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Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida, Solenidade

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Antífona de entrada

Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como uma noiva com suas joias. (Is 61, 10)
Gaudens gaudébo in Dómino et exsultábit ánima mea in Deo meo: quia índuit me vestiméntis salútis, et induménto iustítiae circúmdedit me, quasi sponsam ornátam monílibus suis. Ps. Exaltábo te, Dómine, quóniam suscepísti me: nec delectásti inimícos meos super me. (Is. 61, 10; Ps. 29)
Vernáculo:
Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como uma noiva com suas joias. (Cf. MR: Is 61, 10) Sl. Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! (Cf. LH: Sl 29, 2)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Est 5, 1b-2; 7, 2b-3


Leitura do Livro de Ester


Ester revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. 2Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro.

7, 2bEntão, o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. 3Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida — eis o meu pedido! — e a vida do meu povo — eis o meu desejo!”

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 44(45), 11-12a. 12b-13. 14-15a. 15b-16 (R. 11. 12a)


℟. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!


— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! ℟.

— O povo de Tiro vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores. Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro. ℟.

— Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”. ℟.


https://youtu.be/Z40L3q-TASA

Segunda Leitura — Ap 12, 1. 5. 13a. 15-16a


Leitura do Livro do Apocalipse de São João


Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 13aQuando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino.

15A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher, a fim de a submergir. 16aA terra, porém, veio em socorro da mulher.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Disse a Mãe de Jesus aos serventes: “fazei tudo o que Ele disser!” (Jo 2, 5b) ℟.

Evangelho — Jo 2, 1-11


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”.

4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.

7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água.

10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Ave María, grátia plena: Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus, allelúia. (Luc. 1, 28)


Vernáculo:
Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, aleluia. (Cf. Oração Ave-Maria)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, as preces e oferendas apresentadas na festa da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo, vosso Filho; concedei que elas vos sejam agradáveis e nos tragam a graça da vossa proteção. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Seus filhos se erguem, para proclamá-la Bem-aventurada.Ela se levanta antes da aurora para dar o alimento a cada um. (Cf. Pr 31, 28. 15)
Gloriósa dicta sunt de te, María: quia fecit tibi magna qui potens est. (Ps. 86, 3; Luc. 1, 49; ℣. Cant. Magníficat, Lc. 1, 46-47. 48. 50. 51. 52. 53. 54. 55)
Vernáculo:
Coisas gloriosas dizem de vós, ó Virgem Maria, porque o Poderoso fez em vós maravilhas. (Cf. MR: Sl 86, 3; Lc 1, 49)

Depois da Comunhão

Alimentados com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, nós vos suplicamos, ó Deus: dai ao vosso povo, sob o olhar de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, empenhar-se nas tarefas de cada dia para a propagação do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 12/10/2025


Virgem Aparecida, nossa Mãe espiritual


De quantos males nos tem livrado Maria? E quanto bem nos tem dado por sua materna intercessão? Maria se ocupa de nós como uma mãe, e toma a nossa causa como se fosse a causa de seu próprio Filho.

Queridos irmãos, queridas irmãs, o Brasil inteiro hoje se alegra por celebrar a Bem-Aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida, a padroeira do Brasil.


“Para promover o bem espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de Deus”, eis o motivo pelo qual o Papa Pio XI declarou e proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil a 16 de julho de 1930. A 95 anos dessa proclamação, nós nos sentimos honrados de tê-la como nossa Mãe espiritual, de ser contados entre os inúmeros beneficiados do bem espiritual que Nossa Senhora tem derramado sobre a nação brasileira, e sobre cada um de nós em particular.


De quantos males nos tem livrado Maria? E quanto bem nos tem dado por sua materna intercessão? Hoje é um dia especial para agradecê-la por todos os benefícios que temos recebido através de suas mãos.


Maria se ocupa de nós como uma mãe, e toma a nossa causa como se fosse a causa de seu próprio Filho. Neste dia a ela consagrado, gostaria de meditar um pouco sobre sua maternidade espiritual. Para isso me valho de dois Santos doutores marianos: São Luís Maria Grignion de Montfort e Santo Afonso Maria de Ligório.


Quando São Luis Grignion de Montfort, no seu livro O segredo de Maria, quer mostrar a necessidade que temos de alcançar as graças divinas através dela, indica também quatro motivos que temos para ter Maria por Mãe espiritual, que são os seguintes:


1°. Para ter a Deus por Pai, é necessário ter Maria por Mãe.Assim como, na ordem natural, uma criança tem que ter um pai e uma mãe, da mesma maneira na ordem da graça é preciso que um verdadeiro filho da Igreja tenha a Deus por Pai e Maria por mãe; e se se gloria de ter a Deus por Pai, não tendo por Maria a ternura de um verdadeiro filho, é um enganador que só tem por pai o demônio.


2°. Porque os membros de Jesus devem ser formados pela Mãe de Jesus. Desde que Maria formou o Chefe dos predestinados, que é Jesus Cristo, a Ela também compete formar os membros desse Chefe, que são os verdadeiros Cristãos; pois uma mãe não forma a cabeça sem os membros, nem os membros sem a cabeça. Quem quiser, pois, ser membro de Jesus Cristo, cheio de graça e de verdade, deve ser formado em Maria por meio da graça de Jesus Cristo, que n’Ela reside em toda a plenitude, para ser plenamente comunicada aos verdadeiros membros de Jesus Cristo e aos seus verdadeiros filhos.


3°. Porque é por Maria que o Espírito Santo produz os predestinados.Havendo o Espírito Santo desposado Maria, e tendo produzido n’Ela, por Ela e d’Ela a Jesus Cristo, essa obra-prima que é o Verbo Encarnado; e como nunca a repudiou, continua a produzir todos os dias n’Ela e por Ela de uma maneira misteriosa, porém verdadeira, os predestinados.


4°. Porque é Maria que está encarregada de alimentar as almas, e de fazê-las crescer em Deus.Maria recebeu de Deus um domínio particular sobre as almas para nutri-las e as fazer crescer em Deus. Santo Agostinho diz que neste mundo os predestinados são todos encerrados no Seio de Maria, e que não nascem senão quando essa boa Mãe os gera para a vida eterna. Por conseguinte, como a criança tira todo o alimento de sua mãe, que o dá proporcionado às suas fraquezas, da mesma maneira os predestinados tiram todo alimento espiritual e toda a sua força de Maria.


Por isso, e a partir daqui já começo a seguir Santo Afonso, não sem motivo e sem boa razão que os servos de Maria a chamam de Mãe. Parece até que não sabem invocá-la com outro nome, nem se fartam de sempre lhes chamar de Mãe. Porque ela verdadeiramente é nossa mãe não carnal, mas espiritual, quer dizer, Mãe das nossas almas e da nossa salvação.


Nosso senhor Jesus Cristo, diz o evangelho de João, veio para que todos tenhamos vida e vida em abundância (Jo 10,10). Em abundância porque com a redenção Ele nos trouxe maior bem, do que o mal que Adão nos causou com o pecado. Assim, reconciliando-nos com Deus, Ele se fez Pai das almas na nova Lei da graça. Mas, se Jesus é Pai das almas, Maria é Mãe. Pois nos dando Jesus nos deu a verdadeira vida. Em seguida nos proporcionou a vida da graça divina, quando ofereceu no Calvário a vida pela nossa salvação. Em suas diferentes ocasiões tornou-se, Maria nossa mãe espiritual, como ensinam os Santo Padres.


Primeiramente, quando mereceu conceber no seu ventre virginal o Filho de Deus, conforme diz S. Alberto Magno. E mais distintamente como ensina São Bernardino de Sena com as palavras: porque quando a Santíssima Virgem deu o seu consentimento ao anúncio do Anjo, pediu a Deus vigorosissimamente a nossa salvação; e de tal modo a procurou, que desde então nos trouxe nas suas entranhas como uma Mãe amorosa.


Falando do nascimento de Jesus, são Lucas diz que Maria deu a luz a seu Filho primogênito (Lc 2,7). Mas podemos nos perguntar: se o evangelista afirma que a Virgem deu à luz o primogênito, devemos supor que depois teve outros filhos? Sabemos que é de fé que Maria não teve outros filhos carnais além de Jesus. Por conseguinte, devemos crer que ela não somente é Mãe carnal do Filho de Deus, mas também, é Mãe espiritual de tantos filhos que somos nós.


Com um exemplo podemos explicar melhor como dizia Santo Ambrósio: “No seio puríssimo de Maria havia um só grãozinho de trigo, que era Jesus Cristo. No entanto, ele é comparado a um monte de trigo, porque naquele grãozinho estamos todos os eleitos, dos quais Maria havia de ser mãe. Por esse motivo Maria dando a luz a Jesus que é nosso salvador e nossa vida, nos fez nascer a todos nós para a salvação e para a vida.


Em segundo lugar, Maria nos gerou para a graça, quando no calvário ofereceu ao eterno Pai, no meio de tanto sofrimento, a vida de seu amado Filho para a nossa salvação. Porque ela então cooperou com o seu amor para que os fiéis nascessem para a vida da graça, e é por isso que segundo S. Agostinho, veio a ser Mãe espiritual de todos nós, que somos membros da nossa cabeça, que é Jesus Cristo.


Maria, para salvar as nossas almas, sacrificou com amor a vida de seu Filho, como também, imolou sua própria alma para a salvação de muitas outras. Porque, quem era a alma de Maria, senão o próprio Jesus, que era sua vida e seu amor? Por isso lhe anunciou Simeão que a sua alma bendita havia de ser traspassada com uma espada (Lc 2,36). Falou da lança que traspassou o lado de Jesus, mas que era a alma de Maria. E então ela com as suas dores nos proporcionou a vida eterna. Por isso, também, todos nós podemos chamar-nos filhos das dores de Maria.


Maria por estar sempre unida a vontade de Deus e vendo quanto o Pai eterno amava os homens, conheceu também sua vontade de entregar o próprio Filho à morte pela nossa salvação; soube do amor do Filho em querer morrer por nós. E para conformar-se com esse amor do Pai e do Filho para com o gênero o humano, ela também com toda a sua vontade ofereceu e consentiu que seu Filho morresse, a fim de que fossemos salvos.


Verdade é que se bem Jesus quis ser o único a morrer pela redenção do gênero humano, viu como Maria desejava ardentemente tomar parte na salvação dos homens. Decidiu então que ela, com o sacrifício e a oferta da vida de Jesus, cooperasse para a nossa salvação, e deste modo viesse a ser Mãe de nossas almas. E isso mesmo quis dizer Nosso Senhor, antes de morrer olhando da cruz para sua Mãe e para o discípulo São João, que estavam ao seu lado, primeiramente disse a Maria: “Eis ai o teu filho!” (Jo 19,26). Como quem estava dizendo: Eis aqui o homem que, pela oferta que fazes da minha vida pela sua salvação, já nasce para a graça. E depois, voltando-se para o discípulo, lhe disse: “Eis a tua Mãe!” (Jo 19,27). Com tais palavras, Maria foi feita Mãe, não só de São João, mas também de todos os homens, por causa do amor que teve para com eles. É de notar-se que São João ao narrar esta cena do Evangelho, escreve: “Em seguida disse ao discípulo. Eis a tua Mãe!”. O evangelista poderia ter escrito: Em seguida me disse ou disse a João, mas escreve disse ao discípulo para significar que o salvador nomeou Maria por Mãe universal de todos aqueles que, sendo cristãos, têm o nome de seus discípulos.


A missão de Maria em ser mãe espiritual de todos os homens está ligada intrinsecamente a sua maternidade divina. Afirma a Lumem Gentium: “A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade simultaneamente com a encarnação do Verbo, por disposição da divina Providência foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor (...) é por esta razão nossa mãe na ordem da graça.”


Como bons filhos e escravos de Maria devemos recorrer a ela com um amor e confiança verdadeiramente filiais, pois quem ousará, dizia São Roberto Belarmino outro grande doutor da Igreja, tirar estes filhos do seio de Maria? Que fúria do inferno ou das paixões poderá vencê-los, se puserem esta confiança no patrocínio desta grande mãe?


Termino com aquelas palavras de São Bernardo quem dizia que não somos mais santos porque não somos mais devotos de Maria: “Se se levantarem as tempestades de tuas paixões, olha à Estrela, invoca a Maria. Se a sensualidade de teus sentidos quer afundar a barco de teu espírito, levanta os olhos da fé, olha à Estrela, invoca a Maria. Se a lembrança de teus muitos pecados quer te lançar ao abismo do desespero, lança um olhar à Estrela do céu e reza à Mãe de Deus. Seguindo-a, não te perderás no caminho. Invocando-a não te desesperarás. E guiado por Ela chegarás certamente ao Porto Celestial”. Assim seja, amém.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | Corredentora e Medianeira de todas as graças (Sol. N. Sra. Aparecida - 12/10/25)

Neste domingo em que temos a graça de celebrar a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, somos chamados a olhar para as maravilhas que Deus realizou na alma de nossa Mãe Santíssima, tornando-a cooperadora da Redenção trazida por Cristo e fazendo-a, pela união com o Filho, instrumento de mediação de todas as graças derramadas sobre este mundo.Ouça a homilia dominical do Padre Paulo Ricardo para este dia 12 de outubro e medite profundamente sobre essa verdade nada ecumênica sobre a Virgem Maria.


https://youtu.be/EcECk2onNAQ

Santo do dia 12/10/2025

Nossa Senhora Aparecida (Solenidade)
Data: 12 de Outubro


"Salva das águas". A solenidade do dia 12 de outubro celebra Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Em 1930 ela foi solenemente proclamada Padroeira do Brasil por Pio XI.

Para compreendermos e celebrarmos devidamente esta solenidade parece importante situá-la no contexto da mensagem dos santuários. A devoção deu origem a um santuário, situado na cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, Estado de São Paulo. Cada santuário tem sua mensagem própria, seja por fatos históricos, seja pela topografia. Deus comunica-se com a humanidade também através de lugares especiais de graças, transformando-se, desta forma, em santuários.

O mesmo aconteceu com Aparecida. Lá, numa curva do rio Paraíba, em 1717, é encontrada nas águas por três pescadores uma imagem; primeiro, o corpo e, depois, a cabeça. Ela é recomposta e começa a ser venerada. Aos poucos, aparecem os milagres e as graças alcançadas. Constrói-se uma capelinha, depois uma igreja maior e, finalmente, a grande basílica nacional, dedicada pelo papa João Paulo II em 1980, em sua visita ao Brasil.

Nossa Senhora da Conceição faz parte da devoção do povo brasileiro a Nossa Senhora. Nela, os cristãos contemplam a própria vocação à santidade. A partir do seu santuário, Nossa Senhora da Conceição revela uma mensagem muito rica: Ela é salva das águas; é restaurada; é morena; foi entronizada numa colina como Rainha e Padroeira do Brasil. Dentro da linguagem simbólica, podemos perceber o conteúdo da mensagem. Maria é sinal escatológico de toda a Igreja, de toda a humanidade. Toda a Igreja nasce das águas do batismo por ação do Espírito Santo. Nestas águas ela é purificada e santificada, iniciando sua caminhada para a perfeição da caridade. Maria foi imaculada por privilégio, os cristãos são chamados a serem santos e imaculados pela graça. Assim, através da fé e das águas do batismo, o ser humano é restaurado, readquire sua identidade.

Maria, a Imaculada, manifesta-se em cor morena. Também isso pode ter seu significado. Ela é a mãe de todos, a mãe do povo brasileiro, formado de muitas raças. Todas se confraternizam num mesmo povo. Imitando a Imaculada Conceição e sob a sua proteção, todo o povo brasileiro é enaltecido, tornando-se um povo sacerdotal, real e profético. Ele alcança o alto de sua realização.

As leituras realçam a mensagem da mediação de Maria na figura de Ester (cf. 1ª leitura, Est 5, 1b-2; 7 ,2b-31) e na solicitude de Maria nas bodas de Caná (cf. Evangelho, Jo 2, 1-11). Na 2ª leitura, Maria é apresentada como grandioso sinal que apareceu no céu, ameaçada, mas não tragada pelas águas de um rio. A mulher foi socorrida pela terra (cf. Ap 12, 1-5. 13a. 15-16a).

Salvos das águas pela fé e pelo batismo, os cristãos podem atingir algo daquilo que contemplam em Maria, a Imaculada, se seguirem o seu conselho: Fazei tudo o que ele vos disser.

A Oração coleta traduz bem o mistério celebrado: Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!



São Carlo Acutis (Memória Facultativa)
Local: Monza, Itália
Data: 12 de Outubro † 2006


Carlo Acutis nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres e foi batizado no dia 18 de maio seguinte. Em setembro do mesmo ano mudou-se com a família para Milão.

Recebeu uma excelente educação no contexto familiar e frequentou o ensino básico em alguns institutos religiosos, mostrando desde a primeira infância um temperamento sereno e afável e um caráter aberto e jovial.

Frequentou a paróquia assiduamente e em 1998 recebeu sua primeira comunhão, enquanto em 2003 foi administrado o sacramento da confirmação. Ele alimentou sua intensa vida interior com a Eucaristia e a devoção a Maria. Foi catequista, sem descuidar dos estudos, adquirindo, entre outras coisas, uma rara competência no campo da informática, tanto que realizou importantes projetos de informática a serviço da evangelização.

Ele trabalhou como voluntário com os sem-teto e nas cozinhas populares dos pobres. Nos primeiros dias de outubro de 2006, ele foi acometido por uma forma grave de leucemia. Conservou a serenidade e a jovialidade até ao fim, mesmo nos momentos mais críticos do mal, já certo do próximo encontro com Deus, edificando os que o rodeiam com o seu comportamento e com as suas palavras. Ele morreu em 12 de outubro de 2006 em Monza, perto de Milão.

Em 2018, o Papa Francisco reconheceu oficialmente o caráter heroico das virtudes de Carlo, confirmando aquilo que já era evidente para tantos que o conheceram: sua vida breve foi uma verdadeira escola de santidade. No dia 10 de outubro de 2020, foi beatificado em Assis, diante da sua sepultura, e a Igreja passou a invocá-lo como modelo para os jovens que desejam viver com autenticidade a fé. Mas a Providência reservava algo ainda maior: no dia 7 de setembro de 2025, o Papa Leão XIV o canonizou solenemente, proclamando-o São Carlo Acutis. Foi a primeira canonização de seu pontificado, um marco de graça para toda a Igreja, que reconheceu oficialmente naquele jovem da era digital um farol seguro de pureza, amor à Eucaristia e fidelidade ao Evangelho.

Fonte: causesanti.va (adaptado)

São Carlo Acutis, rogai por nós!


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