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Memória Facultativa

São Brás, Bispo Mártir, ou Santo Oscar, Bispo


Antífona de entrada

Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor. (Sl 105, 47)

Coleta

Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Hb 12, 4-7. 11-15)

Leitura da Carta aos Hebreus

Irmãos, 4vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado, 5e já esquecestes as palavras de encorajamento que vos foram dirigidas como a filhos: “Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te repreende; 6pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho”. 7É para a vossa educação que sofreis, e é como filhos que Deus vos trata. Pois qual é o filho a quem o pai não corrige? 11No momento mesmo, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados.12Portanto, “firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos; 13acertai os passos dos vossos pés”, para que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado. 14Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; 15cuidai para que ninguém abandone a graça de Deus. Que nenhuma raiz venenosa cresça no meio de vós, tumultuando e contaminando a comunidade.

Salmo Responsorial (Sl 102)


R. O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.


— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! R.

— Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. Porque sabe de que barro somos feitos, e se lembra de que apenas somos pó. R.

— Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme é de sempre e perdura para sempre; e também sua justiça se estende por gerações até os filhos de seus filhos, aos que guardam fielmente sua Aliança. R.


https://youtu.be/PozWITSGxuA
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Minhas ovelhas escutam minha voz; eu as conheço e elas me seguem. (Jo 10, 27) R.

Evangelho (Mc 6, 1-6)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.

Sobre as Oferendas

Para vos servir, ó Deus, depositamos nossas oferendas em vosso altar; acolhei-as com bondade, a fim de que se tornem o sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! (Sl 30, 17-18)

Ou:


Bem-aventurados os que têm coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra. (Mt 5, 3-4)

Depois da Comunhão

Renovados pelo sacramento da nossa redenção, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da salvação eterna nos faça progredir na verdadeira fé. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/02/2021
A fé em Jesus renova todas as coisas

“‘Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares’. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos” (Marcos 6,4-5).

A grande afirmação do Evangelho de hoje é justamente esta: que em Sua casa, onde Ele foi criado (Nazaré), Ele não pôde fazer milagre algum.

A impotência de fazer milagre não é de Jesus, é dos seus, de não acolherem a presença amorosa de Jesus. Porque os seus parentes pararam na sua humanidade, apenas olharam: “Ele é um parente nosso”, “Ele é da nossa família”, “Quem Ele acha que é?”, e não deram crédito a Jesus, pararam na incredulidade do coração e não se deixaram crescer na fé e na experiência com o Senhor Jesus. E nós, muitas vezes, paramos nos nossos raciocínios humanos.

Não despreze, de forma alguma, a racionalidade, porque ela é um dom de Deus, mas a racionalidade que não é iluminada nem alimentada pela fé torna-se irracional, porque ela não é gerida pela graça, não é iluminada pela fé.

Sejamos discípulos de Jesus, para que, todos os dias, toquemos no milagre da fé

Vamos nos tornando pessoas descrentes, desanimadas, vivemos a nossa fé por viver, vamos à igreja por ir. E por que? Por que já crescemos assim? Por que já fazemos parte? Não! A fé é um dom e uma graça, e todo dom e graça, precisam ser alimentados, cultivados, precisam se abrir para que Deus possa agir, porque, do contrário, também não vamos experimentar milagre algum em nossa vida. E o grande milagre da vida chama-se: fé.

Não é a fé só de acreditar que Deus existe, é a fé de acreditar que Deus pode e faz; é a fé de acreditar que eu me jogo nos braços de Deus e Ele cuida de mim. Fé de acreditar na Palavra de Jesus, que Ele é a Palavra e a Palavra d’Ele faz nova todas as coisas.

Não sejamos como os parentes de Jesus, incrédulos e, por isso, não tocaram na graça, mas sejamos discípulos de Jesus, formados na sua escola, sedentos do seu amor e da sua verdade, para que, todos os dias, toquemos no milagre da fé; e a fé opere milagres na nossa racionalidade e incredulidade.

Essa amorosidade que todos nós temos dentro do nosso próprio ser é a fé que faz novas todas as coisas. Toquemos em Jesus porque Ele quer tocar em nós.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Memória de São Brás

No dia em que a Igreja, pela intercessão de São Brás, pede a Deus a graça da saúde física para a garganta e todo o corpo, o Evangelho nos recorda que os milagres não são caprichos do céu, mas um dom especialíssimo que, quase sempre, supõe a fé e se ordena ao crescimento da fé, porque os bens desta vida só têm valor à luz da outra Vida, a única que não passa com o tempo nem se desfaz com o cair dos anos.Assista à homilia do Pe. Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 3 de fevereiro, e entenda por que, aos olhos de Deus, é preferível para o homem entrar caolho no Reino dos Céus a, tendo o corpo íntegro e são, precipitar-se no abismo do inferno.




Santo do dia 03/02/2021


Santo André de Soveral, Ambrósio Ferro e companheiros (Memória)
Local: Rio Grande do Norte, Brasil
Data: 03 de Fevereiro † 1645


São 28 os companheiros mártires leigos, homens, mulheres e crianças. Eles são conhecidos também como os Mártires do Rio Grande do Norte ou os protomártires do Brasil.

Estamos no Brasil, Colônia de Portugal do século XVII. Também a capitania do Rio Grande, atual Estado do Rio Grande do Norte, foi invadida pelos holandeses, atraídos pela produção canavieira.

No dia 16 de julho de 1645, os holandeses, que ocupavam o Nordeste do Brasil, chegaram a Cunhaú, no Rio Grande do Norte, onde residiam vários colonos ao redor do engenho, ocupados no plantio da cana-de-açúcar. Era domingo e a comunidade estava reunida para a missa na capela da casa-grande, dedicada a Nossa Senhora das Candeias. A capela foi cercada e invadida por soldados e índios que trucidaram os que aí estavam. Os membros da Comunidade não opuseram resistência aos agressores e entregaram piedosamente suas almas ao Criador. Dentre os martirizados, ficaram na história o padre André de Soveral e o leigo Domingos de Carvalho.

Aterrorizados com o acontecimento de Cunhaú, o padre Ambrósio Francisco Ferro e outros moradores da capitania solicitaram abrigo no Forte dos Reis Magos. Outras pessoas, não podendo asilar-se no forte, providenciaram a construção de abrigos improvisados na localidade denominada Potengi, distante 25km da Fortaleza dos Reis Magos. Os flamengos deixaram Cunhaú e atingiram Potengi e, após porem cerco à resistência dos moradores refugiados, conseguiram rendê-los e conduzi-los à fortaleza dos Reis Magos. Chegou ao forte ordem do Alto e Secreto Conselho do Recife, órgão de domínio do Brasil holandês, para executar imediatamente os rebeldes.

O primeiro grupo executado foi aquele do qual participava o padre Ambrósio junto com outras pessoas de destaque na cidade. Era o dia 3 de outubro de 1645, quando o grupo composto de doze pessoas foi conduzido ao porto de Uruaçu, a 18km da Fortaleza dos Reis Magos. No porto, tudo já estava preparado para a execução, comandada pelo chefe potiguar Antônio Paraopaba, o qual, embora indígena, fora educado na Holanda e se convertera à Igreja reformada.

Quando os condenados chegaram, receberam ordens para se despirem e se ajoelharem. Os holandeses, de religião calvinista, trouxeram um pastor protestante para demovê-los de sua fé católica. Todos resistiram a esta tentativa e foram barbaramente mortos. Entre eles estava Mateus Moreira que, ao lhe ser arrancado o coração pelas costas, morreu exclamando: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento". O segundo grupo foi executado no mesmo local, com a mesma crueldade e violência. Entre os mortos encontravam-se algumas mulheres e crianças.

Forte é a relação dos mártires com a Eucaristia. Uns foram mortos durante a Missa, Mateus Moreira morreu louvando o Santíssimo Sacramento. Vida eucarística e martírio têm em comum o testemunho do Senhor Jesus.

O caso dos mártires de Cunhaú e de Uruaçu leva a vários questionamentos. Entre eles, a tolerância religiosa. A religião que leva a atentar contra a vida não pode ser verdadeira religião. Note-se também que por trás dos atos dos cristãos reformados que assassinaram os mártires de Cunhaú e Uruaçu havia fortes interesses econômicos. A religião, quando se torna serva de grupos econômicos, deixa de servir a Deus.

A mensagem que esses mártires legaram é que vale a pena dar a vida por causa do Evangelho. Por outro lado, leva-nos a notar que a religião de Jesus não é a da dominação, da morte, da exploração, mas da vida e do amor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil