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Antífona de entrada

No meio da Igreja o Senhor abriu os seus lábios, encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu com um manto de glória, aleluia. (Cf. Eclo 15, 5)
In médio Ecclésiae apéruit os eius: et implévit eum Dóminus spíritu sapiéntiae, et intelléctus: stolam glóriae índuit eum. Allelúia, allelúia. Ps. Bonum est confitéri Dómino: et psállere nómini tuo, Altíssime. (Sir. 15, 5; Ps. 91)
Vernáculo:
No meio da Igreja o Senhor abriu os seus lábios, encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu com um manto de glória, aleluia. (Cf. MR: Eclo 15, 5) Sl. Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus altíssimo. (Cf. LH: Sl 91)

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, que nos destes no bispo Santo Atanásio um exímio defensor da divindade do vosso Filho, concedei-nos benigno que, alegrando-nos com sua doutrina e proteção, possamos conhecer-vos sempre melhor e vos amar cada vez mais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (At 15, 7-21)


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, 7depois de longa discussão, Pedro levantou-se e falou aos apóstolos e anciãos: “Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu, do vosso meio, para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra do Evangelho e acreditassem. 8Ora, Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo como o deu a nós. 9E não fez nenhuma distinção entre nós e eles, purificando o coração deles mediante a fé. 10Então, por que vós agora colocais Deus à prova, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais e nem nós mesmos tivemos força para suportar? 11Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos ser salvos, exatamente como eles”.

12Houve então um grande silêncio em toda a assembleia. Depois disso, ouviram Barnabé e Paulo contar todos os sinais e prodígios que Deus havia realizado, por meio deles, entre os pagãos. 13Quando Barnabé e Paulo terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: “Irmãos, ouvi-me: 14Simão acaba de nos lembrar como, desde o começo, Deus se dignou tomar homens das nações pagãs para formar um povo dedicado ao seu Nome. 15Isso concorda com as palavras dos profetas, pois está escrito: 16ʽDepois disso, eu voltarei e reconstruirei a tenda de Davi que havia caído; reconstruirei as ruínas que ficaram e a reerguerei, 17a fim de que o resto dos homens procure o Senhor com todas as nações que foram consagradas ao meu Nome. É o que diz o Senhor, que fez estas coisas, 18conhecidas há muito tempo’.

19Por isso, sou do parecer que devemos parar de importunar os pagãos que se convertem a Deus. 20Vamos somente prescrever que eles evitem o que está contaminado pelos ídolos, as uniões ilegítimas, comer carne de animal sufocado e o uso do sangue. 21Com efeito, desde os tempos antigos, em cada cidade, Moisés tem os seus pregadores, que o leem todos os sábados nas sinagogas”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 95)


℟. Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! ℟.

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! ℟.

— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável pois os povos ele julga com justiça. ℟.


https://youtu.be/n-APE7xNP5Y
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar. (Jo 10, 27) ℟.

Evangelho (Jo 15, 9-11)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Invéni David servum meum: óleo sancto unxi eum: manus enim mea auxiliábitur ei, et bráchium meum confortábit eum. Allelúia. (Ps. 88, 21. 22)


Vernáculo:
Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele minha mão onipotente, e meu braço poderoso há de ser a sua força. (Cf. LH: Sl 88, 21. 22)

Sobre as Oferendas

Olhai, Senhor, os dons que vos apresentamos na comemoração de Santo Atanásio; concedei àqueles que professam a fé autêntica chegarem à salvação pelo testemunho da verdade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Ninguém pode pôr outro alicerce diferente do que está aí, já posto: Jesus Cristo, aleluia. (1Cor 3, 11)
Quod dico vobis in ténebris, dícite in lúmine, dicit Dóminus: et quod in aure audítis, praedicáte super tecta. Allelúia. (Mt. 10, 27; ℣. Ps. 125, 1. 2ab. 2cd. 3. 4. 5. 6ab. 6cd)
Vernáculo:
O que vos digo no escuro, dizei-o à luz do dia; o que vos é sussurrado ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados! Aleluia. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 10, 27)

Depois da Comunhão

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que a verdadeira divindade do vosso Filho, que professamos firmemente com Santo Atanásio, nos vivifique e nos proteja pela recepção deste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 02/05/2024
Se Deus ama a Cristo, por que o entregou à morte?

Deus Pai decretou que seu Cristo padecesse pela salvação dos homens e o entregou de fato às mãos de seus inimigos. E neste mesmo decreto, que para nós pode parecer uma iniquidade, manifesta o Pai a imensidão do seu amor, não apenas por nós, mas acima de tudo por seu Filho querido.

Após falar aos discípulos da necessidade de estarmos unidos a Ele para termos vida, por ser Ele a videira e nós, os ramos, Nosso Senhor Jesus Cristo pronuncia hoje uma de suas falas mais sentidas do Evangelho, e também uma das mais misteriosas, se a lermos à luz do que acontecerá poucas horas depois do fim deste discurso no Cenáculo, lá em cima no monte Calvário: “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei”. Ora, sabemos que Cristo, por ser o Filho natural de Deus, é amado pelo Pai desde toda a eternidade, com aquele amor infinito que é o Espírito Santo. Mas como entender que, sendo Ele o Filho amado, em quem Deus pôs toda a sua complacência, o Pai o tenha entregado à morte? Como harmonizar aquele: “Como o Pai me amou”, que Cristo pronuncia momentos antes de padecer, com o decreto eterno, iníquo e cruel à primeira vista, com que o mesmo o Pai o quis entregar a seus inimigos? Não há dúvida, por certo, de que Deus é “Deus de lealdade, não de iniquidade” (Dt 32, 4), e por isso não podemos dizer que tenha sido nem injusto nem cruel por parte dele entregar Nosso Senhor à morte, senão que, ao contrário, nisto mesmo se manifesta o imenso amor que o Pai lhe devota e com que o Filho lhe corresponde: o Pai ama ao Filho escolhendo-o para a mais alta missão que jamais houve — redimir o gênero humano —, e o Filho ama ao Pai obedecendo-lhe em tudo, até a morte na cruz. Ao entregar, pois, seu Filho à morte, o Pai expressa ao mesmo tempo (a) a sua severidade (cf. Rm 11, 22), por não ter querido perdoar-nos sem a devida satisfação, e por isso “não poupou seu próprio Filho” (Rm 8, 32), e também (b) a sua bondade (cf. Rm 11, 22), por ter proporcionado aos homens quem os pudesse redimir, e por isso “o entregou por todos nós” (Rm 8, 32). E, apesar dos horrores do Calvário, o Pai não deixou de predestinar Cristo a uma glória sem comparação, permitindo que Ele, uma vez rebaixado sob as nossas mãos, fosse mais tarde exaltado acima de todos (cf. Fp 2, 9). Assim, por ter-se entregado à morte, mereceu Ele ser ressuscitado, como primícias dentre os mortos (cf. 1Cor 15, 20); por ter descido aos infernos, enquanto seu corpo jazia no sepulcro, mereceu ascender aos céus (cf. Ef 4, 9-10); por ter sido humilhado e confundido, mereceu sentar-se à direita do Pai, como glória e majestade; e por ter-se submetido ao poder dos homens, mereceu o direito de os julgar a todos. Foi assim “como o Pai me amou”, inspirando-me o desejo de por todos sofrer e morrer, a fim de a todos salvar, destruída de uma vez para sempre o poder da morte. E é assim que o Filho, escolhido com amor pelo Pai, hoje nos escolhe com o mesmo amor: “Assim também eu vos amei”, para que saibamos que a nossa vida é luta, é muitas vezes padecer e, a olhos humanos, ser derrotado vergonhosamente; mas é uma vida que, se combatida com fé, é já uma vitória, porque Ele mesmo já reina, vivo e triunfante no céu: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33).

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 02/05/2024

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Santo Atanásio, Bispo e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Alexandria, Egito
Data: 02 de Maio† 373


Atanásio, nascido em Alexandria em 295, é a figura mais dramática e desconcertante da galeria dos Padres da Igreja.
Obstinado defensor da ortodoxia durante a grande crise ariana, imediatamente após o concílio de Niceia, pagou a sua heroica resistência à difundida heresia com cinco exílios que lhe foram impostos pelos imperadores Constantino, Constâncio, Juliano e Valente. Ário, sacerdote proveniente da própria Igreja de Alexandria, negando a igualdade substancial entre o Pai e o Filho, ameaçava ruir as estruturas do cristianismo. De fato, se Cristo não é o Filho de Deus, a que se reduz a redenção da humanidade?

Em mundo que despertou de improviso ariano, segundo a célebre frase de são Jerônimo, ficava ainda em pé grande lutador, elevado aos trinta e três anos à sede episcopal de Alexandria. Tinha a fibra do lutador e quando era preciso dar combate aos adversários era o primeiro a partir com a lança apontada: “Eu me alegro em ter de me defender”, escreveu na Apologia de sua fuga. Atanásio tinha coragem de sobra, mas sabendo com quem havia de lidar (entre tantas acusações feitas pelos seus inimigos houve a de ter assassinado o bispo Arsênio, que depois apareceu muito vivo!), não esperava que viessem manietá-lo. Às vezes suas fugas foram sensacionais. Ele mesmo fala delas com muito orgulho.

Passou os dois últimos exílios no deserto, junto com seus amigos monges, estes simpáticos anárquicos da vida cristã, que embora fujam das normais estruturas das organizações sociais e eclesiásticas, se dão bem na companhia de bispo autoritário e intransigente como Atanásio. Para eles o batalhador bispo de Alexandria escreveu grande obra, "A História dos arianos", dedicada aos monges, da qual possuímos apenas algumas páginas, porém, suficientes para nos revelarem o temperamento de Atanásio: está consciente de falar com homens que não entendem metáforas e por isso com ele pão é pão e pedra é pedra; rebaixa o imperador chamando-o por apelidos irreverentes e caçoa dos adversários, mas fala com calor e entusiasmo das verdades que os impulsionam para arrancar os fiéis das garras dos falsos pastores.

Durante as numerosas e involuntárias peregrinações esteve também no Ocidente, em Roma e em Tréveros, onde fez conhecer a vida monacal do Egito, como estado de vida organizado de modo todo original no deserto, apresentando o monge ideal, na sugestiva figura de anacoreta, santo Antão, cuja célebre vida escrita por ele, pode ser considerada manifesto da vida monástica.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Atanásio, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil