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Nome: Beata Fran­cisca de Paula de Jesus (Nhá Chica) Dia 14 de Junho (Memória Facultativa)
Local: Baependi, Brasil
Data: 14 de Junho † 1895

Filha natural de escravo, Francisca de Paula De Jesus nasceu em São João del Rey (Brasil) em 1808.

Aprendeu orações e devoções com sua mãe, embora - sendo mulher e escrava - não tenha recebido nenhuma instrução.

Depois de se mudar para Baependi, cidade em pleno desenvolvimento, ficou órfã. Em seu leito de morte, sua mãe recomendou que ela levasse uma vida de aposentada para melhor praticar a caridade e manter a fé.

Desde então, Francisca viveu sozinha em uma casinha em uma colina na periferia da cidade, dedicando-se à oração e ao cuidado dos necessitados, escolhendo assim, desde muito jovem, uma vida de pobreza e louvor, pobre entre os pobres.

Sua fama de mãe humilde rapidamente se espalhou entre os menores: quem se aproximava dela recebia orações, comida, consolo e conforto.

Toda a vida da Beata "Tia Chica" é um caminho para a liberdade: ela cresce sem sobrenome, não tem direito, porque é filha natural de uma escrava. O pai talvez fosse o dono da fazenda onde a mãe trabalhava. Totalmente analfabeta, ela aprende apenas uma coisa com sua mãe: o Rosário. Ela continua órfã ainda adolescente. Sua mãe a deixa como herança não dinheiro ou bens, que ela não tem, mas uma exortação: amar Jesus e Maria e ter caridade para com todos.

Permanece fiel a este convite durante toda a vida e - libertada da escravidão - apesar das muitas propostas de casamento, opta por não se casar, mesmo que permaneça secular: organiza encontros diários de oração em sua pobre casa, que logo se torna um local de peregrinação dos pobres e dos ricos que vêm de todo o Brasil em busca de conforto espiritual.

Ela sempre tem sua corrente nas mãos: o rosário. Quanto mais ela se liga a Deus, mais ela se torna verdadeiramente livre. Então, de repente, “Tia Chica” fica rica com a morte de seu irmão, que a deixa com uma imensa fortuna. Mas logo ela fica pobre de novo porque distribui tudo aos mais necessitados. A única coisa que ela guarda para si é uma quantia em dinheiro para construir uma capela dedicada à Imaculada Conceição.

Morreu aos oitenta anos, em 1895: foi sepultada na capela que deu o nome de Maria. Aqui, ainda hoje, muitos vêm redescobrir a verdadeira liberdade de espírito graças ao exemplo e à intercessão da escrava Francisca.

Fonte: causesanti.va

Beata Francisca de Paula de Jesus, rogai por nós!