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9º Domingo do Tempo Comum

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Antífona de entrada

Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão, porque sou pobre e estou sozinho. Considerai minha miséria e sofrimento e concedei vosso perdão aos meus pecados. (Cf. Sl 24, 16. 18)
Respice in me, et miserére mei, Dómine: quóniam únicus et pauper sum ego: vide humilitátem meam, et labórem meum: et dimítte ómnia peccáta mea, Deus meus. Ps. Ad te Dómine levávi ánimam meam: Deus meus, in te confído, non erubéscam. (Ps. 24, 16. 18 et 1-2)
Vernáculo:
Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão, porque sou pobre e estou sozinho. Considerai minha miséria e sofrimento e concedei vosso perdão aos meus pecados.(Cf. MR: Sl 24, 16. 18) Sl. Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma, em vós confio: que eu não seja envergonhado. (Cf. LH: Sl 24, 1-2)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos pedimos humildemente: afastai de nós o que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Dt 5, 12-15)


Leitura do Livro do Deuteronômio


Assim fala o Senhor: 12“Guarda o dia de sábado, para o santificares, como o Senhor teu Deus te mandou. 13Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras. 14O sétimo dia é o do sábado, o dia do descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu boi, nem teu jumento, nem algum de teus animais, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades, para que assim teu escravo e tua escrava repousem da mesma forma que tu. 15Lembra-te de que foste escravo no Egito e que de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus te mandou guardar o sábado”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 80)


℟. Exultai no Senhor, a nossa força!


— Cantai salmos, tocai tamborim, harpa e lira suaves tocai! Na lua nova soai a trombeta, na lua cheia, na festa solene! ℟.

— Porque isto é costume em Jacó, um preceito do Deus de Israel; uma lei que foi dada a José, quando o povo saiu do Egito. ℟.

— Eis que ouço uma voz que não conheço: Aliviei as tuas costas de seu fardo, cestos pesados eu tirei de tuas mãos. Na angústia a mim clamaste, e te salvei. ℟.

— Em teu meio não exista um deus estranho nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei. ℟.


https://youtu.be/COTldiIPkG0

Segunda Leitura (2Cor 4, 6-11)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos, 6Deus que disse: “Do meio das trevas brilhe a luz”, é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para tornar claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo. 7Ora, trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vossa Palavra é a verdade; santificai-nos na verdade. (cf. Jo 17, 17b.a) ℟.

Evangelho (Mc 2, 23-3, 6)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?” 25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”. 27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

3, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Sperent in te omnes, qui novérunt nomen tuum, Dómine: quóniam non derelínquis quaeréntes te: psállite Dómino, qui hábitat in Sion: quóniam non est oblítus oratiónem páuperum. (Ps. 9, 11. 12. 13)


Vernáculo:
Quem conhece o vosso nome, em vós espera, porque nunca abandonais quem vos procura. Cantai hinos ao Senhor Deus de Sião, celebrai seus grandes feitos entre os povos! Pois não esquece o clamor dos infelizes, deles se lembra e pede conta do seu sangue. (Cf. LH: Sl 9, 11. 12. 13)

Sobre as Oferendas

Senhor, confiantes em vosso amor de Pai, acorremos com nossos dons ao santo altar. Concedei-nos que, ao celebrarmos os vossos mistérios, sejamos purificados por vossa graça santificadora. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! (Cf. Sl 16, 6)

Ou:


Em verdade vos digo, tudo o que pedirdes em oração acreditai que já o recebestes, e assim será, diz o Senhor. (Mc 11, 23. 24)
Ego clamávi, quóniam exaudísti me Deus: inclína aurem tuam, et exáudi verba mea. (Ps. 16, 6; ℣. Ps. 16, 1ab. 2. 5. 7. 8-9a. 15)

Vel:


Amen dico vobis, quidquid orántes pétitis, crédite quia accipiétis, et fiet vobis. (Mc. 11, 24; ℣. Ps. 60, 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9)
Vernáculo:
Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! (Cf. MR: Sl 16, 6)

Ou:


Em verdade vos digo, tudo o que pedirdes em oração acreditai que já o recebestes, e assim será, diz o Senhor. (Cf. MR: Mc 11, 23. 24)

Depois da Comunhão

Governai, Senhor, pelo vosso Espírito os que alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho. Dai-nos proclamar a nossa fé não somente em palavras, mas também pela verdade das nossas ações, para que mereçamos entrar no reino dos céus. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 02/06/2024


Santificar as festas


“O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”. (Mc 2, 27-28)


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 9º Domingo do tempo comum neste Ano B. Dentre os temas que a liturgia nos sugere para o dia de hoje, gostaria de falar sobre a santificação das festas.


1. Feriados cristãos


Como lemos na Primeira Leitura da Missa, foi o próprio Deus quem instituiu as festas do Povo Eleito e exortou ao cumprimento do preceito: “Guarda o dia de sábado, para o santificares, como o Senhor teu Deus te mandou. Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras. O sétimo dia é o do sábado, o dia do descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum...” (Deuteronômio 5,12-14).


Além do sábado, havia outras festas ou feriados importantes entre os judeus: a Páscoa, o Pentecostes, a festa dos Tabernáculos, em que se renovavam a Aliança e se dava graças a Deus pelos benefícios recebidos.


Depois de seis dias de trabalho o sábado era reservado a Deus, Senhor do tempo, em reconhecimento do seu poder, sua soberania sobre todas as coisas. A observância do descanso sabático foi um dos sinais que distinguiu o povo judeu dos pagãos.


No tempo do Senhor, foram introduzidos muitos abusos rigoristas que foram motivos de conflito entre os fariseus e Jesus.


Além disso, universalizando a afirmação do Evangelho de hoje 2,27 “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado”, deduzimos que o homem, embora seja o fim de toda lei, não é o árbitro e, portanto, para se referir à Palavra de Deus, deve levar em conta a revelação do Filho de Deus.


“Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. Então os fariseus disseram a Jesus: ‘Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?’” Cristo lembra-lhes que as prescrições sobre o repouso sabático não tinham valor absoluto e que Ele, o Messias, é “Senhor também do sábado. Jesus revela que uma prescrição cultual não pode reivindicar precedência sobre uma necessidade não extrema do homem”, nem mesmo em um ato de caridade.


Por causa da sua relação muito próximo com o Pai, Ele é o Filho, é, portanto, o “Dono” da lei. Ou seja, Jesus afirma de “ser dono” de tudo, “até do sábado”, semelhante à de ter o poder de perdoar pecados (2,10).


Jesus Cristo respeitava o sábado e as festas e feriados judaicos, mesmo sabendo que com a sua vinda tudo isso seria abolido para ser substituído pelas festas cristãs.


São Lucas transmitiu-nos no seu Evangelho que a Sagrada Família ia todos os anos a Jerusalém para a Páscoa. Jesus também celebra esta festa todos os anos com seus discípulos. Vemos Jesus santificar a alegria das bodas de Caná com a sua presença (Jo 2,1-11), e na sua pregação recorre frequentemente a exemplos de celebrações familiares: o rei celebrando as bodas do filho (Mt 22,1-14), o banquete pela volta do filho que havia saído da casa paterna (Lc 15,23), e muitos outros. O Evangelho está impregnado de alegria festiva, sinal de que “o noivo”, o Messias, está entre os seus amigos (Mt 9,15).


O próprio Senhor quis que celebrássemos as festas, durante as quais, abandonando as ocupações habituais, possamos dedicar-nos com alegria e tranquilidade a Ele, reservar mais tempo para a família e conceder ao corpo e à alma o devido descanso. Como diz o Concílio Vaticano II, decreto Christus Dominus, 30 “A Santa Missa é o centro e o ápice de toda a vida cristã”, sem a qual tudo o mais não teria sentido; seria como um corpo sem alma: um cadáver.


DOMINGO é verdadeiramente, como diz o Salmo 117,24: “o dia feito pelo Senhor: alegremo-nos e nele exultemos”. E na Santa Missa encontramos sempre uma alegria, um gozo e uma paz inesgotáveis.


2. O dia do Senhor


A ressurreição do Senhor aconteceu “no primeiro dia da semana”, como testemunham todos os evangelistas, e na tarde desse mesmo dia apareceu aos discípulos reunidos no Cenáculo e mostrou-lhes as suas mãos e o seu lado com os sinais evidentes da Paixão (Jo 20,1).


Talvez o Senhor quisesse indicar-nos que este “primeiro dia” começava a ser uma celebração muito particular; pelo menos assim o entendiam os primeiros cristãos que, desde o início, começaram a se reunir para celebrá-lo, por isso o chamaram de “dia do Senhor, Domenica dies”, daí a origem do nome “DOMINGO”.


Os Atos dos Apóstolos e uma Carta de São Paulo contam-nos que os nossos primeiros irmãos na fé se reuniam no DOMINGO para partir o pão e para orar, e isso tem sido feito da mesma forma até hoje.


O DOMINGO deve ser uma festa muito particular e cara para nós, ainda mais tendo em vista que em muitos ambientes parece ter perdido o seu habitual significado religioso. Assim escreveu São Jerônimo: “Todos os dias são do Senhor”. Mas o domingo se chama Dia do Senhor porque depois de ressuscitar no primeiro dia da semana judaica, Ele ascendeu ao Pai e reina com Ele.


São Jerônimo disse: Os pagãos chamam-no do “dia do Sol”, aceitamos de bom grado esta expressão. Neste dia a Luz do mundo ressuscitou, o Sol da justiça brilhou.


3. Apostolado sobre a natureza das festas e do Domingo. O descanso festivo.


Diante da grande tarefa de reevangelizar o mundo, é particularmente urgente realizar um apostolado eficaz, que chegue às famílias, sobre a santificação das festas: sobre o significado do DOMINGO e a forma cristã de viver este dia.


Como disse o Papa Pio XII no seu discurso de 13 de março de 1943: “O vosso dever é fazer com que o DOMINGO volte a ser o Dia do Senhor e que a Missa seja o centro da vida cristã. DOMINGO deve ser dia de descanso em Deus, de adorar, de suplicar, de dar graças, de invocar o perdão do Senhor pelos pecados cometidos na semana passada, de implorar a graça da luz e da força espiritual para os dias da semana que começa”, que então começaremos com mais alegria e melhor disposição para realizar o trabalho com perfeição.


Não se trata apenas de dedicar genericamente tempo a Deus; na verdade, isso já está contido no primeiro mandamento. A peculiaridade do preceito reside em reservar um dia específico para o louvor e serviço do Senhor, assim como Ele deseja ser louvado e servido. Como disse São João XXIII: “Deus pode exigir do homem que dedique um dia da semana ao culto, no qual o espírito, livre das ocupações materiais, possa elevar-se e abrir-se com pensamento e amor às coisas celestiais, examinando interiormente a consciência de seus deveres e relações indispensáveis com o seu Criador”.


Irmãos e irmãs, a alegria que invadiu a Santíssima Virgem no DOMINGO da Ressurreição será também nossa se soubermos colocar o Senhor no centro da nossa vida, dedicando-Lhe as festas com particular generosidade. Que assim seja. Amém!

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | A cura da mão seca e a secura do nosso coração (9.º Domingo do Tempo Comum)

No Evangelho deste domingo, Jesus está na sinagoga, num dia de sábado, rodeado de judeus. Entre eles, há um de mão seca. Ali também estavam os mestres da Lei, e o Senhor lhes conhecia a maldade, porque eles o observavam para ver se, curando em dia de sábado um irmão doente, teriam motivo para acusá-lo de impiedade.Mas Jesus, conhecendo esses pensamentos maliciosos, não tem medo de enfrentá-los e, devolvendo a saúde à mão daquele homem, demonstra a todos, de hoje e de então, que a pior secura não é a dos nervos, mas a do coração.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo, dia 2 de junho, e estendamos hoje o nosso coração ressequido ao Senhor, em quem a antiga Lei teve pleno cumprimento, para que Ele nos coloque sob amparo da Lei da graça e do amor.


https://youtu.be/iq397ojIsis

Santo do dia 02/06/2024

São Marcelino e São Pedro, Mártires (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 02 de Junho† c. 304


Infinitas vezes na história confirmou-se o ditado: “O homem põe e Deus dispõe”, querendo significar que frequentemente Deus dispõe ao contrário do que o homem propôs. Foi o que aconteceu com os santos Marcelino e Pedro. Como que pressagiando a sua missão de transmitir a memória de inumeráveis mártires, são Dâmaso, como refere ele mesmo, recolheu ainda menino a narração do carrasco dos santos Marcelino e Pedro. O algoz referiu que havia disposto a decapitação dos dois no centro de um bosque justamente para não ficar nenhuma lembrança: ambos tiveram de limpar com as próprias mãos a pequena superfície que ia banhar-se de sangue.

Os últimos três versos dos nove de que é constituído o canto 23 do papa Dâmaso, informam que os corpos desses mártires ficaram escondidos por algum tempo, numa límpida gruta, até que, impulsionada pela devoção, Lucila, piedosa matrona, deu-lhes digna sepultura. O martírio dera-se na terceira milha da antiga via Labicana, a hodierna Casilina. Constantino aí edificou uma igreja. Tendo sido violada pelos godos, o papa Virgílio a fez restaurar e introduziu os nomes dos santos Marcelino e Pedro no próprio cânon da Missa, assegurando-lhes assim a lembrança e a devoção da parte dos fiéis.

Onde a moderna via Labicana cruza com a via Merulana (a rua que vai de São João de Latrão a Santa Maria Maior) emerge desde 1751 a basílica dos santos Marcelino e Pedro, edificada sobre alicerces que parecem remontar à segunda metade do século IV e onde se encontra talvez a morada de um dos dois santos titulares. As peripécias terrenas do presbítero Marcelino e do exorcista Pedro foram enriquecidas de elementos mais ou menos lendários por uma Paixão do século VI.

Essa Paixão narra que Pedro e Marcelino foram fechados numa prisão sob a vigilância de certo Artêmio, cuja filha Paulina estava possuída pelo demônio. Pedro exorcista garantiu a Artêmio que, se ele e a sua mulher Cândida se convertessem ao cristianismo, sua filha Paulina seria imediatamente curada. Após algum tempo de indecisão, a pequena família se converteu e dali a pouco foi também chamada a testemunhar Cristo com o martírio: a doze milhas da via Aurélia, Artêmio foi decapitado e Cândida com Paulina foram sufocadas debaixo de um monte de pedras.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Marcelino e São Pedro, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil