Nome: Santos Cristóvão Magallanes e companheiros, Presbítero e Mártires (Memória Facultativa)
Local: México
Data: 21 de Maio † 1927

Cristóvão e seus Companheiros em número de 25 são denominados também "Mártires do México" ou de Jalisco. Foram vítimas da perseguição religiosa desencadeada no México na primeira trintena de anos do século XX.

Cristóvão, ou Cristóbal Magallanes Jara, nasceu em Totaltiche, Jalisco, arquidiocese de Guadalajara, no México, aos 30 de julho de 1869. Até os 19 anos de idade permaneceu ali, estudando e trabalhando nos mais diversos serviços. Em 1888, matriculou-se no seminário em Guadalajara. Ordenado sacerdote, foi designado para a paróquia de sua cidade natal.

De temperamento sereno, tranquilo e persistente, Cristóvão se tornou um sacerdote de fé ardente, prudente diretor de seus irmãos sacerdotes e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Distinguiu-se como missionário entre os indígenas huicholes e como fervoroso propagador da devoção do Santo Rosário da Virgem Maria.

Os acontecimentos políticos de 1917 alteraram o destino do país. Foi promulgada a constituição anticlerical do México, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.

Apesar de a Igreja ter se posicionado contra as novas leis, nada pode fazer. Foi, por isso, duramente perseguida. Isso gerou a reação da sociedade e os leigos se organizaram, formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa, entrando em confronto até mesmo armado com os integrantes do governo. Dez anos depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente Plutarco Elis Calles tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas particulares e obras assistenciais de organizações religiosas.

Os integrantes da Liga reagiram com vigor. Como esse movimento da Liga não foi coordenado pela Igreja, muitos sacerdotes preferiram não aderir, deixando o país ou mesmo abandonando suas atividades por um tempo. Outros, porém, decidiram ficar firmes em seus postos para atender os fiéis, mesmo arriscando a própria vida. Cristóvão ficou firme no seu posto, ele que tinha um especial cuidado pelas vocações sacerdotais. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, ele se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

Perseguido, foi fuzilado em 25 de maio de 1927, em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. Na hora de ser executado ele exclamou: "Morro inocente, e peço a Deus que meu sangue sirva para a união de meus irmãos mexicanos".

No dia 21 de maio de 2000, João Paulo II canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles São Cristóvão Magallanes. Sobre eles disse o Papa: "Eles não abandonaram o corajoso exercício do seu ministério quando a perseguição religiosa aumentou na amada terra mexicana, desencadeando o ódio contra a religião católica. Todos aceitaram livre e serenamente o martírio como testemunho da própria fé, perdoando os seus perseguidores de modo explícito. Fiéis a Deus e à religião católica tão radicada nas comunidades eclesiais, que por eles eram servidas promovendo também o seu bem-estar material, hoje servem de exemplo para toda a Igreja e em particular para a sociedade mexicana".

A Oração coleta realça a fidelidade dos mártires em professar a fé no Cristo Rei e a perseverança na prática do mandamento do amor: Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes o presbítero São Cristóvão e seus companheiros fiéis ao Cristo Rei até ao martírio, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar na verdadeira fé e aderir sempre aos mandamentos do vosso amor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santos Cristóvão Magallanes e companheiros, rogai por nós!

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