Nome: São Guilherme, Abade (Memória Facultativa)
Local: Itália
Data: 25 de Junho † 1142

São Guilherme nasceu em Vercelli no ano de 1085. Foi o fundador do mosteiro de Montevirginia (1119). Piemontês, perdeu os pais quando bem jovem ainda. Aos catorze anos, fez uma peregrinação a São Tiago de Compostela. Em 1106, achava-se em Melfi, na Itália meridional.

Iletrado, mas dono de extraordinária memória, aprendeu, de cor, o salmo CIX, adquirindo, daí por diante, maravilhoso, surpreendente conhecimento da Escritura santa.

De 1108 a 1109, vivendo no Monte Solicoli, ali levou vida de penitente, em companhia de um velho soldado. Desde que, miraculosamente, restituiu a vista a um cego, tornou-se célebre, sendo procurado com insistência. Deixou, então, o Monte Solicoli, indo refugiar-se ao lado de um santo homem, que se chamava João, o de Pulsano. Pouco mais tarde, tomado pelo grande desejo de ir a Jerusalém, deixou o amigo. Mas, assaltado por ladrões, entre Tarento e Otrante, desistiu do intento, pensando que Deus o queria na Itália mesma.

Foi assim que, não longe de Avelino, no Monte Virgiliano, agora Montevirginia, São Guilherme se estabeleceu, propondo-se levar vida eremítica. Muita gente, porém, sequiosa de coisas de Deus, ali afluiu, procurando o santo homem, para com ele viver.

Em 1124, o bispo de Avelino consagrava uma igreja que se dedicou a Nossa Senhora. E no Montevirginia a vida tornou-se de grande austeridade: três dias por semana, todos deviam contentar-se tão só com verdura e pão. E as populações dos arredores passaram a ser evangelizadas.

O rei Rogério II de Nápoles, que admirava a inteligência e a prudência de São Guilherme, desejou-o ao seu lado, fazendo-o conselheiro. E as virtudes que o ornavam, ao Santo só serviram para atrair inimigos, e inimigos mortais.

Para perdê-lo, acordaram, certa vez, em lançar-lhe uma cortesã, por todos considerada irresistível, que, procurando seduzi-lo, recebeu o mais incrível dos convites, qual seja o de ambos se deitarem num leito de carvões enrubecidos ao máximo.

A belíssima cortesã ficou aterrada. E antes que pudesse pensar numa resposta, viu o santo abade dirigir-se aos carvões da chaminé do aposento em que se encontravam e nele estender-se com a maior confiança, com uma calma aterradora.

Tocada, a mulher pôs-se a chorar sentidamente, meditando no mal que ia fazer a um santo. E, admirada de que nada lhe sucedesse, pedindo perdão converteu-se. Logo mais, contritamente, tomava o véu.

São Guilherme faleceu em 1142, na mais célebre das suas fundações: São Salvador do Goleto.

Em 1785, Pio VI estendeu-lhe o culto por todo o mundo católico. Dos numerosos mosteiros que o santo abade estabeleceu, resta somente o de Montevirginia. Ali, o santuário, com a imagem da Virgem, é lugar de frequentíssimas peregrinações. A Nossa Senhora de São Guilherme é grandemente venerada, principalmente pelos camponeses da região.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XI. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.

São Guilherme, rogai por nós!

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