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São Martinho de Tours, Bispo, Memória

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Antífona de entrada

Farei surgir para mim um sacerdote fiel que agirá segundo o meu coração e a minha vontade, diz o Senhor. (Cf. 1Sm 2, 35)
Státuit ei Dóminus testaméntum pacis, et príncipem fecit eum: ut sit illi sacerdótii dígnitas in aetérnum. Ps. Meménto Dómine David: et omnis mansuetúdinis eius. (Sir. 45, 30; Ps. 131)
Vernáculo:
O Senhor firmou com ele uma aliança de paz e o colocou à frente do seu povo a fim de ser sacerdote para sempre. (Cf. MR: Eclo 45, 30) Sl. Recordai-vos, ó Senhor, do rei Davi e de quanto vos foi ele dedicado. (Cf. LH: Sl 131, 1)

Coleta

Ó Deus, que fostes glorificado pela vida e pela morte do bispo São Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo que nem a morte nem a vida nos possa separar do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Sb 2, 23–3, 9


Leitura do Livro da Sabedoria


2, 23Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza; 24foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem. 3, 1A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. 6Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; 7no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 33(34), 2-3. 16-17. 18-19 (R. 2a)


℟. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!


— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! ℟.

— O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, e seu ouvido está atento ao seu chamado; mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. ℟.

— Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. ℟.


https://youtu.be/ESHNeJdNm-Q
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra, e meu Pai o amará e a ele nós viremos. (Jo 14, 23) ℟.

Evangelho — Lc 17, 7-10


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?’ 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)


Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)

Sobre as Oferendas

Senhor nosso Deus, santificai estes dons que alegremente vos apresentamos em honra de São Martinho; em meio às alegrias e provações, orientai sempre para vós a nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Em verdade, eu vos digo: tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes, diz o Senhor. (Cf. Mt 25, 40)
Beátus servus, quem, cum vénerit Dóminus, invénerit vigilántem: amen dico vobis, super ómnia bona sua constítuet eum. (Mt. 24, 46. 47; ℣. Ps. 19, 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9)
Vernáculo:
Feliz o servo que o Senhor, ao chegar, encontrar acordado; em verdade vos digo: Ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. (Cf. MR: Cf. Mt 24, 46-47)

Depois da Comunhão

Senhor, alimentados com o sacramento da unidade, dai-nos em tudo perfeita concórdia com a vossa vontade, para que, assim como São Martinho vos foi sempre submisso, também nós nos gloriemos de pertencer verdadeiramente a vós. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 11/11/2025


“Fiz a minha parte, e Deus?”


“Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.

O Evangelho de hoje nos ensina que somos servos inúteis (cf. v. 10). Mas o que é que Jesus quer nos ensinar, ao contar essa parábola que parece tão agressiva? “Não” — dirá alguém —, “como ‘servo inútil’? Nós temos utilidade; nós podemos fazer alguma coisa para Deus”. Entendamos, antes de tudo, o contexto.

Em primeiro lugar, para entender essa parábola, nós precisamos ir à cultura da época de Jesus, que é muito diferente da nossa. Nós vivemos numa cultura em que existem direitos trabalhistas, carteira assinada, férias remuneradas etc., e qualquer ingerência do patrão pode dar em processo. Mas, aqui, nós não estamos falando de uma relação de empregado-patrão; nós estamos falando, realmente, de um servo no sentido de escravo, de uma pessoa que é propriedade de outra. Não estou dizendo isso para defender a escravidão, mas para explicar o contexto social da época de Jesus, na qual havia escravidão, pessoas pertencentes a outras, que por elas eram servidas. Havia, de fato, esse relacionamento de senhor e servo. Esse relacionamento, que para nós, homens, pode parecer injusto e indevido, é o correto para com Deus. Ele não é nosso “empregador”, não nos contratou para lhe prestarmos um serviço: Deus é o nosso Senhor.

É aqui que está, pois, o significado profundo desta parábola. Nós precisamos entender a realidade de que temos um dono: “Eu não me pertenço”. E é exatamente aqui que o mundo moderno tem dificuldade de entender a Deus e entender o nosso relacionamento com Ele. Nós, muitas vezes, nos aproximamos de Deus querendo estabelecer com Ele uma espécie de relação comercial, para fazer coisas “por merecer”, como um título para esperar um salário. Por isso começamos a nos apresentar ao altar como quem vem ao RH de uma empresa para exigir seus direitos: “Afinal”, pensamos, “Eu fiz. Como agora vou ser retribuído?” Não só isso. Somos também muito cheios de autodeterminação e de autonomia, de sorte que qualquer um que pretenda entrar em nossa vida para pedir o que não queremos dar nos faz sentir violentados: “Não, não! Quem você pensa que é?!”, dizemos. Ora, tudo isso atrapalha o nosso relacionamento com Deus. O nosso relacionamento com Ele deve ser gratuito.

É Ele quem nos dá a vida, quem nos sustenta no ser. Ele é nosso benfeitor. Ele nos dá tudo, e a Ele nós tudo devemos: Ele nos deu a vida, na qual nos sustenta; Ele nos deu a fé, a graça, a amizade consigo. Dele recebemos tudo, absolutamente tudo, e a Ele nós devemos gratidão. Mas se nós, ao contrário, nos revoltarmos e começarmos a nos relacionar com Deus como se Ele fosse um patrão cruel, exigindo-lhe nossos “direitos”, estaremos pervertendo o nosso relacionamento com Ele; estaremos caminhando no mesmo e triste caminho de Lúcifer, num caminho de rivalidade com Deus. Ora, os santos do céu e os anjos que servem a Deus têm com Ele outro relacionamento, que é fonte de felicidade: Deus quer ser amado e servido com eucaristia, isto é, com ação de graças. Nós tudo recebemos dele; somos servos inúteis. E por isso a nossa alegria é poder amar e servir a Ele, que é tão bom. Os santos chegaram a essa gratuidade por um toque da graça que fez muitos deles perceber que, ainda que não houvesse céu e a recompensa do paraíso, ainda que não houvesse inferno e os castigos eternos, ainda assim seria uma alegria muito grande amar e servir a Deus, por ser Ele quem é, e não pelo que dele se pode receber; não pelo inferno que se teme, mas pela bondade mesma daquele a quem amamos e servimos. Sim, somos servos inúteis.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Memória de São Martinho de Tours, Bispo (11/11/2025)

O cristão é chamado a uma altíssima e aparentemente árdua missão: amar a Deus sobre todas as coisas, com todas as forças de sua alma, de seu entendimento e de seu coração. Mas se é tal o amor que devemos dar a Deus, como iremos cumprir também o outro, e não menos difícil, preceito de amar ao próximo? Se a Deus devemos tudo, que parte sobrará para nossos irmãos? É na vida do santo de hoje, Martinho de Tours, que acharemos a resposta. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 11 de novembro, e aprendamos deste soldado da divina caridade a amar a Deus acima de tudo, amando-o em tudo e em todos!


https://youtu.be/rsxvfWagnEY

Santo do dia 11/11/2025

São Martinho de Tours (Memória Facultativa)
Local: Tours, França
Data: 11 de Novembro † 397


São Martinho nasceu na Panônia, parte ocidental da Hungria atual, por volta de 316, filho de pais pagãos. Martinho é um dos três primeiros cristãos não mártires a quem foi prestado o culto como santo. Por isso mesmo, a Liturgia faz a apologia de quem foi santo sem ser mártir de sangue, mas mártir do amor, testemunha de Cristo pela prática da caridade.

A Panônia era colônia do Império Romano. Martinho serviu no exército imperial da Gália, hoje França, durante alguns anos. Os inícios de sua conversão estão rodeados de fatos talvez legendários. Conta-se que, ainda soldado e catecúmeno, manifestou sua caridade evangélica, dando metade de seu manto a um pobre transido de frio, que se fez reconhecer como Jesus Cristo. O fato de estar a cavalo também é bem simbólico. A tradição cristã dos primeiros séculos apresenta o cristão como "miles Christi", soldado de Cristo.

Tendo recebido o batismo, Martinho abandonou a carreira militar e, por influência do bispo Santo Hilário de Poitiers, filiou-se ao serviço da Igreja. Com o apoio de Santo Hilário, fundou em Ligugé, perto de Poitiers, o primeiro mosteiro da Europa ocidental. Nele levou vida monástica sob a direção de Santo Hilário. Ordenado sacerdote e depois bispo de Tours (372), tornou-se apóstolo das populações rurais com o auxílio dos monges do grande mosteiro de Marmoutiers (Tours) fundado por Martinho.

Como bispo, visitava continuamente suas igrejas e comunidades, zelava pelo culto divino, dedicava-se com amor à conversão dos pagãos, sempre e em toda a parte praticava uma grande caridade para com os pobres. Era modelo de mansidão e humildade para sua grei, sempre pronto e disponível para toda obra boa. O benéfico influxo do zelo de São Martinho não ficou limitado a diocese de Tours, mas se estendeu por toda a França.

Faleceu no dia 8 de novembro aos 81 anos de idade. Seu enterro foi um triunfo: mais de dois mil monges acompanharam o seu corpo com uma multidão de povo em choro. Antes de morrer, com os olhos fixos no céu, Martinho rezou dizendo: "Senhor, se o vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho. Seja feita a vossa vontade."

A popularidade de que gozou, sobretudo na França, está evidenciada por um dado estatístico: mais de 3.600 igrejas e mais de 480 povoados franceses escolheram-no como seu patrono. São Martinho foi o santo mais popular da Idade Média, tornando-se muito conhecido principalmente através da biografia que sobre ele escreveu seu contemporâneo Sulpício Severo.

A Liturgia exalta em São Martinho o homem da caridade, o monge, o pastor e o missionário. A Antífona do Magnificat traduz bem São Martinho como modelo de santo confessor da fé, sem ter sofrido o martírio de sangue: Ó bispo feliz, que amava o Cristo com todas as forças, sem temer os senhores e os grandes do mundo! Ó alma santíssima, que sem ter sofrido da espada a tortura, mereceu plenamente a palma do mártir!

A leitura hagiográfica termina com as palavras atribuídas mais tarde também a outros santos: Martinho, pobre e humilde, entra rico no céu! Sim, todos os cristãos são chamados a serem santos, seja pelo martírio do sangue, seja pelo martírio do amor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Martinho de Tours, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil