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Reze os Mistérios Gozosos com imagens

Antífona de entrada

Como ouro na fornalha o Senhor provou os eleitos e aceitou-os como ofertas de holocausto; no tempo certo Deus se lembrará deles porque seus escolhidos receberão a graça e a paz. (Cf. Sb 3, 6. 7, 9)
Sancti tui, Dómine, benedícent te: glóriam regni tui dicent, allelúia, allelúia. Ps. Exaltábo te Deus meus Rex: et benedícam nómini tuo in saéculum, et in saéculum saéculi. (Ps. 144, 10. 11 et 1)
Vernáculo:
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Sl. Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos. (Cf. LH: Sl 144, 10. 11 e 1)

Coleta

Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires semente de novos cristãos, concedei benigno que o campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de São Carlos Lwanga e seus companheiros, produza para vós sempre mais abundante colheita. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (2Pd 1, 2-7)


Leitura da Segunda Carta de São Pedro


Caríssimos, 2graça e paz vos sejam concedidas abundantemente,porque conheceis Deus e Jesus, nosso Senhor. 3O seu divino poder nos deu tudo o que contribuipara a vida e para a piedade,mediante o conhecimento daquele que,pela sua própria glória e virtude, nos chamou. 4Por meio de tudo isso nos foram dadasas preciosas promessas, as maiores que há,a fim de que vos tornásseis participantes da natureza divina,depois de libertos da corrupção,da concupiscência no mundo.5Por isso mesmo, dedicai todo o esforçoem juntar à vossa fé a virtude,à virtude o conhecimento,6ao conhecimento o autodomínio,ao autodomínio a perseverança,à perseverança a piedade,7à piedade o amor fraternoe ao amor fraterno, a caridade.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 90)


℟. Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.


— Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente, diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”. ℟.

— “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo e protegê-lo, pois meu nome ele conhece. Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores”. ℟.

— Hei de livrá-lo e de glória coroá-lo, vou conceder-lhe vida longa e dias plenos, e vou mostrar-lhe minha graça e salvação". ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Jesus Cristo, a fiel testemunha, primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos lavou, em seu sangue derramado. (Cf. Ap 1, 5ab) ℟.

Evangelho (Mc 12, 1-12)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes,mestres da Lei e anciãos, usando parábolas:"Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagare construiu uma torre de guarda.Depois arrendou a vinha a alguns agricultores,e viajou para longe.2Na época da colheita,ele mandou um empregado aos agricultorespara receber a sua parte dos frutos da vinha.3Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele,e o mandaram de volta sem nada.4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado.Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram.5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram.Trataram da mesma maneira muitos outros,batendo em uns e matando outros.6Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido.Por último, ele mandou o filho até aos agricultores,pensando: 'Eles respeitarão meu filho'.7Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros:'Esse é o herdeiro.Vamos matá-lo, e a herança será nossa'.8Então agarraram o filho, o mataram,e o jogaram fora da vinha.9Que fará o dono da vinha?Ele virá, destruirá os agricultores,e entregará a vinha a outros.

10Por acaso, não lestes na Escritura:'A pedra que os construtores deixaram de lado,tornou-se a pedra mais importante;11isso foi feito pelo Senhore é admirável aos nossos olhos'?"12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus,pois compreenderam que havia contado a parábola para eles.Porém, ficaram com medo da multidãoe, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Iustorum animae in manu Dei sunt: et non tanget illos tormentum malitiae. Visi sunt oculis insipientium mori: illi autem sunt in pace. (Sap. 3, 1. 2. 3; p.468)


Vernáculo:
As almas dos justos, 'stão na mão do Senhor, e o tormento da morte não há de atingi-los. Aos olhos dos tolos são tidos por mortos, e o seu desenlace parece desgraça. (Cf. Saltério: Sb 3, 1. 2. 3)

Sobre as Oferendas

Nós vos apresentamos, Senhor, estas oferendas e vos suplicamos humildemente: como destes a vossos santos mártires a força de preferir a morte ao pecado, assim, fazei-nos inteiramente dedicados ao serviço do vosso altar. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

É sentida por demais pelo Senhor a morte dos seus santos, seus amigos. (Cf. Sl 115, 15)
Et si coram hominibus tormenta passi sunt, Deus tentavit eos: tamquam aurum in fornace probavit eos, et quasi holocausta accepit eos. (Sap. 3, 4. 6; ℣. Cant. Sap. 3, 1. 2. 3. 5. 9ab. 9c; p.470)
Vernáculo:
Se aos olhos dos homens sofreram tormentos, sua esperança era plena de vida imortal. Como ouro os provou no calor da fornalha, como grande holocausto junto a si os acolheu: no dia da Vinda terão vida nova. (Cf. Saltério: Sb 3, 4. 6)

Depois da Comunhão

Participamos, Senhor, dos divinos mistérios, comemorando a vitória dos vossos santos mártires; os mesmos sacramentosque lhes deram a coragem para superar os tormentos nos concedam, em meio às adversidades, a constância na fé e na caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/06/2024
Por que devemos reparar os pecados?

Na cruz, Jesus padeceu por todos os pecados, tanto pelos já cometidos como pelos futuros. Vendo e sofrendo as culpas da humanidade inteira, Ele também se consolava ao contemplar a reparação que hoje lhe queremos oferecer.

O Evangelho de hoje apresenta-nos a conhecida parábola dos vinhateiros assassinos. Ao contar essa história, Jesus deixa claro que suas palavras dirigem-se aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos. No entanto, é também a nós, fiéis de todos os tempos e de todas as condições, que esta parábola do Mestre está endereçada. A razão disso é que também nós, por nossos pecados e infidelidades, matamos a Cristo. Foi por nossa causa que Ele, tomando sobre a si as culpas da humanidade inteira, deixou-se crucificar e entregou a própria vida. É claro que os autores da morte de Cristo foram, em primeiro lugar, aqueles que efetivamente o condenaram; mas, dado que a razão por que Ele se entregou voluntariamente são os pecados de todos os homens, também as nossas culpas e transgressões foram responsáveis pela crucificação do Filho de Deus. Ainda que não o compreendamos de todo, não é menos certo que os pecados que hoje cometemos, dois mil anos após a vinda de Jesus a este mundo, têm uma relação direta com a morte de Nosso Senhor: de fato, Ele, que tudo vê, pôde há dois milênios sofrer e satisfazer por todos os pecados cometidos e ainda por cometer, de sorte que as faltas em que agora incorremos eram vistas, sofridas e reparadas pelo nosso divino Redentor.Mas, além desse efeito histórico dos nossos pecados sobre a crucificação de Jesus, eles possuem ainda uma dimensão mística, ou seja, atingem ao Cristo que está sendo formado em nós espiritualmente: com efeito, cada vez que pecamos, não só renovamos de algum modo a Paixão do Senhor, mas ainda o expomos a vitupério e escárnio (cf. Hb 6, 6), praticando o mal que Ele veio extirpar de nossas almas e impedindo-o de reinar plenamente em nossos corações. Ora, se os nossos pecados têm tal e tão terrível efeito sobre o Coração de Cristo, pela mesma razão lhe hão-de mitigar as dores os nossos atos de reparação e amor, previstas por Ele, como doces instantes de refrigério, em meio às terríveis dores de sua Paixão. Que possamos com maior frequência, seguindo a exortação do Papa Pio XI, reparar os pecados que levaram Nosso Senhor à morte, dizendo-lhe todos os dias: “Ó Jesus, meu amável salvador! Eu vos ofereço o meu coração, em ação de graças por todos os vossos benefícios, e vo-lo consagro em reparação de todas as minhas infidelidades passadas. E, com a ajuda da vossa graça, proponho nunca mais vos ofender”.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 03/06/2024

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São Carlos Lwanga e companheiros, Mártires (Memória)
Local: Namugongo, Uganda
Data: 03 de Junho† 1886


Naquela manhã, em que o rei Mwanga reuniu a corte, pairava no ar uma grande expectativa. Na sala percebia-se a insólita presença de alguns energúmenos, enquanto o grupo dos pajens reais, esplêndidos exemplares de beleza negra, se comprimia em volta do trono. A estes Mwanga deu uma ordem esquisita: “Todos aqueles entre vocês que não têm intenção de rezar podem ficar aqui ao lado do trono; aqueles, porém, que querem rezar reúnam-se contra aquele muro”.

O chefe dos pajens, Carlos Lwanga, foi o primeiro a se mover do lugar e depois dele outros quinze. “Mas vocês rezam de verdade?” perguntou o rei. “Sim, meu senhor, nós rezamos realmente”, respondeu em nome de todos Carlos, que com seus companheiros passara em oração a noite apenas finda. “E querem continuar rezando?” “Sim, meu senhor, até a morte”. “Então, matem-nos”, decidiu bruscamente o rei, dirigindo-se aos algozes. Rezar, de fato, tinha-se tornado sinônimo de ser cristão, no reino de Mwanga, rei de Buganda, região que faz parte atualmente da Uganda. No reino de Mwanga rezar, ou seja, ser cristão, era absolutamente proibido.

Na verdade os inícios tinham sido bons. O rei Mutesa acolhera bem os padres brancos de Lavigérie, mas tiveram de se retirar por manobras de alguns chefes. Novamente chamados por Mwanga em 1885, aí encontraram cristãos comprometidos que ocupavam cargos de responsabilidade. Mas a aliança do “katikiro” — uma espécie de chanceler, cuja conjuração contra o rei foi revelada pelos cristãos — com os cortesãos e feiticeiros teria sido fatal aos cristãos. José Mukasa Balikuddembe, conselheiro do rei, foi decapitado a 15 de novembro de 1885; em maio de 1886 foram mortos Dionísio Sbuggwawo, Ponciano Ngondwe, André Kaggwa, Atanásio Bazzukuketta, Gonzaga Gonga, Matias Kalemba, Noé Mwaggali.

Depois foi a vez dos pajens de que falávamos, três dos quais foram poupados, segundo o costume, após ter sido feito um sorteio. Ficou fazendo parte dos treze mártires Mbaga Tuzinda, filho do chefe dos carrascos, que tentou em vão repetidamente salvá-lo, mas ele não queria saber de separar-se dos seus amigos, entre os quais estava também um menino de 18 anos, Kizito. Os vinte e dois mártires ugandenses foram beatificados por Bento XV e canonizados por Paulo VI a 18 de outubro de 1964, na presença dos padres do Concílio Vaticano II, e o próprio Paulo VI consagrou em 1969 o altar do grandioso santuário que surgiu em Namugongo, onde os três pajens guiados por Carlos Lwanga quiseram rezar até a morte.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil