Santo Antônio de Pádua, Presbítero e Doutor da Igreja, Memória
Antífona de entrada
Ou:
O justo tem nos lábios o que é sábio, sua língua tem palavras de justiça; traz a aliança do seu Deus no coração. (Cf. SI 36, 30-31)
Vernáculo:
O justo tem nos lábios o que é sábio, sua língua tem palavras de justiça; traz a aliança do seu Deus no coração. (Cf. MR: Sl 36, 30-31). Sl. Não te irrites com as obras dos malvados nem invejes as pessoas desonestas. (Cf. LH: Sl 36, 1)
Coleta
Deus eterno e todo-poderoso, que destes ao vosso povo Santo Antônio como insigne pregador e intercessor nas necessidades, concedei, por seu auxílio, que, seguindo os ensinamentos da vida cristã, Sintamos a vossa ajuda em todas as adversidades. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — 2Cor 4, 7-15
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos, 7trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós.
8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós. 13Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 115(116B), 10-11. 15-16. 17-18 (R. 17a)
℟. Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
— Guardei a minha fé, mesmo dizendo:"É demais o sofrimento em minha vida!"Confiei, quando dizia na aflição:"Todo homem é mentiroso! Todo homem!" ℟.
— É sentida por demais pelo Senhora morte de seus santos, seus amigos.Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, vosso servo que nasceu de vossa serva; mas me quebrastes os grilhões da escravidão! ℟.
— Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor.Vou cumprir minhas promessas ao Senhorna presença de seu povo reunido. ℟.
℣. Como astros no mundo brilheis, pregando a Palavra da vida! (Fl 2, 15d. 16a) ℟.
Evangelho — Mt 5, 27-32
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.
30Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno.
31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)
Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)
Sobre as Oferendas
Ó Deus, possa agradar-vos o sacrifício oferecido com alegria na festa de Santo Antônio; fazei que, por sua exortação, também nós nos entreguemos totalmente ao vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Quem medita dia e noite na lei do Senhor dará seu fruto no devido tempo. (Cf. SI 1, 2-3)
Vernáculo:
Feliz o servo que o Senhor, ao chegar, encontrar acordado; em verdade vos digo: Ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. (Cf. MR: Cf. Mt 24, 46-47)
Depois da Comunhão
Senhor, instruí pelo Cristo Mestre aqueles que alimentais com o Cristo, pão da vida, para que, na celebração da festa de São N., aprendam a vossa verdade e a realizem pela caridade.Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 13/06/2025
Castidade, um convite a amar
A castidade cristã, com suas alegrias e dificuldades, é um convite a vencermos o egoísmo e amarmos com a pureza de Cristo, Nosso Senhor, Rei e Esposo!
O Evangelho de hoje nos apresenta uma das conhecidas antinomias que, ao longo de todo o Sermão da Montanha, Jesus estabelece entre "o que foi dito", por um lado, e "o que Ele nos diz", por outro. E o tema de que trata a leitura desta sexta-feira é a castidade cristã: se a lei antiga proibia o adultério, a nova lei do amor, indo além dos meros preceitos legais, veda inclusive o olhar luxurioso. Assim o Senhor, ao mesmo tempo que nos indica o caminho da castidade, nos dá uma norma de vida que, ao contrário do que à primeira vista possa parecer, é verdadeiramente libertadora. Pois não há maneira mais eficaz de livrar-se do pecado, abrindo-se deste modo a um vida de plena liberdade, do que matá-lo antes que cresça; e isso, no campo da sexualidade, em que somos tão suscetíveis às mais leves insinuações, mostra todo o peso de sua verdade. Com efeito, quem quer viver a pureza cristã, tratando o próprio corpo como templo do Espírito Santo, deve tomar o cuidado de guardar bem a vista, para que ela não se desvie do fim que Deus lhe impôs: contemplar com simplicidade as realidades criadas, nelas reconhecendo a beleza e a sabedoria de seu Criador. Roguemos, pois, a Cristo, Nosso Senhor, que nos conceda a graça de vivermos a pureza de vida e olhar que Ele tão perfeitamente viveu, a fim de podermos amar como Ele amou, com entrega generosa, com fidelidade inquebrantável, com um coração que só pensa no bem do amado. Rezemos também de modo especial por todos os casais, cuja vida matrimonial é incessantemente atacada, sobretudo nestes tempos de crise, por aquele que odeia a família humana desde o princípio.
Deus abençoe você!
Santo do dia 13/06/2025
Santo Antônio de Pádua, Presbítero e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Pádua, Itália
Data: 13 de Junho † 1231
Francisco de Assis, que encontrou o jovem frei Antônio por ocasião do capítulo geral, ocorrido no Pentecostes de 1221, chamava-o confidencialmente de “o meu bispo”. Antônio, cujo nome de registro é Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, nasceu em Lisboa em 1195. Entrou aos quinze anos no colégio dos cônegos regulares de santo Agostinho. Em apenas nove meses aprofundou tanto o estudo da Sagrada Escritura que foi chamado mais tarde por Gregório IX “Arca do Testamento”. Uniu à cultura teológica a filosófica e a científica, muito vivas pela influência da filosofia árabe. Cinco franciscanos tinham sido martirizados no Marrocos, onde tinham ido para evangelizar os infiéis; Fernando viu seus ataúdes transportados para Portugal em 1220, e decidiu seguir-lhes os passos, entrando na Ordem dos frades mendicantes de Coimbra, com o nome de Antônio Olivares.
Durante a viagem para Marrocos, onde pôde ficar apenas alguns dias por causa de sua hidropisia, um acidente arrastou a embarcação para as costas sicilianas. Morou alguns meses em Messina, no convento dos franciscanos, cujo prior o levou consigo a Assis para o Capítulo geral. Aqui Antônio conheceu pessoalmente “o trovador de Deus”, Francisco de Assis. Foi designado para a província franciscana da Romagna e viveu a vida eremítica num convento perto de Forli. Incumbido das humildes funções de cozinheiro, frei Antônio viveu na obscuridade até que os seus superiores, percebendo seus extraordinários dons de pregador, enviaram-no pela Itália setentrional e pela França a fim de pregar nos lugares onde a heresia dos albigenses era mais forte.
Antônio teve finalmente uma morada fixa no convento de Arcella, a um quilômetro dos muros de Pádua. Daí saía para pregar aonde quer que fosse chamado. Em 1231, o ano em que sua pregação atingiu o vértice de intensidade e se caracterizou por conteúdos sociais, Antônio foi atingido por uma doença inesperada e foi transportado do convento de Camposampiero a Pádua num carro de feno. Morreu em Arcella a 13 de junho de 1231. “O santo” por antonomásia, como era chamado em Pádua, foi canonizado no Pentecostes de 1232, apenas um ano após a morte, apoiado por uma popularidade que sempre cresceria de época em época.
Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.
Santo Antônio de Pádua, rogai por nós!