Ateísmo
Os erros da Rússia e a profecia de Nossa Senhora que se cumpriu
por Guilherme Pavan • Você e mais 297 pessoas leram este artigo Comentar
Tempo de leitura: 7 minutos
Em 1917, um clamor de esperança ecoou pela Igreja. O Papa Bento XV, angustiado pelo horror da Primeira Guerra Mundial, fez um apelo fervoroso à Virgem Maria, pedindo sua intercessão para trazer a paz ao mundo. Oito dias depois, algo extraordinário aconteceu: Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos em Fátima, trazendo mensagens urgentes para a humanidade.
Entre essas mensagens, havia um alerta inquietante: se a humanidade não deixasse de ofender a Deus e ignorasse seus pedidos, uma guerra ainda mais devastadora que a Primeira Guerra Mundial viria. E de fato veio. Além disso, Nossa Senhora profetizou que os erros da Rússia e a profecia de Nossa Senhora estariam interligados com consequências graves para o mundo, caso seus pedidos não fossem atendidos.
Enquanto isso, na Rússia, algo sombrio já começava a tomar forma, algo com o potencial de alterar para sempre o rumo da história mundial. O que exatamente aconteceu? Como as palavras de Nossa Senhora se cumpriram ao longo do século XX? Neste artigo, exploramos os erros da Rússia e a profecia de Nossa Senhora, analisando suas advertências e seu impacto global.
As revoluções russas e os erros da Rússia previstos em Fátima
A Rússia, já enfraquecida pelos horrores da Primeira Guerra Mundial, enfrentava uma crise que transformaria sua história e o mundo. A enorme perda de vidas, a economia paralisada e a fome generalizada inflamaram o descontentamento popular, criando um terreno fértil para a revolução. Essa instabilidade culminou na queda de uma monarquia cristã milenar e no trágico fim da dinastia Romanov, incluindo a execução brutal do czar Nicolau II e de sua família.
A Revolução de Fevereiro de 1917 acabou com a monarquia russa, substituindo-a por um governo provisório. Enquanto isso, Vladimir Lênin, exilado por suas atividades revolucionárias, aproveitou a oportunidade para retornar e retomar sua influência política. Comprometido com o marxismo, uma filosofia ateísta e materialista, Lênin organizou os bolcheviques, unindo-se a outros líderes revolucionários para consolidar o poder. A instabilidade do governo provisório e o cansaço da população com a guerra pavimentaram o caminho para a Revolução de Outubro, na qual os bolcheviques assumiram o controle total da Rússia.
Sob a liderança de Lênin, a Rússia transformou-se no epicentro do comunismo, fundando a União Soviética. Um país outrora conhecido como “Santa Rússia”, profundamente enraizado na fé e nas tradições cristãs, tornou-se uma nação dominada por ideologias ateístas e perseguições religiosas. Esses eventos se conectam diretamente aos erros da Rússia e a profecia de Nossa Senhora, que advertiam sobre os perigos do afastamento de Deus e da rejeição de Seus mandamentos.
A perseguição à Igreja e à família: advertências na profecia de Nossa Senhora
Para implementar seus ideais marxistas e transformar a Rússia em um país comunista, Lênin decidiu enfraquecer a Igreja e a família, os dois pilares da sociedade cristã. Em 1918, sancionaram uma lei que separava Igreja e Estado, alegando garantir a “liberdade de consciência do povo trabalhador”. Na prática, essa medida impôs o ateísmo estatal e atacou a influência religiosa na sociedade.
Embora a religião não tenha sido formalmente proibida, os revolucionários marxistas combateram sua prática com violência e corrupção moral. Para minar a fé, eles promoveram a desintegração da moralidade e da estrutura familiar. Legalizaram o divórcio sem culpa, substituindo o casamento sacramental pelo civil. O divórcio tornou-se rápido e simples, ignorando qualquer obrigação de sustento dos filhos. Além disso, leis declaravam que não havia mais filhos ilegítimos, rompendo com o direito natural das crianças de nascerem e serem criadas em um lar estável.
A decadência moral se espalhou rapidamente. Um povo outrora profundamente religioso adotou a promiscuidade, com casamentos e divórcios ocorrendo de forma tão frequente quanto as estações do ano. Mulheres grávidas, temendo o abandono após o divórcio, recorriam ao aborto, que foi rapidamente legalizado na Rússia, tornando o país o primeiro no mundo a permitir a prática, em 1920. Sob o regime comunista, a Rússia lideraria as taxas globais de abortos e divórcios, refletindo os devastadores erros da Rússia e a profecia de Nossa Senhora sobre o impacto moral de uma sociedade que abandona a lei divina.
O Holodomor: erros da Rússia e a confirmação da profecia de Fátima
Sob Joseph Stálin, a perseguição à Igreja Ortodoxa alcançou níveis sem precedentes. Em 1929, enquanto Nossa Senhora pedia formalmente a consagração da Rússia à Irmã Lúcia, os soviéticos promoviam uma nova onda de perseguição religiosa. Eles destruíram igrejas, confiscaram propriedades da Igreja e suprimiram a prática religiosa. Quase todo o clero, além de inúmeros leigos, foi executado ou enviado a campos de concentração, forçando o cristianismo a se esconder.
Entre 1932 e 1934, a Ucrânia enfrentou uma fome artificial, conhecida como Holodomor, que matou entre 7 e 8 milhões de pessoas. Durante os piores anos, cerca de 30 mil ucranianos morriam de fome diariamente, enquanto Stálin negava a crise e exportava grãos para outros países. Esse modus operandi de terror — que incluía fome orquestrada, campos de concentração, deportações e massacres — tornou-se marca registrada dos regimes comunistas ateus ao longo do século XX.
Jacinta, a mais jovem dos pastorinhos de Fátima, talvez tenha visto o horror do Holodomor em suas visões proféticas, quando disse à Lúcia:
“Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre em uma Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com Ele?” (Memórias da Irmã Lúcia, p. 127).
Essas visões reforçam os impactos devastadores dos erros da Rússia e a profecia de Nossa Senhora, confirmando a urgência das advertências não atendidas.
Advertências de Nossa Senhora: erros da Rússia espalhados pelo mundo
O maior erro da Rússia foi a criação do moderno Estado marxista-comunista ateu, responsável por ataques à moralidade, à ordem natural da sociedade e à Igreja. Esse espírito revolucionário, de natureza diabólica, espalhou-se pelo mundo como uma doença. Países do bloco oriental e outras nações adotaram esses ideais, até que mais da metade do planeta passou a ser governada por ditadores comunistas.
Os números revelam a brutalidade sem precedentes do comunismo. Segundo O Livro Negro do Comunismo, os regimes comunistas ateus foram responsáveis por 94 milhões de mortes no século XX, superando os números combinados das duas Guerras Mundiais:
- República Popular da China: 65 milhões
- União Soviética: 20 milhões
- Camboja: 2 milhões
- Coreia do Norte: 2 milhões
- Etiópia: 1,7 milhão
- Afeganistão: 1,5 milhão
- Bloco Oriental: 1 milhão
- Vietnã: 1 milhão
- América Latina: 150 mil
- Movimento comunista internacional e partidos comunistas fora do poder: 10 mil
Além das mortes, os regimes comunistas atacaram diretamente a fé cristã, promoveram imoralidade e institucionalizaram o ateísmo. A destruição espiritual afastou milhões de almas de Deus, agravando ainda mais as consequências dos erros da Rússia e a profecia de Nossa Senhora.
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