Todos os santos

Nome: Beata Albertina Berkenbrock Dia 15 de Junho (Memória Facultativa)
Local: Santa Catarina, Brasil
Data: 15 de Junho † 1931

Albertina Berkenbrock nasceu em 11 de abril de 1919 em São Luís, Imaruí, Santa Catarina, Brasil. Foi batizada em 25 de maio de 1919 e confirmada em 9 de março de 1925. Fez a Primeira Comunhão em 16 de agosto de 1928.

Albertina cresceu em uma família devota. Ela voluntariamente ajudou seus pais em casa e na terra.
Desde cedo aprendeu a rezar com profunda devoção e era forte na prática da sua fé católica. Ela falou do dia da Primeira Comunhão como o dia mais lindo de sua vida e teve especial devoção a Nossa Senhora e a São Luís Gonzaga, modelo de pureza e padroeiro de São Luís.

Na escola Albertina era modelo para os colegas e motivo de admiração dos adultos. Seus professores elogiaram especialmente sua espiritualidade e moral, superiores às crianças de sua idade. Ela era uma estudante diligente que conhecia o seu Catecismo e guardava os Mandamentos de Deus.

Em casa, quando seus irmãos a provocavam e insultavam, como fazem os irmãos, ela não retaliava. Com sua educação cristã, até mesmo as brincadeiras infantis que ela praticava refletiam seu profundo senso religioso. Ela brincava alegremente com as crianças mais pobres e repartia com elas o pão.

Em casa, ela era especialmente amorosa com os filhos de um funcionário de seu pai; embora desconhecido para ela, aquele homem se tornaria seu futuro assassino.

Chamava-se Maneco Palhoça mas também era conhecido como Indalício Cipriano Martins ou como Manuel Martins da Silva. Albertina muitas vezes dava comida não só aos filhos, mas também a ele. Como Maneco era africano e o racismo ainda era uma grave doença social, a bondade da jovem era especialmente notável.

Um dia, quando Albertina procurava um boi fugitivo, encontrou Maneco carregando feijão em sua carroça. Quando ela lhe perguntou se ele tinha visto o boi, ele apontou na direção errada para atraí-la para um lugar onde pudesse satisfazer sua luxúria sem atrair atenção.

Inocentemente, Albertina seguiu as indicações de Maneco e chegou a um bosque. Ao ouvir o estalar de gravetos, ela se virou, pensando que fosse o boi, e se viu cara a cara com Maneco. Ela estava petrificada.

Ele a informou de suas intenções, mas ela o recusou firmemente. Albertina lutou muito por sua virtude. Mesmo quando ele a jogou no chão, ela fez o possível para se cobrir. Furioso por ter sido derrotado moralmente pela jovem, Maneco agarrou-a pelos cabelos e cortou-lhe a garganta com uma faca.

Maneco tentou encobrir seu crime. Ele disse ter descoberto o corpo dela e acusou um homem chamado João Candinho de matá-la, que protestou em vão sua inocência. Mas as pessoas ficaram desconfiadas porque, quando Maneco passava pela sala onde estava o corpo de Albertina, testemunhas disseram que toda vez que ele se aproximava do corpo dela, o sangue escorria do corte em seu pescoço.

Dois dias depois, o prefeito de Imaruí mandou chamar João Candinho. O oficial pegou um crucifixo e junto com Candinho e outros, foi até a casa de Albertina. Colocou o crucifixo no peito dela, mandou João Candinho colocar as mãos no crucifixo e jurar que era inocente. Diz-se que naquele mesmo instante a ferida no pescoço parou de sangrar.

Maneco tentou fugir, mas foi preso. Ele confessou seu crime, bem como dois outros assassinatos. Ele foi julgado, condenado e condenado à prisão perpétua. Na prisão, ele admitiu aos seus companheiros de prisão que assassinou Albertina porque ela resistiu às suas tentativas de estupro.

Este testemunho dos seus próprios lábios é fundamental para determinar este como um verdadeiro martírio. A reação de Albertina é inequívoca, pois preferiu morrer a submeter-se.

No mesmo dia da morte de Albertina, a jovem foi popularmente proclamada mártir porque todos os que a conheciam podiam testemunhar a sua educação cristã, o seu bom comportamento, a piedade e a caridade.

A sua reputação de mártir foi confirmada quando a parteira local que examinou o seu corpo afirmou que a tentativa de violação não foi um sucesso.

Pouco depois, começaram a falar das graças recebidas por intercessão de Albertina.

Foi sepultada no cemitério de São Luís, mas devido à fama do seu martírio e aos favores obtidos por sua intercessão, seu corpo foi posteriormente colocado na Igreja de São Luís.

Fonte: vatican.va

Beata Albertina Berkenbrock, rogai por nós!

Oração à Beata Albertina Berkenbrock

Deus, Pai de todos nós! Vós nos destes vosso Filho Jesus, que derramou seu sangue na cruz por amor a cada um de nós. Vossa serva Albertina foi declarada bem-aventurada pela Igreja, porque, ainda jovem, também derramou seu sangue para ser fiel à vossa vontade e defender a vida em plenitude. Concedei-nos que, por seu testemunho, nos tornemos fortes na fé, no amor e na esperança, vivamos fielmente os compromissos do nosso Batismo, façamos da Eucaristia a fonte e o cume da nossa vida cristã, busquemos continuamente o perdão através da Confissão, sejamos plenos do Espírito Santo, vivenciando a Crisma, e cultivemos os valores do Evangelho. Por intercessão de Albertina, alcançai-nos a graça que neste momento imploramos de vós (expressar a graça que se deseja). Nós vo-lo pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Ver mais orações

Mais santos deste dia:

São Vito, Mártir