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Memória Facultativa

1ª Sexta-feira do mês


Antífona de entrada

Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor. (Sl 105, 47)
Laetétur cor quaeréntium Dóminum: quaérite Dóminum, et confirmámini: quaérite fáciem eius semper. Ps. Confitémini Dómino, et invocáte nomen eius: annuntiáte inter gentes ópera eius. (Ps. 104, 3. 4 et 1)
Vernáculo:
Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Sl. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! (Cf. LH: Sl 104, 3. 4 e 1)

Coleta

Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Eclo 47, 2-13)


Leitura do Livro do Eclesiástico


2Como a gordura, que se separa do sacrifício pacífico, assim também sobressai Davi, entre os israelitas. 3Brincou com leões como se fossem cabritos e com ursos, como se fossem cordeiros. 4Não foi ele que, ainda jovem, matou o gigante e retirou do seu povo a desonra? 5Ao levantar a mão com a pedra na funda, ele abateu o orgulho de Golias. 6Pois invocou o Senhor, o Altíssimo, e este deu força a seu braço direito e ele acabou com um poderoso guerreiro e reergueu o poder do seu povo.

7Assim foi que o glorificaram por dez mil e o louvaram pelas bênçãos do Senhor, oferecendo-lhe uma coroa de glória. 8Pois esmagou os inimigos por toda a parte, e aniquilou os Filisteus, seus adversários, abatendo até hoje o seu poder. 9Em todas as suas obras dava graças ao Santo Altíssimo, com palavras de louvor: 10de todo o coração louvava o Senhor, mostrando que amava a Deus, seu Criador. 11Diante do altar colocou cantores, que deviam acompanhar suavemente as melodias. 12Deu grande esplendor às festas e ordenou com perfeição as solenidades até o fim do ano: fez com que louvassem o santo Nome do Senhor, enchendo o santuário de harmonia desde a aurora.

13O Senhor lhe perdoou os seus pecados, e exaltou para sempre o seu poder; concedeu-lhe a aliança real e um trono glorioso em Israel.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 17)


℟. Louvado seja Deus, meu Salvador!


— São perfeitos os caminhos do Senhor, sua palavra é provada pelo fogo; nosso Deus é um escudo poderoso para aqueles que a ele se confiam. ℟.

— Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! E louvado seja Deus, meu Salvador! Por isso, entre as nações, vos louvarei, cantarei salmos, ó Senhor, ao vosso nome. ℟.

— Concedeis ao vosso rei grandes vitórias e mostrais misericórdia ao vosso Ungido, a Davi e à sua casa para sempre. ℟.


https://youtu.be/L9-7XNDRqGQ
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração, e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Cf. Lc 8, 15) ℟.

Evangelho (Mc 6, 14-29)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”. 16Ouvindo isto, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado.

18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.

21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu te darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Bonum est confitéri Dómino, et psállere nómini tuo, Altíssime. (Ps. 91, 2)


Vernáculo:
Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! (Cf. LH: Sl 91, 2)

Sobre as Oferendas

Para vos servir, ó Deus, depositamos nossas oferendas em vosso altar; acolhei-as com bondade, a fim de que se tornem o sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! (Sl 30, 17-18)

Ou:


Bem-aventurados os que têm coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra. (Mt 5, 3-4)
Illúmina fáciem tuam super servum tuum, et salvum me fac in tua misericórdia: Dómine, non confúndar, quóniam invocávi te. (Ps. 30, 17. 18; ℣. Ps. 30, 2. 3ab. 3cd. 4. 5. 6. 8ab. 15-16a)
Vernáculo:
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! (Cf. MR: Sl 30, 17)

Depois da Comunhão

Renovados pelo sacramento da nossa redenção, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da salvação eterna nos faça progredir na verdadeira fé. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 04/02/2022
A vaidade de Herodes

Este Evangelho é uma salutar advertência a todos nós que, embora aceitemos a Palavra de Deus, mais amamos parecer do que ser efetivamente santos.

Lemos no Evangelho de hoje a respeito martírio de São João Batista, degolado por causa da vaidade de Herodes. Vemos, pois, a imensidade deste pecado, o seu poder destrutivo, a sua força corruptora. O tetrarca, de fato, se comprazia em ouvir as pregações do Batista: gostava de o escutar, "embora ficasse embaraçado" ao ver-se tão pecador e, ao mesmo tempo, tão indisposto ao arrependimento. Envergonhava-se, quem sabe, de ver-se como efetivamente era: mesquinho e pecador; não se envergonhava, contudo, de sua mesquinharia e de seus pecados. Com efeito, Herodes se agradava ao ouvir a Palavra de Deus; não estava preocupado, porém, em ele próprio agradar ao Senhor. Eis aqui a raiz de sua iniquidade, eis o princípio de suas ações terríveis. Ora, por ser cheia de verdade e justiça, a Palavra de Deus atrai os corações, ilumina as inteligências; mas de nada adianta ouvi-la se não se está disposto a pagar o preço da conversão que ela nos exige.

Chegara, enfim, o "tempo oportuno". Em meio à destemperança de teus festejos, ó Herodes, ainda que o tenhas feito a contragosto, preferiste dar cabo do Batista a desagradar aos convivas. Preferiste tirar a vida de um justo a perder o aplauso dos ímpios. Como poderias crer, ó Herodes, tu que, ainda que te deleites com pregações e homilias, recebes a glória dos teu fâmulos, e não buscas a glória que é só de Deus (cf. Jo 5, 44)? Daqui se vê o que realmente separa o justo de um ímpio. O primeiro quer agradar a Deus; o segundo, apenas a si mesmo. O justo vai à Igreja por amor e renúncia; o ímpio, por vaidade e passatempo. O primeiro, arrependido de suas faltas, escuta: "Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão", e vai logo fazer penitência, deixando para trás a sujeira de sua velha vida; o segundo, ao ouvir a mesma pregação, decide fazer-se de surdo e matar o pregador. Se a Igreja admoesta o justo com incômodas verdades, logo ele se conforma ao que lhe manda a Esposa de Cristo; o ímpio, ao contrário, se não lhe apraz este ou aquele ponto da doutrina, antes julga melhor repreender a Igreja e conformá-la às suas próprias loucuras.

Que Herodes seja para nós, igrejeiros tão pouco cristãos, um aviso sério de que uma vida de verdadeira santidade é muito mais do que devoções ou piedades. Temos de estar dispostos a querer agradar a Deus acima de todas as vanglórias humanas, de todos os olhares deste mundo, ainda que isto nos custe o sangue, nos custe amizades, nos custe a "boa fama" que poderíamos construir. Que o bem-aventurado Precursor do Senhor, com o exemplo de seu martírio, nos evangelize hoje e nos faça livres da "beatice" superficial e maquilada de um Herodes Agripa. Seja o nosso amor pronto a tudo entregar por Deus, a tudo sofrer por Deus, a tudo perder por Deus.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Creiamos enquanto temos tempo! (Sexta-feira da 4.ª Semana do Tempo Comum)

O Evangelho desta sexta-feira narra-nos o drama de uma consciência atormentada: Herodes, que, ao ouvir falar de Jesus, vê os fantasmas dos seus pecados voltarem com toda a força, para o incomodar. A ele, infelizmente, talvez não tenha sobrado tempo para que se emendasse de vida; para nós, no entanto, Deus nos concede, neste dia 4 de fevereiro, uma nova oportunidade de darmos o passo da fé e fazermos penitência por nossos pecados.Assista à homilia de hoje e aprenda a transformar o remorso, com a ajuda da graça de Deus, em arrependimento e salvação!


https://youtu.be/9XbqHPx88gE

Santo do dia 04/02/2022


São João de Brito (Memória Facultativa)
Local: Oriur, Índia
Data: 04 de Fevereiro † 1693


Filho do governador do Brasil, D. Salvador de Brito Pereira, e de sua esposa, dona Brites Pereira, nasceu João Heitor a 1º de março de 1647 em Lisboa, filho mais novo do casal. Com apenas 9 anos de idade tornou-se pajem na corte de El-rei. Ao piedoso jovem faltou-lhe ali a direção amorosa da mãe, mas nem por isso a vida na corte causou-lhe dano, pois, como em casa dos pais, conservou-se fiel aos exercícios religiosos, e, no estudo, ativo e diligente. A sua seriedade e modéstia submeteram-no a frequentes observações e caçoadas dos levianos companheiros da corte. Perigosa enfermidade fê-lo voltar ao lar, onde os cuidados maternos e a fé na intercessão de são Francisco Xavier lhe restituíram a saúde. Aos poucos foi alimentando o desejo de ingressar na Companhia de Jesus, o que realmente fez a 17 de dezembro de 1662, contando 15 anos e dois meses.

Pouco tempo depois de sua ordenação foi mandado, com 27 confrades, para as Índias. Chegou ao porto de Goa após perigosa navegação e foi designado para a missão do Maduré. Aí conseguiu converter populações inteiras de pagãos, recebeu o governo de toda a Missão e não temeu expor-se aos maiores perigos para levar o Evangelho a toda parte. Perseguido pelos brâmanes, que constituíam a primeira das quatro castas, regime mais rígido do que em qualquer outra parte da Índia, acabou por cair nas mãos deles, opositores do cristianismo, os brâmanes, soberbos pelo nascimento e posição, mestres do povo, depositários da ciência e sustentáculo da vida religiosa, viam naturalmente na nova religião proclamada uma ameaça à sua influência.

Libertado a primeira vez de cruel cativeiro, foi João de Brito enviado à Europa para tratar dos negócios das missões na Índia. Mas apressou-se a voltar, o que fez após uma visita às residências da província do Malabar. Chegou, assim, novamente a Marava, em 1691. A 8 de janeiro de 1693 foi preso novamente por uma tropa de soldados. Levado à presença do príncipe de Marava, foi condenado à morte por pregar uma doutrina religiosa estranha em seus domínios. Foi enviado depois a Urgur, onde se consumou seu martírio, pelo estraçalhamento de seu amado corpo: cortaram-lhe primeiro a cabeça, depois mãos e pés, e suspenderam o tronco com a cabeça a um poste, no local onde estivera antes do martírio a orar: após o recolhimento dessa oração dissera a seus carrascos: "Podeis fazer de mim agora o que quiserdes".

A notícia de seu martírio inflamou o zelo dos missionários, firmou a fé dos neófitos e converteu grande número de infiéis. Muitos milagres se realizaram por sua intercessão. Foi canonizado em 1947 pelo papa Pio XII.

A semelhança de são João Batista, o heroico missionário português foi martirizado precisamente por defender a unidade e indissolubilidade do matrimônio. Fiel à palavra de Deus, durante toda a sua vida, deu o supremo testemunho pela Verdade, morrendo por ela. "Agora espero padecer a morte por meu Deus e meu Senhor. A culpa de que me acusam vem a ser que ensino a Lei de Deus nosso Senhor... Quando a culpa é virtude, o padecer é glória (Carta escrita no cárcere, na véspera de sua morte.)

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João de Brito, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil