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Abstinência de carne

Memória Facultativa

São Raimundo de Penyafort, presbítero


Antífona de entrada

Para os retos de coração surgiu nas trevas uma luz: o Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso. (Sl 111, 4)
Ecce advénit dominátor Dóminus: et regnum in manu eius, et potéstas, et impérium. Ps. 1. Deus, iudícium tuum regi da: et iustítiam tuam fílio regis. 2. Reges Tharsis et ínsulae múnera ófferent: reges Arabum et Saba dona addúcent. 3. Et adorábunt eum omnes reges terrae: omnes gentes sérvient ei. (Cf. Mal. 3, 1; I Chron. 29, 12; ℣. Ps. 71, 1. 10. 11)
Vernáculo:
Eis que veio o Senhor dos senhores, em suas mãos, o poder e a realeza. Sl. 1. Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! 2. Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. 3. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo. (Cf. MR: Ml 3, 1; 1Cr 29, 12; Cf. LH: ℣. Sl 71, 1. 10. 11)

Coleta

Ó Deus todo-poderoso, que o Natal do Salvador do mundo, manifestado pela luz da estrela, sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Jo 5, 5-13)


Leitura da Primeira Carta de São João


Caríssimos, 5quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 6Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue.) E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade. 7Assim, são três que dão testemunho: 8o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes.

9Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Este é o testemunho de Deus, pois ele deu testemunho a respeito de seu Filho. 10Aquele que crê no Filho de Deus tem este testemunho dentro de si. Aquele que não crê em Deus faz dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. 11E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. 12Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho não tem a vida.

13Eu vos escrevo estas coisas a vós que acreditastes no nome do Filho de Deus, para que saibais que possuís a vida eterna.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 147)


℟. Glorifica o Senhor, Jerusalém!


— Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou; ℟.

— a paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz. ℟.

— Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos. ℟.


https://youtu.be/0n2srSRvD1M
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Jesus pregava a Boa-nova, o Reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo. (Cf. Mt 4, 23) ℟.

Evangelho (Lc 5, 12-16)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


12Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 13Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero, fica purificado”. E, imediatamente, a lepra o deixou. 14E Jesus recomendou-lhe: “Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura”.

15Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. 16Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Reges Tharsis et ínsulae múnera ófferent: reges Arabum et Saba dona addúcent: et adorábunt eum omnes reges terrae, omnes gentes sérvient ei. (Ps. 71, 10. 11)


Vernáculo:
Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo. (Cf. LH: Sl 71, 10. 11)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que alcancemos nos celestes sacramentos o que professamos por nossa fé. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Assim manifestou Deus o seu amor: enviou ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. (1Jo 4, 9)
Vidimus stellam eius in Oriénte, et vénimus cum munéribus adoráre Dóminum. (Cf. Mt 2, 2; ℣. Sl. 71, 1. 2. 3. 7. 8. 10. 11. 12. 17ab. 17cd. 18)
Vernáculo:
Vimos a sua estrela no Oriente e viemos com presentes adorar o Senhor. (Cf. MR: Mt 2, 2)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que pela participação neste sacramento entrais em comunhão conosco, fazei que sua graça frutifique em nós e possamos conformar nossa vida aos dons que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 07/01/2022
Deus não é um milagreiro!

“Sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração”. (Lc 5, 15-16)

O Evangelho desta sexta-feira da Epifania nos apresenta a cura de um leproso. Ora, tem-se tornado frequente no Brasil, graças à pregação de algumas seitas neopentecostais, certa dificuldade de entender a verdadeira finalidade dos milagres realizados por Nosso Senhor. Em muitas “igrejas” protestantes, com efeito, ensina-se de alguma forma que Deus quer curar todas as doenças, e que a condição para alcançar dele esse benefício extraordinário é crer, e crer com toda a firmeza. Por isso, o cristão que, apesar de seus esforços, permanece enfermo tem, na realidade, pouca fé e confiança em Deus. Não é preciso ser bom teólogo para ver nisto uma péssima teologia. É fato, sim, que Deus quer curar-nos de nossas mazelas, mas não é verdade que Ele o queira fazer já aqui, nesta vida, para que assim vivamos folgados e sem cruz. O curar-nos de uma doença, como dito, é um milagre, e que coisa é um milagre senão uma “palavra encarnada” com que Deus busca, não nos livrar dos nossos incômodos, mas aprofundar-nos na fé e levar-nos à santidade? É o que vemos no caso do leproso do nosso Evangelho. Ele se aproxima de Cristo já tendo fé: “Tu tens o poder de me purificar”, e o Senhor, ao limpá-lo da lepra, o adverte seriamente de não dar publicidade ao ocorrido: “Não digas nada a ninguém”. Porque Jesus não quer que, publicados aos quatro cantos os seus milagres, as pessoas o busquem querendo sinais, mas que o busquem querendo-o a Ele. É justamente o contrário do que, infelizmente, se ensina hoje a muitos cristãos separados da Igreja de Cristo: tratam a Deus como um mercador, quando não como um servente milagreiro, que estaria “obrigado” a provar-nos o seu poder fazendo da nossa vida uma gostosa amenidade. Isso não quer dizer que Deus não vá nunca conceder aos que o procuram algum bem temporal; Ele pode fazê-lo e o faz muitas vezes, mas apenas se for necessário ao que Ele verdadeiramente quer dar aos homens: a salvação eterna, aquilo para o que o Filho veio a este mundo — “que por nós homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus”. Nós, que temos a graça de ser católicos, ponhamos a mão na consciência e vejamos que pedidos temos feito a Deus; examinemos se os nossos afetos e apegos materiais têm tido prioridade sobre os nossos desejos de santidade e salvação; e supliquemos àquela Virgem sempre toda de Deus que nos alcance a graça de aborrecermos, mais do que tudo, a lepra dos nossos pecados, suportando enquanto a Providência assim o quiser os achaques desse corpo mortal, cuja glorificação esperamos confiantes na vida futura.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Os milagres do Salvador (Sexta-feira depois da Epifania)

Tem-se tornado muito frequente, inclusive entre católicos, uma séria dificuldade de compreender o verdadeiro objetivo dos milagres de Deus. Graças à difusão de algumas doutrinas típicas das igrejas neopentecostais, vários cristãos acreditam hoje que Deus está “obrigado” a nos dar tudo o que queremos e a nos curar dos mínimos incômodos: para isso, basta ter fé e confiar de todo o coração. Mas não é isso que lemos no Evangelho, e o proceder mesmo de Cristo nos mostra que a última intenção de seus milagres era atrair uma multidão de interesseiros, apegados a esta vida e esquecidos da futura.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 7 de janeiro, e medite conosco, nestes últimos dias do tempo do Natal, sobre o sentido dos milagres de Nosso Senhor.


https://youtu.be/g8wYDl_c3do
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Santo do dia 07/01/2022


São Raimundo de Peñafort (Memória Facultativa)
Local: Barcelona, Espanha
Data: 07 de Janeiro † 1275


Gregório IX teve-o como precioso colaborador durante seis anos. Quando porém lhe comunicou sua intenção de nomeá-lo arcebispo de Tarragona, Raimundo ficou tão consternado a ponto de cair gravemente enfermo. O humilde e douto frade, nascido entre 1175 e 1180, se esforçara para evitar honrarias e prestígio, mas nem sempre conseguiu. Renunciando à vida folgada e alegre (era filho do nobre castelão de Peñafort, na Catalunha), dedicou-se muito cedo aos estudos filosóficos e jurídicos. Aos vinte anos ensinava filosofia em Barcelona e aos trinta, recém-laureado, ensinava jurisprudência em Bolonha. Excepcionalmente recebia do município um salário que se dispersava imediatamente em numerosas direções para aliviar e socorrer os indigentes. Voltou a Barcelona a convite do seu bispo em 1220. Foi nomeado cônego e recebeu do amigo Pedro Nolasco o convite para redigir as Constituições da nascente Ordem dos Mercedários. Mas quando os dominicanos, já dele conhecidos em Bolonha, chegaram a Barcelona, Raimundo abandonou tudo para vestir o hábito alvinegro. Dezesseis anos mais tarde (1238) tornou-se o terceiro mestre geral da Ordem, cargo que não pôde recusar. Por dois anos visitou a pé os conventos da Ordem. Depois reuniu o capítulo geral em Bolonha onde conseguiu demitir-se. Pôde assim, aos setenta anos, voltar ao ensino e ao cuidado das almas.

Aceitando o cargo de confessor do rei Tiago de Aragón, não titubeou em reprovar seu comportamento escandaloso numa expedição à ilha de Maiorca. Conta-se que, tendo o rei proibido a todas as embarcações de velejar para o continente, Raimundo, querendo discordar do soberano, estendeu o manto sobre as águas e chegou até Barcelona sobre essa estranha barca a vela.

Uma de suas obras apostólicas mais digna de nota são as missões para a conversão dos judeus e dos maometanos estabelecidos na Espanha. Segundo a tradição foi ele que convidou santo Tomás de Aquino a escrever a Suma contra os Gentios, para que seus pregadores pudessem recorrer a argumentos sólidos nas controvérsias com os hereges e os infiéis. Ele mesmo redigiu importantes obras de teologia - moral e de direito. Uma delas é a Suma de casos para administração correta e frutífera do sacramento da reconciliação. Tinha quase cem anos quando morreu (1275). Foi canonizado em 1601.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil