Apresentação do Senhor, Festa
Antífona de entrada
Vel:
Ecce advénit dominátor Dóminus: et regnum in manu eius, et potéstas, et impérium. Ps. 1. Deus, iudícium tuum regi da: et iustítiam tuam fílio regis. 2. Reges Tharsis et ínsulae múnera ófferent: reges Arabum et Saba dona addúcent. 3. Et adorábunt eum omnes reges terrae: omnes gentes sérvient ei. (Cf. Mal. 3, 1; I Chron. 29, 12; ℣. Ps. 71, 1. 10. 11)
Vernáculo:
Recebemos, Senhor, vossa misericórdia no meio do vosso templo. Como vosso nome, ó Deus, assim vosso louvor ressoa até os confins da terra; vossa destra está cheia de justiça. (Cf. MR: Sl 47, 10-11) Sl. Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora. (Cf. LH: Sl 47, 2)
Ou:
Eis que vem o Senhor dos senhores, em suas mãos, o reino, o poder e o império. Sl. 1. Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! 2. Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. 3. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo. (Cf. MR: Ml 3, 1; 1Cr 29, 12; ℣. Cf. LH: Sl 71, 1. 10. 11)
Glória
Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.
Coleta
Deus eterno e todo-poderoso, humildemente vos suplicamos: assim como o vosso Filho único, revestido da natureza humana, foi hoje apresentado no templo, fazei que, também nós, possamos nos apresentar diante de vós com os corações purificados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — Ml 3, 1-4
Leitura da Profecia de Malaquias
Assim diz o Senhor: 1Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer?
Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. 4Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 23(24), 7. 8. 9. 10 (R. 10b)
℟. O Rei da glória é o Senhor onipotente!
— “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!” ℟.
— Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” “É o Senhor, o valoroso, o onipotente, o Senhor, o poderoso nas batalhas!” ℟.
— “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!” ℟.
— Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” “O Rei da glória é o Senhor onipotente, o Rei da glória é o Senhor Deus do universo”. ℟.
Segunda Leitura — Hb 2, 14-18
Leitura da Carta aos Hebreus
Irmãos:14Visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, para assim destruir, com a sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, 15e libertar os que, por medo da morte, estavam a vida toda sujeitos à escravidão. 16Pois, afinal, não veio ocupar-se com os anjos, mas com a descendência de Abraão.
17Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo. 18Pois, tendo ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
℣. Sois a luz que brilhará para os gentios, e para a glória de Israel, o vosso povo. (Lc 2, 32) ℟.
Evangelho — Lc 2, 22-40
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas
℟. Glória a vós, Senhor.
Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.
24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.
36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Creio
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.
Antífona do Ofertório
Diffúsa est grátia in lábiis tuis: proptérea benedíxit te Deus in aetérnum, et in saéculum saéculi. (Ps. 44, 3)
Vernáculo:
Vossos lábios espalham a graça, o encanto, porque Deus, para sempre, vos deu sua bênção. (Cf. LH: Sl 44, 3bc)
Sobre as Oferendas
Senhor, quisestes que o vosso Filho Unigênito se oferecesse a vós como Cordeiro sem mancha pela vida do mundo, fazei que vos seja agradável a oblação da vossa Igreja em festa. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Vernáculo:
Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. (Cf. Bíblia CNBB: Lc 2, 26)
Depois da Comunhão
Por este sacramento que recebemos, Senhor, completai em nós a obra da vossa graça; como correspondestes à esperança de Simeão, não consentindo que morresse antes de acolher o Cristo, concedei também a nós que, caminhando ao encontro do Senhor, alcancemos a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 02/02/2025
Jesus e Maria se oferecem por nós
Nossa Senhora renova o seu “faça-se” e coloca uma vez mais a sua vida nas mãos de Deus. Jesus foi apresentado ao seu Pai pelas mãos de Maria.
Caríssimos irmãos e irmãs, neste domingo a liturgia da Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor. E para comentar o Evangelho de hoje, apenas vou trazer aqui o valoroso texto de Dom Anselmo Chagas de Paiva, OSB, do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro.
Quarenta dias após o nascimento de Cristo, a Sagrada Família dirigiu-se ao Templo de Jerusalém para que a Virgem Imaculada fosse purificada, segundo as prescrições da Lei, e o Menino Jesus fosse entregue e consagrado a Deus. A festa que celebramos neste domingo, ainda imbuída do espírito de Natal, é a encenação da apresentação de Jesus ao Senhor Deus, conforme prescrevia a lei judaica para os primogênitos masculinos (cf. Ex 13,11-16).
A apresentação da criança ao santuário era facultativa; quem o faz, dá prova de ser judeu piedoso. A apresentação, no caso de Jesus, se realizou no quadragésimo dia, coincidindo com o sacrifício da purificação da mãe, igualmente uma instituição antiga (cf. Lv 12,1-8).
O sacrifício era um cordeiro de um ano e um par de rola ou pombinho em sacrifício pelo pecado, conceito mítico da impureza sexual. No caso de pessoas pobres podia ser substituído por um par de rolas ou pombinhos. É o que Maria ofereceu. Maria e José chegaram ao Templo dispostos a cumprir fielmente o que estava estabelecido na Lei. Apresentaram como resgate simbólico a oferenda dos pobres: duas pombas. São Lucas esclarece que Maria e José oferecem o sacrifício dos pobres (cf. 2,24), para evidenciar que Jesus nasceu em uma família de pessoas simples, humildes, mas fiéis: uma família pertencente àqueles pobres de Israel que formam o verdadeiro povo de Deus.
O texto do Evangelho nos revela o mistério do Filho de Maria, que veio ao mundo para cumprir fielmente a vontade do Pai. Simeão apresenta Jesus como “luz para iluminar as nações” (Lc 2,32) e anuncia com palavra profética a sua oferta suprema a Deus e a sua vitória final (cf. Lc 2,32-35).
E a liturgia desta festa quer manifestar, com efeito, que a vida do cristão é como uma oferenda ao Senhor, trazida na procissão das velas acesas que se consomem pouco a pouco, enquanto iluminam. Cristo é profetizado como a Luz que tira da escuridão o mundo mergulhado nas trevas. A luz, na linguagem corrente, é símbolo da vida: “dar à luz”, “ver a luz pela primeira vez” expressões ligadas ao nascimento. As trevas, pelo contrário, indicam a solidão, desorientação, erro… Cristo é a Vida do mundo e dos homens, Luz que ilumina todos os povos.
A liturgia evoca fortemente a idéia da purificação, não tanto a partir da purificação de Maria – uma lei do Antigo Testamento, que já perdeu sua atualidade – mas antes, a partir do texto de Ml 3,1-4, que descreve o efeito purificador da visita de Javé a seu templo.
Nossa Senhora preparou o seu coração, como só ela o podia fazer, para apresentar o seu Filho a Deus e oferecer-se ela mesma com ele. Ao fazê-lo, renova o seu “faça-se” e coloca uma vez mais a sua vida nas mãos de Deus. Jesus foi apresentado ao seu Pai pelas mãos de Maria.
No texto do evangelho vemos também que o velho Simeão, depois de se referir ao Menino, se dirigiu inesperadamente a Maria, vinculando de certo modo a profecia relativa ao Filho com outra que se relacionava com a mãe: “Uma espada atravessará a tua alma” (v. 35). Com estas palavras do ancião, o nosso olhar desloca-se do Filho para Mãe. É admirável o mistério deste vínculo pelo qual ela se uniu a Cristo. Com estas palavras dirigidas à Virgem Maria, anunciava que ela estaria intimamente unida à obra redentora do seu Filho. A “salvação” que Jesus traz ao seu povo, e que encarna em si mesmo, passa pela Cruz, através da morte violenta que Ele vencerá e transformará com a oblação da vida por amor.
O texto apresenta o velho Simeão como um homem “justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel” (v. 25). As palavras e os gestos de Simeão são particularmente sugestivos. Ele toma Jesus nos braços e O apresenta ao mundo como “a salvação” que Deus quer oferecer “a todos os povos”, “luz para se revelar às nações e glória de Israel” (v. 28-32). Jesus é, assim, reconhecido pelo Israel fiel como esse Messias, o Salvador, a quem Deus enviou, não só ao seu povo, mas a todos os povos da terra.
Em concomitância com esta festa litúrgica, o Papa São João Paulo II, a partir de 1997, quis que fosse celebrada em toda a Igreja um dia especial da Vida Consagrada. Como de fato, a oblação do Filho de Deus, simbolizada pela sua apresentação no Templo, é modelo para todo homem e mulher que consagra toda a sua vida ao Senhor. Tríplice é o objetivo deste dia: sobretudo louvar e agradecer ao Senhor pelo dom da vida consagrada; em segundo lugar, promover o conhecimento e a estima pela Vida Consagrada por parte de todo o Povo de Deus; e convidar os que dedicaram plenamente a própria vida à causa do Evangelho a celebrar as maravilhas que o Senhor realizou em cada consagrado (Cf. BENTO PP XVI, Homilia para o dia mundial da vida consagrada, aos 02 de fevereiro de 2010).
As pessoas consagradas a Deus pelos conselhos evangélicos são chamadas a dar um testemunho profético ligado a uma dupla atitude contemplativa e ativa. Neste contexto, a vida consagrada é no mundo e na Igreja sinal visível da face de Deus e um testemunho alegre e árduo da busca assídua e sábia da vontade divina.
A vida consagrada nasce do acolhimento da Palavra de Deus e do Evangelho como sua norma de vida. Vivendo sob as pegadas de Jesus casto, pobre e obediente é de tal modo uma exigência vivente da Palavra de Deus, sendo, no mundo, um testemunho cristão luminoso e coerente. É preciso que os consagrados sejam luz e conforto para cada pessoa, velas acesas que ardem com o próprio amor de Cristo, luz que ilumina as sombras do mundo e que profeticamente anuncia a aurora de uma nova realidade. Possamos pedir em oração neste dia por todos os consagrados, especialmente os sacerdotes, para que possam continuar sendo no mundo o bom odor de Cristo.
A celebração da Apresentação do Senhor nos impulsiona também a imitar a humildade de Virgem Maria, lembrando que a humildade é o caminho que leva à paz duradoura e nos aproxima de Deus. E no âmbito dessa festa que hoje estamos celebrando, fica também um ensinamento aos pais, para que saibam ensinar os filhos a seguir o Senhor, mostrando o caminho em que devem andar e que possam, assim como fez Maria e José, apresentar os seus filhos na casa do Senhor, para que possam estar sob os cuidados do Senhor, que a todo momento nos chama a uma vida nova, tendo como base a fé e a santidade. Assim seja, amém.
Anselmo Chagas de Paiva, OSBMosteiro de São Bento/RJ
Neste domingo, por ser dia 2 de fevereiro, celebramos a Festa da Apresentação do Senhor, em cujo Evangelho temos acesso à revelação luminosa de Simeão, que, já idoso, ao tomar nos braços o Menino Jesus, encontrou mais do que esperava. Por muito tempo, ele aguardou a vinda do Messias, que viria para libertar o povo de Israel, mas recebeu o próprio Deus encarnado, que veio salvar todos os povos.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo, 2 de fevereiro, e medite sobre o belíssimo episódio da Apresentação do Senhor.
Santo do dia 02/02/2025
Apresentação do Senhor (Festa)
Data: 02 de Fevereiro
A festa de hoje, cuja origem remonta ao século IV, era chamada Purificação de Nossa Senhora, lembrando o cumprimento da lei, conforme descrição do segundo capítulo de são Lucas. Quarenta dias após o nascimento Jesus foi levado ao Templo para se cumprir a lei a respeito dos primogênitos e a respeito da purificação da mãe. A reforma litúrgica de 1960, querendo dar o verdadeiro sentido ao acontecimento de origem, que é a oferta de Jesus ao Pai, símbolo do sacrifício da cruz, deu o nome de Apresentação do Senhor. Nem Jesus, nem Maria estavam sujeitos a essa lei, pois eram sem pecado, mas quiseram dar-nos exemplo de submissão às autoridades. É comovente lição de humildade, juntamente com a de pobreza demonstrada no presépio.
O encontro do Senhor com o profeta Simeão e a profetisa Ana no Templo ressalta o caráter sacrifical da celebração e a comunhão pessoal de Maria com a morte de Jesus na cruz. Simeão profetizou a respeito de Maria: "Uma espada traspassará tua alma". Maria, por causa da sua íntima união com a pessoa de Cristo, foi associada ao sacrifício do Filho. O imperador Justiniano decretara feriado para todo o império do Oriente nesse dia.
Roma adotou a festividade na metade do século VII. O papa Sérgio I instituiu a mais antiga das procissões penitenciais de Roma, Partia da igreja de santo Adriano e chegava até a igreja de santa Maria Maior. O rito da bênção das velas se inspirava nas palavras do velho Simeão: "Meus olhos viram a tua Salvação que preparaste diante de todos os povos, como luz para iluminar as Nações". Data de Beda, o Venerável, a notícia que esta procissão opunha-se à procissão dos Lupercalia dos romanos e era destinada à reparação das extravagâncias que se faziam em tais circunstâncias.
Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.