslumbrante, fulgurante, sobre Satanás, sobre o pecado, sobre a morte definitiva.

Por isso na noite de Páscoa a Igreja canta “O mors, ero mors tua!” - Ó morte, eu serei tua morte. Palavras proféticas do Antigo Testamento que se aplicam de modo pleno a Nosso Senhor. A morte de Cristo não é uma morte como qualquer outra; é uma Morte Redentora, quer dizer, uma Morte que tem o poder de converter em vida tudo quanto toca, de redimir, de comprar, de resgatar, de gerar vida, de libertar.

Cristo destruiu a morte. O reinado da morte já não é eterno para quem se une a Cristo: “Aquele que crê em mim não morrerá para sempre”, disse Cristo a Marta pouco antes de desatar a Lázaro do laço da morte (cf. Jo 11).

Cristo destruiu o poder de Satanás. Como diz são Paulo aos Colossenses: “Despojando aos principados e às potestades, exibiu-os publicamente, triunfando deles na cruz” (Cl 2,15). E o mesmo Senhor, antes de entrar em sua Paixão disse a seus discípulos: “Agora o príncipe deste mundo será jogado fora” (Jo 12,31). Nosso Senhor “destruiu aquele que tinha o império da morte, quer dizer, o diabo” (cf. Hb 2). “Trema o inferno, dizia belamente São Jerônimo, que hoje vê derrotado seu poder”. A morte de Cristo, segue dizendo São Jerônimo, que faz os demônios exclamarem: “Ó cruz, que assim exterminaste com nossas esperanças e tanto dano nos causaste! Num madeiro alcançamos todas nossas riquezas, e em um madeiro agora as perdemos”.

Cristo destruiu o senhorio do pecado, porque Ele tem poder para apagar de nossas almas o pecado que as corrompe, e nos fazer voltar assim à vida: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5,20). Ele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. “Deus, tendo enviado a seu próprio Filho em semelhança de carne de pecado e como vítima pelo pecado, condenou ao pecado na carne” (Rm 8,3).

Deste modo, só Jesus Cristo pode nos fazer livres; como Ele mesmo disse aos judeus: “Se o Filho vos der liberdade, sereis verdadeiramente livres” (Jo 8,36).

Ai dos que interpretando mal o profundo desejo de liberdade de nossos corações prisioneiros do pecado e da corrupção, não a buscam em Cristo! Jamais a encontrarão. Procuram em vão. Não há liberdade fora de Cristo, não há liberdade fora da graça.

“A liberdade é um dom divino”. O que significa isto? Que só Deus pode dá-la e que se perde absolutamente quando a usamos contra Deus ou à margem da lei divina.

Todos os que prometeram uma liberdade que não está fundada na graça, na Morte e Ressurreição de Nosso Senhor, enganaram-se a si mesmos, enganaram ao homem e o tornaram mais escravo que antes, mais miserável que antes, mais servil que antes, mais oprimido que antes:- prisioneiro do engano;- prisioneiro de suas paixões;- prisioneiro de seus vícios;- prisioneiro de seus medos;- prisioneiro de suas dúvidas;- prisioneiro de suas incertezas e de suas desesperanças.

Com tanta promessa de liberdade a quem libertou Freud? A quem liberou Marx?

Não há liberdade sem Cristo porque a única e verdadeira escravidão é espiritual (a que encadeia inteligências e corações), e por onde não há verdadeira liberdade senão a espiritual, a dos corações e das inteligências destruindo assim:- os laços do engano com a luz da verdade;- as ataduras do pecado com a graça;- as cadeias da morte com a ressurreição.

Conclusão: Devemos levar uma vida de ressuscitados!

O mistério da Ressurreição de Cristo impõe em nós uma mudança de vida e de mentalidade. Impõe-nos de não ser mais homens velhos ou segundo a mentalidade do mundo, e começar a sermos homens novos, no dizer de São Paulo, homens celestiais, outros cristos, a “aspirai as coisas do alto, como no convite do prefácio da Missa: “Corações ao alto”.

Dizia São Paulo aos Colossenses: "Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está assentado à destra de Deus" (3,1).

Na Páscoa não tem festa sem ressurreição e não tem ressureição sem morte. Para ressuscitar devemos perder uma vida e tomar uma outra. Morrer para o homem e a mulher velhos e sermos homem e mulher novos. O novo homem é o homem interior, poderosamente fortalecido pela ação do seu Espírito (Ef 3,16). O novo homem se identifica com homem espiritual (1Cor 2,15). O homem novo é o homem configurado com o sumo e eterno Homem Novo que é Jesus Cristo, que quer que assimilemos a sua doutrina, imitemos os seus exemplos, nos unamos de todo o coração à sua Pessoa e frequentemos os seus sacramentos.

Por isso não há celebração, não há festa sem conversão, isto é, sem morte, porque sem morte não há ressurreição. Só se volta a viver depois que se perdeu a vida. Para ressuscitar devemos perder uma vida e ganhar outra. Devemos morrer para o pecado. Começamos no Batismo, mas não terminou com ele. Deve continuar na nossa vida, pelo arrependimento constante, pela conversão do coração, pelo abandono dos nossos vícios, pela batalha espiritual contra tudo o que nos afasta de Deus.

“Se ressuscitastes com Cristo ‒ e nós ressuscitamos no Batismo ‒, buscai as coisas do alto, onde Cristo reina ao lado de Deus. Pensai as coisas do alto e não nas coisas deste mundo” (Cl 3,1).

“Buscai as coisas do alto”. As coisas de alto são as coisas celestiais, as realidades espirituais: Deus, a graça, a santidade, a oração, a virtude. Buscai! isto é, desejar, ansiar, pedir. Não vamos esperar sentados que venham, mas correr atrás! Assim como o cervo sedento busca correntes de água doce, da mesma forma devemos buscar a Deus e as coisas do espírito. “Pensai nas coisas do alto e não nas coisas deste mundo”, isto é, coloquemos nossos pensamentos nas coisas do espírito. Pensemos também segundo as coisas alto, deixemos a nossa inteligência pensar espiritualmente, cristãmente, com os critérios do Evangelho, com os valores do Evangelho. Porque pensar as coisas terrenas pode significar também pensar segundo critérios mundanos, segundo os valores do mundo, que não compreende – nem pode compreender – o sentido do sofrimento, da dor, da morte, da mortificação; não compreende a alegria espiritual, saudável e alegre.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
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Homilia Dominical | O Tempo Pascal e a Ressurreição da fé (Domingo da Páscoa)

Após a Ressurreição, Jesus fez várias aparições — a Maria Madalena, aos discípulos de Emaús, aos Onze no Cenáculo e a São Pedro — a fim de ressuscitar a fé dos discípulos, que havia sucumbido no Calvário, e fazê-la crescer cada vez mais. E é isso que também nós precisamos fazer no Tempo Pascal, um tempo propício para o crescimento da fé. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este Domingo da Ressurreição e, vivendo a alegria pascal, assuma o compromisso de alimentar a sua fé, unindo-se ao Cristo Ressuscitado por meio da oração cotidiana.


https://youtu.be/pWvH_vIoKSo

Santo do dia 31/03/2024

Ouça no Youtube

São Benjamim (Memória Facultativa)
Local: Argol, Irã
Data: 31 de Março† c. 420


Isdegerd, filho de Sapor III, impôs um fim às cruéis perseguições contra os cristãos na Pérsia, que haviam começado com Sapor II. A Igreja desfrutou de doze anos de paz naquele reino, quando em 420 foi perturbada pelo zelo indiscreto de Abdas, um bispo cristão que queimou o Templo do Fogo (Atar), a grande divindade persa. Por conta disso, o Rei Isdegerd demoliu todas as igrejas cristãs na Pérsia, ordenou a morte de Abdas e promoveu uma grande perseguição contra a Igreja, que se seguiu por quarenta anos com grande fúria. Isdegerd morreu no ano seguinte, em 421, mas seu filho e sucessor Varanes prosseguiu com a perseguição, de um modo ainda mais desumano. O próprio relato das crueldades que exerceu sobre os cristãos nos horroriza.

Entre os gloriosos soldados de Cristo estava São Benjamin, um diácono. O tirano mandou que ele fosse espancado e aprisionado. Ficou trancafiado por um ano na masmorra, quando o embaixador de um imperador conseguiu sua soltura sob a condição de que jamais falasse a respeito de religião com nenhum cortesio. O embaixador transmitiu a mensagem de que ele acataria a ordem: mas Benjamim, embaixador por sua vez do Evangelho, declarou que não perderia uma única oportunidade de anunciar o Cristo. O rei, sendo informado de que ele ainda pregava a fé em seu país, ordenou sua prisão e mandou que lhe trespassassem varas entre as unhas e a carne das mãos e pés, e que as estocassem nas partes mais macias, repetidas vezes, com extrema violência. Por fim, enfiaram-lhe uma estaca nodosa que rasgou e dilacerou suas vísceras, e em tal tormento ele enfim expirou, no ano de 424.

REFLEXÃO

Imploramo-vos, é santíssimos mártires, que alegremente sofrestes as cruéis tormentos por Deus Nosso Salvador e Seu amor, em vista dos quais agora vos encontrais com Ele em união tão intima e familiar, que rogueis ao Senhor por nós, miseráveis pecadores cobertos de imundícia, para que nos infunda a graça de Cristo, a fim de que ilumine nossas almas e nos permita amá-lo.

BUTLER, Alban. Vida dos Santos: para todos os dias do ano. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2021. 560 p. Tradução de: Emílio Costaguá. Adaptação: Equipe Pocket Terço.

São Benjamim, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil